2021-2022
“O meu pé de laranja
lima”
José Mauro de Vasconcelos
Nas férias da Páscoa, li o livro “O
meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos.
Nunca tinha lido um livro escrito em
português do Brasil e encontrei muitas expressões que não conhecia.
Este livro conta a história de um
menino muito pobre, chamado Zezé, cujos pais estavam muito preocupados com a
questão da sobrevivência e não lhe conseguiam dar a atenção de que ele
precisava.
Como era muito carente, Zezé
refugiava-se na sua imaginação para fugir à dura realidade da sua vida.
Quando o seu pai perdeu o emprego e a
família teve de mudar da casa, cada filho escolheu uma árvore no novo quintal.
Zezé ficou com um pequeno pé de laranja lima. O menino deu-lhe o nome de
Minguinho.
A partir desse momento, Minguinho
passou a ser o seu confidente. Era com ele que Zezé partilhava todas as suas
dores e alegrias.
Outra grande amizade que marcou a
vida de Zezé foi a que construiu com Manuel Valadares, também conhecido como
Portuga. Este amigo tratava-o com paciência e afeto, ao contrário de seus pais,
que, por o menino ser muito traquina, lhe batiam muitas vezes.
A vida de Zezé sofreu um grande golpe
quando aconteceram duas situações que lhe causaram grande tristeza: a morte do
Portuga, de forma inesperada, e a decisão de cortarem o pé de laranja lima.
No momento em que iniciei a leitura deste
livro, não pensei que fosse encontrar uma história tão triste. Esta fez-me refletir
sobre o abandono e a solidão que são uma constante na vida de algumas crianças,
tendo de a enfrentar com pouca ou nenhuma ajuda. Esta pode ser uma lição para
todos nós, que, muitas vezes, não valorizamos os privilégios que temos.
Aconselho a leitura desta obra, porque
nos sensibiliza para as condições desiguais de vida de muitos jovens, que
marcam o seu presente e determinam o seu futuro.
Texto de José Afonso Diegues Lisboa Fidalgo da Silva, 8.ºB
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História
Breve da Lua
António Gedeão
Na obra História
Breve da Lua, podemos observar duas personagens que sobressaem por serem
totalmente diferentes. Elas são Agapito e Jerónimo.
Jerónimo é falador, não
dá ouvidos às pessoas, não quer nem tenta aprender, não acredita no que lhe
dizem, pensa sempre que tem razão e não gosta de experiências novas, o que faz
dele uma personagem ignorante. Um excerto da obra em que podemos verificar estas
atitudes é aquele em que o astrónomo (outra personagem) diz ao Jerónimo para
ele observar a Lua através do telescópio e o Jerónimo diz para o agarrarem,
caso contrário cairia.
Já o Agapito acredita
no que lhe dizem, ouve os outros, quer e tenta perceber o que lhe dizem, sabe
que não tem sempre razão e quer saber cada vez mais. Podemos chegar a esta
conclusão quando o Agapito olhou pelo telescópio e ficou maravilhado com o que
viu.
Podemos concluir que
são personagens totalmente diferentes que representam dois tipos de homens: o
ignorante que pensa sempre que tem razão e o sábio que não sabe tudo, mas a
quem essa ideia só dá mais força para aprender.
Texto de Maria Araújo Cordeiro, 8.º B
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Sempre do teu lado
Maria Teresa Maia Gonzalez
Este livro é um “diário” escrito por um cão, chamado Félix, onde ele
narra os acontecimentos que vão decorrendo ao longo da vida dele e também ao
longo da vida de seu dono, Guilherme.
O livro começa com Félix a acordar, já
velho, na casa onde morava com a mãe de Guilherme, sentindo-se muito doente.
Félix, neste livro, vai recuar no tempo e
recordar os momentos de alegria e as aventuras partilhadas com o seu dono,
Guilherme, desde o dia em que este lhe foi oferecido pelo seu tio, como prenda
do seu 12° aniversário.
Era com Félix que Guilherme ultrapassava o
grande problema, o divórcio dos seus pais, e era com ele que passava momentos
de alegria. O narrador vê o seu dono a crescer, acompanhando-o em todos os bons
e maus momentos da sua vida apercebendo-se das mudanças à sua volta.
Quando Guilherme se casa, Félix sabe que
não poderá ir morar com o seu dono, devido às alergias da sua esposa, Vera.
Félix, embora triste, aceita e entende a situação! O mais importante para ele
era o bem-estar de Guilherme e não lhe querer causar problemas, por isso fica a
viver com a mãe de Guilherme, ansiando as visitas do seu amigo, de 15 em 15
dias.
Para Félix, nada voltou a ser igual desde
essa altura, sentia muitas saudades, e não tinha a alegria que sempre tinha
sentido com o seu dono. O seu sorriso já não era o mesmo e tinha pesadelos
durante a noite.
Quando um dia, depois de acordar, se
apercebe de que em breve irá embora para sempre, apesar de ficar aborrecido
pelo facto da mãe de Guilherme o ter chamado com urgência. Félix fica contente,
pois sente que, em breve, não estará ali e quer ver o seu amigo uma última vez.
É na cama de Guilherme, depois de recordar
toda a sua vida e sentindo a chegada de Guilherme, que Félix adormece no seu
último sono.
A frase de que mais gostei foi:
“Já oiço o
teu assobio! Vieste a tempo, meu amigo! Mesmo a tempo de me fazeres muito feliz
antes de eu adormecer.”
Se quiserem saber mais, leiam esta
história tão bela e verão que as vossas vidas mudam.
A lição que aprendi foi que devemos tratar
os animais com o máximo de carinho que temos mesmo quando qualquer obstáculo
esteja a impedir-nos. Eles merecem todo o nosso amor e carinho!
Texto e ilustração de Leonor Santos, n.º8, 6.ºC
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O Planeta Branco
“O Planeta Branco”, de Miguel Sousa Tavares, com ilustrações de Rui
Sousa, é uma narrativa centrada em três astronautas, Lydia, Lucas e Baltazar,
que se encontravam a viajar dentro da sua nave Ítaca- 3000. Viajavam pelo
espaço à procura de um planeta chamado Orizon S-3, com o objetivo de
encontrarem uma solução para acabarem com o buraco da camada de ozono,
provocado pela poluição e pelos incêndios. Eles demoraram cerca de 90 dias de
viagem, mas quando estavam perto do seu destino, perderam-se num planeta
totalmente desconhecido. Apareceu um senhor todo de branco, com “olhos azuis
igual ao mar e cabelo castanho igual à terra”, que lhes prometeu levá-los de
volta à Terra. Esse senhor era o guardião daquele planeta, ou seja, o guardião
do Planeta Branco. Esse planeta também era conhecido pelo Planeta dos Mortos.
Será que estes astronautas conseguiram ajudar
o seu planeta?
Será que o guardião os levou mesmo de
volta para a Terra?
A parte de que eu mais gostei foi quando
o guardião mostrou a sua generosidade e simpatia, ajudando os astronautas a
regressarem ao seu Planeta Terra.
Neste livro existem alguns recursos
expressivos mas eu vou salientar aquele de que eu mais gostei, utilizado pelo narrador quando descreve o
guardião, na frase “olhos azuis igual ao mar e cabelo castanho igual à terra”.
Aconselho a leitura deste livro cheio de
aventuras.
Texto e ilustração de Carolina Merguet Santas Noites 6.º C
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Histórias da
Terra e do Mar
O Livro Histórias da Terra e do Mar de Sophia de Mello Breyner Andresen, da
editora figueirinhas, é composto por várias histórias, como por exemplo “O
silêncio” ou “A saga”, mas a que escolhi para apresentar chama-se “A gata
borralheira”.
Esta história fala do primeiro baile de Lúcia.
Conta-nos a narrativa que, na primeira noite de junho, Lúcia foi com a sua
tia-madrinha a um baile, numa mansão cor-de-rosa. Ela usava um vestido horrendo
lilás e sapatos azuis rotos e sujos. Por causa disso, ela ficou colocada de
parte e sentiu-se muito triste.
Será que ela
vai ficar sozinha até o baile terminar ou alguém vai pedir para dançar com ela?
Leiam este livro e saberão.
A parte de que
eu mais gostei foi quando ela realizou o desejo de ir a um baile, porque nós
também precisamos de acreditar nos nossos sonhos.
A expressão de
que eu mais gostei foi quando Lúcia disse:
“- Um dia hei
de voltar aqui com um vestido maravilhoso e com sapatos bordados de brilhantes.”,
porque ela acredita que vai conseguir alcançar esse objetivo. E vocês
acham que ela vai concretizar este desejo?
Mas houve um
momento muito triste em que Lúcia morreu, mas ninguém soube a causa, então o
médico disse que era uma síncope cardíaca.
O que mais me
surpreendeu foi que esta história é muito diferente da história original, pois
é mais realista, tem mais a ver com a realidade e, às vezes, as histórias
sempre acabam com finais feliz, mas este não foi o caso.
Nesta história,
há muitos recursos expressivos que embelezam o texto, tais como a enumeração
“... espalhava no jardim luzes, brilhos, risos, música e vozes.”, a comparação “Como
uma rapariga descalça...”, entre outros.

Texto e ilustração de Lara Morgado, N.º7, 6.ºC
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As pequenas memórias
Vou
apresentar o livro “As pequenas memórias”, da autoria de José Saramago, da
Editora Caminho.
A
narrativa trata das memórias de infância e de adolescência de José Saramago. Começa
por contar que, quando Saramago era mais novo, vivia com os avós numa aldeia
pobre, cujo nome é Azinhaga. Eles eram pobres, dependiam da agricultura e da
criação de porcos, mas eram felizes assim.
No seu tempo livre, José costumava subir a
um campanário da igreja ou trepava até ao topo de um freixo de vinte metros de
altura, só para ver a paisagem daquela aldeia. Ele também tentava tocar com as
mãos seres e coisas que encontrava. Num dia, José foi ter com a sua avó para
lhe perguntar se podia dar uma volta, a avó disse que sim e ele foi-se
preparar. Pegou num alforge e meteu lá dentro um bocado de pão, de azeitonas e
de figos secos. Foi andando pela floresta até que começou a escurecer e, como
estava cansado, decidiu ficar por aí. Ele encontrou uma barraca feita de ramos
e palha, lá dentro havia um pedaço de pão bolorento com que enganou a fome e
adormeceu dentro de barraca.
O que acham que aconteceu quando
amanheceu? Isso deixo com vocês...
Eu gostei do livro porque conta a história
de vida de José Saramago e de como ele aceita o seu passado, tal como ele foi.
A parte de que mais gostei foi do poema que
José escreveu sobre o rio Almonda em adolescente. E também gostei da expressão:
“Nadam-me peixes no sangue e oscilam entre duas águas como os apelos imprecisos
da memória”. As metáforas da frase representam o gosto que José tinha pelo rio
e como ele recordava essas memórias com carinho.
Texto e ilustração de Rafael Rocha Jacob Nº13 6.ºC
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O Tatuador de Auschwitz
Heather Morris
O
livro que li chama-se o “Tatuador de Auschwitz” e foi escrito por Heather
Morris. Este livro é um romance que relata a história de Lale Sokolov, uma
vítima do Holocausto, que divulgou diretamente à autora o que aconteceu em
Auschwitz e como conheceu o amor da sua vida.
Lale
Sokolov era um judeu eslovaco que entrou nos campos de concentração
voluntariamente para salvaguardar a liberdade da família. Em abril de 1942, foi
transportado em veículos de animais para Auschwitz. Inicialmente, trabalhou na
construção de blocos prisionais até o seu Kapo o achar “digno” de uma nova
promoção: “moço de recados”. Lale não exerceu essa atividade durante muito
tempo porque apanhou febre tifoide, que foi curada por Pepan, o tatuador
principal de Auschwitz. Pepan ganhou uma grande afeição por Lale e, por isso,
nomeou-o seu assistente. Ambos tatuavam o corpo dos prisioneiros até Pepan
desaparecer misteriosamente. Perante o ocorrido, como Lale era o único com
experiência direta, foi eleito tatuador principal. Deste serviço surgiram
benefícios que outros prisioneiros não possuíam como, por exemplo, comida
extra, quarto individual e não trabalhar quando não havia novos prisioneiros
para tatuar.
Em
julho de 1942, na fila para ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontrava-se
Gita, uma rapariga checa. O tatuador sempre fora um mulherengo, no entanto,
Gita fê-lo apaixonar-se num dos sítios onde o amor nem deveria ser opção:
Auschwitz/ Birkenau. Este episódio levou-os a manter contacto, que ocorria com
a ajuda de um guarda Nazi, que efetuava a troca de cartas entre eles. Mais
tarde, Lale começou a contrabandear comida para Gita e para outros prisioneiros
para tentar assegurar o máximo de sobreviventes possível. Apesar dos
privilégios que tinha, continuava a ser intimidado por um médico chamado Josef Mengele,
que o ameaçava constantemente que o levaria para as câmaras de gás.
Durante
aproximadamente três anos, o romance de Lale e Gita enfrentou altos e baixos,
mas um dos piores momentos foi quando os Nazis encontraram no dormitório de
Lale produtos a que um prisioneiro nunca teria acesso. Como punição pelos seus
atos, foi levado para os blocos de tortura, mas acabou por sobreviver. Mais
tarde, foi conduzido para um local com trabalho mais árduo, no entanto Gita
conseguiu que ele recuperasse o seu trabalho como tatuador. Voltou ao seu cargo
anterior, mas claro que perdeu todas as vantagens que tinha anteriormente.
A
certa altura, as “cargas” de prisioneiros começaram a diminuir e a inquietude
dos alemães a aumentar. Todos os prisioneiros começaram a ser escaldados para
destruir as evidências de tudo o que tinha sido vivido nos campos e, com isso,
Lale e Gita são separados. No final deste acontecimento, e com outros pelo
meio, ambos conseguem a tão estimada liberdade. No entanto, o ex-tatuador nunca
perdeu a intenção de voltar a encontrar a sua amada e parte à sua procura para
Bratislava, local onde se concentravam a seguir à libertação muitos
sobreviventes de Auschwitz. Ele esperou-a nas estações durante semanas e,
quando tinha resolvido partir para procurá-la noutro lugar, cruzam-se.
Os
dois casaram em outubro de 1945. Mas os primeiros anos não foram, de todo,
pacatos e felizes para o casal que sobreviveu ao holocausto, uma vez que tanto
Lale como Gita financiavam a criação do Estado de Israel. E quando o governo (de forte influência
soviética) descobriu, Lale foi detido e os negócios deste, na indústria têxtil,
nacionalizados.
O
casal conseguiu fugir do país, primeiro para Viena, depois Paris e, finalmente,
para Melbourne, na Austrália, onde nasceu o filho Gary, e foi aí que viveram o
resto das suas vidas. Lale nunca contou a história por temer ser considerado um
“colaborador” dos horrores do holocausto e também por carregar o fardo da sua
sobrevivência quando milhares dos que tatuou não tiveram essa possibilidade.
Neste
livro, temos relatos de eventos chocantes e inesquecíveis, tais como a quase
morte de Lale e Gita, as mortes desumanas que ocorreram nos crematórios dos
campos de concentração, as experiências horrendas que o doutor Josef Mengele
fazia nos prisioneiros e a falta de bens primários que condicionam a
sobrevivência do ser humano.
Li
relatos da autora onde afirma que é um livro de opostos e, de facto, depois de
lê-lo, compreendo o porquê desta afirmação, uma vez que nesta obra a esperança
anda de mãos dadas com o horror. Esta obra destaca a importância do amor, da
compaixão e da amizade, que permitiu às personagens deste livro superarem as
dificuldades que encontraram neste local.
Esta
é uma daquelas obras que considero arrebatadoras, principalmente por ser
verídica, se atentarmos no facto de que todos os horrores que observamos neste
livro são realizados por seres humanos em relação a outros seres humanos. Mas,
contrariamente, como já referi, é uma história de esperança no ser humano e no
bem que ele é capaz de fazer, mesmo nas situações mais adversas. Lale estava
ciente dos riscos que corria, mas, mesmo assim, continuava a contrabandear
objetos de valor em troca de comida para distribuir pelos prisioneiros do
campo.
Este
romance mostra ainda a paixão enorme que Lale sentia por Gita porque, quando
foram separados, o tatuador nunca desistiu de encontrá-la, o que se comprova
nas semanas de espera por Gita na estação de Bratislava.
Esta
é uma obra de leitura fácil e que não segue uma linha cronológica, uma vez que há
momentos em que o tatuador relembra acontecimentos passados. Ensina uma lição
para todos os que pensam que a vida é difícil: que nunca se esqueçam de quanto
o ser humano é capaz e que vivam o agora pois o amanhã pode ser tarde de mais.
Texto de Isa Filipa Alves Pereira, 8ºA
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O livro que só queria ser lido,
de José Jorge Letria
Era uma vez um livro
que era infeliz, e não era pelo que contava, mas sim porque poucas pessoas o
liam, que teve o seu tempo, que passou de mão em mão, que teve muitos leitores
e depois acabou na prateleira do esquecimento e da solidão, pois estava pousado
numa prateleira alta, tendo como companheiros vários dicionários, que lhe
ensinavam palavras.
Quando via as pessoas a aproximar-se tinha
esperança, mas nunca era para o irem buscar. A sua companhia era uma máquina de escrever antiga,
também ela tinha sido substituída por um computador, juntos dividem uma amizade
de várias lembranças e histórias.
Durante um tempo, teve esperanças
que Mariana pegasse nele, filha dos donos, que era uma grande leitora e sonhava
um dia ser escritora. Os primeiros contos dela foram escritos num teclado rijo.
Um dia o seu irmão trouxe um
rapaz, que achavam ser seu amigo, mas afinal era um apreciador de coisas
antigas.
Eles acabaram por descobrir que o
teclado antigo ia ser vendido, quando o foram buscar, acabou por deixar as
letras S e A que significa A adeus e S saudade.
Certo dia a casa foi invadida
por um grande silêncio, pois tinha morrido o tio Vicente que morava no Brasil, de
quem todos gostavam muito, pois ele nunca se esqueceu do aniversário de ninguém
e, também, foi ele que tinha dado o livro à família.
Passado um tempo receberam uma chamada a dizer que no sótão de casa
deles estavas um cofre cheio de coisas valiosas, deixado pelo tio Vicente, e
vieram a descobrir que o código para abrir o cofre estava num livro. Esse, que
tinha o código, era o que só queria ser lido.
Gostei muito deste livro, pois despertou-me o interesse pela leitura.
Recomendo este livro porque os livros
partilharão sempre connosco, pela vida fora, a magia da aventura e do saber e
este livro mostra-nos que precisamos de alguém para viver, que sozinhos
sofremos muita solidão.
Texto e ilustração de Diana Diogo, nº2, 7ºG
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1984
George Orwell
Já alguma vez pensaram como seria a
vossa vida se estivessem constantemente a ser observados por um governo e manipulados
de forma a obedecer-lhe? Se vivessem sob um sistema que muda o passado, que reescrevia
a história da forma que lhe era mais conveniente, podendo apagar pessoas e
acontecimentos, manipulando toda a informação que recebia e que partilhava e
fazendo com que o próprio ato de pensar por si próprio e ter espírito crítico
fosse um crime? Pois esta é a realidade que George Orwell nos apresenta na sua
obra “1984”.
A história tem lugar na Oceânia, um
país governado por punho de ferro, que mantém uma hierarquia constante e
inquestionável, baseada na obediência do seu povo, no medo, na insegurança e no
caos, causados pelo frequente clima de guerra. Este país encontra-se em guerra
com a Eurásia ou com a Lestásia e é controlado por um Partido. Este Partido
está estruturado da seguinte forma: Partido Interior, constituído por 2% da
população; Partido Exterior, do qual fazem parte 13% da população, e Proles,
que são os restantes 85% da população. O Partido Interior é o governo que
controla toda a sociedade e é formado por quatro ministérios, cada um com um
objetivo diferente, mas todos com o fim de controlar a sociedade. O Partido Exterior
está num nível abaixo na hierarquia e trabalha nestes quatro ministérios do
Partido. Os Proles são a maior parte da sociedade, mas também a que tem menos
meios e menos força para se revoltar, não sendo quase considerados humanos.
Ao longo da história, acompanhamos
Winston Smith, que vive rodeado de medo, medo de sentir, de agir, de pensar, ou
de se expressar. Tal como todas as pessoas, encontra-se vigiado pelo governo
através de um objeto chamado “telecrã”, e em todos os lados há propaganda com a
frase notória “O Grande Irmão está a observar-te”. No seu mundo, todas as
pessoas são condicionadas e educadas a amar o Grande Irmão e a fazer tudo o que
o Partido diz, sem nunca duvidar. Ainda assim, Winston não se deixa manipular
tão facilmente e sente a necessidade de se revoltar, de alcançar liberdade. Ele
começa a duvidar da realidade em que vive e da veracidade de toda a informação
que lhe chega.
Nesta sociedade, a informação é o
maior poder e o governo tem a capacidade de alterar qualquer noção que bem
deseja, seja passado, presente ou futuro. Como o livro diz, “Quem controla o
passado controla o presente, e quem controla o presente controla o futuro.” Mesmo
que Winston queira ter um sentido crítico, ele não consegue formar uma opinião,
já que o sistema consegue fazê-lo acreditar que tudo o que ele sabe é mentira.
O Partido alcança isto utilizando vários métodos diferentes, como, por exemplo,
o método de diminuição de vocabulário. Na sociedade de “1984”, a língua está a
ser mudada para uma nova, a “Novafala”, que tenta reduzir o vocabulário ao
máximo. Isto consiste na eliminação de palavras com significados semelhantes,
deixando só uma delas, à qual é só necessário acrescentar sufixos ou prefixos
para alterar o grau de intensidade da palavra. Este “acordo ortográfico” também
muda o significado de várias palavras, possibilitando, assim, a eliminação de
ainda mais vocabulário e deixando a população sem maneira de se expressar e de
pensar de forma diferente.
Desta maneira, é limitada a
possibilidade de revolta, pois diminui a possibilidade de individualidade,
fazendo com que as pessoas, mesmo que se sintam de uma forma diferente, não o
consigam expressar – por isso é que é muito importante aprender não só a nossa
língua materna, mas também línguas diferentes para termos a possibilidade de
nos exprimir de diversas formas.
Este livro mostra-nos que a
verdadeira liberdade é a de expressão e, sem ela, é impossível ter o poder para
derrubar o sistema que nos controla, visto que nunca se terá a certeza de que algo
que se saiba é verdade. O poder está em quem consegue manipular a informação.
Eu gostei bastante deste livro, não
só pelo facto de a leitura não ser muito complicada, mas principalmente por o
seu conteúdo se poder aplicar aos dias de hoje, não tanto na forma como se
controlam as massas, mas na maneira como as vigiam, situação da qual a nossa
sociedade moderna se está a aproximar cada vez mais. Aconselho este livro a quem
quiser experimentar o género literário de sociedade distópica, assim como
presenciar uma fascinante crítica política que nos faz refletir sobre a liberdade, a informação e o
espírito crítico.
Texto de Rafael
Proença Pereira Meireles, 12.º D
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O Mundo em
que Vivi
Ilse Losa
O
livro “O mundo em que vivi”, escrito por Ilse Losa, relata o que se vivenciou
na segunda guerra mundial e no início do Holocausto e ainda alguns rituais da
religião judaica.
A pequena Rose, uma menina judia, com
cabelos brilhantes e olhos cristalinos, vivia com os avós. Rose é marcada pela
admiração e pelo amor que sentia pelo seu avô, Markus, e pelos segredos e
momentos que partilhavam. Quanto à avó Ester, respeitava-a, mas mantinha uma
certa distância, apresentando-a como uma pessoa autoritária. A personagem é
também marcada pela sua perplexidade em relação às perguntas sobre o porquê de
os adultos se envolverem em guerras, perguntas essas para as quais ela não
obtinha resposta.
Cresceu
a sentir-se diferente dos outros, pelo facto de ser judia, mas tinha
características comuns a muitas crianças, tais como a sua curiosidade, a
imaginação e a sensibilidade. A curiosidade está bem explícita nos momentos em
que faz perguntas sobre a guerra e o mundo que a rodeia.
A determinada
altura, os pais de Rose vieram buscá-la, para viver com eles e os dois irmãos.
Foi nessa época que aprendeu sobre alguns aspetos da adolescência e começou a
ter algumas paixões.
Mais
tarde, após a morte do avô, do pai e de outros familiares, Rose teve que
desistir de tirar um curso e foi trabalhar para Berlim, onde o salário era uma
miséria. Aceitou esse emprego para a sua mãe não ter que trabalhar tanto,
ajudando-a, assim, a sustentar a família.
A
certa altura, é procurada por dois polícias, com o objetivo de a questionarem
acerca do seu chefe de trabalho. Interrogam-na e de novo foi intimada a
comparecer na polícia no período de cinco dias. E foi neste prazo que Rose
abandonou a sua terra natal.
Aconselho
a lerem este livro, uma vez que é de leitura bastante acessível e relata
acontecimentos importantes, como, por exemplo, o fim da primeira guerra mundial
e os danos que isso causou à Alemanha e também o início da segunda guerra
mundial, seguido do Holocausto. São temas, a meu ver, que é necessário abordar.
Os horrores que foram cometidos nessa altura não devem parar de ser referidos. O
livro ensina também que o ser humano tem o poder de superação e a capacidade de
aguentar situações que em momento algum achávamos que íamos conseguir
ultrapassar.
Texto de Isa Filipa Alves Pereira, 8ºA
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ANNE FRANK
A menina que o mundo ouviu
Venho falar-vos de um livro muito interessante que existe em diferentes
formatos e que foi traduzido para setenta idiomas. Esta história é uma das mais
lidas do mundo e reflete um período infame da história, visto pelos olhos inocentes
de uma jovem adolescente.
Se vos aconselho a lê-lo hoje é porque,
estranhamente, ecoa a situação que estamos vivendo atualmente com a guerra na
Ucrânia.
Esse livro tem como título “Anne Frank, a
menina que o mundo ouviu” de Linda Elovitz Marshall e ilustrado por Aura Lewis.
Essa
história trata de uma rapariga chamada Anne Frank que queria ser ouvida e era
uma menina com muita alegria de viver, mas muitas vezes ninguém a escutava. Ela
era judia e essas pessoas corriam perigo porque Adolf Hitler queria matá-las.
Um dia, os pais da Anne deixaram a
Alemanha para encontrar um local seguro. Ela começou uma nova vida nos Países Baixos.
Alguns anos depois, Hitler e os nazis invadiram, também, os Países Baixos e
obrigaram os judeus a respeitar regras muito restritas. Pelo seu aniversário,
Anne recebeu o diário, ao qual chamou Kitty, e nele Anne escrevia tudo.
Certo dia, ela e a família tiveram de se
esconder, só que não tardou que os nazis os encontrassem e os levassem para o
campo de concentração. Não muito tempo depois, ela morreu. A amiga da Anne deu
o diário ao pai e ele publicou-o, com o título “O diário de Anne Frank”
Se o nosso futuro vos preocupa leiam este
livro!
Texto e ilustração de Nina, N.º 12, 6.ºC
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Uma
Aventura no Inverno
Venho apresentar o livro “Uma Aventura no Inverno”, da
autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo Fagundes
e editado pela Caminho.
Conta-nos a narrativa que, num dia chuvoso,
as gémeas estavam na rua e lembraram-se de entrarem no Centro Comercial Picapau
para se abrigarem da chuva. Algum tempo depois, uma senhora acusou-as de a
terem roubado, o que gerou uma grande confusão. Depois deste episódio, várias
pessoas também as acusaram de uma coisa que elas não fizeram, entretanto, a senhora
pediu-lhes imensa desculpa, porque se tinha enganado e descobrira que não
tinham sido elas as autoras do furto. Depois, elas voltaram para casa e,
estupefactas, viram nos seus casacos um relógio muito caro. Resolveram, então,
chamar os amigos para entrarem na aventura de descobrir de quem seria aquele
relógio.
Decidiram encontrar-se na porta do Centro
Comercial e, quando chegaram lá, um vizinho pediu-lhes ajuda e eles disponibilizaram-se
a colaborar.
Depois de ajudarem o vizinho, o Chico começou
a sentir muita dor de cabeça e foi à procura de ajuda. Quando encontrou umas
pessoas, desmaiou e apareceu num sítio completamente diferente daquele em que
estava antes. Logo que chegou ao pé dos amigos, ele reconheceu o tio das
gémeas. Quando foram embora, os rapazes acharam-no muito esquisito. O Chico
disse-lhes que supunha que tinha sido hipnotizado e os amigos acharam tudo muito
estranho.
Então, foram à fábrica do tio das gémeas e,
quando entraram, viram muitas coisas roubadas do Centro Comercial. Algum tempo
depois, apareceram dois homens, armados aos tiros e eles fugiram.
Será que eles descobriram o que tinha
acontecido?
A parte de que eu mais gostei foi quando o
João se vestiu como uma criança de 9 anos (calções, t-shirt de animais,
suspensórios e ténis).
Eu aconselho a leitura deste livro, porque
tem uma linguagem fácil, imagens sugestivas e uma história muito emocionante.
Texto de Rodrigo
Borges 6ºC n º15
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Brites
e Joane vão de aventura na corte de D. Manuel
Esta
história conta-nos as aventuras de Joane e Brites.
Um dia todos os sinos das igrejas começaram a
tocar. O que será? Fogo? Morreu a rainha? Não, foi o príncipe que nasceu. Joane
foi avisar a amiga Brites e logo se dirigiram ao paço com muita gente
acompanhar. Pelo caminho abre-se uma porta de onde sai um rapaz com a idade
deles e que tropeça em Brites e ambos caiem ao chão. O rapaz não gostou e
começou a tratar mal Brites, Joane não gostou e o rapaz não tardou a identificar-se
como sendo Gil Lousado, moço da Câmara, não se importando de Brites que
continuava no chão. Joane envolveu-se em luta com o rapaz e Brites tenta
separá-los. De repente sorriem e pedem desculpa uns aos outros. Gil estava
muito aflito, porque uma criada dos aposentos da rainha lhe tinha pedido umas
ervas, para sua alteza a rainha, que acabava de parir o príncipe. Os amigos não
podiam deixar mal o seu amigo, foram ao encontro da mãe de Brites, pois o tempo
estava a voar. A mãe de Brites ouviu Gil e indicou-lhes o mestre das mezinhas.
O mestre mandou-os ir buscar 3 mulas para chegarem mais depressa enquanto
preparava os frascos e boiões embrulhados em panos para levarem ao paço com as
mezinhas (remédio caseiro).
Chegados ao Paço encontraram uma mulher de
idade como que procurava alguém ou alguma coisa, gritou com Gil, pois não tinha
cumprido o que lhe tinha sido pedido. Gil responde que tinha tudo o que lhe
tinha pedido. Fez-se silêncio e o capelão do paço veio anunciar o nascimento do
principezinho João e que tanto ele como a mãe estavam bem de saúde. Era hora de
festejar dentro e fora do palácio, mas o susto com a rainha ainda se estava a
recuperar, pois ela tinha desmaiado após o nascimento do príncipe, mas com as mezinhas
trazidas pelas crianças tudo estava bem.
Depois de tudo estar bem, o rei D. Manuel
mandou chamar as crianças para falar com elas, agradecendo-lhes os remédios que
salvaram a rainha, dando-lhes fruta, confeitos e perna de galinha. As crianças
nunca tinham visto coisas tão boas…
Brites e Joane regressaram a casa pois os seus
pais estavam aflitos, já não os viam desde que os sinos tocaram, ficando de
boca aberta com a sua chegada em cortejo mandado pelo rei. Começaram a contar
toda a história à família juntando-se os dois para não se esquecerem de nada.
Passados dias, aparece Gil à porta dos seus
amigos a pedir-lhes que vestissem a melhor roupa e calçado, que o rei tinha
mandado chamá-los.
Chegados ao paço foram pelos corredores
escuros, com as paredes cobertas de tapetes maravilhosos e quando menos
esperavam estavam em frente de uma cama enorme e bem decorada, onde uma dama
lhes acenava para fazerem uma vénia à velha rainha D. Leonor. Esta
agradece-lhes e que muito a satisfez conhecê-los. As crianças não tinham que
dizer, pois estavam perante a velha Rainha D. Leonor e quem estava sentada a
seus pés era D. Maria que ainda não estava composta do parto.
Por fim, entra no quarto um homem que parecia
um pastor acompanhado de outros homens que D. Leonor mandou sentar a seus pés,
era Gil Vicente a trazer presentes ao príncipe.
Não resistiram e fizeram uma festinha ao bebé,
que parecia um menino Jesus.
Achei
a história bastante interessante, pois deu-me a conhecer os rituais usados
aquando do nascimento de um príncipe (o tocar dos sinos e as mezinhas) e a
alegria das crianças em puderem ajudar a rainha para que tudo ficasse bem, não
esquecendo o Rei e o palácio.
Texto e ilustração de Gonçalo
Teixeira, nº 5, 7ºG
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Nem pato nem cisne, de Ana Saldanha

O livro que nós lemos chama-se “Nem pato
nem cisne”, escrito por Ana Saldanha e ilustrado por José Miguel
Ribeiro. Este livro fala sobre um menino ruivo chamado Eugénio que nasceu numa
família morena. Todos na sua família o achavam estranho menos a sua mãe que
estava sempre do seu lado. O Eugénio não sai à
família. É um «patinho» ruivo e desajeitado entre «cisnes» morenos e graciosos.
Eugénio achava-se como patinho feio no meio
dos cisnes. Num determinado dia ele recebeu um convite de amigos da sua mãe
para passar férias na Irlanda. Graças aos amigos que lá conheceu, Eugénio
descobre que afinal não é um patinho fora de água. «Na água gelada da ria, o Eugénio tenta manter-se calmo. Ao
princípio, deixa-se embalar pela corrente, mas não tarda a aperceber-se de que
ela o está a puxar para o meio da ria. O que é preciso agora é chegar até ao
barco»
Nós achamos este livro um pouco confuso e não
cativou o nosso interesse, mas recomendamos este livro, porque ensina a não
julgar ninguém pela sua aparência e sim pela sua personalidade.
Texto e ilustração de Maria do
Carmo Gomes, nº 11, 7ºG e Sofia
Oliveira, nº 16, 7ºG
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Uma questão
de Cor, de Ana
Saldanha
Uma Questão De Cor, de Ana Saldanha e ilustrado por José Miguel Ribeiro conta-nos a
história de Nina que era uma menina responsável
e obediente, até receber o seu primeiro computador e ficar muito viciada em
jogos. Ela tinha recebido o seu computador no Natal e a sua família sabia muito
sobre informática que a viciou ela começou a ficar viciada.
Um dia a mãe estava a chamá-la para
ir comer e ela não ia, logo formou-se ali uma grande discussão, que depois de
algum tempo acalmou. Entretanto, a mãe disse a Nina que o seu primo Daniel vinha
viver com eles o que a fez ficar espantada e admirada.
Quando Daniel chegou foi logo ver o
seu quarto, fez logo um escândalo, dizendo que não podia dormir naquele quarto, porque ia
ter ataques de asma por causa dos livros.
Um dia, a avó de Nina foi para o
hospital, e o pai de Nina foi visitá-la, mas não o deixaram entrar logo, perante
a reclamação dos médicos ele disse que os médicos e enfermeiros tratavam as pessoas
como se fossem uns ciganos, negros e uns cães. Daniel ao ouvir o que o tio
disse ficou ofendido, pois era negro, e ficou chateado o resto do dia. Então,
Nina para resolver um bocado o problema cedeu-lhe o seu o quarto.
No primeiro dia de aulas os amigos da
Nina começaram a gozar com o Daniel por causa da cor dele e por ser grande.
Vítor que era o amigo mais próximo da Nina começou a ser racista com o Daniel. Ambos
discutiam muitas vezes, mas na última vez, na paragem do autocarro, Nina
chateou-se com Vítor e não falou mais com ele. Daniel sofria bullying por parte
de Vítor e dos amigos, perseguiam-no e riam-se dele.
Quando a avó chegou do hospital, Nina
disse a Daniel para não dizer nada sobre o que lhe faziam, porque ela ainda
estava doente e não podiam entrar em stress.
Um dia Vitor convida Nina e Daniel
para uma festa, mas aquele não aceitou. No dia da festa, sem se esperar, Daniel
apareceu.
Porque razão teve Daniel de mudar de
escola?
Por que é que Vitor passou a
comportar-se de forma diferente?
Nina não encontrava respostas, mas
conseguiu o que queria, fazer com que Daniel e Vitor se tornassem amigos.
Texto e ilustração de Inês
Soares, n.º 7, 7.ºG e Rita Soares, n.º 15, 7.ºG
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Contos Gregos
Contos Gregos, António Sérgio é uma obra de ação e
aventura composta por três contos ou lendas que se situam na Grécia, num tempo
incerto. Apresenta uma escrita simples e, embora a ação tenha lugar no passado,
é muito fácil de compreender.
No primeiro conto,
“Filémon e Báucis”, dois dos deuses gregos, Zeus (ou Júpiter) e Hermes (ou
Mercúrio), disfarçam-se de homens pobres para avaliar o comportamento do Ser
Humano. Após isso, eles deparam-se numa
casita pobre, onde conhecem Filémon e Báucis…
“História dos
Argonautas”, o segundo conto, é uma história de ação e aventura, sobre Jasão e
os seus amigos, também chamados de Argonautas, que vão em busca do velo de
oiro, para conquistarem o reino do Rei Pélias, o tio de Jasão.
O terceiro conto fala-nos
sobre o amor entre um cão e uma pessoa. Na obra “O cão de Ulisses”, Ulisses é
rei de Ítaca e embarca numa viagem com outros gregos, para tomar a cidade de
Troia. Passam anos até ele voltar à sua cidade natal, por isso ele disfarça-se.
Apenas o seu cão, que está à beira da morte, o pode reconhecer…
António Sérgio, o autor deste livro, nasce em Damão, Índia em 1883 e foi
um influente educador, filósofo, jornalista, … e era um homem muito virado para
a política, tendo influenciado muitos homens, como Mário Soares. Também foi
escritor de vários livros como “Educação Cívica”, “Obras completas Ensaios”,
“História Trágico-Marítima” e “Contos Gregos”.
Nós gostámos muito desta
obra, pois não só nos ensina mais sobre as antigas culturas e os contos e
lendas tradicionais, ajuda-nos também a aprender o passado para melhor
compreendermos o presente como estes contos também nos ensinam que a pobreza, o
cansaço e as saudades nunca devem permitir que tu desistas.
Texto e ilustração de Diogo Santos, nº 4, 7ºG e Manuel Felisberto, nº10, 7ºG
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Chamo-me... Anne Frank, de Carmen Gil Martínez
Mercè Galí Sanarau
O livro Chamo-me... Anne Frank, de
Carmen Gil Martínez e ilustrado por Mercè Galí Sanarau fala-nos de uma rapariga
alemã que morreu aos dezasseis anos num campo de concentração. Anne Frank
nasceu em 12 de junho de 1929 em Francoforte, de onde foi obrigada a emigrar,
ela e sua família para a Holanda, fugindo ao terror nazi.
Anne Frank registou no
seu diário toda a experiência de viver escondida numa casa, com a família e
outras pessoas, tentando escapar à perseguição a que os alemães sujeitavam os
judeus.
«Na Casa de Trás» como
ela lhe chamou, escreveu o diário que se tornou famoso no mundo inteiro e que
se tornou o símbolo do Holocausto.
O desejo de liberdade, o
terror, os medos, a amizade, as brincadeiras possíveis, a solidariedade, num
espaço tão pequeno ficam retratados nessas páginas por esta menina sonhadora
que acabou vítima de tifo, no campo de concentração de Auschwitz, causa das
condições da Segunda Guerra Mundial.
O que ela pretendia com
este diário era falar em nome de todos os inocentes que foram assassinados
nessa guerra, e que as suas palavras servissem para fazer pensar sobre a
loucura e a crueldade da guerra.
Ironicamente, estamos a
viver uma situação algo semelhante na Ucrânia, onde milhares de inocentes têm
que fugir ao terror russo e outros milhares ficam na sua terra a tentar
defender o seu país e a sua pátria.
Texto e ilustração de Leandro Ferreira, nº9, 7ºG e Tiago Ferreira, nº17, 7ºG
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Chamo-me … Amália, de
Maria Inês Almeida
Chamo-me … Amália, de Maria
Inês Almeida e os ilustradores Sérgio Agostinho e Cláudia Dias fala-nos de Amália,
que nasceu no dia 23 de julho de 1920.
Amália sonhava em ser bailarina, aos 9 anos
iniciou a escolaridade na escola primária Tapada da Ajuda. A professora da
primária chamava-se Lia Barreto e chamava-lhe «Bicho Maltratado» porque era
tímida e arredia, a sua família era muito rígida com regras e normas muito severas.
As pessoas do bairro de Amália, um bairro operário em Alcântara, de manhã cedo
pediam-lhe para cantar e tocar e davam-lhe rebuçados e moedas.
Os
pais de Amália chamavam-se Albertino de Jesus Rodrigues e Lucinda da Piedade,
eram pessoas humildes nascidas na beira baixa, os quais a deixaram entregue aos
cuidados da avó materna. Quando Amália abandonou a escola foi trabalhar como
bordadeira e passado algum tempo foi trabalhar numa fábrica de bolos da Pampulha
em Lisboa, mais tarde Amália decidiu inscrever-se num concurso na Academia de
Santos Amaro e lá conheceu o seu
primeiro marido, Francisco Luz.
Aos
vinte anos dominava a voz completamente.
Em
1947 fez o filme Capas Negras e outros mais. Passado uns anos voltou a casar-se
com um brasileiro, César Seabra.
Faleceu
aos 79 anos e o seu corpo encontra-se no Panteão desde o dia 6 de outubro de
1999, na rua de São Bento, nº193 em Lisboa.
Para mim o livro
é interessante porque mostra a história de uma das melhores cantoras do mundo.
A parte que
mais gostei do livro foi que as pessoas gostavam tanto de a ouvir cantar que
lhe davam rebuçados e moedas.
Eu
recomendo este livro porque achei interessante.
Texto e ilustração de Maria Rebelo Santos, nº13, 7ºG
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E a viagem continua…
Depois de
ler “O silêncio da água”, “O lagarto” e “O conto da ilha desconhecida”, três
livros de José Saramago, as personagens destas três narrativas juntaram-se
aqui, nesta folha de papel, e embarcaram numa nova viagem…
Depois de uma grande azáfama no mar, o
homem do barco continuava a sua busca incessante pela Ilha Desconhecida, com a
mulher da limpeza. A sua companhia eram as gaivotas do conto O Silêncio da água, que o fitavam bem lá
do alto no seu voo picado e eram brancas como a neve. O sol estava abrasador e
o céu vestido de azul. Um peixe barbo seguia-os ao longe, adivinhando as suas
preocupações, o mesmo peixe corpulento do conto das gaivotas.
Ao raiar do dia, a mulher da limpeza abriu
a porta dos pensamentos e, em sobressalto, surgiu o lagarto do Chiado,
transformado em pomba. A mulher ficou muito contente ao observar aquele imenso
mar, agora tão calmo. Chamou o homem do barco e mostrou-lhe a possibilidade de
encontrarem a ilha naquele dia. Tudo estava em harmonia.
De repente, ouviu-se um grande estrondo
junto ao barco. O peixe soberbo tinha-se aproximado porque se sentia só. Então,
a mulher da limpeza observou atentamente, durante algum tempo, aquele peixe corpulento
e notou que tinha uma marca, um anzol preso nas guelras, e pensou que já deviam
ter tentado pescá-lo, anteriormente. As gaivotas também se aproximaram em busca
de comida, mas essencialmente à procura de companhia. E cortando o silêncio
profundo da água, ouviu-se um grito: “Ei!” Na margem, um rapaz agitava
furiosamente a cana de pesca e gritava: “Anda cá! Temos de ajustar umas contas!
Hei de apanhar-te!”. Atraído pelo barulho, o homem do barco apareceu no convés.
Contudo, ignorando os gritos do rapaz, prosseguiram viagem. O homem e a mulher observaram
desmoderadamente as gaivotas, o lagarto, a pomba e o barbo, que os
acompanhavam. “Olha, podem ser os marinheiros que não conseguiste arranjar!” –
comentou a mulher apontando para os animais. “Ainda não encontrámos a Ilha
Desconhecida!” – lamentou-se o homem. “Todo o homem é uma ilha” – retorquiu a
mulher. E ficaram pensativos.
Do pensamento, para a realidade, surgiu a
pomba, que de novo se transformou no lagarto do Chiado.
Por fim todos se uniram e a viagem
continuou…
Texto de Diana
Gouveia,n.º4, 6ºD
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“E a ilha desconhecida fez-se ao
mar…”
Venho apresentar o livro “O conto da ilha desconhecida” da autoria de
José Saramago. Este livro fala de um homem que estava à procura da ilha
desconhecida.
Certo dia, um homem foi até ao palácio do
rei, bateu à porta e disse “quero falar com o rei.” A mulher da limpeza
dirigiu-se ao primeiro-secretário e disse-lhe o que se passava e esse dirigiu-se
ao segundo e assim sucessivamente até chegar ao rei. Este, para transmitir a
resposta, dirigiu-se ao primeiro-secretário, que se dirigiu ao segundo e assim
sucessivamente até chegar à mulher das limpezas.
A mulher das limpezas informou o homem que
o rei estava muito ocupado na porta dos obséquios, então o homem decidiu deitar-se
à frente da porta das petições até que o rei fosse falar com ele. Quando o rei
decidiu ir falar com o homem perguntou-lhe o que estava ali a fazer e o que
queria. O homem respondeu que queria um barco e estava à procura da ilha
desconhecida. O rei perguntou: “E que ilha é essa que eu não conheço?” E o
homem respondeu: “Se eu to pudesse dizer então não seria ilha desconhecida.”
O rei deu-lhe o barco e o homem foi à
procura de “marinheiros” e partiu com a mulher da limpeza para esta aventura (a
mulher das limpezas tinha abandonado a porta das petições, pois não gostava do
seu trabalho e estava farta de estar no reino e saiu pela porta das decisões,
pois decidiu dar outro rumo à sua vida).
Será que eles vão encontrar a ilha
desconhecida? Ou será que esta viagem à procura da ilha desconhecida simboliza
a viagem que nós fazemos no nosso trajeto de vida, enfrentando o desconhecido? Bom,
isso deixo com vocês, mas antes de terminar a minha apresentação, vou partilhar
algumas expressões de que gostei muito e sei que também vão gostar.
“Tinha-lhe desejado felizes sonhos, mas
foi ele quem levou a noite a sonhar…” Gostei muito desta expressão porque eles
já gostavam um do outro e o homem estava a demonstrar carinho e amizade pela
mulher da limpeza.
Outra expressão que adorei foi: “Pela hora
do meio-dia, com a maré, a ilha desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de
si mesma.” Isto significa que a ilha desconhecida não existia, e que, para nos
conhecermos, temos de nos abrir, sair de nós.
“… e tem cuidado com as gaivotas, que não
são de fiar,…” a mulher da limpeza disse isso ao homem porque as gaivotas já a
estavam a chatear.
“Dá-lhe o barco, dá-lhe o barco.” Disse a
multidão pois estavam espantados com a coragem do homem e queriam que ele
tivesse o barco.
Aconselho a leitura deste livro
extraordinário!
Texto e ilustração de Mafalda
Vicente, n.º 13, 6ºD
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“É necessário sair da ilha para
ver a ilha…”
Venho falar de José Saramago, esta enorme figura da Literatura, mais
precisamente do livro “O conto da ilha
desconhecida”.
Este livro
fala de uma porta, mas não de uma porta qualquer, a porta das petições, onde as
pessoas do povo se dirigiam para pedirem ao rei dinheiro, títulos entre outras
coisas… Contudo, não era o rei que abria a porta, mas sim a mulher da limpeza,
que abria, apenas, uma nesga e perguntava às pessoas o que queriam. Depois, ela
passava a mensagem ao primeiro-secretário, este ao segundo e assim
sucessivamente até chegar ao rei. A resposta seguia o trajeto inverso até
chegar à mulher da limpeza, que, como não tinha ninguém em quem mandar, tinha
de abrir a porta e dar a resposta.
Ora, isto é considerado uma burocracia e,
como podemos constatar, este sistema burocrático está bem presente na
organização dos serviços na atualidade, portanto, podemos ver aqui uma crítica
social.
No entanto,
contrariando este sistema, um dia, um homem bateu à porta e disse que queria
falar diretamente com o rei. E, depois de algum tempo de espera, como se
recusava a sair da porta sem ser recebido pelo rei, conseguiu o que pretendia.
E disse ao rei que queria um barco para procurar a Ilha Desconhecida.
Gostei
bastante do diálogo entre os dois, pois a forma como o homem respondia ao rei
demonstrava que enfrentava o poder, que não aceitava o autoritarismo do rei. Também
apreciei o facto de a mulher da limpeza ter abandonado o seu trabalho no palácio
e ter saído pela porta das decisões. O que poderá sugerir esta saída pela porta
das decisões? Talvez mostre que o exemplo do homem a levou a ter forças para
tomar a decisão de ser livre e de levar a vida que queria.
Qual seria
a estratégia inteligente que o homem que queria um barco tomou para conseguir
encontrar a ilha desconhecida?
Gostei
bastante deste livro, pois nele podemos descobrir várias indiretas à sociedade,
como a burocracia, o abuso do poder… Reparei, também, que o narrador nunca se
refere ao nome da cidade, nem das personagens, todos são referidos pelo que
fazem ou pela sua acção, como por exemplo: o homem que queria um barco, a
mulher da limpeza… Desta forma, acho que Saramago pretende sugerir que isso
pode acontecer em qualquer lado com qualquer sociedade.
Agora, vou
partilhar algumas passagens de que gostei muito: “gostar é provavelmente a
melhor maneira de ter, ter é provavelmente a pior maneira de gostar”. Gostei
bastante desta expressão porque a antítese mostra o oposto de duas coisas e
mostra que, por vezes, só damos valor ao que não temos e que não devemos
confundir o amar com o possuir. Outra expressão maravilhosa foi: “as velas são
os músculos do barco”, porque, aqui, a mulher da limpeza assemelha as velas aos
músculos dos humanos, isto é, num barco as velas fazem mover o barco, assim
como os músculos dão força para os humanos moverem o corpo. Também gostei da
expressão: “que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se
não nos sairmos de nós…”, porque mostra que, para nos vermos a nós, temos de nos
pôr no local de outra pessoa.
Recomendo
a leitura deste livro fantástico que retrata vários aspectos da sociedade e nos
faz refletir.
Texto e ilustração de Sofia leite, n.º 21, 6°D
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O conto da ilha
desconhecida
José Saramago
Li recentemente o livro é “O conto da ilha desconhecida”, que tem
como autor o conhecido “escritor das críticas sociais”, editado pela Porto
Editora e ilustrado por Fatinha Ramos. A partir de agora, tenho o orgulho de
dizer que já comecei a ler Saramago. Além de ser o primeiro livro que li dele,
foi também um dos que mais gostei durante este ano letivo.
Este livro, tal como a maior parte dos livros de Saramago, tem uma
particularidade interessante que ocorre ao longo da história: são as críticas à
sociedade, que mostram grandes verdades, realidades, através de um conto. Além
disso, a história, na sua procura pelo desconhecido, transmite uma bonita
mensagem, quando afinal se descobre que o autor, em vez de encontrar um lugar,
encontra um sentimento para o qual até nem precisava de nenhum barco.
O enredo principal desenvolve-se a partir de um homem que queria
um barco e, para o conseguir, foi pedi-lo ao Rei e, logo aí, se desenrolam uma
série de situações que nos dão vontade de rir, mas também que nos fazem refletir.
Por exemplo, podemos perfeitamente identificar, nesta parte, a burocracia
enervante que perturba e impede a resolução de problemas e situações e que
reconhecemos na nossa sociedade. O abuso do poder é outro aspeto que podemos
observar. E ainda o direito de tomarmos a decisão sobre a nossa vida, como o
fez a mulher de limpeza ao sair pela porta das decisões, decidindo acabar com as
submissões e dar um outro rumo à sua vida.
Um aspeto que caracteriza o livro é o facto de as personagens, os
locais serem completamente “anónimos”, pois o autor não fornece nome do lugar,
nem nomes das personagens, o que sugere que estas situações podem corresponder
a muitos outros lugares e a muitas outras pessoas. É uma espécie de espelho no
qual a sociedade se pode “ver”.
Outra das coisas que me fez pensar um pouco acerca do homem da
história foi a “distração” dele, pois estava à procura de marinheiros e nenhum
deles aceitou, mas a pessoa que ele jamais teria pensado convidar foi a que se
voluntariou para ir consigo. Essa pessoa foi a Mulher da limpeza, que tem um
papel muito importante na história.
Algumas das características sedutoras da história são as
expressões ricas que nos dão a entender coisas que vão muito mais além de uma
história. A narrativa é recheada de expressões divertidas, cheias de ironia,
tais como a que passo a referir: “Então não te dou o barco, Darás.” A razão
pela qual adorei esta expressão é o facto de o homem contrariar a autoritária
resposta do rei, que, por sua vez, é seu superior. Aqui, podemos identificar a
revolta contra o poder instituído, a luta contra o abuso do poder, através de
uma atitude desafiadora.
Um dos pontos que também apreciei no livro são as imagens
encantadoras que dão prazer à leitura e acompanham a história visualmente.
O final da história é bem diferente do que se poderia pensar e
deixa-nos a refletir.
Será este conto uma metáfora da viagem do homem pela sua vida, a
busca do desconhecido que terá de enfrentar?A necessidade de se conhecer,
saindo de si? Será uma alusão ao nosso desejo de conhecer mares desconhecidos?
Deixo-vos com estas reflexões.
Espero que tenham gostado e recomendo-vos esta leitura que à
partida irão adorar.
Texto e ilustração de Diogo Gonçalves, n.º 6, 6.ºD
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História
de um gato e de um rato que se tornaram amigos
Gostei
muito de ler o livro “História de um gato e de um rato que se tornaram
amigos”, de Luis Sepúlveda, pois é muito boa e capta muito bem o que é ser o
melhor amigo de alguém.
A
história fala sobre o humano Max e o seu gato Mix e a sua amizade,
eventualmente, Mix fica cego e tem de parar de explorar o telhado, o seu lugar
favorito, mais tarde o gato conhece um rato mexicano e ajuda-o a alcançar os cereais
e assim tornam-se amigos, Mix até lhe dá o nome Mex. Entretanto, Max conhece
Mex e sente-se feliz por Mix ter um novo amigo.
Um
dia o rato quis explorar o telhado, por isso o gato levou-o para o telhado,
assim Mix e Mex sentiram a adrenalina de saltar de um telhado para o outro, era
como se fosse voar.
Esta
história fala sobre a amizade e o trabalho em equipa, Mix sendo a coragem de
Mex e Mex sendo os olhos de Mix.
Como
já mencionei, o livro é ótimo, não vejo nada que me desagrade. A história cria
uma relação muito grande com cada um dos 3 personagens, como por exemplo, Max
fazer com que toda a mobília da casa fique no mesmo lugar para Mix se orientar
facilmente.
Em
conclusão recomendo bastante a leitura deste livro, é muito fácil de ler e
entende-se facilmente, e até é uma história que se pode relacionar com outras.
Texto e ilustração de Miguel Ferreira Catarino, Nº14,
7ºG
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Chamo-me…
José Saramago
Chamo-me…José Saramago escrito por Cidália Fernandes e ilustrado por Jorge Miguel,
é um livro biográfico em que, inicialmente, o título não desperta muita
curiosidade, mas quando se começa a ler percebe-se que é muito interessante,
pois ficamos a conhecer um dos grandes escritores da nossa literatura.
O livro divide-se em capítulos e fala
da vida de José Saramago, as datas mais marcantes na vida deste grande
escritor, e descreve como conseguiu ter inspiração para escrever todos os seus
livros, como se tornou escritor e por onde passou até se fixar num lugar.
No início fala das suas raízes, daí o nome do primeiro
capítulo “Era uma vez… as raízes”, fala de onde nasceu e viveu, dos seus
pais e avós. O segundo capítulo “Em Lisboa”, tal como o nome indica, é
passado na capital onde morou muitos anos e onde descobriu a sua paixão: o
cinema. Terceiro capítulo “1930… e a revelação” é a parte do livro que
contém muita informação, da qual vou apenas revelar alguma. José Saramago frequentou
a Escola Primária da Rua Martens Ferrão, anos depois foi para a Escola do Largo
do Leão, onde completou três anos
letivos em dois anos civis. Tinha um cão chamado Camões, porque apareceu em sua
casa no dia em que descobriu que tinha recebido o Prémio Camões.
O quarto capítulo “1940... as verdadeiras aventuras”
relata um pouco de como acabou os estudos de Serralharia. Mais tarde em 1944
casou-se com a pintora Ilda Reis, entre 1944 e 1946 escreveu cerca de 40 poemas
e em 1947, publicou o seu primeiro romance, Terra do Pecado, e no
mesmo ano ganhou um novo elemento na família a sua filha e no ano seguinte
perdeu outro o seu avô. Em 1950 começou a trabalhar na Caixa de Previdência,
anos depois foi promovido. Passado algum tempo divorciou-se de Ilda Reis, e
pouco tempo depois começou uma relação com Isabel Nóbrega.
No quinto capítulo “1982” refere que o seu livro O
ano da Morte de Ricardo Reis atingiu a 4º edição com uma tiragem de 20
000 exemplares, ainda nesse ano recebeu um prémio. Em 1886 acabou a relação com
Isabel da Nóbrega e no dia 14 de julho conheceu a jornalista espanhola Pilar
del Río, com quem se casou em 1988. O sexto capítulo ”Ente 1990 e 1993”refere
as suas viagens e os muitos prémios que recebeu. Em 1933 estabeleceu-se
definitivamente em Lanzarote. Publicou a sua quarta peça de teatro. O sétimo e
último capítulo ”O grande orgulho nacional”, fala de como o escritor se sentiu orgulhoso
por receber o Prémio Nobel, e por ser o primeiro escritor português a
recebê-lo.
Em 2000 escreveu o livro
A Maior Flor do Mundo um conto para crianças. Entre 2002 e 2009
publicou vários livros.
Este livro termina de uma forma
espetacular... leiam-no para descobrir.
Espero que gostem tanto como eu
gostei!
Texto e ilustração de Catarina
Marques, nº1, 7ºG
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Chamo-me… Eusébio
“Chamo-me… Eusébio”, é um livro infantojuvenil,
do autor Manuel Margarido, com ilustração de Jorge Miguel, que nos conta um
pouco da vida de Eusébio.
Eusébio
da Silva Ferreira, nasceu em Lourenço Marques, atual Maputo. O sonho dele
sempre foi jogar à bola e, passou de jogar descalço com uma bola de trapos a
ser um dos jogadores mais cobiçados da sua época e ficou conhecido pela alcunha
de “Pantera Negra”.
Eusébio,
foi um excelente jogador e levou as suas equipas à glória, no mundo do futebol.
Ganhou diversos títulos por todos os clubes por onde passou. Mas o clube do seu
coração foi sempre o Sport Lisboa Benfica, onde jogou durante 16 anos e pelo
qual foi 11 vezes campeão da Liga.
Foi
o melhor marcador da Seleção Nacional, com 46 golos marcados e chegou a obter o
record de golos, 733.
Este
livro também fala de alguns momentos engraçados, como aquele em que Eusébio se
pôs a jogar à bola com o príncipe da Pérsia, no meio do seu luxuoso palácio e
outros menos felizes, por exemplo, do momento em que o seu companheiro Luciano
morreu, num dia em que todos estavam juntos.
Terminada
a sua carreira como futebolista, Eusébio passou a ser o “embaixador” da Seleção
portuguesa, não deixando de ser reconhecido em todo o mundo.
Texto e ilustrações de Dinis Pereira, nº 3, 7ºG e Guilherme Conceição, nº 6,
7ºG
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A culpa é
das estrelas
de Jonh Green
O livro A culpa é das estrela, de Jonh Green é uma obra de romance, que fala sobre Hazel
Grace Lancaster, uma adolescente diagnosticada com cancro nos pulmões, e como
não era muito de sair de casa a sua médica recomendou que frequentasse um Grupo
de Apoio de Miúdos com Cancro. Com muita insistência da mãe e da médica,
aceitou ir e acabou por conhecer Augustus Waters, que também tinha cancro, e em
consequência teve de amputar uma perna.
Hazel e Augustus tinham visões diferentes das coisas, mas
isso não os impediu de se apaixonarem um
pelo outro.
Augustus começou a ler o livro preferido de Hazel, e ambos
queriam muito saber o final da história, então decidiram ir encontrar-se com o
autor do livro, e marcaram uma viagem para Amesterdão, para tirar algumas
dúvidas. Já em Amesterdão, o autor não os recebeu bem, mas eles não queriam
desperdiçar a viagem, então aproveitaram o dia e passearam e só regressaram no
dia seguinte.
Algum tempo depois, Augustus contou a Hazel que o cancro se
tinha alastrado e que tinha pouco tempo de vida e algum tempo depois Augustus
faleceu. No seu funeral, o autor do livro favorito de Hazel apareceu e foi
falar com ela, mas ela não estava com cabeça para saber o fim da história, nem
para ler a carta que ele lhe entregou, e mandou-o embora. Mais tarde é que veio
a descobrir que era a carta de despedida de Augustus.
Na nossa opinião, a parte que
mais gostámos foi quando Hazel e Augustus vão a Amesterdão e vão a casa
da Mónica atirar com ovos para o seu carro. Nós achamos que este livro é muito
bom, mas ao mesmo tempo muito triste e muito forte, porque fala sobre o cancro
e trata a força do amor de uma forma muito intensa.
Achamos que deveriam ler o livro ou mesmo ver o filme, porque
nos dá a perceber que, mesmo quando parece que não conseguimos, por estarmos
muito mal, há alguns que estão piores e não o dizem, só para estarem lá
connosco.
Esta é uma história intensa e de esperança, pois, mesmo
quando estamos a morrer, podemos encontrar uma razão para viver. No caso de
Hazel que já não tinha mais esperanças e quando conhece Augustus tudo muda e começa a gostar da vida.
Texto e ilustração de Joana
Carvalho, nº 8, 7ºG e Leonor Osório, nº12, 7ºG
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As Gémeas
no Colégio de Santa Clara
Li recentemente o livro “As Gémeas no Colégio
de Santa Clara”, da autoria de Enid Blyton, publicado pela editora Oficina do
Livro, e agradou-me bastante.
Resumidamente, a narrativa fala de duas raparigas, Isabel e Patrícia, que queriam ficar no colégio Redroofs.
Contudo, os seus pais achavam que o colégio era muito caro e demasiado
luxuoso para os dias que corriam e queriam que elas fossem para o colégio de
Santa Clara. Elas ficaram muito contrariadas, mas lá tiveram de ir. Ao chegarem
ao colégio de Santa Clara, não gostaram nada, mas lá se foram adaptando.
Um dia, estavam muito contentes por irem ao circo, mas entretanto
alguém partiu o vidro da sala de aula com uma bola, portanto ficaram todos de
castigo e só as alunas do 2º ano tiveram
autorização para irem ao circo.
Então, a Joana e a Catarina, amigas das gémeas, planearam, juntamente
com elas, irem, escondidas, ao circo.
Será que conseguiram regressar sem serem apanhadas ou teria acontecido algo
imprevisto? Se quiserem saber, leiam o livro… Para além da história, que é
bastante aliciante, a linguagem também nos cativa com o uso de expressões
engraçadas, como por exemplo: “Fogo! Parecem duas lesmas…”, entre muitas
outras.
Gostei bastante de ler este livro e aconselho vivamente a sua leitura.
Texto de José Miguel, 6.ºD
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O
grande campeonato de futebol
Eu gostei muito
de ler o livro o grande campeonato de futebol, da autoria de Geronimo Stilton , com ilustrações de Roberto Ronchi.
Este livro fala de duas equipas rivais que
estavam na final da taça dos campeões: Ratónia
Futebol Clube, apoada por Geronimo, e Roedorix
Futebol Clube, a equipa preferida de Sally Rasmaussen. Não era só um
clássico de futebol, também era um clássico de jornalismo. Como capitão da
Ratónia, temos Cruzanto Cruza, uma peça essencial para este jogo
Faltavam 48 horas para a grande final, mas,
nessa mesma noite, Geronimo é acordado pelo avô Torcato, o presidente da
Ratónia. Este ligou-lhe, pedindo-lhe que fosse a sua casa, porque era muito
urgente.
Quando chegou, já lá estava a Tea, o
Benjamim, o Esparrela e outros familiares. O avô tinha uma notícia muito má a
transmitir: o capitão Cruzanto Cruza tinha sido raptado e perguntou quem estava
disposto a ajudá-lo a procurar o capitão. Após um breve momento de
estupefacção, todos se ofereceram para essa tarefa.
Será que conseguiram encontrar o capitão?
Terão ler o livro para descobrir!
A personagem de que eu mais gostei foi o
Esparrela, porque era muito divertido.
Texto e ilustração de João Pedro Pinto, 6.º C
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Uma Aventura nas Férias de Natal
Li o livro "Uma Aventura nas férias do Natal", das autoras
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo Fagundes, e venho
partilhar convosco as minhas opiniões de leitura. O livro fala-nos de cinco
amigos que foram passar as férias de Natal em casa da tia das gémeas. Durante a
viagem, o Sr. Joaquim, que era o condutor, falou-lhes de algumas coisas sobre a
aldeia e eles ficaram fascinados com a história do tesouro.
Mal chegaram a casa,
comeram algo e foram desfazer as malas. Como iriam dormir no celeiro, tiveram
de preparar um lugar para se deitarem. Encontraram uns colchões de palha
enrolados e decidiram aproveitá-los para se instalarem. Puxaram os colchões com
toda a força e, quando estavam prestes a conseguirem, um dos colchões rompeu-se
e lá havia um papel dobrado, era um papel velho, muito velho mesmo, onde
estavam registados vários percursos esquisitos. Pensaram logo que podia ser o
mapa do tesouro. A partir desse dia, foram investigando, descobrindo sítios e
falando com várias pessoas. Começaram a perceber que estavam a ser observados e
perseguidos por alguém e houve um dia em que lhes mandaram uma carta a dizer
que sabiam que eles andavam à procura do tesouro e que tinham muita informação.
Depois, pediram-lhes para irem à aldeia junto à ponte velha. No dia seguinte,
os amigos foram até lá... O que irá acontecer? Quem terá escrito o bilhete? Que
informações terão para dar?
Gostei muito de ler este
livro, pois conseguiu prender a minha atenção. A sua escrita detalhada, consegue
descrever com exatidão os locais, bem como as personagens com as suas
personalidades. Consegue fazer suspense e integrar o leitor em cada página. As
ilustrações estão bem enquadradas e demonstrativas. Tem uma escrita simples, de
fácil compreensão, com letra confortável e texto apropriado para a nossa idade.
Texto e ilustração de Inês Mesquita, 6.ºD, nº9
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Uma aventura no Verão
Venho
apresentar o livro “Uma aventura no Verão”, da autoria de Ana Maria Magalhães e
Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo
Fagundes. Este livro é composto por doze capítulos, mas o meu preferido é o
quarto, “Em maus lençóis”, e a minha personagem favorita é o Pedro, pela sua
coragem, curiosidade e inteligência.
A história desenrola-se à volta de um
grupo composto por cinco amigos: Pedro, Chico, João, Teresa e Luísa, que
preparavam um jogo de pistas no Palácio Real da Ajuda, quando conheceram um
homem, Felisberto, que tinha uma pasta igualzinha à do Pedro. Por isso,
acabaram por trocar as pastas, o que fez com que os jovens fossem parar às
maléficas garras do perigoso bando, que entrou em cena com a intenção de raptar
o professor Olsen, famoso cientista sueco.
E agora? Será
que irão safar-se desta? Terão de ler o texto para descobrir.
Eu gostei
muito deste livro por causa da sua linguagem fácil e rica, com ilustrações
incríveis. Passo agora a transcrever umas passagens de que gostei
particularmente: “Sei como vai ser o rapto, mas não sei porquê. Para que será
que querem o professor Olsen? Pedir resgate?” “Por muito que raciocinasse, não
chegou a nenhuma conclusão.” “Se eu pudesse avisar alguém…”. Gostei muito destas
passagens, pois despertaram-me muita curiosidade.
O que será que
irá acontecer com o Pedro? Conseguirá encontrar alguém para o ajudar? Depois,
um aspeto que considerei interessante no livro é que, no final, tem “O que é
real nesta Aventura” e, pelo que estive a ler, fala sobre o Palácio Real da
Ajuda e da sua lenda.
Foi uma
aventura ler este livro!
Texto e ilustração de Francisca
Avelino Figueiredo, 6º D, n.º 24
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1984
George Orwell
O livro “1984” é um
romance e foi publicado em 1949 por George Orwell.
Esta história passa-se
no ano de 1984, num futuro distópico, onde o Estado impõe um regime totalitário,
através do partido único. O local onde se passa a ação é a Oceânia, que é
dominada pelo medo e pela repressão.
A personagem principal
é Winston Smith, uma figura comum da sociedade doente e vigilante que o autor
nos apresenta. Smith é um homem rodeado pelo medo. Apesar disso, ele decide
libertar-se e viver como acha que deve ser, principalmente quando conhece Júlia,
que vive a vida como pensa que é melhor, tentando sempre contornar as regras do
partido sem ser descoberta. A partir daí, começam a sua luta pela liberdade. Só
que eles não estão preparados para o que está por vir.
Orwell tinha uma
profunda visão futurista. Fez-nos questionar o verdadeiro valor da liberdade,
mostrando-nos uma sociedade em que nem este conceito faz sentido, pois foi
abolido.
Ele observou o avanço
da sociedade, as suas adaptações e as consequências de tais mudanças. Percebeu
que o medo e a insegurança, juntamente com a tecnologia, podem funcionar como
armas para um sistema opressor e controlador. Hoje vemos que as possibilidades
e teorias por ele defendidas são o retrato da nossa realidade atual; por
exemplo, a propaganda, que, no livro, se mostrou uma grande aliada do partido,
nos dias atuais, é uma ferramenta que tem grande influência na sociedade, o que
nos aproxima da obra de Orwell.
“1984” é um livro de
intensa reflexão, que nos mostra um Estado que controla tudo, até a própria
realidade.
Este livro é
extremamente importante pois foi inspirado em regimes totalitários das
décadas de 1930 e 1940 e trouxe uma reflexão sobre o facto de cidadãos comuns
serem reduzidos a peças para servir o estado. Algumas práticas foram muito
semelhantes às da União Soviética como, por exemplo, a falsificação de
documentos históricos para moldar o passado.
Também a tortura foi
descrita de forma impressionante, mostrando que não importa apenas a tortura
física, mas sim o controlo das perceções, para as adequar à vontade das
autoridades.
Esta obra desperta nos
seus leitores um sentimento de medo e de impotência. Medo principalmente de não
se conseguir distinguir o bem do mal e de nos adaptarmos a isso. Esta é uma
obra extremamente enriquecedora e interessante que nos faz sentir maravilhados
quando a lemos.
Texto de Rúben Silva Santos, 12.º C
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Águas de Verão
Alice Vieira
O livro “Águas de
Verão” foi escrito por Alice Vieira e ilustrado por Catarina Rebello. Este
livro tem 37 capítulos.
As personagens
principais são a Marta, o António, o Francisco e a Bé, que são irmãos, o
Anacleto e o Gualberto, a dona Lucinda e a Rosalina. Os pais e os amigos são
personagens mais secundárias.
Nesta história, a
narradora é Marta. A sua família tem bastante regras, ela e os seus irmãos
tinham professora particular, costureira e criadas, as crianças brincavam
durante o dia e de noite iam para jantares com os pais e fingiam querer estar
ali. Nos primeiros capítulo, fala disso mesmo.
Mas onde a história
realmente começa é quando a mãe da Marta adoece e o pai dela diz que todos iam
para umas tais “águas boas” e que isso ia ajudar. Eles lá foram, mas isso não ajudou.
Então, chamaram um médico e viram que na verdade a mãe deles estava grávida de
Bé. O lugar onde tinha essas águas era o Hotel das Termas, onde eles passaram a
ir todos os verões. Por esse mesmo motivo, os irmãos mais velhos embirravam
tanto com a Bé pois ela tinha um lugar especial e eles não.
Num dos anos, a
Marta conhece o Gualberto do saxofone. Como os pais não os deixam ir brincar no
jantar, eles ficam sem nada para fazer, mas, nesse dia, lá conseguiram sair e
ir ter com o Gualberto. Eles conhecem-no melhor e veem que ele é bastante
divertido e nada formal como as outras pessoas.
Noutro dia, a Marta
conhece uma nova pessoa, o Anacleto, o filho do dono do Hotel, um menino exemplar.
O mesmo diz que vai contar ao seu pai sobre Gualberto ser uma má influência,
mas Gualberto anuncia uma festa e ele quer participar, então não contou.
Num ensaio, o dono
do Hotel fica a saber das queixas sobre Gualberto e despede-o, mas, mesmo
assim, ainda havia festa. Nestes capítulos finais, vai-se falando sobre a
festa, as preparações e os papéis de cada um. Quando anunciam aos pais, eles
ficam meio na dúvida, mas até aceitam.
No dia da festa,
correu tudo bem, com alguns erros, mas ninguém percebeu. O Gualberto preparou
um hino e foi um sucesso. No final, o dono pediu ao Gualberto para voltar, mas ele
diz que não, pois não gostava daquele clima. Então, as crianças perguntaram-lhe
se ele estaria lá quando elas voltassem no ano seguinte, mas o Gualberto não
respondeu e pediu ao Anacleto para o substituir. Todos se espantaram pois o
menino certinho se viu pela primeira vez feliz como os outros. Ali todos
perceberam que todo aquele regime não traz felicidade e que, mesmo sem o
Gualberto para os animar, havia outras pessoas ou até mesmo eles próprios.
A personagem de que
eu mais gostei foi o António. O António é o irmão mais velho e o mais inteligente.
Ele sabia de tudo. O António andava sempre bem vestido, com fato, relógio e
sapatos de vela, como a mãe pedia. Eu gostei do António porque, mesmo com
aquelas regras todas, ele era o único que confrontava a mãe, dizendo-lhe que
ninguém gostava daquela rigidez. No final, não valia de nada, mas ele era o
único que não tinha medo de dizer isso.
Com esta história,
podemos conhecer mais sobre a cultura antiga e também que, apesar de os pais
estarem felizes com aquele regime, os filhos não, portanto podemos perceber que
ninguém pode comandar a nossa felicidade, pois a nossa felicidade somos nós que
a fazemos. Claro que eles tinham que obedecer aos pais, mas só no fim
perceberam que mesmo com as regras podiam ser felizes.
Eu aconselho a lerem
este livro porque é indicado para a nossa idade, não é difícil de ler, mesmo
tendo 37 capítulos porque são todos relativamente pequenos. Também gostei do
facto de a história começar de forma bastante interessante, pois a introdução é
diferente. Nessa parte, contam-se acontecimentos das férias, acontecimentos
antigos, e só depois é que começa a história de verdade. O livro também nos
mostra que é bom conhecer pessoas novas. Temos como exemplo o Gualberto, que chegou
do nada e mudou completamente a felicidade das crianças.
Texto de Lara Pires
Pereira, 8ºA
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“Admirável mundo novo”
Aldous Huxley
“Admirável mundo
novo” é da autoria de Aldous Huxley, um escritor inglês, conhecido sobretudo pelos seus
romances, mas também pela autoria de diversos ensaios e por ter publicado contos,
poesia, literatura de viagem e guiões de filmes.
A obra é uma parábola fantástica sobre a desumanização dos
seres humanos e é extremamente profética, visto que muitos dos
acontecimentos que foram previstas pelo livro acontecem atualmente. A frase escolhida
para título do livro é da autoria de William Shakespeare, encontrando-se ao
longo da obra muitas referências a peças deste célebre autor inglês.
Este livro fala
de um sociedade distópica, de um mundo que foi controlado, onde as pessoas
foram desconectadas das suas famílias e as crianças eram produzidas em
laboratório e não criavam qualquer tipo de relações afetivas umas com as outras.
O objetivo maior é manter a ordem, mesmo que,
para isso, todos passem por uma grande lavagem cerebral, eliminando qualquer
sentido de individualidade ou manifestação de consciência crítica sobre a
realidade.
Em
síntese, neste mundo, organizado por castas, os valores estão invertidos, os
laços familiares não existem, o amor e a amizade são vistos como conceitos ultrapassados
e há uma falsa ideia de felicidade que camufla a solidão; apenas o prazer interessa
e as sensações estão acima de tudo.
O enredo da
história começa quando Lenina sai com Bernard numas férias para visitarem um
acampamento de selvagens (“Malpaís”) e conhecem Linda, uma mulher nascida na
civilização, mas que fora banida por ter engravidado, algo que era proibido
nesse tal “Mundo Novo”, pois a reprodução era artificial. Bernard conhece o filho de Linda, John, apelidado de"Selvagem"
e afeiçoa-se a ele. Porém, não foi a empatia entre eles que despertou o
interesse de Bernard, mas sim o desejo de levar o "Selvagem" para a
civilização pois isso iria render-lhe prestígio diante da sociedade científica.
Após isso, Linda e John vão para o tal “Mundo Novo”. Ao chegarem lá, são
vistos como verdadeiras aberrações, e John, com a sua capacidade crítica, acaba
por ameaçar a ordem e estabilidade do ambiente ao qual não pertencia.
A certa altura, John
começa a sentir-se atraído por Lenina; esta também mostra interesse por ele e tenta
seduzi-lo, só que John vê aquilo como algo desrespeitoso pois, como a ama,
considera que deveria ter uma relação de amor profundo com ela e não uma
relação baseada apenas no interesse sexual.
Mais tarde, Helmholtz
Watson, amigo de Bernard, começa a sentir-se atraído pela figura do Selvagem.
Ambos começam a refletir para além desse mecanismo de controlo que têm neste
mundo. Quando são colocados frente a frente com um dos gestores deste Mundo Novo
(Mustapha Mond), este diz-lhes que eles serão exilados em ilhas, mas que esse
exílio será uma espécie de recompensa para eles, pois o facto de serem pessoas
que têm ideias perigosas para o regime significa que este considera que eles na
verdade são pessoas inteligentes de mais e, por isso, serão isolados para poderem
lidar com outras pessoas que, tal como eles, fogem deste sistema totalitário. Quando
esta proposta é apresentada ao Selvagem, ele questiona o porquê de suprimir a
verdade, tornando-se assim possível observar o fundamento utilitarista que se
encontra por detrás deste “Mundo Novo”. Confrontado com esta proposta, John também
afirma querer sentir dor e sofrimento pois estes sentimentos são o caminho para
encontrar a verdade, mas Mustapha responde-lhe, argumentando que o mundo que
ele quer é um local que não é perfeitamente gerido, em que há a possibilidade
de se sentir dor e de a verdade sobre o mundo poder causar sofrimento às
pessoas que a encontram, sendo o ideal controlar isso.
Enquanto
Helmholtz e Bernard vão para as ilhas que mais lhes agradam, o Selvagem decide
viver como eremita, até que, inadvertidamente, acaba por se envolver numa orgia
cerimonial e, sentindo-se culpado e sujo, acaba por se suicidar.
Recomendo
vivamente a leitura deste livro, pois é incrivelmente
atual. Os factos narrados podem parecer ficção científica, mas também podem ser
interpretados como uma perspetiva da sociedade tecnológica global associada à
perda dos valores espirituais e humanistas, o que, em alguns aspetos, já é uma
realidade nos nossos dias.
Texto de Beatriz Fernandes Sonnemberg, 12.º C
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“Fahrenheit 451”
Ray Bradbury
“Fahrenheit
451” é um livro de ficção científica, publicado em 1953. Foi escrito por Ray
Bradbury, um escritor e roteirista americano.
Esta
obra conta a história de uma sociedade onde os livros estão proibidos. Assim,
as autoridades estão encarregadas de descobrir os locais onde estes se
encontram e de os queimar. Esta mesma sociedade é controlada por um governo,
principalmente através da violência e da censura. As pessoas que fazem parte
dela resolveram trocar a sua liberdade e o direito de ler livros por uma
sociedade sem conflitos, baseada nos prazeres e sem qualquer tipo de sofrimento
e preocupações, uma vez que os livros têm o poder de nos tirar da nossa zona de
conforto.
A
personagem principal deste livro é Guy Montag, cuja profissão é bombeiro, mas,
em vez de apagar incêndios, tem o dever de queimar livros e as casas onde estes
estão escondidos.
A
história divide-se em três partes, e começa quando Montag conhece Clarisse
McClellan, sua vizinha, que lhe desperta uma certa curiosidade. Esta é
considerada uma jovem problemática, uma vez que é curiosa, sonhadora e
romântica. Através de Clarisse, Montag vai percebendo que todas as outras
pessoas, inclusive ele, têm vidas vazias e sem sentimentos e emoções.
Mais
tarde, após a sua esposa tentar o suicídio e a sua jovem vizinha ser morta,
Montag começa a questionar o trabalho que realizou a sua vida inteira e tenta manter
alguns livros longe das chamas, mesmo sabendo do risco enorme que corre ao
fazê-lo.
Este
romance é de extrema importância, visto que ganhou o “The National Book Award”
e ainda foi adaptado para cinema, rádio e teatro.
Na
minha opinião, a leitura deste livro foi um pouco entediante no início, mas, no
seu decorrer, apesar de às vezes ser confusa, vai-se tornando muito cativante e
viciante. No geral, é um livro muito interessante, que recomendo totalmente,
devido ao facto de se adaptar à realidade e de ser de fácil leitura.
Texto de Beatriz Fernandes
Sonnemberg, 12º C
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Robinson Crusoé
Daniel Defoë
Venho apresentar o livro Robinson Crusoé, de Daniel Defoë. Este
livro narra a história de um jovem que se fez ao mar. Os pais sempre quiseram
que ele fosse advogado ou algo do género e diziam que ser marinheiro era um
trabalho perigoso. Então, o jovem decidiu desistir do seu sonho… Mas o tempo
foi passando e a vontade de ser marinheiro era maior. Completou a adolescência
e foi navegar! No entanto, houve uma enorme tempestade, muita gente morreu,
contudo, Robinson, que era um grande nadador, sobreviveu e foi arrastado por
uma enorme onda para um rochedo numa ilha deserta. Estava já a ficar escuro,
então decidiu ir dormir. Os dias foram passando e Robinson estava a tentar
construir um barco para voltar para casa, para a sua família. Mas houve um
enorme tremor de terra na ilha onde Robinson estava. Ficou tudo destruído!
Será que Robinson conseguiu sobreviver?
Bom, isso deixo com vocês. Mas antes de encerrar a minha apresentação, vou
partilhar algumas expressões de que gostei muito: «Vou deitar uma árvore abaixo
e construir outro barco. O plano afigurava-se-lhe fácil, pois ouvira dizer que
os índios construíam as suas canoas ateando fogo a uma cavidade num simples
tronco de árvore. “Se eles conseguem fazê-lo, certamente eu fá-lo-ei ainda melhor.”»
Hum! Será persistência ou excesso de confiança?
Gostei muito deste livro e espero que
vocês também gostem!
Texto e ilustração de Mafalda Amaro Vicente, 6.ºD
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“A ovelhinha preta”
Este livro fala-nos de um pastor que
vivia nas montanhas com o seu cão-pastor Piloto e o seu rebanho de ovelhas. No
seu rebanho todas as ovelhas eram brancas, menos uma que era preta. Enquanto, o
Piloto guardava as ovelhas, o pastor fazia meias, cachecóis, camisolas e
cobertores. Como queria ser como as outras, a ovelhinha preta ainda pediu ao
pastor para lhe fazer um casaco branco.
Quando
o pastor via uma ovelha a afastar-se dava uma pequena apitadela para o Piloto a
ir juntar ao rebanho. Quando dava uma apitadela longa era para o Piloto reunir
as ovelhas para ele as contar e verificar se estavam todas. A ovelhinha preta
não costumava obedecer ao Piloto, muitas vezes fazia exatamente o contrário do
que ele queria, e ele queixava-se ao pastor por isso. Como gostava de ter tudo
organizado, sugeriu ao pastor que a vendesse, mas o pastor não concordou.
Certo
dia, a ovelhinha preta reparou que atrás da montanha estava a ficar escuro e
disse ao Piloto que ia chover, mas ele não lhe ligou. Disse-lhe que era ele que
avisava quando chovia. Entretanto, começou a chover torrencialmente, uma
tempestade imensa. O pastor e o Piloto abrigaram-se numa cabana, deixando as
ovelhas para trás. As ovelhas sentiram-se perdidas e preocupadas por não
saberem onde se iriam abrigar, então a ovelhinha preta lembrou-se de uma gruta
que tinha visto e comandou o rebanho até lá.
No
dia seguinte, o pastor suspirou e, arrependido por pensar que não era um bom
pastor, decidiu ir com o Piloto procurar as suas ovelhas. Estava muita neve,
tudo estava branco, e não conseguia encontrar as ovelhas. De repente, avistou
uma mancha preta no cimo de uma colina. Foi até lá a pensar que podia ser a
ovelhinha preta. E era! O pastor ficou tão feliz que pegou na ovelhinha preta
ao colo e regressaram todos a casa. O pastor sempre tinha achado que ela lhe ia
dar muito jeito.
Na
altura da tosquia, o pastor ao ver que tinha dez sacos de lã branca e um saco
de lã preta, teve uma ideia: começou a fazer cobertores, camisolas, cachecóis e
meias com padrões, utilizando a lã branca e a preta e vendeu-os a um bom
preço. Com o dinheiro, comprou mais
ovelhas e carneiros pretos. Assim, ficou com um rebanho de ovelhas e carneiros
brancos e pretos. Eram todos diferentes e todos iguais!
Eu
escolhi este livro ler este livro por ter sido oferecido à minha irmã como
prémio do concurso “Uma Aventura Literária…” quando ela frequentava o 5.º ano,
como eu agora. Ainda bem que o escolhi, pois este livro transmite uma lição de
vida a todos, demonstra que independentemente de sermos diferentes, somos todos
iguais e importantes. Por isso, recomendo, não só aos meus colegas que o leiam,
mas a todas as pessoas em geral.
Texto de Mário Francisco Carrulo Rodrigues, n.º 12, 5.º E
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Rosa, minha irmã Rosa
Rosa, minha irmã Rosa, de Alice Vieira,
fala sobre uma menina que tinha ciúmes da irmã mais nova. Enquanto a mãe esteve
no hospital, para ter a irmã mais nova, Mariana ficou com a avó Elisa, que a
deixou, durante esse tempo, deitar-se mais tarde e não escovar os dentes, para
tentar compensá-la da falta dos pais.
Quando a mãe regressou a casa, Mariana ficou assustada, pois achou a
irmã feia e de cara enrugada. Para Mariana, a sua boneca Zica, que só tinha um
olho e um braço, era bem mais bonita do que a sua irmã. Todos pensavam que iria
nascer um menino, com o nome de Jaime, contudo, como foi uma menina, deram-lhe
o nome de Rosa, respeitando a ideia da Mariana.
Mariana gostava de Português, mas detestava Matemática, então, um amigo
ia para casa dela estudar matemática com ela.
Quando a irmã mais nova chorava, Mariana colocava-lhe a chupeta e dizia
o seguinte: “Acalma-te! “e Rosa sorria para a irmã.
Mariana, durante quase três meses, sentia ciúmes da sua irmã, até que o
seu pai disse que, quando Rosa deixasse de beber o biberão durante a noite,
iria passar a dormir com Mariana.
Mas
aconteceu um desastre, pois Rosa ficou doente e foi para o hospital. Mariana
sentiu-se muito triste e preocupada e ficou em casa a contar os segundos,
ansiando que Rosa regressasse. Será que a irmã vai voltar? E Mariana dizia:
“Rosa minha irmã rosa!”
O
livro está muito bem escrito e eu gostei muito dele, pois Mariana começou a
gostar da irmã.
Texto e ilustração de Leonor Teixeira, 6.ºD
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A Rapariga rebelde:
aventuras
na escola
Enid Blyton
Elisabeth
era uma rapariga muito mimada e traquina, que se portava muito mal, e foi
colocada num colégio interno. Elisabeth só arranjava problemas no colégio, com
a intenção de ser expulsa. Certo dia, Elisabeth ficou a saber da história de
Joan, uma rapariga infeliz, porque os pais não gostavam dela. Elisabeth ficou
impressionada com a história da colega e pensou que queria ser amiga dela. Ela
julgava ser infeliz mas, afinal, apercebeu-se de que era sortuda, porque os
pais gostavam muito dela.
Estava a chegar o dia do aniversário de Joan e esta estava triste porque
sabia que os pais não se iriam lembrar. Então, Elisabeth quis fazer-lhe uma
surpresa. Comprou-lhe presentes – seria um presente da mãe, outro do pai e o
terceiro dela. Chegou o dia do aniversário de Joan. Elisabeth estava feliz, por
ver que a sua amiga estava bem, e lembrava-se das palavras da Miss Scott: - “É
melhor dar que receber”. Joan escreveu à mãe a agradecer os presentes e ela
respondeu à filha que não tinha enviado nenhum. Joan sentiu-se tão triste que
até ficou doente. A pedido de Elisabeth, a mãe de Joan foi visitar a filha ao
colégio e contou a história às reitoras sobre a rejeição relativamente à sua
filha. Os pais de Joan tiveram dois gémeos – uma menina e um menino que
faleceu, então, os pais rejeitaram a filha, por ser menina. Joan, ao saber da
verdade, que a responsável pela festa de aniversário tinha sido Elisabeth,
ficou muito contente e mandou chamá-la à enfermaria, para lhe agradecer, e
pediu-lhe que ficasse no colégio. Elisabeth começava a gostar do colégio, pois
fizera amigos. No dia seguinte, a mãe de Elisabeth foi ao colégio para levar a
filha, mas ela disse à mãe que não queria ir embora. A mãe não queria acreditar
na mudança da sua filha, que deixara de ser uma menina mimada e traquina e
tornara-se numa menina bondosa e bem-educada. Elisabeth ficou a estudar no
colégio, porque afinal era feliz quando se transformou numa rapariga boa.
A
frase de que eu mais gostei no livro foi: “… Elisabeth estava feliz por ver que
sua amiga estava contente e lembrava-se das palavras da Miss Scott: - “É melhor
dar que receber”…
Texto e ilustração de Leonor
Santos, 6.º C
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Robinson
Crusoé
Hoje venho falar do livro Robinson Crusoé de
Daniel Defoe.
Eu
gostei muito do livro porque a escrita é simples e facilmente compreensível e a
história narrada é emocionante, prendendo-nos cada vez mais. O livro logo me
saltou aos olhos e acho que o que falta é um fim mais compreensível, porque, na
minha opinião, não me captou tanto como o de outras obras.
É uma
lição de sobrevivência e, ao mesmo tempo, uma grande aventura.
Conta-nos
a história que, há muito tempo, um rapaz londrino, de nome Robinson Crusoé estava
fascinado com o Oceano, mas, incrivelmente, nunca o tinha visto!... O tempo
passou, o rapaz cresceu e, então, na idade da adolescência, foi visitar um
amigo, de nome Hull, que vivia numa cidade à beira-mar e que ia mudar-se para
Londres dentro das próximas semanas. O amigo tinha um pequeno bote e, sem
avisar a família, Robinson zarpou para o temido Oceano Atlântico. No
meio da viagem, desencadeou-se uma enorme tempestade! Robinson lutou
contra a maré, mas parecia que as suas forças eram em vão, contudo, depois da
luta, Robinson chegou a terra são e salvo, prometendo nunca mais navegar.
Mas,
fechado em Londres, no seu quarto, tornou-se tão aborrecido que voltou a fazer
outra vez o mesmo percurso até Hull… Mais uma vez, sem avisar ninguém, Robinson
zarpou. No meio da viagem, rompeu uma tempestade duas vezes mais poderosa
do que a anterior e, infelizmente, o seu pequeno, frágil e indefeso bote não
superou tamanha força e afundou-se…
Será
que Robinson sobreviverá?
Bom, a
resposta fica do vosso lado, leiam o livro e descubram-na.
Agora
passo a transcrever uma passagem em que um diálogo entre Sexta-Feira e Robinson
me fascinou verdadeiramente:
“…
Então Robinson disse a Sexta-Feira que lhe ia construir um barco maior,
para o mandar para a sua terra, e que ficaria, ali, sozinho na ilha como
dantes.
Os
sentimentos do pobre rapaz sentiram-se tão feridos com isto, que perguntou:
-
Porque tu tão zangado com Sexta-Feira? Se amo ir Sexta-Feira ir. Se amo não ir
Sexta-Feira ir. Se amo não ir Sexta-Feira ir. - E indo buscar um machado
exclamou: Tu matar Sexta-Feira! Não mandar embora! Robinson ficou muito
sensibilizado com tal dedicação, passando a ter absoluta confiança nele.”
Agora,
partilho especialmente convosco uma lição de sobrevivência de “Como fazer uma
fornada de pão”: “… E pela primeira vez, fez uma fornada: começou por fazer uma
fogueira; em seguida, afastando as cinzas colocou a massa no sítio aquecido,
cobrindo com uma espécie de tijela de barro, sobre a qual amontoou as brasas
incandescentes. Desta maneira, consegui fazer muito bom pão.”
Com
este diálogo e esta lição de sobrevivência finalizo o meu texto e espero que
tenham gostado.
Texto e ilustração de Francisco
Fernandes 6ºD

Robinson
Crusoë
Aujourd’hui je viens vous parler du livre Robinson
Crusoë de Daniel Defoe.
J’ai beaucoup aimé le livre parce qu’il a une écriture
simple et facile à comprendre, en plus, l’histoire raconté est émouvante, ce
qui nous lie de plus en plus au livre. Ce livre a directement attiré mon
attention mais je pense qu’il lui manque une fin plus compréhensible, parce que
contrairement à des fins d’autres livres, cette fin là n’a pas capté mon
attention.
Ce livre est
à la fois une leçon de survie et une grande aventure.
L'histoire nous raconte qu'il y a longtemps, un garçon londonien du nom
de Robinson Crusoë était fasciné par l'océan, mais, incroyablement, il ne
l'avait jamais vu!... Le temps passa, le garçon grandit et puis, en tant
qu'adolescent, il est allé rendre visite à un ami nommé Hull, qui vivait dans
une ville balnéaire et allait déménager à Londres dans les prochaines semaines.
L'ami avait un petit bateau et, sans prévenir la famille, Robinson a mis le cap
sur le redoutable océan Atlantique. Au milieu du voyage, un énorme orage éclate
! Robinson a lutté contre la marée, mais il semblait que ses forces étaient
vaines... mais, après le combat, Robinson est arrivé à terre sain et sauf, promettant
de ne plus jamais naviguer.
Mais, enfermé à Londres, dans sa chambre, il s’est tellement ennuyer,
qu’il refait le parcours jusqu’à Hull...Mais encore une fois, il n’a prévenu
personne et il a mis les voiles. Au milieu du voyage, il a rompu un orage deux
fois plus puissant que le dernier et malheureusement son petit, fragile et
inoffensif bateau n’a pas résisté à la force de cet orage et il a coulé.
Est-ce que Robinson a survécu ?
Bon, la réponse est de votre côté, lisez le livre et découvrez là.
Maintenant je vais transcrire un passage où le dialogue entre vendredi
et Robinson m’a vraiment fasciné:“...Alors Robinson a dit à vendredi
qu’il allait lui construire un bateau plus grand pour l’emmener chez lui, et
qu’il resterait tous seul sur l’ile, comme avant. Les sentiments du pauvre
garçon se sont sentis tellement blessés avec ça, qu’il a demandé:
-Pourquoi tant fâché avec vendredi?
Si maitre aller vendredi aller. Si maitre ne pas aller vendredi aller. Si
maitre ne pas aller vendredi aller. -Et pendant qu’il est allé chercher une
hache, il a dit : Toi tuer vendredi ! Ne me demande pas de partir! »
Robinson est resté sensibilisé avec un tel dévouement et à partir de ce moment
il a eu une confiance totale en vendredi.
Maintenant, je vais, tout spécialement, partager avec vous une leçon de
survie “Comment faire une fournée de pain”: “Et pour la première fois, il a
fait une fournée :
Il a commencé par allumer un feu; ensuite, après avoir éloigné les
cendres il a mis la pâte dans l’endroit
réchauffé recouvert d'une sorte de bol d'argile, sur lequel il a empilé
les braises incandescentes.
De cette manière, j’ai réussi à faire du très bon pain.”
Avec ce dialogue et cette leçon de
survie, je finalise mon texte et j’espère que vous avez aimé.
Tradução de Tiago Medeiros Teixeira, n.º 13, TM 1
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O Segredo do Rio
Miguel Sousa Tavares
Hoje vou falar-vos de uma história
fantástica contada no livro que tem como título “O segredo do Rio”, de Miguel
Sousa Tavares e ilustrado por Hugo Pinto.
Para que tenham uma ideia
da narrativa, posso dizer-vos que a história trata de um rapaz que vivia numa
casa no meio das árvores e perto de um rio. Em todas as estações, o rapaz
adorava passar o tempo a fazer atividades à beira deste rio.
Certo verão em que estava
muito calor, aconteceu-lhe uma história fantástica: um encontro com uma carpa
falante que, com o tempo, ficaria a ser a sua melhor amiga.
O verão terminava, mas o calor era tanto que todos os cultivos dos
pais do rapaz estavam a estragar-se e a apodrecer. E, por causa disso, os dois
amigos tiveram que se separar, mas a dor da separação era tão grande que uma
força inexplicável fez com que o rapaz e os seus pais ficassem com comida até ao
fim do inverno.
Como seria isso possível?
A minha parte preferida foi
quando o peixe trouxe a comida para o rapaz e, principalmente, o modo como
aconteceu.
Se tu és amigo de qualquer
animal, esta história é feita para ti …
Ficaste interessado em ler
este livro? Espero que sim!
Texto e ilustração de Nina 6.ºC,
nº12

Le secret du fleuve
Miguel Sousa Tavares
Aujourd´hui je vais vous
parler d´une histoire fantastique racontée d´un livre qui a pour titre “Le secret du fleuve”, de Miguel Sousa
Tavares et l´illustrateur c´est Hugo Pinto.
Pour que vous ayez une idée
de la narration, je vais raconter que l´histoire parle d´un garçon qui vivait
dans une maison au milieu des arbres et près d´un fleuve. Au cours des saisons
le garçon adorait passer son temps à faire des activités auprès de celui-ci.
Un été où il faisait très
chaud, il lui arriva une histoire fantastique, une rencontre avec une carpe qui
parle et qui, avec le temps, devient sa meilleure amie.
L´été se terminait mais la
chaleur était tellement forte que toute la récolte des parents du garçon était
en train de s´abîmer et de pourrir. Et à
cause de ça, les deux amis ont dû se séparer, mais la douleur de la separation
était si forte, qu´une force inexplicable a fait que le garçon et ses parents
auront une récolte pour tenir jusqu´à la fin de l´hiver.
Comment cela serait-il possible?
Ma partie préférée c´est quand le
poisson a rapporté à manger au garçon et, principalement de la manière dont
c´est arrivé.
Si tu es amis de n´importe
quel animal, cette histoire est faite pour toi.
Es-tu intéressé à lire ce
livre?
J´espère
que Oui!
Traduction: Nina 6.ºC, nº 12
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“O Longo Caminho para a Igualdade”
Nesta semana, em que se assinala o Dia da
Mulher, apresento-vos esta magnífica obra de Ana Maria Magalhães e Isabel
Alçada, com ilustrações de Susana Carvalhinhos, numa edição exclusiva da
Imprensa Nacional (da Casa da Moeda); é a primeira edição do iGen
— Fórum de Organizações para a Igualdade, numa parceria com a Imprensa
Nacional.
Recuando ao ano de 2021… Por mero acaso,
encontrei na internet uma notícia sobre a publicação deste livro e o seu
lançamento oficial no Dia da Mulher, data sobre a qual eu estava a redigir um
pequeno texto para a disciplina de Português.
Duarte, Maria, Luís e Luísa eram amigos e
frequentavam o Clube Atlético na sua cidade, onde praticavam judo. Mas Luís,
naquele dia, estava mal-humorado devido a uma crise entre ele e Luísa. Esta
sempre quis ser aviadora da Força Aérea, mas ele dizia que isso não era
profissão para o sexo feminino. Em casa dos respetivos amigos, também se passavam
situações em que se prova que no séc. XXI já não se discute a profissão que
cada um quer ser; em casa do Duarte, dizia-se que a sua vizinha andava a tirar
a carta de condução de pesados; a vizinha de Luís, era uma excelente médica e
tinha 3 filhos; na casa de Maria, os pais davam todo o apoio necessário a
Luísa, uma vez que eles são deputados e afirmavam que já não se discute a
profissão. Mesmo quem tivesse contra a vontade de Luísa, tinha de a respeitar,
pois ela não queria desistir do seu sonho…
“Não tenciono desistir da minha vocação…”
é uma das expressões fortes deste livro e que marcam a personalidade da Luísa;
aliás, devem marcar a personalidade de todas as mulheres, pois o estereótipo de
que somos “o sexo fraco”, não passa disso mesmo!
Adorei ler este livro, muito envolvente e interessante,
que aborda a “problemática” da emancipação da Mulher e a sua liberdade de
escolher o que quer e como quer. Desconhecia por completo as informações que este
disponibiliza, no capítulo extra, sobre a emancipação da Mulher, a igualdade de
género, a vida familiar e o quanto custou às Mulheres ganharem a sua posição na
sociedade. Enriqueci os meus conhecimentos nesta área e cresceu ainda mais em
mim o desejo de realizar os meus sonhos, as minhas ambições, caminhando todos
os dias nessa direção.
Texto e ilustração de Letícia Silva, 6.º A
«Serás livre para poder escolher a tua profissão, mas
também poderás ser pai ou mãe e trabalhar, receber um ordenado, vais ser feliz
a fazer o que gostas, e saberás que todas as Pessoas merecem as mesmas
oportunidades. Vais pilotar um avião, se quiseres! Ou vais ser cientista,
atleta, governante, astronauta… Se as tuas capacidades são o que mais importa,
então não há metas para os teus sonhos, e a Lua pode não ser o teu limite!»
(Mensagem
do iGen, in O Longo Caminho para a Igualdade)
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O Diário de Anne Frank
Venho apresentar O Diário de Anne Frank com o apoio de um outro livro - No rastro de Anne Frank. Estes dois
livros estão baseados em factos reais ocorridos entre os anos de 1982 e 1984. O
primeiro fala de uma menina de 13 anos, Anne Frank, que era uma rapariga
normal, que corria, andava na escola e até namorava … mas houve um dia em que
tudo correu “mal”, pois ela e a sua família tiveram de se esconder dos nazis.
Então, nesses dois anos, Anne e a sua família permaneceram escondidos no sótão
e anexos de uma casa, onde viveram muitos problemas e preocupações, mas também
aventuras.
Anne
e a sua família não eram os únicos judeus escondidos dos nazis naquela época e
ainda se pode imaginar como seriam vividos aqueles dias tenebrosos na “Casa
Museu de Anne Frank”.
Gostei
muito de algumas passagens dos livros e passo a referir, a título de exemplo:
“são pessoas vulgaríssimas, metidas em fardas vulgaríssimas”, o que contrastava
com as atrocidades cometidas por essas “pessoas vulgaríssimas”; “com o binóculo
posso espreitar para os quartos dos vizinhos” salientando o único contacto com
o exterior, e “enquanto ainda há disto, um céu sem nuvens e tão azul, não devo
estar triste”, que nos expressa a valorização das coisas mais simples e banais
como razão para a celebração da vida.
Gostei
especialmente de “No rastro de Anne Frank”, pois gosto mais do registo de
investigação. Também apreciei as várias ilustrações e gostei muito do título de
um capítulo “O princípio do rastro e a sombra” - é muito misterioso, não acham?
O que será a sombra?
E,
agora, o que teria acontecido entre o Peter e a Anne, será que chegaram a
namorar? Que estratégias usariam para ir buscar comida, pois estavam
“fechados”? O que será que aconteceu depois de o esconderijo ser descoberto?
Todos os dias as cartas da Anne Frank começam: “Querida Kitty” e acabam com: “tua
Anne”. Quem será a Kitty? Será que Anne tem irmãs? Não sei, leiam os dois
livros, pois um complementa o outro e aconselho a leitura de ambos, visto que
têm uma linguagem rica e mostram o que se passava naquele tempo difícil
Foram
uns livros dos quais eu não conseguia tirar os olhos, pois lia um pouco e
aparecia uma parte chocante e depois mais uma e assim sucessivamente até ao fim
dos dois livros.
Texto e ilustração de Sofia Leite, nº21, 6.ºD
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O Cavaleiro
da Dinamarca
Vou apresentar o livro o Cavaleiro da Dinamarca, da autoria de
Sophia de Mello Breyner Andresen, ilustrado por Armando Alves e da editora Figueirinhas.
A narrativa trata de um nobre
homem que morava com a sua família no Norte da Dinamarca. Numa noite de Natal em que se encontravam
todos reunidos na sua casa, o cavaleiro comunicou à sua familia, aos seus
amigos e criados que, daquele dia a um ano, não estaria ali, iria em
peregrinação à Terra Santa, pois queria passar o próximo Natal na gruta onde Jesus
nasceu e onde rezaram os pastores, os Reis Magos e os Anjos.
Então, dali seguiu com outros
peregrinos para Jerusalém. Visitou, um por um, os lugares santos e, quando
chegou ao seu destino, no dia de Natal ao fim da tarde, o cavaleiro dirigiu-se
para a gruta de Belém. Ali rezou durante toda a noite. Passado o Natal, o cavaleiro
decidiu ficar por mais dois meses a visitar vários lugares da Palestina. Quando
chegou a hora de regressar, o cavaleiro embarcou no barco para voltar para sua
casa, mas uma tempestade decidiu fazer-lhes uma surpresa e, aí, o cavaleiro
ficou desesperado, pois pensava que não iria mais chegar a casa. Passados cinco
dias, o vento amainou, o céu descobriu-se de nuvens e o mar acalmou as suas
águas. Por sorte, eles puderam chegar ao porto da cidade de Ravena. E agora?
Será que o cavaleiro conseguirá regressar a casa, novamente? Leiam este livro e
descubram!
O que eu gostaria muito de
fazer seria ir a Jerusalem (Belém) como o cavaleiro fez, passar o próximo Natal,
mas seria com a minha família.
Para mim, o livro foi muito intressante
porque eu gosto de aventuras e de conhecer novas terras.
A parte de que eu mais gostei foi
quando o cavaleiro rencontrou a sua família.
A minha personagem preferida
foi o cavaleiro, pois ele viveu aventuras que eu também gostaria de viver.
Texto e ilustração de Lara Morgado, 6.ºC N.º 7
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O meu livro tem bicho
Madalena
da Luz Costa
Na minha
opinião, este livro é um incentivo ao gosto pela leitura nos mais novos, a
partir da imaginação e da criatividade.
Este livro,
apesar de muito pequeno, está repleto de humor e conhecimento e torna a leitura
muito mais aliciante a partir de bichinhos fictícios.
A parte
mais interessante foi quando a narradora revelou que, em criança, a fada dos
dentes tinha a mania de colocar livros debaixo da almofada, acho que foi por
isso que se tornou uma ótima escritora.
Achei
engraçado quando a narradora disse que tinha livros com manchas de chocolate e
migalhas de pão, pois confesso que isso já me aconteceu quando estou a comer e
a ler símultaneamente.
Gostei
sobretudo da passagem do livro em que o Artur (o bichinho-da-leitura) se
deliciou de Salame da Criatividade, Sonhos e Pasteis de Nada.
Uma das expressões que me fez pensar foi
"...fiquei preocupada e perguntei ao Artur se não queria que eu o levasse
ao veterinário." Fiquei curiosa com esta expressão pois tenho a certeza de
que os veterinários não cuidam de bichinhos-da-leitura.
Recomendo
este livro pois, para além de promover a curiosidade, também irá alimentar a
fonte do gosto pela leitura nos mais novos.
Texto e ilustração de Maria Silva, 6ºC
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Três
histórias de amor
Gostei muito do livro Três Histórias de Amor, da autoria de Álvaro Magalhães, ilustrado
por António Modesto, da editora Edições
Asa, que, como o próprio título indica, é composto por três histórias. Contudo, a narrativa que mais me
seduziu foi “História do velho e da sua linda
nogueira”.
A narrativa trata de um velho chamado
Miséria que vivia para cuidar da sua linda nogueira, que era a sua única
companhia e seu maior consolo. Certa noite, alguém bateu à porta da sua casa, ele
abriu e era um velho viajante que estava perdido. Miséria ofereceu abrigo e
metade da sua sopa, mas o viajante precisava de ajuda, o seu burro perdera uma
ferradura e nunca mais dera um passo. O viajante perguntou se tinha uma
ferradura para lhe vender, Miséria respondeu que tinha uma ferradura na porta e
acrescentou que ele poderia levá-la sem pagar. O viajante agradeceu muito e
levou a ferradura, mas voltou para perguntar ao Miséria o que era uma graça.
Miséria retorquiu que uma graça era levar uma coisa sem pagar. Então o viajante
esclareceu que uma graça era uma bênção do Céu, Deus tinha o poder de as
conceder e ele era o representante dele na Terra. Era o S. Pedro! Como
agradecimento, ele iria conceder uma graça ao Miséria, mas…
Qual será a graça que o Miséria vai pedir?
Descubram no livro “Três histórias de amor”.
Eu recomendo este livro porque proporciona
uma leitura romântica, em que a vida e a morte são as personagens principais,
nestas histórias.
A parte de que mais gostei foi quando Miséria
ajudou o S. Pedro, porque faz-nos refletir que devemos sempre ajudar quem mais
precisa.
Texto e ilustração de Rafael Jacob, 6.ºC
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Uma
Aventura em Macau
Venho apresentar o livro “Uma
aventura em Macau”, da autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada,
ilustrado por Arlindo Fagundes e editado pela Caminho.
O livro tem quinze
capítulos onde se desenrolam vários assaltos e em sítios diferentes, como na
casa de uma colecionadora de artes, entre outros.
Um dia os três rapazes e as
duas raparigas tinham ganho um concurso para poderem ir a Macau só que eles
ficaram na conversa, não deram conta que o tempo estava a passar e chegaram
atrasados, por esse motivo quase que perdiam o direito à viagem. Havia um grupo
mais velho que também concorreu e ganhou. Eles sabiam que só um grupo de cada
faixa etária podia viajar, contudo, apesar de atrasados, conseguiram ir todos
juntos no avião.
Quando chegaram a Macau,
foram passear e perderam-se, mas encontraram um rapaz, chamado Tang, que sabia
falar português, então foram para casa dele. E este convidou-os para irem com
ele à ilha de Coloane, para visitarem o avô dele, mas só encontraram um senhor
com um sinal de tufão no pescoço e acharam tudo muito estranho. Pouco tempo
depois, foram ver um moinho velho e encontraram um senhor que lhes disse que o
sinal de tufão significava azar. Quando tentavam ir para a casa do Tang, encontraram
umas pessoas que lhes bateram só que depois apareceu um idoso que os mandou
embora e atirou-lhes uma tábua de madeira com o número quatorze. Quando
chegaram a casa do amigo, disseram-lhe que sabiam quantos assaltantes eram,
porém enganaram-se, pois acharam que eram catorze, mas afinal aquele número
significava a morte.
No dia de Carnaval, foram
para o moinho para descobrirem o que se passava lá. Viram o jardineiro e
perseguiram-no. Colocaram pontos de vigia e viram o jardineiro a entrar numa gruta.
Pouco tempo depois, eles foram apanhados e levados para uma ilha.
Eu gostei de algumas frases,
mas as que me chamaram mais a atenção foram: “Uma pista falsa indicou-nos o
caminho certo”, porque gostei do trocadilho, e a expressão “Mas tal como um bom
presente pode estar embrulhado em papel feio…” significa que o que interessa
não são as aparências.
Será que eles descobriram
quem eram os assaltantes e conseguiram escapar da ilha?
Isso eu deixo para vocês descobrirem.
Eu
aconselho a leitura deste livro porque tem uma linguagem fácil, imagens ilustradoras
e uma história muito emocionante.
Espero ter despertado o
interesse para a leitura desta história.
Texto e ilustração de Rodrigo Borges, 6ºC, n.º15
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A
Peste
Albert Camus
O livro “A Peste” é da
autoria do francês Albert Camus (laureado com o Prémio Nobel da Literatura no
ano de 1957) e foi publicado no ano de 1947.
A ação desta obra
desenrola-se na cidade de Orão, localizada no litoral da Argélia. Esta
localidade é descrita pelo narrador (cuja identidade permanece omissa até perto
do fim da narrativa) como sendo “moderna”, mas também “feia”, “vulgar” e “banal”.
Porque todos os habitantes de Orão estão sujeitos ao hábito da vida quotidiana
citadina, os acontecimentos descritos nas páginas seguintes do livro adquirem
contornos ainda mais surpreendentes relativamente àquilo que seria de esperar.
Após uma breve introdução, o
narrador apresenta a personagem principal, o médico Bernard Rieux, de 35 anos, que,
no dia 16 de abril de um ano indefinido da década de 1940, se depara com um
rato morto nos degraus de acesso ao seu consultório. Rapidamente,
o médico apercebe-se do facto de que este acontecimento não é um caso solitário:
por toda a cidade, ratos mortos começam a ser avistados em grande número até
que, certo dia, inexplicavelmente, deixam de aparecer.
O súbito desaparecimento
destes animais coincide com o adoecimento de alguns cidadãos de Orão, que
apresentam sintomas, como, por exemplo, febre, inchaços dolorosos nos gânglios
localizados no pescoço e nas axilas e manchas negras no corpo. Após uma breve
deliberação acerca da natureza deste estranho flagelo, chega-se à conclusão de
que se trata da peste bubónica, transmitida pelos ratos. Assim, o governo local
põe em prática uma série de medidas, entre as quais o encerramento da cidade e a
imposição de um cordão sanitário.
A narrativa desenvolve-se em
torno deste inusitado acontecimento, mas, ao contrário do que um livro
intitulado “A Peste” poderia fazer prever, as consequências físicas da doença não
são abordadas de uma forma extremamente minuciosa; o narrador parece dar maior
destaque à caracterização psicológica dos intervenientes, bem como às decisões
por eles tomadas.
Esta abordagem, que pode ser
caracterizada como sendo pouco ortodoxa, permite uma aproximação a alguns temas
que, de outra forma, poderiam parecer pouco relacionados com a peste (como é o
caso do egoísmo, da corrupção e da solidariedade).
Se bem que a situação
epidémica origine situações de grande interesse ao longo da narrativa, deve-se ainda
salientar o papel da reflexão, que serve, indubitavelmente, como o mais
importante alicerce aos fundamentos deste livro.
Para além disso, verifica-se
que Camus conseguiu imprimir um grande realismo à obra, na medida em que foi
capaz de recriar, com sucesso, um ambiente citadino no âmbito de uma epidemia.
Não obstante a escassa informação existente acerca de doenças infeciosas na
época em que “A Peste” foi publicada, o autor francês previu mesmo algumas
medidas, como é o caso do isolamento dos cidadãos e o uso de máscara, que foram
tomadas ao longo da pandemia de COVID-19.
A inteligência demonstrada
pelo autor na escrita desta obra e a sua proficiência literária são ainda
destacadas por um outro pormenor: a peste, é, na verdade, uma alegoria ao
fascismo (não tivesse sido o autor um combatente pela Resistência Francesa na
Segunda Guerra Mundial). De facto, os diferentes estágios de evolução da peste enquanto
doença e a sua influência no comportamento da população correspondem exatamente
às diferentes fases do conflito bélico mais mortífero da história da
humanidade.
Texto de Miguel Pereira Sardão,12ºC
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A
Campânula de Vidro
de
Sylvia Plath
A Campânula de Vidro,
escrito por Sylvia Plath, conta a história de uma jovem que luta contra a
depressão. Descreve, explicitamente, os seus pensamentos e como ela se sente
encurralada e sufocada pela própria vida, explicando-se, assim, o título do
livro.
A personagem principal
comporta-se de uma forma surpreendente ao longo da obra. Na primeira parte, ela
é uma rapariga muito inteligente e estável, com objetivos definidos que
pretende alcançar. Posteriormente, recebe uma carta a informar que não foi
aceite num emprego que ansiava ter. Então, decide desistir dos seus estudos.
Esta decisão foi muito surpreendente para mim, pois não consegui perceber como
é que uma rejeição a poderia ter afetado tanto. Mas afetou e levou-a a uma
depressão tão grande que ela tentou suicidar-se. A descrição das tentativas de
suicídio e a falta de motivação da personagem para fazer o que quer que fosse
foi o que mais me espantou.
Recomendo este livro a
toda a gente, porque ajuda a entender a importância da saúde mental. Na minha
opinião, algumas pessoas ainda não encaram os transtornos mentais com a devida
seriedade e esta história expõe as mudanças drásticas que podem acontecer na
nossa vida se estivermos a lidar com uma doença mental.
Texto de Carolina Isidoro Freire,
12.º C
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Por Quem os Sinos Dobram
Ernest Hemingway
O
toque de um sino pode fornecer-nos diversas informações, como o horário de uma
missa, uma emergência, uma morte… Portanto, quando se ouve uma melodia fúnebre
vinda de uma igreja, a pergunta imediata que todos fazemos é: “Quem morreu?”,
ou seja,” Por quem os sinos dobram?”. Naquele momento, os sinos estão a dobrar
por um outro ser humano, mas um dia eles tocarão por cada um de nós, o que
demonstra a efemeridade da vida e a importância de cada um no mundo.
O
título da obra Por Quem os Sinos Dobram foi inspirado no poema
“Meditações XVII”, de John Donne. É com um excerto deste mesmo poema que
Hemingway inicia o livro: “Nenhum homem é uma ilha isolada, cada homem é uma
partícula do continente, uma parte da Terra. Se um torrão é arrastado para o
mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse casa
dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque
faço parte do género humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti.”
Este
livro é um romance escrito por Ernest Hemingway e publicado a primeira vez a 21
de outubro de 1940. É considerado por muitos a maior obra do autor.
Ernest
Hemingway nasceu em 1899 e era norte-americano. Trabalhou como correspondente
de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola (que durou de 1936 a 1939)
e serviu também como condutor de ambulância na Segunda Guerra Mundial. A sua
experiência pessoal ao lado dos Republicanos inspirou-o a escrever, criticando
a violência de ambos os lados, a burocratização e os privilégios por parte da
República.
Recebeu
vários prémios, sendo o mais importante o Prémio Nobel da Literatura em 1954.
Acabou
por se suicidar em 1961.
A
história desenrola-se durante a Guerra Civil Espanhola, nas montanhas de
Guadarrama. O narrador é heterodiegético (não participa na ação) e quanto à
focalização é omnisciente (sabe de tudo). Este livro, com 511 páginas, conta
tudo o que Robert Jordan (um ano depois de estar na guerra) viveu desde o dia
em que chegou à montanha, os dois dias completos que se sucederam e a manhã do
ataque. Mas que ataque?
O protagonista
era um americano que residia no Estado de Montanha e que integrava as Brigadas
Internacionais, lutando ao lado das forças democráticas e Republicanas – um
verdadeiro antifascista como o próprio se intitulava.
Veio
pela primeira a Espanha doze anos antes de a narrativa começar, aprender a
língua e conhecer o país, já que era professor de Espanhol numa universidade.
Aí aprendeu a lidar com pólvora e, por isso, recebeu uma missão do general
Golz: destruir uma ponte nas linhas fascistas por ocasião de um ataque
simultâneo à cidade de Segóvia. O problema consistiria em surpreender as
sentinelas e destruir a ponte de uma maneira normal, sem pensar em consequências.
Para
o ajudar, Robert contou com o “bando” de Pablo, que era constituído por Pablo;
a sua mulher Pilar, uma verdadeira republicana, que assumiu desde logo o
comando; Maria, por quem o rapaz acaba por se apaixonar contrariamente ao que
esperara; Anselmo, um velho muito leal e com princípios; Rafael, um cigano sem grande
utilidade; El Sordo, líder de outro grupo nas montanhas, que, tal como o nome
indica, era surdo de um ouvido, e ainda outras personagens com menos relevância
como Andrés, Agustín, Eladio, Joaquín e Fernando.
É
de notar que todos tinham já destruído um comboio com o antecessor de Jordan,
tendo por isso alguma experiência no assunto.
Logo
no início da história, Pilar, cigana, leu as mãos do inglês (como todos o
chamavam), mas recusou-se a dizer-lhe o que viu, funcionando isto, então, como
um presságio.
Os
aviões nacionalistas que se observavam também não eram de todo um bom sinal,
porque podiam correr boatos da ofensiva e o ataque era de extrema importância.
Pablo
era o único contra o negócio da ponte, porque, apesar de ter sido em tempos um
bom republicano, estava acabado e saberia que teria de sair dali, mal a ponte
fosse destruída. Por isso, em vários momentos, todos esperaram que Jordan o
matasse, mas não é bom para um estrangeiro matar na região onde tem de agir com
gente local. Para além disso, quando o serviço fosse feito, era necessário
proceder à retirada (que seria em princípio para os Gredos) e só Pablo tinha
inteligência suficiente para elaborar um plano, sendo necessário conviver com
ele.
O
rapaz dava por si a imaginar o futuro, em Madrid, onde incluía Maria. Não
desejava ser um herói, mas apenas apenas ser feliz com ela e ter paz. Só que
tudo parecia complicar-se: em pleno junho, começou a nevar; numa manhã, apareceu
no acampamento um fascista e o protagonista é obrigado a disparar; o bando de
El-Sordo foi morto e eles não os puderam ajudar; Pablo fugiu e levou parte do
equipamento necessário à missão, acabando por voltar, com alguns homens,
dizendo estar “dentro”, mas sem a mercadoria, que atirou ao rio.
Foi
necessário traçar um novo plano e Jordan começava mesmo a acreditar que tudo
iria correr mal. Por isso, pediu a Andrés que fizesse chegar até Golz uma
carta, que provavelmente o faria recuar. Mas a ponte explodiu. Anselmo, Eladio
e Fernando faleceram. O protagonista ficou gravemente ferido numa perna, quando
tentavam já fugir e, apesar de a história terminar antes de ele perder a vida,
sabemos que não demoraria muito, por isso pediu ao grupo prosseguisse sem ele.
E assim foi. Se chegaram até aos Gredos? Talvez, quem sabe.
Na
minha opinião, este é um excelente livro sobre a condição humana, sobre toda a
nossa existência desde o nascimento, todos os medos, angústias, mas também tudo
o que de bom que experienciamos e que irá obviamente culminar na morte. É de
notar o realce da importância de viver, de cada vida.
No
texto, algumas personagens perguntam-se que direito têm de tirar a vida a outro
ser humano, mesmo sendo a favor de algo em que acreditam piamente. Temos o
exemplo de Anselmo, um caçador, muito habituado a disparar contra animais, mas
que tinha a certeza de ser pecado matar pessoas (“Para mim matar um homem é
pecado. Mesmo quando são fascistas que é preciso matar”.). Também Robert Jordan
se interrogou várias vezes acerca deste mesmo tema, se seria correto e como
sofreria a família de cada um dos que morriam (tal como a do soldado que este abateu).
A verdade é que na guerra a morte nada significa e só é evitada se puder interferir
no cumprimento do dever.
Um
contra-argumento é exatamente os que matam por diversão, por prazer, não
demostrando nenhuma empatia pelo próximo. Temos a história macabra que Pilar
conta do início do movimento na sua pequena cidade, organizado e liderado por
Pablo, onde participou toda a população. Consistiu em espancar, humilhando
primeiro, inúmeros opositores, alguns sem culpa alguma, culminando na perda da
vida de cada um deles e do padre que Pablo tinha obrigado a confessar os
anteriores.
Também
os fascistas que maltrataram Maria, rapando-lhe o cabelo e violando-a depois de
matarem os pais são uma prova desta violência extrema.
Se
pensarmos no excerto do poema de John Donne, a morte de cada um diminui-nos porque
todos temos importância e um papel a desempenhar no mundo. A guerra tem de ser
encarada como uma mentira uma vez que matar nunca será solução.
Com
a leitura deste livro, aprendi como é possível viver uma vida em pouquíssimos
dias, dar valor a cada pormenor, fazer amigos verdadeiros como Robert e até
encontrar o nosso verdadeiro amor. A verdadeira lição a retirar é que devemos aproveitar
cada segundo como se fosse o último, porque na realidade pode mesmo ser.
Texto de Ana Beatriz Teixeira da Fonseca, 12.ºD
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“O
Sentimento de um Ocidental”
Cesário Verde
Os tipos sociais e a sua caracterização assumem uma
posição de grande relevo no poema “O Sentimento de um Ocidental”, de Cesário
Verde. Ao longo da sua deambulação pelas ruas da cidade de Lisboa, o sujeito poético
não esconde a simpatia que sente pelo povo e pela classe trabalhadora,
elogiando-os em diversas ocasiões. Contudo, o seu olhar foca-se também na “Dor
humana” sentida por aqueles que trabalham e provocada pelas dificuldades que
têm de enfrentar diariamente.
Imediatamente na primeira parte do poema, intitulada
“Ave Marias”, o sujeito poético dá a conhecer ao leitor duas personagens
(coletivas) que servem como evidência do relato da “Dor humana”: os mestres
carpinteiros e as varinas.
Os mestres carpinteiros são comparados a morcegos.
Ora, sabe-se que estes animais são notívagos, estando ativos preferencialmente
durante a noite. Esta comparação, estabelecida pelo eu lírico, permite perceber
que os carpinteiros tinham horários de trabalho alargados, algo que será
certamente custoso. Para além disso, ficamos a saber que os membros
constituintes desta personagem coletiva correm constante perigo de vida, pois
“Saltam de viga em viga” para se movimentarem nas edificações que constroem.
Posteriormente, o sujeito poético apresenta uma nova
personagem, as varinas, descritas como sendo mulheres robustas. No entanto, a
sua vida está repleta de dores e dificuldades. São pobres (“Descalças!”) e
trabalham o dia todo nas descargas de carvão e em bairros de pouca salubridade
(“E o peixe podre gera os focos de infeção!”). Inclusivamente, têm muitas vezes
de levar os filhos nas canastras onde transportam também o peixe, filhos estes
que estão sujeitos a uma morte futura por naufrágio.
Assim, é possível verificar que o relato da “Dor
humana” sentida por aqueles que trabalham está fortemente presente neste poema
da autoria de Cesário Verde. A descrição de personagens como os mestres
carpinteiros e as varinas, feita pelo eu lírico, informa do perigo de vida que
correm (queda de elevadas alturas e possibilidade de apanhar infeções) e dos
horários de trabalho difíceis que têm de cumprir. Além disso, as varinas estão
sujeitas ao sofrimento provocado pela morte dos entes queridos, o que acentua
ainda mais esta “Dor humana”.
Texto de Miguel Pereira Sardão,
12.º C
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Contos de Grimm
O
livro que li tem como título “Contos de Grimm”, de Jacob e Wilhelm Grimm,
traduzido por Teresa Aica Bairos, ilustrado por Daniele Fabbri e editado pela
Porto Editora.
Este livro é composto por quinze contos,
mas a minha história favorita foi a “Raposa e o Gato”, pois tem uma escrita
sedutora e interessante.
A história fala sobre o encontro entre
uma raposa e um gato. O gato, que admirava muito a raposa por conseguir
defender-se muito bem dos outros animais, foi falar com ela, mas a raposa
tratou-o muito mal, inferiorizou-o, argumentando que o gato, para se
defender, só sabia subir às árvores.
Quando os cães apareceram, o gato saltou
imediatamente para a árvore e alertou a raposa para fugir.
O que será que a raposa vai fazer? Será
que consegue defender-se?
Eu gostei muito de ler este livro,
porque tem histórias interessantes e curiosas que despertam a curiosidade do
leitor e alimentam a imaginação.
Achei que algumas ilustrações eram muito
sugestivas e gostei muito de algumas expressões que achei engraçadas. A
título de exemplo, apresento uma que considero representativa da bazófia da
raposa: “Eu cá sou mestre de mais de cem artes”.
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Texto e ilustração de Diana, 6.ºD
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Venho
falar-vos de uma narrativa que tem como título O Menino-Estrela, da
autoria de Oscar Wilde e ilustrado por Raquel Costa.
A história tem como personagem principal
um menino que foi crescendo cada vez mais bonito, mas era rude e malcriado. Um
dia apareceu uma mendiga que revelou ao menino ser a sua verdadeira mãe, porém
ele negou, com arrogância e insensibilidade, e considerou-a feia e pobre.
Ao rejeitar a sua mãe, o menino começou a
ter uma aparência feia e todos os desprezavam.
Após muito tempo, arrependido, decidiu ir procurá-la, o menino prometera a si
próprio que não descansaria enquanto não a encontrasse.
Aí começou a sua aventura, tendo de passar
por vários desafios.
Será que o Menino-Estrela encontrou a sua mãe?
A frase que mais me marcou nesta história
foi: “Porque estamos nós tão contentes, se a vida é para os ricos e não para
pessoas como nós?”. Esta frase impressionou-me porque, independentemente de
algumas pessoas terem mais dinheiro que outras, somos todos iguais e temos
todos os mesmos direitos.
Gostei do livro, porque transmite uma
lição de vida: todos somos iguais, não se deve julgar ninguém pela aparência e
não devemos concentrar-nos só em nós.
Texto e ilustração de Sara Sonnemberg, 6ºD,
N.º20

Le Garçon-étoile
Je
viens vous parler d'une narrative qui a comme titre Le Garçon-étoile, écrit par Oscar Wilde et illustrée par Raquel
Costa.
Comme
personnage principal, l' histoire a un garçon qui devenait de plus en plus beau
au fur et à mesure qu'il grandissait, mais il était rude et malpoli.
Un
jour, une pauvre dame est apparue et elle a révélé à l'enfant qu'elle était sa
vraie mère, sauf que l'enfant l'a contredit, avec arrogance et insensibilité,
et il a considéré cette femme comme une femme moche et pauvre.
Après
avoir rejeté sa mère, le garçon a eu une apparence laide et tout le monde le
méprisait. Après beaucoup de temps, le garçon, plein de regrets, s'est mis à
chercher la dame et il s'est promis de ne pas arrêter avant l'avoir trouvée.
Et
c'est là que son aventure a commencé, le garçon a du réussir plusieurs défis.
Est-ce
que le garçon-étoile a reussit à trouver sa mère?
La
phrase de l'histoire qui m'a le plus marquée est: «Pourquoi sommes-nous si
contents, si la vie est pour les riches et non pour les gens commes nous?».
Cette phrase m'a beaucoup impressionné parce que, même s'il y a des gens avec
plus d'argent que d'autres, nous sommes tous pareils et on a tous les mêmes
droits.
Il
y a deux figures de style qui m'on enchanté: «La Terre va se marier et ce-là
est sa robe de mariage.»- cette métaphore différencié la beauté de la terre
recouverte de neige, comme si elle était recouverte par un beau voile
blanc;«...Certains ont beaucoup et d'autres n’ont rien. L'injustice divise le
monde, rien n'est distribué avec égalité sauf la douleur.» -cette antithèse met
en évidence les inégalités socials et économiques entre les personnes et
l'injustice de cette situation.
J'ai
aimé ce livre, parce qu'il transmet une leçon de vie: nous sommes tous égaux ,
personne ne peut être jugé par son apparence et nous ne devons pas nous
concentrer uniquement sur nous-même.
Texto de Sara Sonnemberg, 6ºD,
N.º20
Tradução de Tiago Medeiros Teixeira, n.º 13,
TM1
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A Música dos Ossos
Venho apresentar as
minhas impressões de leitura do livro A
Música dos Ossos, do autor David Almond.
O texto é do género narrativo e fala de um
romance entre um rapaz, Gabriel, e uma rapariga, Sylvia. Esta e sua mãe foram
para uma aldeia que não tinha WiFi, Net nem televisão. Depois de chegarem,
Sylvia foi passear e conheceu um rapaz chamado Colin, que lhe perguntou se
queria ser irmã dele e informou que tinha um irmão chamado Gabriel.
Gabriel, durante a noite, tocava um
instrumento chamado osso oco, parecido com uma flauta, acordando Sylvia com a
música que saía daquele instrumento frágil. Gabriel e Sylvia começaram a falar
mais um com o outro. Um dia, Gabriel mostrou o osso oco à Sylvia e, no dia
seguinte, foram para a floresta para encontrarem um osso oco e, assim,
arranjarem um instrumento para Sylvia. Eles avistaram um milhafre morto e
usaram-no para fazer o osso oco. Mas como? O que aconteceu depois? Leiam para
saber!
Achei este livro muito interessante,
porque tem muitos recursos expressivos, a linguagem é rica e apreciei
especialmente algumas personagens que passo a referir: Sylvia, a sua mãe,
Gabriel, Colin e Andreas. Houve algumas expressões de que gostei muito, tais
como: “Era maravilhoso uivar assim, encher o ar vazio com som, com ela mesma,
Sylvia Carr.”
Texto e ilustração de Marta Freire nº18 6ºD
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Venho apreciar criticamente
o livro: Zara e Pirata dos Açores,
escrito por Lídia Valadares, com ilustrações de Francisca Ramos Santos e da
editora CHIADO.
Foi a primeira vez que li
um livro escrito por Lídia Valadares (a nossa professora de Português), e
adianto-vos já que me surpreendi, pois durante a leitura eu conseguia sentir
que era a minha professora que a estava a contar, reconhecendo algumas das
expressões que costuma utilizar na aula, e também pelo facto da sua linguagem
culta e rica.
Este livro fala da história
de Zara, uma perdigueira portuguesa, a narradora desta história, vivida com o
seu companheiro, Pirata dos Açores, um cão de Fila de S. Miguel. Trata-se de
uma obra dirigida ao público mais jovem, com uma linguagem simples que remete para
situações do quotidiano com as quais o público-alvo facilmente se identifica,
como por ex: “E ali ficámos os três a navegar na “Net” ou “É bué de grande.
Altamente!” ...
Este livro é composto por
11 capítulos, mas tem a particularidade de cada capítulo contar uma história
isolada, permitindo ao leitor uma leitura livre sem a obrigatoriedade de
respeitar a ordem dos mesmos.
Achei particularmente
interessante, logo no primeiro capítulo, quando Zara se compara a si e ao
Pirata com Angelina Jolie e Brad Pitt. Mas o meu capítulo preferido foi: “O
Pirilampo”, pois gostei dos diálogos estabelecidos entre a Zara e o Pirata e
também do cómico de certas situações.
É um texto muito rico, já
que durante a narrativa encontramos com frequência o recurso ao intertexto, ou
seja, há referências a outras obras literárias, como por ex: Um romance de Daniel Pennac, O sermão de S. António aos peixes, Piratas e Corsários de Ana Maria
Magalhães e Isabel Alçada, mas, para além destas, encontramos ainda referências
a outras áreas, como a música\ópera, por ex.: referências ao compositor
Vivaldi, as óperas: “TOSCA” o “Barbeiro de Sevilha” ou “AIDA” de Verdi.
Gostei deste excerto que
mostra quando Zara volta da escola e regressa a sua casa: “Como é bom estar em
casa! Estar de novo com o meu Pirata, com os meus donos, no meu quintal, no meu
apartamento sem grades, num espaço de cheiros tão familiares que me despertam
recordações, sensações e me dão uma segurança e felicidades irredutíveis...”.
Também experimento um pouco estes sentimentos quando regresso a casa depois de
uns dias fora.
Aconselho a leitura deste
livro, pois acho-o muito divertido, com uma linguagem fácil de entender e
porque faz o leitor oscilar constantemente entre o riso e a reflexão de certas
passagens.
Mas o encanto deste livro
não termina com o final da narrativa, este é o mote para outra experiência que
a autora nos oferece e que torna ainda mais aliciante a leitura deste livro,
claro que não vos vou contar tudo, mas posso adiantar que envolve crucigramas e
sopas de letras, mas se querem descobrir mais leiam o livro.
Espero ter despertado em
vós o interesse na leitura deste livro.
Texto e ilustração de Diogo Morgado N.º 6, 5.º D
Eu tu
Zara et Pirata dos Açores
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Je
viens apprécier de manière critique le livre: Zara et Pirata dos Açores,
écrit par Lídia Valadares, avec des
illustrations de Francisca Ramos Santos et de
l'éditeur CHIADO.
Ce fut
la première fois que
j'ai lu un livre de Lídia Valadares (notre enseignante de Portugais), et je dis
directement que j'ai été surpris, pendant la lecture j'ai réussi à sentir que
c'était mon enseignante qui racontait l'histoire, car j'ai reconnu quelques
expressions qu'elle a l'habitude d'utiliser et aussi parce que le livre a un
langage très riche et très cultivé.
Ce livre parle de l'histoire de Zara, une
setter portugaise, la narratrice de cette histoire, qui vit avec son compagnon,
Pirate dos Açores, un chien de ligne de S. Miguel. Ce livre est un ouvrage
destiné à un public plus jeune, avec un langage simple qui renvoie à des
situations du quotidien auxquelles le public ciblé s'identifie facilement,
comme : « Et là nous sommes restés tous les trois à surfer sur le Net » ou « C'est géant. Super" …
Ce livre é composé par 11 chapitres, mais il a un style particulier car
chaque chapitre raconte une histoire isolée et cela permet aux lecteurs d'avoir
une lecture libre sans devoir lire les chapitres dans l'ordre.
J'ai trouvé le livre très intéressant, dès le premier chapitre, quand
Zara se compare à Angelina Jolie et quand elle compare son Pirata à Brad Pitt.
Mais mon chapitre préféré est «La luciole», parce que j'ai bien aimé les
dialogues entre Zara et le Pirata et j'ai aussi aimé le comique de certaines situations.
C'est un texte très riche, puisque durant
toute la narrative on rencontre avec fréquence le recours à l'intertexte, ce
qui veut dire que le livre contient beaucoup de références à d'autres ouvrages
littéraires, comme par exemple: Un roman, de Daniel Pennac, Le serment de
S.António aux poissons, Pirates et Corsaires de Ana Maria Magalhães et Isabel
Alçada, mais cet ouvrage contient aussi des références à la musique/opéra,
par exemple: elle a de nombreuses références à Vilvadi, aux opéras: «TOSCA»
, « le Barvier de Seville» et «AIDA» de Verdi.
J'ai bien aimé cet extrait qui montre
quand Zara sort de l'école et rentre à sa maison: «Comme s'est agréable d'être
chez soi ! Être à nouveau avec mon Pirata, avec mes maîtres, dans mon jardin,
dans mon appartement sans barreaux, dans un espace d'odeurs tant familières qui
me font retrouver tant de souvenirs, de sensations et qui me donnent une assurance
et une joie irréductible...». Je ressens aussi ces sentiments quand je reviens
à la maison après quelques jours loin de chez moi.
Je vous conseille la lecture de ce livre,
parce que je le trouve très amusant, avec un langage facile à comprendre et ce
livre fait les lecteurs se demander s'ils doivent rire ou alors réfléchir sur
certain passage. Mais la beauté du livre ne se termine pas avec la fin de la
narrative, c'est la devise pour une autre expérience que la narratrice nous
offre et qui rend la lecture de ce livre encore plus intéressante, bien sûre je
ne vais pas tous vous raconter, mais je peux déjà vous dire que le livre a
beaucoup de lien avec des choses comme les soupes aux lettres etc...mais si
vous voulez découvrir plus de choses sur ce livre je vous invite à le lire.
J'espère
que j'aie éveillé votre curiosité sur ce livre.
Tradução de Tiago Medeiros Teixeira, n.º 13, TM
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O
Cavaleiro da Dinamarca
Sophia de Mello
Breyner Andresen
Tudo
pela família
A autora Sophia de Mello Breyner Andresen tem várias
obras famosas como, por exemplo, O Cavaleiro da Dinamarca, que foi
lançado em 1964 e, posteriormente, reeditado duas vezes: em 2014 e em 2017.
Esta obra conta a história de um homem, um
Cavaleiro, que vivia com a sua família numa floresta da Dinamarca, no Norte da
Europa. Junto à sua casa, havia um pinheiro que era a árvore mais alta da
floresta.
Numa noite de Natal, durante a ceia, quando todos
estavam juntos à volta da lareira, a comer e a contar histórias, o Cavaleiro
comunicou que iria partir em peregrinação à Terra Santa, para rezar na gruta
onde o Menino Jesus tinha nascido. Portanto, dessa noite a um ano, não estaria
ali, mas voltaria daí a dois anos.
Na primavera seguinte, partiu e, levado por bons
ventos, chegou muito antes do Natal à Palestina, onde visitou todos os locais
sagrados relacionados com a vida de Jesus.
Quando chegou a noite de Natal, o Cavaleiro
dirigiu-se à gruta de Belém, onde rezou a noite inteira e pediu aos anjos que o
ajudassem na viagem de regresso.
Passada essa noite, o Cavaleiro despediu-se da Terra
Santa e, na companhia de outros peregrinos, partiu para o porto de Jafa. Entre
esses peregrinos, havia um mercador de Veneza, com quem o Cavaleiro travou
grande amizade.
Já de regresso à Dinamarca, uma tempestade
violentíssima quase destruiu o barco em que viajava. Depois do mau tempo,
chegaram ao Porto de Ravena, em Itália; porém, o navio estava tão danificado
que não podia seguir viagem. Então, o mercador convidou o Cavaleiro a visitar
Veneza e a atravessar o Norte de Itália. E assim aconteceu. Pelo caminho,
conheceu várias cidades (Ravena, Veneza, Florença, Génova), onde fez diversos
amigos e tomou contacto com culturas, estilos arquitetónicos e pratos que ele
desconhecia. Em todas as cidades lhe contaram belas histórias e o convidaram
para ficar, mas ele sempre recusou, porque tinha feito uma promessa, que era
regressar a casa e aos seus no Natal.
Após inúmeras aventuras, conseguiu chegar à floresta
em que vivia. Ao passar na aldeia dos lenhadores, estes disseram-lhe para ficar
ali até ao amanhecer, porque ia perder-se, mas ele recusou, pois não queria
chegar atrasado a casa. Seguiu, pois, viagem, mas pensou que estava perdido,
pois não encontrava o caminho.
Entretanto, os anjos acenderam pequenas estrelas no
abeto que ficava em frente da sua casa, guiando-o até ao calor do seu lar e da
sua família.
Esta obra é importante, porque nos mostra que, para
realizarmos os nossos objetivos, devemos ser persistentes e nunca desistir,
apesar das dificuldades.
É uma das melhores obras de Sophia. Esperamos que
ela continue a encantar gerações, tal como fez connosco.
Texto de Ana
Sílvia Freitas de Castro, 8.º B
e de João Pedro Valverde Borges dos Santos Vaz, 8.º B
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História
de uma baleia branca
Luís Sepúlveda
O livro História de uma baleia branca, de
Luís Sepúlveda, é muito interessante, porque nos leva para um universo de
simplicidade.
O narrador ouve, dentro de uma concha, a voz de uma
baleia chamada Mocha Dick, que lhe conta a sua história.
Esta baleia, desde que nasceu, tinha grande
admiração pelos homens, por serem seres da terra que não conseguiam respirar
debaixo de água, mas, mesmo assim, aventuravam-se pelo mar apesar de saberem
que podiam morrer.
Um dia, esta baleia recebeu uma missão especial. Ela
tinha como tarefa proteger quatro velhas humanas que transportavam, de uma ilha
para outra, as pessoas que pertenciam ao Povo da Gente do Mar quando estas
morriam. Logo que estas velhas senhoras mergulhavam no mar, transformavam-se em
baleias, devido ao seu dom, e conseguiam levar os corpos nos seus dorsos. Mocha
Dick tinha, então, como missão proteger as velhas humanas dos caçadores de
baleias.
À medida que os dias passavam, os homens caçavam
cada vez mais baleias e tentavam sempre apanhar Mocha Dick, o grande cachalote
branco.
Um dia, os caçadores mataram três das velhas baleias
humanas e a quarta ficou gravemente ferida. Por isso, o grande cachalote jurou
que se ia vingar dos homens.
Esta história é bastante simples e suscita
curiosidade acerca do resto da história desta baleia. O seu nome é a pista para
saber mais sobre ela.
Quando li este livro, fiquei encantado e, sobretudo,
muito curioso sobre o que aconteceu com a baleia branca.
Espero que o leiam e que gostem dele como eu gostei.
Texto de Tomás Araújo Cordeiro, 8.º B
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Contos
Exemplares
Sophia de Mello
Breyner Andresen
Se gosta de um bom livro para refletir, este é ideal
para si. O livro Contos Exemplares foi escrito por Sophia de Mello
Breyner Andresen e, como o título sugere, fala de contos com alguma lição.
O conto mais interessante, “A Viagem”, será o que
pretendo apreciar de seguida.
Tudo começa quando um casal decide fazer uma viagem,
mas, durante essa jornada, perdem-se constantemente. Quando se apercebem e
voltam atrás, as encruzilhadas que outrora lá se encontravam tinham
desaparecido. Este ciclo repete-se várias vezes até que o homem acaba por
morrer, caindo de uma falésia.
Este conto foi, na minha opinião, o mais
interessante, devido à sua lição: aproveitar bem a vida.
Toda esta viagem representa uma vida; as encruzilhadas
são uma metáfora das nossas possibilidades de escolha; o homem a cair da
falésia refere-se à morte e, no geral, a viagem é o símbolo de uma vida mal
aproveitada que acaba por chegar a um final inesperado.
Em relação aos defeitos ou partes de que menos gostei,
não consigo indicar nenhum concretamente, mas não apreciei muito o fim, que,
apesar de ser apropriado, achei um pouco melancólico, o que me deixou triste.
De resto, é um livro que recomendo vivamente, não só
por este conto, mas por também por todos os outros.
Texto e ilustração de Manuel João Almeida Lobão, 8.º B
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A Lua de Joana
Maria Teresa Maia Gonzalez
O livro “ A Lua de Joana” foi escrito por
Maria Teresa Maia Gonzalez, ilustrado por Cristina Malaquias e publicado pela
editora Verbo.
Esta obra fala de uma rapariga como
tantas outras que estuda, tem amigos, família, alegrias e tristezas. Essa
rapariga chama-se Joana. Ela perdeu a sua melhor amiga, a Marta, que morreu
devido ao consumo de drogas. Como escape para superar a perda da amiga, a Joana
escreve-lhe cartas todos os dias a contar-lhe como foi o seu dia a dia. Quando
escreve essas cartas, Joana relata tudo com grande pormenor, porque, ao fazê-lo,
sente-se mais próxima de Marta, mesmo não entendendo o que levou a amiga a
meter-se nas drogas.
Após a morte de Marta, Joana mudou o
seu quarto pondo tudo de cor branca, paredes, cortinas, roupeiro, e pendurando um
baloiço em forma de lua, no meio. Joana coloca a lua em quarto crescente,
quando quer pensar, e em quarto minguante, quando está triste.
Razões para estar triste, não lhe
faltam. A sua família não lhe dá atenção, exceto a sua avó Ju. A mãe está
sempre na loja, o pai, quase nunca o vê, porque ele está sempre a trabalhar e o
irmão é muito difícil de aturar. Quando a sua avó morre, Joana fica muito
triste, porque a avó era a única pessoa, com quem ela podia contar após a morte
de Marta, pois a sua avó estava sempre lá quando ela precisava. Após o sucedido,
Joana só pode contar com Diogo, irmão de Marta, e com Ana Rita, amiga de Diogo e
que terá levado Marta para o mundo das drogas.
Após algum tempo, Diogo começa a
pedir dinheiro a Joana sem justificar, mas esta acaba por descobrir que o amigo
se envolveu nas drogas, como a sua irmã Marta. Um dia, Joana foi a casa de
Diogo e viu que o tinham agredido fisicamente. Ela não sabia o que fazer,
apenas sabia que o tinham agredido por ter dívidas, por causa das drogas. Diogo
pediu a Joana para telefonar à Ana Rita, para esta lhe trazer droga a casa.
Como Diogo não tinha dinheiro para pagar, Joana foi a sua casa e deu, como
pagamento, um dos seus imensos relógios, que o pai lhe oferecera.
Foi no momento em que Diogo estava a ingerir
aquela substância que Joana, sem pensar, também experimentou. A partir daí,
Joana começou a vender todas as suas coisas para ter dinheiro para comprar
droga. Chegou a uma certa altura em que Diogo e Joana tentaram sair desse mundo.
Diogo conseguiu, mas Joana acabou por morrer, como a sua amiga Marta.
A
minha personagem favorita é a principal, Joana, uma adolescente que sofre com
alguns traumas: falta de apoio da família, morte da melhor amiga e, mais tarde,
o vício da droga. Apesar de não ter gostado de todas as ações que fez, foi a
que mais me chamou a atenção, porque ela consegue superar tanta dor e depois
acaba em segundos por estragar a sua vida devido ao consumo das drogas.
Este livro ensina-nos muitas lições, e a
principal é não cair na tentação de experimentar e outra é nunca criticar os
erros dos outros, porque um dia podemos ser nós a cometê-lo.
Aconselho a leitura deste livro, porque ele
alerta os adolescentes para os riscos do mundo da toxicodependência.
Este livro já foi escrito há alguns anos, mas
ainda hoje o tema é atual, infelizmente.
Texto de Ana
Sofia Macedo Pereira, 8.º A
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A Terra será redonda?
Venho
apresentar o livro “A Terra será Redonda?”, da autoria de Ana Maria Magalhães e
Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo Fagundes.
Esta narrativa começa com dois irmãos que
tinham guardado dinheiro para comprar uns ténis. Quando chegaram à loja, o
relógio deles começou a vibrar. Aquilo era um sinal de que Orlando, um velho
cientista e amigo dos irmãos, estava por perto.
Eles seguiram a seta que aparecera no ecrã
e foram parar a uma velha padaria, onde Orlando se empanturrava com pastéis. Os
irmãos suspeitaram do comportamento e começaram a fazer perguntas, até que
Orlando decidiu comunicar o que eles temiam.
Ele informou-os que tinha que fazer uma
viagem no tempo para poder encontrar o “Sponezick 7” e que, se falhasse na sua
missão, seria o fim do mundo. Então, os dois irmãos quiseram ir com ele.
Orlando deixou-os ir e levou-os para uma estrutura onde estava a máquina do
tempo.
Então, fizeram uma viagem no tempo,
recuando 500 anos, e queriam ficar lá a viver, mas o cheiro a estrume de cavalo
e lixo não favorecia nada. Será que encontraram o cristal? Será que conseguiram
salvar o mundo?
Isso deixo convosco, só
posso dizer que foi uma grande viagem!
Gostei muito deste livro, pois acho a sua escrita
muita fácil de entender e muito rica em recursos expressivos. Gostei
especialmente de uma expressão que passo a referir: «uma viagem com quinhentos
anos», pois achei muito criativo da parte das autoras. E também apreciei
algumas ilustrações.
Recomendo
a leitura deste livro!
Texto e ilustração de Tiago Barreto, 6ºD
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Ismael e Chopin
Venho apresentar o livro “Ismael e Chopin”, da autoria de
Miguel Sousa Tavares e ilustrado por Hugo Pinto. A narrativa centra-se em
Ismael, um coelho bravo. A sua família era enorme. Imaginem! 52 irmãos (eu cá
só tenho um)! Ele ficara a saber tudo o que o seu pai, avô, bisavô… sabiam,
pois tinha sido o escolhido pelo coelho mais sábio do bosque, o seu pai. Aliás,
também era o mais rápido e inteligente. Ensinou Ismael a encontrar comida em
todas as estações do ano, a evitar os inimigos, como o javali (mais conhecido
como “saca-rabos” ), a raposa, a águia e os homens. O pai de Ismael, o coelho
Maltesse, disse-lhe que os homens eram estúpidos numas coisas, mas inteligentes
noutras, como por exemplo: sabiam escrever o que falavam. Espantem-se! O coelho
Maltesse entendia a escrita, isto é, sabia ler. E ia ensinar Ismael a ler e a
escrever. Viviam num bosque maravilhoso, perto de uma casa amarela. Apesar dos
conselhos do pai, Ismael foi-se aventurando até que chegou a entrar na casa. E
o que ouviu espantou-o! Era o som mais incrível que já tinha ouvido: a música.
A música que tinha sido inventada pelo homem e que era diferente consoante os
instrumentos musicais. A música que encantara Ismael era tocada ao piano por
Chopin. Ismael foi-se aproximando cada vez mais de Chopin e foi descoberto pelo
compositor. O que terá acontecido? Esta é uma pergunta fácil de fazer, mas
difícil de responder… Então, vou ajudar-vos.
De início,
Chopin ficou assustadíssimo, mas foi-se habituando, até que descobriu que
Ismael compreendia a fala dos homens, não falava, mas sabia escrevê-la. Chopin
ficou tão maravilhado que quis ensiná-lo a ler música. Mas, infelizmente,
Chopin estava cada fez mais doente. Durante esse tempo, ele escreveu uma música
de encantar: Noturnos. Contudo, a saúde de Chopin estava cada vez pior, até que
teve de ser levado para a cidade para se curar. Antes de partir deixou uma
prenda a Ismael: a partitura da música “Noturnos”, que ninguém ainda tinha
ouvido e só seria ouvida muito tempo depois, quando já estivessem mortos. Só a
música não morreria e haveria de ser ouvida e apreciada, como a mais bela
música de Fréderic Chopin…
Enquanto eu
lia o texto, reparava numas expressões ou, às vezes, em imagens que me captavam
muito a atenção. Vou transcrever uma passagem que me fascinou: “Eu olhei à
roda, procurando qualquer coisa que me pudesse ajudar. E vi, pousado numa
mesinha junto ao piano, o tabuleiro de chá que a Luiza sempre trazia ao Sr.
Chopin. Encaminhei-me para lá, eu mesmo espantado com o meu atrevimento, e, com
as patas da frente, peguei no açucareiro e despejei o seu conteúdo no chão. O
Sr. Chopin olhava para mim, abanando a cabeça, já adivinhando o que eu ia
fazer. Espalhei bem o açúcar e com uma unha da pata direita escrevi o meu nome
na superfície branca do açúcar: “Ismael”. O Sr. Chopin olhou para mim e recuou
dois passos, encostando-se ao piano. Abanou a cabeça, sem acreditar no que via,
e exclamou:
- Tu escreves! Caramba, tu escreves também."
E querem
saber uma curiosidade? Fui pesquisar e coelho, em Francês, diz-se “Lapin”, que
rima com “Chopin”.
Texto e ilustração de Leonor Sebastiana, 6º D
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A Fera do Palácio
Venho falar-vos sobre o livro: A Fera do Palácio, de David Williams e ilustrado
por Tony Ross. É um
livro incrível que nos conta a história de um menino muito doente que não
conseguia levantar-se da cama, só era capaz de sentar-se para ler livros. Esta
narrativa tem 50 capítulos e cada um é melhor do que o outro. Nos primeiros
capítulos não estava a gostar, mas, quando começou o quarto, a história estava
linda. Nesse capítulo, numa noite, Alfredo, a criança, estava a ouvir vários
gritos vindos do corredor: era a sua mãe, a Rainha de Londres, a ser retirada à
força para fora do palácio. Alfredo viu tudo a acontecer até que um guarda ia
retirá-lo também, só que Alfredo foi a tempo e conseguiu fechar a porta e o
guarda não conseguiu entrar. Alfredo voltou para a cama e conseguiu adormecer.
No dia seguinte, acordou com a ama sentada no fundo da cama com os ovos
remexidos, era o pequeno-almoço de Alfredo, mas nesse dia ele não comeu nada,
pois os ovos tinham um sabor super estranho. Nessa mesma noite, Alfredo foi
tentar resgatar a sua mãe, que fora levada para a Torre de Londres na noite
anterior. Alfredo conseguiu e voltou para o castelo, onde se encontrava a ama e
uma amiga com o nome de Miga. Logo ao chegarem ao palácio, a ama levou Alfredo
para o salão real, o salão de baile onde estavam não só o Lorde Protetor mas
também o rei, pai de Alfredo, junto das dez feras do palácio. O rei estava
deitado no chão, sem sangue, pois o Lorde Protetor retirava-lhe diariamente uma
boa porção para dar vida a uma das feras, a mais forte. Alfredo ficou tão
revoltado que, ao correr pelo salão, derrubou uma das estátuas para cima de
Lorde Protetor. O que será que vai acontecer ao Lorde Protetor, a Alfredo, à
Rainha e a Miga? Será que vão morrer? Isso eu deixo para descobrirem, lendo o
livro.
Gostei
bastante deste livro, pois a história é muito complexa, tem várias personagens
divertidas, elegantes, invulgares… A linguagem utilizada é divertida e rica e a
narrativa interessante.
Texto e ilustração de Gabriel, 6º D
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A incrível fuga do meu avô
Venho partilhar
convosco a minha opinião sobre um livro que achei maravilhoso: A incrível fuga do meu avô, de David
Walliams e ilustrado por Tony Ross.
Inicialmente comecei a ler por prazer,
para passar o meu tempo nas férias, mas ler este livro captou-me uma atenção
enorme e, então, decidi apresentá-lo aqui no nosso “Li e Gostei”.
As personagens principais, são um menino
chamado Jack e o seu avô, tenente Bandeira. A história desenvolve dois temas
principais: o primeiro, que acho muito importante, é o facto de mostrar a
ligação entre duas gerações, neste caso, neto e avô, evidenciando a importância
que este convívio tem na vida de cada um, sendo um exemplo maravilhoso de uma
verdadeira amizade; o outro tema é a Segunda Guerra Mundial, que teve um
impacto gigante na vida de muitas pessoas. Este livro tem também como objetivo
homenagear esses grandes heróis que estavam no combate para que hoje muita
gente seja feliz e viva em liberdade e democracia.
Outro aspeto que acho importante é que o
avô sofre de Alzheimer e algumas
pessoas reveem-se nesta história, pois têm familiares ou outros amigos com esta
triste doença, onde o esquecimento pode colocar pessoas em situações
perigosas.
Uma das coisas que cria uma forte ligação
entre o avô e neto é que ambos adoram aviões, principalmente o grande spitfire, um avião britânico muito
conhecido, e o avô andava sempre a contar histórias antigas, pois ele tinha
sido da FAB. E, já agora, sabem o que é a FAB? A Força Aérea Britânica!
Eram muito felizes e brincalhões, mas a Alzheimer do avô agravou-se tanto que
este pensava estar a viver a 2.ª Guerra Mundial, pois tinha-se esquecido
praticamente de tudo. Em relação a isso, há uma parte do texto que, para
alguns, até é engraçada, mas, para outros, perturbadora, porque o avô
simplesmente desapareceu e foi encontrado todo divertido no pináculo da igreja
da cidade a pensar que estava a pilotar um avião. Os pais do Jack acharam
demais e então enviaram-no para um lar, chamado Torres Crepúsculo, considerado a Disneylândia para idosos, mas,
mesmo tendo essa incrível designação, o avô não queria, de maneira alguma, ir
para lá. E com razão, pois parecia uma autêntica prisão militar!
O que será que vai acontecer? O seu
querido neto ajudá-lo-á a sair? Correrá tudo bem? Isso deixo convosco, leiam e
descubram, com a certeza de que vos ides divertir imenso.
O
livro tem uma linguagem simples, mas empolgante. A história é divertida e as
ilustrações contribuem para a imaginação das peripécias.
Uma situação hilariante que passo
partilhar convosco é o modo como o avô enganava as funcionárias do lar para não
tomar a medicação que o obrigava a dormir. Elas achavam que ele tomava os
comprimidos, mas, na verdade, ele escondia-os no seu grande bigode militar.
Algo que acho também
interessante é que os livros de David Walliams têm um mascador do próprio livro
que já se relaciona com a história, por exemplo, o deste livro é um avião, e
por sua vez a história desenvolve-se à volta disso.
Espero que se sintam motivados para a
leitura deste livro!
Texto e ilustração de Diogo
Lázaro Gonçalves, 6º D
L’incroyable fugue de mon grand-père
Je viens
partager avec vous mon opinion sur un livre que j'ai trouvé merveilleux: L'incroyable fugue de mon grand-père,
écrit par David Williams et illustré par Tony Ross.
Initialement j'ai commencé à le lire par
plaisir, pour passer le temps pendant les vacances, mais lire ce livre m'a fait
capter une énorme attention par ce dernier, donc j'ai décidé de le présenter à
travers le «Li e Gostei».
Les personnages principaux sont un garçon
nommé Jack et son grand-père, le lieutenant Bandeira. L'histoire
développe deux thèmes principaux : le premier, que je trouve très important,
est le fait qu'il montre le lien entre deux générations, en l'occurrence,
petit-fils et grand-père, montrant l'importance que cette interaction a dans la
vie de chacun, ce qui est un exemple merveilleux d'une vrai amitié; l'autre
thème est la Deuxième Guerre Mondial, un événement qui a eu un énorme impact
dans la vie de beaucoup de gens. Ce livre a aussi comme objectif de rendre
hommage aux grands héros qui ont combattu pour qu'aujourd'hui il y ait des
personnes heureuses et libres dans le monde et pour qu'on puisse vivre dans une
démocratie.
Un autre aspect que je trouve très important est le fait que le
grand-père souffre d’ Alzheimer et certaines personnes pourront
s'identifier dans cette histoire , puisqu'ils ont des familiers ou des amis
avec cette triste maladie, ou l'oubli peut mettre des personnes dans des
situations dangereuses.
Une des choses qui crée un grand lien entre le grand-père et le
petit-fils est l'admiration que les deux personnages ont pour les avions,
surtout pour le spitfire, un avion britannique très connu. Et le
grand-père racontait toujours des histoires anciennes, car il a appartenu à la
FAB. Est-ce que
vous savez ce que c'est la FAB? Il s'agit de la Force Aérienne Britannique!
Le grand-père et le petit-fils étaient
très heureux, mais l'Alzheimer du grand-père s'est tellement aggravé qu'il a
cru qu'il vivait encore à la Deuxième Guerre Mondial, car il avait pratiquement
tout oublié. Il y a une partie du texte qui pour certains est drôle et pour
d'autres, elle est perturbante puisque le grand-père a tout simplement disparu
et il a été retrouvé au sommet d'une église en train de s'amuser comme un fou
car il croyait qu'il pilotait un avion. Suite à ça, les parents de Jack ont
décidé de mettre le grand-père dans une maison de repos, qui s'appelle Torres
crepúsculo, qui était considéré comme la Disneyland des personnes âgées,
mais, de toutes façon, le grand-père ne voulait pas y rester. Et il avait bien raison, cet endroit ressemblait à une authentique
prison militaire!
Que
va-t-il se passer? Le petit-fils va t'il aider son grand-père
à s'enfuir? Est-ce
que tout va bien finir?
À vous de le découvrir, lisez et
découvrez, c'est sûr que vous vous amuserez. Le
livre a un langage très simple, mais passionnant. L'histoire est amusante et
les illustrations contribuent pour l'imagination de l'aventure.
Une
situation hilarante que je peux partager avec vous c’est la façon comme le grand-père trompait les employés de la
maison de repos, pour ne pas prendre les médicaments qui l'obligeaient à
dormir. Les employés pensaient que le grand-père prenait ses médicaments mais
en, réalité, il les cachait dans sa grande moustache militaire.
Une autre chose que je trouve aussi très
intéressante c’est que les livres de David Williams ont toujours un
déroulement qui se passe toujours autour
d'un élément, par exemple, dans ce livre l'élément est l'avion et l'histoire se
déroule autour de lui.
J'espère que vous vous sentirez motivé
pour la lecture de ce livre.
Tradução :
Tiago Medeiros Teixeira, nº 13, TM1
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2020 - 2021
“Diário
de uma Totó 9: Histórias de uma Rainha do Drama Pouco ou Nada Totó”
Rachel Renée
Russell
A adolescência é aquela fase da vida por que todos
passamos, uns com mais problemas que outros, mas acreditem qua a Nikki Maxwell
tem a vida mais caótica que conhecemos. Trago-vos o “Diário de uma Totó 9:
Histórias de uma Rainha do Drama Pouco ou Nada Totó”.
O mês de abril não tinha começado muito bem, quando
a Nikki foi atingida na aula de Educação Física com uma bola do mata e ainda
ficou pior porque a sua inimiga Mackenzie Hollister inventou um boato, que
circulou pela escola inteira, a dizer que o Brandon só teria beijado a Nikki
para receber uma pizza de borla. Também alegou que a Nikki tinha posto um
inseto no seu cabelo de propósito. Tudo isto já era mau, mas o acontecimento
seguinte gerou aflição em Nikki: perdera o seu diário. No meio de toda a
confusão, o diário foi parar às mãos da Mackenzie, que começou a escrever nele
e a ser maldosa.
Nikki era conselheira dos alunos, por isso escrevia
anonimamente a coluna da Miss Sabichona (respondia às cartas que os alunos lhe
mandavam, dando conselhos) e o seu nome de utilizador e a senha estavam
escritos no diário, por isso a Mackenzie usou-os e começou a escrever cartas
horríveis e desagradáveis aos alunos, para que a Nikki fosse expulsa da escola
por bullying cibernético, quando as cartas fossem publicadas. Mackenzie
sentia-se muito bem ao escrever aquelas cartas horrorosas, mas do que ela não
estava à espera era que alguém a tivesse filmado com o inseto na cabeça, a
gritar para o tirarem e que agora toda a escola estivesse a rir-se dela. Claro
que a Mackenzie desconfiava de que tinha sido a Nikki a partilhar o vídeo, por
isso decidiu vingar-se dela com uma má surpresa, no dia 28 de abril
(segunda-feira).
Com a vergonha do vídeo, Mackenzie mudou de escola,
por não suportar a humilhação, mas, quando foi retirar as coisas do seu cacifo,
deixou cair o seu diário e, não dando conta, partiu na mesma. Nikki passou no
cacifo que era ao lado do da Mackenzie e encontrou o diário dela no chão. Sabia
que era o dela, pois já a tinha visto a escrever nele, mas, quando começou a
observá-lo bem de perto, reparou que a capa tinha sido colada. Tirou-a e lá
estava o seu diário de volta.
Nikki ficou muito feliz por o ter encontrado e leu
tudo o que a Mackenzie escrevera nele, por isso foi ao site da Miss Sabichona e
apagou as detestáveis cartas que a Mackenzie escrevera, para que não fossem
publicadas.
Chegou o dia 28 e, quando Nikki falava com as suas
melhores amigas, a Chloe e a Zoey, sobre o drama todo que a Mackenzie tinha
provocado, lembrou-se que não tinha verificado uma das pastas do site com as
cartas maldosas, que iam ser publicadas precisamente dentro de cinco minutos,
às 12h00. As três amigas correram para a biblioteca, ligaram o portátil e,
mesmo à hora certa, apagaram as cartas a tempo de evitarem que elas fossem
publicadas.
Se quiserem descobrir mais pormenores, recomendo a
leitura deste livro e dos outros da mesma coleção.
Texto de Matilde Maria Pereira Gonçalves,
9.º B
Ilustração de Nuna Damiana, 12.º E

“Diario de Nikki 9: Una reina del drama con muchos humos”
Rachel Renée Russell
La adolescencia es esa etapa de la vida por la que pasamos todos, algunos con más problemas
que otros, pero creedme que Nikki Maxwell tiene la vida más caótica que conocemos. Les
traigo el “Diario de Nikki 9: Una reina del drama con muchos humos”.
El mes de abril no había comenzado muy bien, cuando Nikki fue golpeada en la clase de
Educación Física con una pelota de balontiro y se puso peor porque su enemiga Mackenzie
Hollister inventó un rumor, que circuló por toda la escuela, diciendo que Brandon solo
habría besado a Nikki para recibir una pizza gratis. También afirmó que Nikki le había
puesto un insecto en el cabello de propósito. Todo esto ya era bastante malo, pero el
siguiente evento causó angustia a Nikki: había perdido su diario. En medio de toda la
confusión, el diario terminó en las manos de Mackenzie, quien comenzó a escribir en él
y a ser cruel.
Nikki era consejera de estudiantes, por lo que escribía de forma anónima la columna de la
señorita Sabidilla (respondía a las cartas que los estudiantes le enviaban, dándoles consejos)
y su nombre de usuario y contraseña estaban escritos en el diario, por lo que Mackenzie los usó
y comenzó a escribir cartas horribles y desagradables a los estudiantes, para que Nikki fuera
expulsada de la escuela por acoso cibernético, cuando se publicaran las cartas. Mackenzie se
sentía muy bien escribiendo esas horribles cartas, pero lo que no esperaba era que alguien la
hubiera filmado con el insecto en la cabeza, gritando para sacarlo y que ahora toda la escuela
se reía de ella. Por supuesto, Mackenzie sospechaba que había sido Nikki quien había
compartido el video, por lo que decidió vengarse de ella con una mala sorpresa, el 28 de abril
(lunes).
Con la vergüenza del video, Mackenzie cambió de escuela, porque no soportaba la humillación,
pero cuando sacó cosas de su casillero, dejó caer su diario, sin darse cuenta, y se
marchó. Nikki pasó por su casillero que estaba al lado del de Mackenzie y encontró el
diario en el suelo. Sabía que era el diario de Mackenzie, porque ya la había visto
escribir en él, pero cuando empezó a mirarlo de cerca, notó que la portada estaba
pegada. La quitó y allí estaba su diario.
Nikki estaba muy feliz de haberlo encontrado y leyó todo lo que Mackenzie había escrito en él,
así que fue al sitio web de la señorita Sabidilla y borró las desagradables cartas que
Mackenzie había escrito, para que nose publicaran.
Llegó el día 28, y cuando Nikki habló com sus mejores amigas, Chloe y Zoey, sobre todo el
drama que había causado Mackenzie, recordó que no había revisado una de las carpetas
del sitio con las cartas maliciosas, que se publicarían justo dentro de cinco minutos,
a las 12h en punto. Las tres amigas corrieron a la biblioteca, encendieron el portátil
y, justo en el último momento, borraron las cartas a tiempo de evitar que se
publicaran. Si quieres conocer más detalles, te recomiendo leer este libro y otros
de la misma colección.
Traducido por Francisco Couto, Curso Profissional TTAR2

“Dork Diaries: Tales from a
Not-So-Dorky Drama Queen” (Book 9)
Rachel Renée Russell
Adolescence
is that stage of life we all go through, some with more problems than others,
but believe me when I say that Nikki Maxwell has the most chaotic life we know.
Meet her in “Dork Diaries:
Tales from a Not-So-Dorky Drama Queen”.
April didn’t
start very well for Nikki. She was hit by a dodgeball during gym class, and she
got a lot worse when her worst enemy, Mackenzie Hollister, spread the rumour that
Brandon had kissed her merely to receive a free large pizza. She also claimed
that Nikki had put a dead bug in her hair on purpose. Things were already bad,
but the next event caused Nikki even more distress: her diary went missing. In
the middle of all that confusion, Mackenzie got her hands on Nikki’s diary and started
writing in it and being wicked.
Nikki was
the students’ advisor and she wrote Miss Clever’s online column anonymously,
answering the students’ letters and giving some advice. Her username and
password were written in her diary, so Mackenzie used them and started writing
hurtful letters to the students so that Nikki would be expelled for cyberbullying
once they were published. Mackenzie felt really good writing those horrible
letters, but she didn’t expect that someone had recorded her freaking out over
the bug that was in her hair, and now the whole school was laughing at
her. Of course, Mackenzie suspected that
Nikki had shared the video, so she decided to take revenge on her with a little
surprise on Monday, April 28.
Ashamed of
the video, Mackenzie decided to transfer to a new school, as she couldn’t bear
the humiliation; however, when she went to take her things out of her locker,
she accidentally dropped Nikki’s diary. Nikki walked past Mackenzie’s locker and
found her diary on the floor. She knew it was hers because she had already seen
Mackenzie writing in it, and when she looked really close, she noticed that the
cover had been glued. She took it off and there it was her diary back.
Nikki felt
so happy because she found her diary and could finally read everything
Mackenzie had written in it. She logged onto Miss Clever’s website and deleted
all the detestable letters that Mackenzie had written so that they wouldn’t be
published.
Monday, April
28th came, and when Nikki was talking to her best friends, Chloe and Zoey,
about all the drama that Mackenzie had caused, she remembered that she hadn’t
checked one of the files on the site with the malicious letters. They were scheduled to be published within
five minutes, so the three friends rushed to the library, turned the computer on
and removed Mackenzie’s letters just in the nick of time preventing them from
being published.
If you want
to find out more details about this story, I definitely encourage you to get
started reading this book and all the others of the Dork Diaries series.
Tradução de Catarina Teixeira 10.ºA e FranciscaMedeiros10.ºA

"Le Journal d'un Geek 9: Histoires d'une Reine du Théâtre peu ou
rien de Geek."
Rachel Renée Russell
L'adolescence est
cette phase de la vie que nous traversons tous, certaines avec plus de
problèmes que d'autres, mais croyez-moi, Nikki Maxwell a la vie la plus
chaotique que nous connaissons. Je t'amène "Le Journal d'un Geek 9:
Histoires d'une Reine du Théâtre peu ou rien de Geek."
Le mois d'avril
n'avait pas très bien commencé, lorsque Nikki a été frappée en classe
d'éducation physique avec une balle meurtrière et cela s'est encore aggravé,
lorsque son ennemi MacKenzie Hollister a inventé une rumeur qui a circulé dans
toute l'école, disant que Brandon il aurait seulement embrassé Nikki pour
recevoir une pizza gratuite. Elle a également affirmé que Nikki avait
volontairement mis un insecte dans ses cheveux. Tout cela était déjà assez
grave, mais l'événement suivant a créé de la détresse pour Nikki: elle avait
perdu son journal. Au milieu de toute la confusion, le journal s'est retrouvé
entre les mains de MacKenzie, qui a commencé à écrire dessus et à être méchant.
Nikki était un
conseiller étudiant, elle a donc écrit la colonne de Mlle Sabichona de manière
anonyme (elle a répondu aux lettres que les étudiants lui ont envoyées pour
obtenir des conseils) et son nom d'utilisateur et son mot de passe ont été
écrits dans le journal, donc MacKenzie les a utilisés et elle a commencé à
écrire des lettres horribles et désagréables aux étudiants, afin que Nikki soit
expulsé de l'école pour cyberintimidation, lorsque les lettres ont été
publiées. MacKenzie était très heureuse d'écrire ces horribles lettres, mais ce
à quoi elle ne s'attendait pas, c'est que quelqu'un l'avait filmée avec
l'insecte sur la tête, criant pour le sortir et que toute l'école se moquait d'elle
maintenant. Bien sûr, MacKenzie soupçonnait que c'était Nikki qui avait partagé
la vidéo, alors il a décidé de se venger d'elle avec une mauvaise surprise, le
28 avril (lundi).
Avec la honte de
la vidéo, MacKenzie a changé d'école, pour ne pas avoir enduré l'humiliation,
mais quand elle est allé retirer des choses de son casier, elle a laissé tomber
son journal et, ne s'en rendant pas compte, est parti quand même. Nikki a
dépassé le casier qui était à côté de MacKenzie et a trouvé son journal sur le sol.
Elle savait qu'il s'agissait de MacKenzie parce qu'elle l'avait déjà vue écrire
dessus, mais quand elle a commencé à le regarder de près, elle a remarqué que
la couverture avait été collée. Elle l'a sorti et elle a retrouvé son journal.
Nikki était très
heureuse de l'avoir trouvée et de lire tout ce que MacKenzie avait écrit
dessus, alors elle est allée sur le site Web de Mlle Sabichona et a supprimé
les lettres odieuses que MacKenzie avait écrites, afin qu'elles ne soient pas
publiées.
Le jour 28 est arrivé,
et quand Nikki a parlé à ses meilleurs amis, Chloé et Zoey, de tout le drame
que MacKenzie avait provoqué, elle s'est souvenue qu'elle n'avait pas vérifié
l'un des dossiers sur le site avec les lettres malveillantes, qui étaient être
publié précisément dans les cinq minutes, à 12h00.
Les trois amis se
sont précipités à la bibliothèque, ont allumé l'ordinateur portable et, même au
bon moment, ont effacé les lettres à temps pour empêcher leur publication.
Si vous souhaitez
découvrir plus de détails, je vous recommande de lire ce livre et d'autres de
la même collection.
Tradução de Matilde Gonçalves Nº14
_________________________________________
Os Sem Rosto”
Derek Landy
O livro “O detetive Esqueleto – Os Sem Rosto”
transporta-nos para um mundo de fantasia, magia e sobrenatural.
A história começa com um crime, em que o assassino
matou um dos últimos Teleporters, de nome Cameron Light, sem deixar vestígios.
Um Teleporter era alguém que conseguia teletransportar-se. O detetive Skul e a
sua assistente Valkyrie estavam na cena do crime e não ficaram impressionados,
pois, no último mês, todos os Teleporters tinham sido assassinados da mesma
maneira, com a exceção de dois.
Com a descoberta de novas pistas fornecidas por um
morto-vivo, Skul e Valkyrie descobriram que Batu (o suspeito do assassínio dos
Teleporters) pretendia abrir o Portal que traria o regresso dos Sem Rosto. Os
Sem Rosto eram deuses demoníacos e perversos que se apoderavam dos corpos das
pessoas e que só podiam ser destruídos com o Cetro (material poderoso
constituído por um cristal e que dispara raios negros).
Skul e Valkyrie foram falar com a sua amiga China
Sorrows, pois precisavam de encontrar um dos últimos Teleporters, de nome
Fletcher Renn, e foram bem sucedidos. Agora, com Fletcher em segurança, Skul e Valkyrie
aperceberam-se de algo deveras estranho. Se só um Teleporter poderia abrir o
Portal, porque é que estavam todos a ser mortos?
Skul e a sua assistente conseguiram, com a ajuda de
amigos, descobrir a localização do Portal, mas nem tudo era um mar de rosas. A
Devassidão (grupo de pessoas lideradas por Batu com o objetivo de trazer de
volta os Sem Rosto) também já sabia a localização do Portal e tinha assassinado
um dos últimos dois Teleporters. Agora as peças do puzzle começavam a
encaixar-se, pois, como só restava Fletcher para abrir o Portal, a Devassidão
podia controlá-lo facilmente, visto que ele era um Teleporter jovem e recente
na magia.
Com a captura de Fletcher, travou-se uma batalha
entre Skul, Valkyrie e os seus amigos Tanith e Ghastly contra a Devassidão, mas
não foram bem sucedidos, pois a Devassidão consegueabrir o Portal e de lá saem
três Sem Rosto.
Agora com três Sem Rosto à solta, o que irá
acontecer? Conseguirão usar o Cetro para os matar? Afinal, quem é mesmo Batu?
Se quiserem descobrir o final imprevisível desta
história, recomendo a leitura deste livro repleto de aventuras.
Texto de Matilde Maria Pereira
Gonçalves, 9.º B
Ilustração de Ronny Almeida, 12.º E

"Le détective squelette – Les Sans Visage”
Derek Landy
Le livre "Le détective squelette – Les Sans Visage"
nous emmène dans un monde de fantaisie, de magie et de surnaturel.
L'histoire commence
par un crime où le tueur a tué l'un des derniers Téléporteurs, nommé Cameron Light,
sans laisser de trace. Un Téléporteur était quelqu'un qui pouvait se
téléporter. Le détective squelette Skul et son assistant Valkyrie
étaient sur les lieux du crime et n'ont pas été impressionnés, car le mois
dernier, tous lesTéléporteurs avaient été assassinés de la même façon, à
l'exception de deux.
Avec la découverte de nouveaux índices, fournis par un
mort-vivant, Skul et Valkyrie ont découvert que Batu (le suspect du meurtre des
Téléporteurs) avait l'intention d'ouvrir le Portail qui apporterait le retour des
Sans Visage. Les Sans Visage étaient des dieux démoniaques et méchants qui
envahissaient le corps des gens et ne pouvaient être détruits qu'avec le
Sceptre (matérial puissant composé d'un cristal et qui projette des rayons
noirs).
Skul et Valkyrie sont allés parler à leur ami China
Sorrows, parce qu’ils devaient trouver l'un des derniers Téléporteurs, nommé
Fletcher Renn, et ils ont réussi. Maintenant, avec Fletcher en
sécurité, Skul et Valkyrie ont remarqué quelque chose de très étrange. Si
seulement un Téléporteur pouvait ouvrir le Portail, pourquoi étaient-ils tous
en train d’être assassinés?
Skul et son assistant, à l’aide de quelques amis, ont
réussi à découvrir l'emplacement du portail, mais ce n’était pas facile. “La Devassitude” (un groupe de personnes
dirigé par Batu au but de ramener les "Sans-Visage") connaissait déjà
l'emplacement du portail et avait assassiné l'un des deux derniers Téléporteurs. Maintenant, les pièces du puzzle commençaient à
s'emboîter, car, comme Fletcher était le seul survivant pour ouvrir le portail,
“La Devassitude” pouvait facilement le contrôler, parce qu’il il était un jeune
Téléporteur et peu expérimenté dans la magie.
Avec la
capture de Fletcher, une bataille a été livrée entre Skul, Valkyrie et leurs
amis Tanith et Ghastly contre “La Devassitude”, mais ils n'ont pas réussi, car “La
Devassitude” parvient à ouvrir le Portail et en sortent trois Sans Visage.
Maintenant, avec trois Sans Visage en liberté, que
va-t-il arriver?
Pourront-ils utiliser le Sceptre pour les tuer? Après
tout, qui est vraiment Batu?
Si vous voulez découvrir la fin imprévisible de cette
histoire, je vous recommande de lire ce livre plein d'aventures.
Tradução de Matilde Gonçalves, 9ºB, N.º14

“Detective Esqueleto - Los Sin Rostro”
Derek Landy
El libro
"Detective Esqueleto - Los Sin Rostro" nos transporta a un mundo de
fantasía, magia y sobrenatural.
La historia
comienza con un crimen, en el que el asesino mató a uno de los últimos Teleporters, llamado Cameron Light, sin
dejar rastro. Un Teleporter era
alguien que podía teletransportarse. El detective Skul y su asistente Valkyrie
estaban en la escena del crimen y no estaban impresionados, ya que en el último
mes todos los Teleporters habían sido
asesinados de la misma manera, con la excepción de dos.
Con el
descubrimiento de nuevas pistas proporcionadas por un no muerto, Skul y
Valkyrie descubrieron que Batu (el sospechoso del asesinato de los Teleporters) tenía la intención de abrir
el Portal que traería el regreso de los Sin Rostro. Los Sin Rostro eran dioses
demoníacos y malvados que se apoderaron de los cuerpos de las personas y que
solo podían ser destruidos con el Cetro (un poderoso material compuesto por un
cristal que dispara rayos negros).
Skul y
Valkyrie hablaron con su amiga China Dolrows, ya que necesitaban encontrar uno
de los últimos Teleporters, llamado
Fletcher Renn, y tuvieron éxito. Ahora, con Fletcher a salvo, Skul y Valkyrie
se dieron cuenta de algo muy extraño. Si solo un Teleporter podría abrir el Portal, ¿por qué estaban siendo
asesinados?
Skul y su
asistente lograron, con la ayuda de amigos, descubrir la ubicación del Portal,
pero no todo era un lecho de rosas. Los Diablerie (un grupo de personas
lideradas por Batu con el objetivo de traer de vuelta a los Sin Rostro) también
ya conocían la ubicación del Portal y habían asesinado a uno de los dos últimos
Teleporters. Ahora las piezas del
rompecabezas comenzaban a encajar. Como solo quedaba Fletcher para abrir el Portal,
los Diablerie podían controlarlo fácilmente, ya que era un Teleporter joven y principiante en magia.
Con la captura
de Fletcher, se libró una batalla entre Skul, Valkyrie y sus amigos Tanith y
Ghastly contra los Diablerie, pero no tuvieron éxito, porque éstos lograron
abrir el Portal, de donde salieron tres Sin Rostro.
Ahora con tres
Sin Rostro sueltos, ¿qué pasará? ¿Podrán usar el Cetro para matarlos? Después
de todo, ¿quién es realmente Batu?
Si quieres
descubrir el final impredecible de esta historia, te recomiendo leer este libro
lleno de aventuras.
Traducido por Ana Pereira, Curso
Profissional TAS2

“Detective Skeleton- The Faceless”
Derek Landy
The book “Detective Skeleton- The Faceless” take us to
a world of fantasy, magic and supernatural.
The story begins with a crime, where the killer killed
one of the last Teleporters, named Cameron Light, without a trace. A Teleporter
was someone who was able to teleport. The detective Skul and his assistant
Valkyrie were in the crime scene and they were not impressed, because in the
last month, all Teleporters had been murdered in the same way, with the
exception of two.
With the discovery of new clues provided by an undead,
Skul and Valkyrie discovered that Batu (the suspect in the Teleporters' murder)
intended to open the Portal that would bring the return of the Faceless. The
Faceless were demoniac and wicked gods that took over people's bodies and they
could only be destroyed with the Scepter (powerful material made up of a
crystal and that shoots black rays).
Skul and Valkyrie went to talk to their friend China
Sorrows, because they needed to find one of the last Teleporters, named
Fletcher Renn, and they were successful.
Now, with Fletcher safe, Skul and Valkyrie realized
something very strange. If only a Teleporter could open the Portal, why were
they all being killed?
Skul and his assistant managed, with the help of
friends, to discover the location of the Portal, but not everything was a bed
of roses. Devassitude (a group of people led by Batu with the aim of bringing
back the Faceless) also already knew the location of the Portal and had
murdered one of the last two Teleporters. Now the pieces of the puzzle were
starting to fit together, since, as only Fletcher was left to open the Portal,
Devassitude could easily control him, since he was a young and recent
Teleporter in magic.
With the capture of Fletcher, a battle was fought
between Skul, Valkyrie and their friends Tanith and Ghastly against
Devassitude, but they were not successful, because Devassitude manages to open
the Portal and from there three Faceless leave.
Now with three Faceless on the loose, what will
happen? Will they be able to use the Scepter to kill them? After all, who is
Batu really?
If you want to find out the unpredictable ending of
this story, I recommend reading this book full of adventures.
Tradução de Matilde
Maria Pereira Gonçalves Nº14 9ºB
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Robert Harris, autor de muitos romances históricos, atingiu um enorme sucesso à escala internacional com a sua primeira obra, cujo título é “Fatherland” ou, em português, “Pátria”. Trata-se de um livro que chama a atenção do ponto de vista visual, devido à presença do símbolo do Reichstag na capa.
Logo nas primeiras páginas, as evidências da enorme imaginação do autor surgem sob a forma de mapas alternativos da Europa e da cidade de Berlim, caso a Alemanha nazi tivesse vencido a II Guerra Mundial, assunto que serve de base ao desenrolar da história.
Escrito em 1992, “Pátria” é um livro excecional e de grande qualidade literária, que nos dá a conhecer a história do SS Sturmbahnführer Xavier Marsh, um detetive do Departamento de Homicídios da Polícia Federal de Berlim, que, logo no começo da narrativa, fica encarregado de descobrir a série de acontecimentos que levou à morte de um homem idoso, encontrado sem vida, a flutuar no rio.
Desde o mês de abril de 1964 até ao fim da história, o detetive vai conhecendo novas personagens, entre as quais se destaca uma jornalista norte-americana, enviada por um canal de televisão à Alemanha com o objetivo de acompanhar a visita do presidente dos EUA, John F. Kennedy, a propósito do aniversário do chanceler Adolf Hitler, que, como é óbvio, não tinha cometido suicídio nesse futuro alternativo.
É de salientar o final enigmático, que fica ao critério do leitor, e ainda a descrição espantosamente pormenorizada das cidades e locais frequentados por Marsh.
Seguramente um dos melhores livros de ficção histórica de sempre, ficando vários patamares acima de outras obras de Harris como “Archangel”, este livro consegue abordar um dos temas que causaria um enorme transtorno ao ser humano: a vitória da opressão sobre a liberdade na II Guerra Mundial.
Texto de Miguel Pereira Sardão, 11.º A
Ilustração de Beatriz Gonçalves, 12.º E

“Patria”
Robert Harris
Robert Harris, autor de numerosas novelas históricas, alcanzó un enorme éxito a escala internacional con su primera obra, cuyo título es "Patria". Es un libro que llama la atención desde el punto de vista visual, debido a la presencia del símbolo del Reichstag en la portada.
Justo en las primeras páginas, la evidencia de la enorme imaginación del autor emerge en forma de mapas alternativos de Europa y de la ciudad de Berlín, si la Alemania nazi hubiera ganado la Segunda Guerra Mundial, un tema que sirve de base para el desarrollo de la historia.
Escrito en 1992, “Patria” es un libro excepcional, de gran calidad literaria, que nos cuenta la historia del SS Sturmbahnführer Xavier Marsh, un detective del Departamento de Homicidios de la Policía Federal de Berlín, quien, justo al comienzo de la narrativa, es el encargado de descubrir la serie de hechos que provocaron la muerte de un anciano, encontrado sin vida, flotando en el río.
Desde el mes de abril de 1964 hasta el final del relato, el detective va conociendo a nuevos personajes, entre los que destaca un periodista estadounidense, enviado por un canal de televisión a Alemania, con el objetivo de acompañar la visita del presidente estadounidense John F. Kennedy en el aniversario del canciller Adolf Hitler, quien, por supuesto, no se había suicidado en este futuro alternativo.
Cabe destacar el enigmático final, que depende del lector, así como la asombrosamente detallada descripción de las ciudades y lugares frecuentados por Marsh.
Seguramente uno de los mejores libros de ficción histórica de todos los tiempos, estando varios niveles por encima de otras obras de Harris como "Arcángel", este libro logra abordar uno de los temas que causaría una gran conmoción al ser humano: la victoria de la opresión sobre la libertad en la II Guerra Mundial.
Traducido por Ana Pereira, Curso Profissional TAS2

Robert Harris, author of many historical novels, achieved huge success on an international scale with his first fiction work, “Fatherland”. It is a book that calls our attention from the visual point of view, due to the presence of the Reichstag symbol on its cover.
The author's enormous imagination arises in the first few pages of the novel which feature two alternative maps, one of Europe and another of the city centre of Berlin, suggesting Germany had won World War II, an issue that serves as the basis for the unfolding of the plot.
Written in 1992, "Fatherland" is an exceptional book of great literary quality, which tells the story of SS Sturmbannführer Xavier Marsh, a detective working for the Berlin Federal Police Homicide Department, who, right at the beginning of the narrative, is in charge of investigating the series of events that led to the suspicious death of an old man, found lifeless, floating in the river.
The action of the novel takes place in April 1964 and, until the end of the story, the police detective gets to know new characters, among which is a beautiful young American journalist, Charlotte Maguire, assigned to Berlin by a television channel to cover the visit of President Kennedy, regarding Hitler’s seventy-fifth birthday celebrations, who, obviously, had not committed suicide in this alternative world.
The enigmatic ending of the novel, which is at the discretion of the reader, as well as the amazingly detailed description of the cities and places wandered by Marsh are noteworthy.
Surely one of the best historical fiction books ever written, and one of the most gripping historical fiction by Harris, this best-seller manages to address one of the topics that would have caused a huge inconvenience to Humanity: the victory of oppression over freedom in World War II.
Tradução de Francisco Oliveira Santos, 10.º A e de Joana Macedo Cardoso, 10.º A
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“O que ela deixou”
T. R. Richmond
O livro “O que ela deixou”, de T. R. Richmond e
publicado pela Editorial Presença, é uma obra fora do vulgar, destacando-se
pela maneira como a história é contada: o seu desenrolar é feito através de
excertos de cartas, e-mails, mensagens, etc.
A história decorre em Southampton, uma pequena
cidade da América, onde todos vivem uma vida normal, até que, certa manhã de
inverno, Alice Salmon, uma jovem de 25 anos, aparece morta, à deriva no rio
gelado desse local.
Este acontecimento tornou-se imediatamente público e
foi o centro das atenções em qualquer rede social durante mais de um ano. Cada
familiar, amigo ou conhecido teve diferentes maneiras de lidar com esta perda,
como a sua melhor amiga, Megan Parker, que narrava o seu desgosto num blogue, o
seu namorado, Luke Addison, que escrevia textos no computador, e a sua família,
que, por sua vez, se encontrava devastada e ainda sem certezas de querer
descobrir o sucedido.
Jeremy Cooke, um professor da universidade que Alice
tinha frequentado, tivera, em tempos quase esquecidos, uma relação com
Elizabeth Salmon, a mãe de Alice, e foi pelo facto de conhecer Alice e de a
achar idêntica à mãe que teve a ideia de investigar ele mesmo a morte dela,
visto que a investigação da polícia apenas trazia resultados nulos.
A tecnologia e a internet permitiram-lhe reunir
inúmeras informações e descobrir segredos inimagináveis.
No fim, Jeremy desvenda o caso, publicando tudo no
seu livro intitulado “O que ela deixou”, onde contava toda a verdade,
desmentindo as suspeitas de que Alice se havia suicidado e de que Luke ou até
mesmo o próprio Jeremy eram culpados. Ainda mais importante foi o facto de a
obra revelar o assassino e expor todas as razões que o levaram a empurrar
Alice. Com este livro, Jeremy assegurou que Alice fosse lembrada com ternura
nos corações de todos.
Apesar de ter considerado a história um pouco
pesada, adorei o carácter atual do livro e aconselho a sua leitura a amantes de
thrillers, a quem gosta de se afastar
do quotidiano e a quem tenha curiosidade de saber, depois de tudo isto, quem é
o assassino.
E então? Já descobriste?
Texto de Catarina Ferreira
Guedes, 12.º ano
Ilustração de Helena Pereira, 12.º ano

“What She Left”
T. R. Richmond
The book “What She Left”, written by
T. R. Richmond and published by “Editorial Presença” is a remarkable work,
standing out for the way the story is told: its development is done through
parts of letters, e-mails, messages, etc.
The story happens in Southampton, a
small city in America, where everyone lives a normal life until one winter
morning, when Alice Salmon, a 25-year-old young woman, shows up dead, floating in that place´s river.
This became instantly public and it
was the main subject in any social media for more than a year. Each family
member, friend and just known one had different ways of dealing with this lost,
such as her best friend, Megan Parker, who stated her displeasure in a blogue,
her boyfriend, Luke Addison, who wrote texts on his computer, and finally her
family who was heartbroken and still not sure if they wanted to know what
happened.
Jeremy Cooke, an university
professor where Alice attended, had, in times almost forgotten, a relationship
with Elizabeth Salmon, Alice´s mother, and, due to the fact of meeting Alice
and finding her really identical to her mother, he had the idea of search into
her death for himself because the police investigation didn´t have any results.
Technology and internet allowed him
to gather information and find out unimaginable secrets.
At the end, Jeremy unveils the case,
publishing everything in his book named “What She Left”, where he told the
truth, disproving the suspects that Alice had killed herself and that Luke or
even Jeremy himself were guilty. Even more important was the fact that his
piece of work revealed the killer and exposed every reason that lead him to
push Alice. With this book, Jeremy assured Alice was remembered with affection
in everyone´s heart.
Even though I found this story a bit
“heavy”, I loved the modern characteristic of the book and I recommend its
reading to people who love thrillers, to step away from their comfort zone and
to those who are curious to know, after all of this, who the killer is.
So? Have you discovered him/her
already?
Texto de Catarina Ferreira Guedes,12.º ano

“Ce qu'elle a laissé”
T. R. Richmond
Le livre “Ce qu'elle a laissé”, de T. R. Richmond, publié par Editorial Presença, est une œuvre hors du commun, se démarquant par la façon dont l'histoire est racontée : son déroulement se fait par des extraits de lettres, de courriers electroniques, de messages, etc.
L'histoire se déroule à Southampton, une petite ville en Amérique, où tout le monde mène une vie normale, jusqu'à ce qu’ un matin d'hiver, Alice Salmon, une jeune de 25 ans, est retrouvée morte, à la dérive dans la rivière glacée de cet endroit.
Cet événement est immédiatement devenu public et a été le centre de l'attention sur n'importe quel réseau social pendant plus d'un an. Chaque membre de la famille, ami ou connaissance, a eu de différentes façons de faire face à cette perte, comme sa meilleure amie, Megan Parker, qui a raconté son chagrin sur un blog, son petit ami, Luke Addison, qui a écrit des textes sur l'ordinateur, et sa famille, qui, à son tour, était dévastée et toujours pas sûr de vouloir savoir ce qui s'est passé.
Jeremy Cooke, un professeur de l’université qu'Alice avait fréquenté, a eu, dans des temps presque oubliés, une relation avec Elizabeth Salmon, la mère d'Alice, et c'est parce qu'il a rencontré Alice et l'a trouvée identique à sa mère qu’il a eu l'idée d'enquêter sur la mort, lui-même, puisque l'enquête policière n'a abouti qu'à des résultats nuls.
La technologie et l'Internet lui ont permis de recueillir d'innombrables informations et de découvrir des secrets inimaginables.
À la fin fin, Jeremy dévoile l'affaire en publiant tout dans son livre intitulé "Ce qu’elle a laissé", où il a dit toute la vérité, démentant les soupçons qu'Alice s'était suicidée et que Luke ou même Jeremy étaient coupables. Plus important encore était le fait que le travail a révélé le tueur et expose toutes les raisons qui l'ont amené à pousser Alice. Avec ce livre, Jeremy s'est assuré qu'Alice était tendrement rappelée dans le cœur de tous.
Bien que j'aie considéré l'histoire un peu lourde, j'ai aimé le caractère actuel du livre et je conseille sa lecture aux amateurs de “thrillers”, à ceux qui aiment s'éloigner de la vie quotidienne et à ceux qui sont curieux de savoir, après tout cela, qui est le tueur.
Alors? Tu l’as déjà découvert?
Tradução de Ana Filipa, n.º2, 8.ºA e Ana Rita, n.º3, 8.º A

El libro de T.R. Richmond “Lo que dejó”, publicado por Editorial Presença, es una obra inusual, que se distingue por la forma en que se cuenta la historia: se desarrolla a través de extractos de cartas, correos electrónicos, mensajes, etc.
La historia transcurre en Southampton, un pequeño pueblo de Estados Unidos, donde todo el mundo lleva una vida normal, hasta que, una mañana de invierno, Alice Salmon, una chica de 25 años, aparece muerta, a la deriva en el río helado de aquel lugar.
Este evento se hizo público de inmediato y fue el centro de atención en cualquier red social durante más de un año. Cada miembro de la familia, amigo o conocido tenía diferentes formas de lidiar con esta pérdida, como su mejor amiga, Megan Parker, quien relató su dolor en un blog, su novio, Luke Addison, quien escribió mensajes de texto en el ordenador, y su familia, que, a su vez, quedó desolada e insegura de querer descubrir qué sucedió.
Jeremy Cooke, un profesor de la universidad a la que había asistido Alice, tuvo, en tiempos casi olvidados, una relación con Elizabeth Salmon, la madre de Alice, y fue porque conocía a Alice y la encontró idéntica a su madre que tuvo la idea de investigar su muerte él mismo, ya que la investigación policial tenía cero resultados.
La tecnología e Internet le han permitido recopilar una gran cantidad de información y descubrir secretos inimaginables.
Al final, Jeremy desvela el caso, publicando todo en su libro titulado “Lo que ella dejó”, donde contó toda la verdad, descartando las sospechas de que Alice se había suicidado y que Luke o incluso el próprio Jeremy eran culpables. Aún más importante fue el hecho de que el trabajo reveló al asesino y expuso todas las razones que lo llevaron a empujar a Alice. Con este libro, Jeremy se aseguró de que Alice fuera recordada con ternura en el corazón de todos.
A pesar de haber considerado la historia un poco pesada, me encantó el carácter actual del libro y recomiendo leerlo a los amantes de los thrillers, a cualquiera que le guste alejarse de la vida cotidiana y a cualquiera que tenga curiosidad por saber, después de todo esto, quién es el asesino.
¿Y entonces? ¿Lo has descubierto?
Traducido por Francisco Couto, Curso Profissional TTAR2
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2019 - 2020
“Leandro, rei da Helíria”
Alice Vieira
Li e gostei do livro “Leandro, rei da Helíria”, escrito por Alice
Vieira, uma das melhores autoras para a nossa idade.
A primeira parte desta história passa-se na Helíria, no palácio real.
Tudo começa quando o rei decide contar ao bobo o sonho que teve durante a
noite.
O rei, com esse pesadelo, percebe que já está muito velho para tomar
conta de um reino. Então, decide que tem de entregar o trono a uma das suas
filhas. As filhas do rei são Amarílis, Hortênsia e Violeta, a mais nova.
O rei conta o sonho às filhas e, com muita delicadeza, pede-lhes que
lhe digam quanto o amam. As filhas Amarílis e Hortênsia dizem muitas palavras
bonitas, mas não sentidas e Violeta diz palavras sinceras, só que sem exageros.
Então o rei, pensando que a filha mais nova não gostava dele, chama o escrivão
para a expulsar do reino, e tudo isto porque ela o comparou ao sal.
Se o leitor estiver interessado em conhecer o fim desta história,
recomendo-lhe a leitura deste livro cheio de peripécias e de reviravoltas
inesperadas.
Texto de Afonso Alves, 8.º B, e de David Patrocínio, 8.º B
Ilustração de Mafalda Teixeira, 9.º C
“Leandro,
Rei da Helíria”
Alice Vieira
Leí y me gustó el libro "Leandro, Rei de
Helíria", escrito por Alice Vieira, una de las mejores escritoras para jóvenes.
La
primera parte de esta historia tiene lugar en Helíria, en el palacio real. Todo
comienza cuando el rey decide contarle al bufón lo que soñó por la noche.
El
rey, con esta pesadilla, se da cuenta de que es demasiado viejo para hacerse
cargo de un reino. Luego decide que debe entregar el trono a una de sus hijas.
Las hijas del rey son Amarílis, Hortênsia y Violeta, la menor.
El rey
les cuenta su sueño a sus hijas y muy dócilmente les pide que le digan cuánto
lo quieren. Las hijas Amarílis y Hortência dicen muchas y encantadoras palabras,
pero sin sentimiento; y Violeta, por su turno, usa palabras sinceras, sin
exagerar. Luego, el rey, creyendo que a su hija menor no le gustaba, llama al escriba
para expulsarla del reino, y todo esto porque su hija le comparó con la sal. Si
al lector le interesa conocer el final de esta historia, le recomiendo que lea
este libro lleno de aventuras y giros inesperados.
Tradução de Cátia Lourenço,11.º C, Pedro Pinto,
11.º E, e João Ludovino, 11.º E
“Leandro, roi
d’Helyria”
Alice Vieira
J'ai lu le
livre "Leandro, roi d'Helyria", écrit par Alice Vieira, l'un des
meilleurs auteurs de notre époque, et je l’ai vraiment aimé.
La première partie de cette histoire se
déroule à Helyria, dans le palais royal. Tout commence quand le roi décide
raconter à l'imbécile de la cour le rêve qu'il avait eu pendant la nuit.
Le roi, avec ce cauchemar, se rend compte
qu'il est déjà trop vieux pour prendre soin d'un royaume. Alors, il prend la
décision de remettre le trône à l'une de ses
filles: Amaralis, Hortênsia et Violeta, la plus jeune.
Le roi raconte le rêve à ses filles et,
avec une grande délicatesse, leur demande de lui dire combien ils l'aiment. Les
filles Amarilis et Hortênsia disent beaucoup de belles paroles, mais pas
ressenties, et Violeta dit des mots sincères. Alors le roi, pensant que sa plus
jeune fille ne l'aimait pas, appelle le greffier pour l'expulser du royaume, et
tout cela parce qu'elle le comparait au sel.
Si le
lecteur est intéressé à connaître la fin de cette histoire, je vous recommande
de lire ce livre plein d'aventures et de rebondissements inattendus.
Tradução de Afonso Alves,
8.º B, e David Patrocínio, 8.º B
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“O
Cavaleiro da Dinamarca”
Sophia de Mello Breyner
Andresen
Um dos melhores livros que já lemos foi “O Cavaleiro da Dinamarca”,
que nos transporta para lugares mágicos. Este livro foi escrito por Sophia de
Mello Breyner Andresen. As personagens são o Cavaleiro, o mercador de Veneza, o
banqueiro de Florença e muitas outras que se vão conhecendo ao longo da
história.
A narrativa começa no gélido e pálido inverno, durante o qual
acontecia a maior festa do ano, o Natal, que todos os anos era festejado da mesma
forma, mas um Natal ficou marcado pelo anúncio feito pelo Cavaleiro: ele iria
passar o Natal seguinte na Terra Santa.
Nesse Natal, ele rezou muito na gruta onde Jesus nasceu. Em Jaffa,
conheceu um mercador de Veneza, cidade para onde foi depois de o barco em que
viajava ter sido apanhado por uma tempestade.
Em Veneza, viu palácios que pareciam nascer do mar e também ouviu
falar da história de Vanina, uma história de amor parecida com a de Romeu e
Julieta, mas sem mortes e com um final feliz. Até que chegou a hora de o
Cavaleiro ir embora, como prometera à sua família. O mercador insistiu para que
ele ficasse, mas o Cavaleiro não aceitou e seguiu viagem.
Chegou a Florença (cidade da sabedoria), situada no norte de Itália,
onde ficou em casa de um banqueiro. Nessa cidade, conheceu a lenda de Giotto,
um famoso pintor. Mas, como tudo o que é bom acaba, o Cavaleiro teve de ir
embora. O banqueiro tentou convencê-lo a ficar, porém ele tinha prometido à
família que ia voltar. Mais tarde, o Cavaleiro partiu para Génova, onde iria
apanhar o barco que o levaria à Flandres.
A caminho de Génova, adoeceu.
Será que o Cavaleiro vai melhorar? Será que vai cumprir a promessa de
regressar a casa? Quem serão as outras personagens?
Texto de Beatriz Marques Silva, 8.º
B
e de Mariana Trindade
Requeijo Leite, 8.º B
Ilustração de Sara Teixeira, 9.º C
“O Cavaleiro da Dinamarca”
Sophia
de Mello Breyner Andresen
Uno de los mejores libros que hemos leído fue
"El Caballero de Dinamarca", que nos traslada a lugares mágicos. Este libro fue
escrito por Sophia de Mello Breyner Andresen. Los personajes son el Caballero, el Mercader
de Venecia, el Banquero de Florencia y muchos otros que vamos conociendo a lo
largo de la historia.
La
narrativa comienza en el frío y pálido inverno, durante lo cual se celebra la más
grande de las fiestas del año, Navidad, que cada año se celebraba de la mismísima
manera, sin embargo, este año iba a recordarse por el anuncio de que el
Caballero iría a celebrar la siguiente Navidad en Tierra Santa.
Esa
Navidad, el Caballero oró mucho en la cueva donde nació Jesús. En Jaffa,
conoció a un Mercader de Venecia, ciudad adonde se fue después de que el barco
en el que viajaba se dejó atrapar por una tormenta.
En
Venecia, vio palacios que parecían nacer del mar y también oyó hablar de la
historia de Vanina, una historia de amor como la de Romeo y Julieta, pero sin
muertes y con un final feliz. Llegando la hora de irse, como había prometido a
su familia, el Mercader insistió para que se quedara, pero el Caballero no
aceptó y siguió su viaje.
Llegó
a Florencia (ciudad de la sabiduría), ubicada en el norte de Italia, donde se
quedó en casa de un Banquero. En esa ciudad conoció la leyenda de Giotto, un
famoso pintor. Pero, como todo lo bueno acaba, el Caballero tuvo que irse. El Banquero intentó convencerlo de que se
quedara, pero él había prometido a su familia que iba a volver. Más tarde, el Caballero
partió hacia Génova, donde iba a tomar el barco que le llevaría a Flandes.
De camino a Génova, se puso enfermo.
¿Mejorará el caballero? ¿Cumplirá la promesa de
volver a casa? ¿Quiénes serán los otros personajes?
Tradução de Carla Silva 11.ºE1; Gonçalo Ferreira 11.ºE1;
Inês Trigo 11.ºE1; Mariana Duarte
11.ºE1
"Le
Chevalier du Danemark"
Sophia de
Mello Breyner Andresen
L'un des meilleurs livres que nous avons
lus c’était "Le Chevalier du Danemark", qui nous fait voyager par des
endroits magiques. Ce livre a été écrit par Sophia de Mello Breyner Andresen. Les
personnages sont le chevalier, le marchand de Venise, le banquier de Florence
et beaucoup d'autres qu’on commence à connaître au cours de l'histoire.
Le récit commence dans l'hiver glacial et
pâle, au cours duquel avait lieu la plus grande fête de l'année, Noël, qui
était toujours célébrée de la même façon, mais un certain Noël a été marqué par
une annonce faite par le chevalier: il passerait le Noël prochain en Terre
Sainte.
Ce Noël, il a beaucoup prié
dans la grotte où Jésus est né. À Jaffa, il a rencontré un marchand de Venise,
une ville où il s’est rendu après que son bateau ait été pris dans une tempête.
À Venise, il a vu des palais
semblant emerger de la mer et il a également entendu parler de l'histoire de
Vanina, une histoire d'amour semblable à celle de Roméo et Juliette, mais sans
morts et avec une fin heureuse. Mais, c’était l’heure de partir, pour le chevalier, comme il
l'avait promis à sa famille. Le marchand a insisté pour qu'il reste, mais le
chevalier n'a pas accepté et il est parti en voyage.
Il est arrivé à Florence (ville de la sagesse),
située dans le nord de l'Italie, où il a séjourné chez un banquier. Dans cette
ville, il a rencontré la légende de Giotto, un peintre célèbre. Mais encore une
fois de plus, le chevalier devait partir. Le banquier a essayé de le convaincre
de rester, mais il avait promis à sa famille qu'il reviendrait. Plus tard, le
chevalier est parti pour Gênes, où il a pris le bateau qui l'a emmené en
Flandres.
En route pour Gênes, il est tombé malade.
Le chevalier s'améliorera-t-il?
Tiendra-t-il sa promesse de rentrer chez lui ? Qui seront les autres
personnages ?
Tradução de Beatriz Marques Silva,
8.º B e Mariana Trindade Requeijo Leite, 8.º B
" The Knight of
Denmark"
Sophia de Mello
Breyner Andresen
One of the best books we have ever read was
“The Knight of Denmark". It takes us to magical places. This book was
written by Sophia de Mello Breyner Andresen. The characters are the Knight, the
merchant of Venice, the banker of Florence and many others that have been known
throughout history.
The narrative starts on a cold and pale
winter during which the biggest holiday of the year is Christmas, which was
celebrated every year the same way. But this Christmas would be different. The
Knight announced he would spend next Christmas in the Holy land.
This Christmas he prayed
a lot in the cave where Jesus was born. In Jaffa, he met a merchant from Venice,
city where his boat was caught in a storm.
In Venice, he saw palaces that looked like
they had risen from the ocean and also heard of Vanina`s story, a love story
similar to that of Romeo and Juliet, but with no deaths and a happy ending. It
was time for the knight to leave, as he had promised his family. The merchant
insisted that he stayed, but the Knight did not accept and went on his journey.
He arrived at Florence (city of wisdom),
located in northern Italy, where he stayed with a banker. In this city, he met
the legend of Giotto, a famous painter. But as time flies when you are having
fun, the Knight had to leave. The banker tried to convince him to stay, but he
had promised his family that he would return. Later, the Knight left for
Genova, where he would take the boat that would take him to Flandres.
On the way to Genova, he
fell ill.
Will the Knight get better? Will he
fulfill his promise to return home? Who will the other characters be?
Tradução de Beatriz Silva, 8ºB, e Mariana Leite,8ºB
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“A Abóbada”, de Alexandre Herculano
Alexandre Herculano (1810-1877) foi
um escritor português muito conceituado, sendo hoje considerado o criador do
romance histórico português. Para além de escritor, foi também historiador e
ensaísta. Na área da Literatura, Alexandre Herculano dedicou-se à poesia e ao
romance. Em grande parte das suas obras, o tema é a história de Portugal, que o
autor trabalhou de maneira diferente, utilizando vários recursos que transformam
a simples sucessão de acontecimentos numa história, tornando-a mais apelativa,
como verifiquei no livro A Abóbada.
Esta obra fala-nos do trabalho de dois grandes
arquitetos envolvidos no projeto e construção da abóbada do Mosteiro da Batalha:
o mestre Afonso Domingues, português, e o mestre Ouguet, irlandês. Para
compreendermos melhor o livro temos de, primeiro, recuar no tempo para nos
enquadrarmos com a escassez de recursos técnicos na altura e, por isso, com a
dificuldade em fazer uma obra destas. Naquela época, demorava-se décadas, às
vezes séculos, a fazer obras desta dimensão, as quais exigiam muitos e muitos
homens para a sua construção, pelo que constituíam sempre um grande feito. A
pessoa que a projetasse, caso tivesse sucesso, tinha reforçado o orgulho
pessoal e conquistado o reconhecimento, a admiração e a glória. Hoje em dia, muitos
dos problemas que se colocavam outrora estão ultrapassados, devido aos sucessivos
avanços tecnológicos, entretanto verificados, que tornariam aquele trabalho menos
difícil de realizar. Porém, em cada momento da História o Homem enfrenta
dificuldades face aos novos desafios que constantemente aceita, na ânsia de ir
mais longe e de permanentemente se superar.
Segundo a narrativa, já Afonso Domingues havia
terminado o projeto, quando em 1401 fica cego numa batalha ao serviço do rei D.
João I. Após o grave acontecimento, o rei duvida que o mestre consiga terminar a
obra, tendo então contratado Ouguet. Este altera o plano da construção da
abóbada de Afonso e constrói-a segundo o seu próprio plano. Aquando da sua
apresentação e enquanto Ouguet foi chamar o rei, a abóbada desabou. Depois do incidente,
D. João I lamenta ter duvidado do mestre Afonso Domingues e, após uma longa
conversa com o intuito de o convencer a voltar a erguer a abóbada, este aceita.
E o Mestre tinha razão! Volvidos mais de cinco séculos a abóbada continua lá.
Se ele pudesse ver…
Mais do que o episódio central da
abóbada, a leitura do livro remete-nos para o significado de três palavras que
estão implícitas na obra: desejo, ambição e eternidade. O desejo e a ambição do
ser humano de querer sempre mais, que nos tornou o que somos hoje, que definiu e
define o nosso percurso civilizacional. O mesmo desejo e ambição que, neste
momento, nos faz pensar em chegar a Marte, tal como, no passado, nos fez aspirar
a construirmos grandes obras como o Mosteiro da Batalha. Eternidade pelo
testemunho que a história mantém vivo sobre os autores de obras que se tornaram
grandiosas. Se fizermos uma breve reflexão, constatamos que ainda hoje o nome
de Afonso Domingues é evocado. Relembrá-lo quer dizer torná-lo presente pela
memória e, num certo sentido, é uma forma de eternidade. Não apenas como uma
pessoa que viveu, mas como a pessoa que projetou o célebre Mosteiro da Batalha,
algo que nem uma catástrofe poderá abalar.
A ação do rei em contratar outro
arquiteto depois de observar o mestre Afonso afetado pela cegueira, mas mesmo
assim mais experiente, permite-nos também estabelecer um certo paralelismo com
as nossas ações. Por exemplo, quando pomos em
causa alguma coisa que pessoas mais velhas, como os nossos professores ou os
nossos pais, tenham dito, mesmo sabendo que eles têm mais experiência e
sabedoria. E o que acabamos por verificar é que, tal como Afonso Domingues na
obra, eles quase sempre têm razão.
Texto de Pedro Miguel Flecho
Nunes Gomes dos Santos 9.º D n.º 23
Ilustração de Inês Aleixo, 12.º C2

“La Voûte”, de Alexandre Herculano
Alexandre Herculano (1810 – 1877) était un
reputé écrivain portugais et, aujourd’hui, il est considéré comme le créateur
du roman historique portugais. En plus d’écrivain, il était aussi historien et
essayiste. Dans le domaine de la Littérature, Alexandre Herculano s’est
consacré à la poésie et au roman. Dans la plupart de ses oeuvres, le thème est l’Histoire du Portugal et l’auteur a
travaillé ce thème d’une manière diferente, en utilisant plusieurs recours qui
transforment la simple succession des événements dans une histoire, en la
rendant plus appelative, comme je l’ai trouvée dans le livre “La Voûte”.
Cette
oeuvre nous parle du travail de deux grands architectes impliqués dans le
projet et la construction de la voûte du “Mosteiro da Batalha”: le maître Afonso
Domingues, portugais, et le maître Ouguet, irlandais. Pour qu’on puisse mieux comprendre
le livre, on doit d’abord reculer dans le temps pour nous encadrer à la rareté
des ressources techniques de l’époque et, conséquemment, à la difficulté de
faire un tel travail. À cette époque, les personnes prenaient des décennies,
parfois même des siècles, pour faire des œuvres de cette dimension, qui
demandaient beaucoup et beaucoup d'hommes, donc, une fois terminées, elles
étaient toujours un grand fait. La personne qui la projetait, au cas où elle
avait du succès, ça renforcerait sa fierté personnelle et elle acquérirait la
reconnaissance, l’admiration et la gloire. De nos jours, beaucoup de problèmes
qui se posaient auparavant ne sont plus d’actualité, grâce aux successifs progrès
technologiques qui ont été vérifiés et qui rendraient ce travail moins
difficile de réaliser. Mais, à chaque moment de l’Histoire, l’Homme
affronte des difficultés face aux
nouveaux défis constamment acceptés, au désir d’aller plus loin et de se dépasser
d’une façon permanente.
Selon
le récit, Afonso Domingues avait déjà terminé le projet, quand, en 1401, il est
resté aveugle au cours d'une bataille au service du roi D. João I. Après ce
grave événement, le roi doute que le maître arrive à achever l’oeuvre et il a
engagé Ouguet. Ce dernier a décidé d’altérer le plan de construction de la
voûte d'Afonso et il a décidé de la construire selon son propre plan. Lors de sa présentation et pendant
qu'Ouguet appelait le roi, la voûte est tombée. Après
l’incident, D. João I a compris qu’il aurait dû faire confiance au maître
Afonso Domingues et, après une longue conversation pour le convaincre de
reconstruire la voûte, le maître a accepté. Et Afonso avait raison! Après
cinq siècles, la voûte est toujours intacte. S’il pouvait la voir…
Non seulement le livre nous raconte
l’épisode de la voûte, mais il nous donne aussi le sens de trois mots
implicites dans le texte: le désir, l’ambition et l’éternité. Le désir et l'ambition de l'être humain de vouloir de
plus en plus, ce qui fait de nous ce que nous sommes aujourd'hui, ce qui a
défini et définit notre parcours de civilisation. Le même désir et la même ambition
que, de nos jours, nous fait penser à atteindre Mars, et que, dans le passé,
nous a poussé à construire de grandes œuvres, telles que le “Mosteiro da
Batalha”. Éternité pour le témoignage que l'histoire garde en vie sur les
auteurs d'œuvres devenues grandioses. Si nous faisons une brève réflexion, nous
constatons que, même aujourd'hui, le nom de Afonso Domingues est évoqué. Se
souvenir de cela signifie le rendre présent de mémoire, et dans un sens, c'est
une forme d'éternité. Pas seulement comme une personne qui a vécu, mais comme une
personne qui a conçu le célèbre “Mosteiro da Batalha”, quelque chose que ni
même une catastrophe ne peut ébranler.
Le fait que le roi ait engagé un autre
architecte après avoir observé le maître Afonso atteint de cécité,
sous-estimant son expérience, nous permet également de faire un parallèle avec
nos actions. Par exemple, lorsque nous remettons en question quelque chose que
des personnes plus âgées, tels que nos professeurs ou nos parents, ont dit,
même si nous savons qu’ils ont plus d’expérience et de sagesse. Et nous
découvrons que, comme Afonso Domingues dans son oeuvre, la plupart du temps ils
ont raison.
Tradução: Tiago
Medeiros Teixeira, n.º 26, 8º A

“The Vault”
Alexandre Herculano
Alexandre Herculano
(1810-1877) was a highly regarded Portuguese writer and is today considered the
creator of the Portuguese historic novel. Besides being a writer, he was also a
historian and essayist. In literature, Alexandre
Herculano devoted himself to poetry and romance. In most of his works, the
history of Portugal is a central theme, which the author worked in a different
way, using various techniques that transform a simple succession of events into
a story, making it more appealing, as I verified in the book The Vault.
This
piece tells us about the work of two great architects involved in the project and
construction of the vault of the Monastery of Batalha: Master Afonso
Domingues, Portuguese, and Master Ouget, Irish. To have a better understanding
of the book we must first go back in time so that we can fit in with the
scarcity of technical resources at the time, and therefore with the difficulty
of doing such work. At that time, it took decades, sometimes centuries, to
construct buildings of this dimension. They would require extraordinary
resources of men and material, and so they were always an enormous achievement.
The person who successfully projected them had his personal pride reinforced and
gained recognition, admiration, and glory. Many of the problems that were once
posed are now overcome, due to successive technological advances meanwhile
verified, which make these complex projects less difficult to accomplish these
days. However, in every moment of history, Man faces difficulties as a
consequence of the new challenges he constantly embraces, in the craving to go
further and to permanently overcome himself.
According
to the narrative, Master Afonso Domingues
draw a complex vault to the Monastery of
Batalha, but he becomes blind in a battle at the service of King John I of
Portugal in 1401, before the building is built. After this serious event, the
King doubts that Master Domingues can
finish the project and hires Master Ouget. Ouget, who does not believe in the
initial project, alters Master Afonso’s
plans and builds it according to his own plan. At the presentation and while Master
Ouget went to call the King, the vault collapsed. King John I regrets having
doubted Master Domingues and, after a
long talk to convince him to raise the vault again, he accepts. And the Master
was right! More than five centuries later, the vault remains there. If only he
could see…
More
than the central episode of the vault, reading the book brings us to the meaning
of three words that are implicit in the text: desire, ambition, and eternity. A
desire and an ambition that makes human beings always want more, strong feelings
that made us what we are today, and defined and still defines our civilizational
path. The same desire and ambition that make us think of getting to Mars today made
us one aspire to build great monuments such as the Monastery of Batalha. Eternity as history keeps alive
the memory of the authors whose works have become glorious. If we think carefully
about it, we find that even today the name of Master Afonso Domingues is evoked. Remembering him means turning him present
in our memories, and in a sense this is a form of eternity. Not just as a
person who lived, but as the person who projected the famous Monastery of Batalha, something that not even a
catastrophe can shake.
The action of the King in hiring another
architect after realizing Master Domingues
was affected by blindness also allows us to draw some parallel with our own
actions. For example, when we question what older people like our teachers or our
parents say even though we know they have more experience and wisdom. And what
we find out is that they are almost always right just like Master Domingues was.
Tradução: James Mathew Sousa Gonçalves, 10ºC n.º9
A Abóboda, de Alexandre
Herculano
Alexandre
Herculano (1810-1877) fue un escritor portugués muy respectado y hoy se lo
considera el creador del romance histórico portugués. Además de ser escritor,
también fue historiador y ensayista. En el área de la literatura, Alexandre
Herculano se dedicó a la poesía y al romance. En la mayoría de sus obras, el
tema es la historia de Portugal, que el autor trabajó de manera diferente,
utilizando diversos recursos que convierten la simple sucesión de eventos en
una historia, haciéndola más atractiva, tal como lo señalé en el libro A Abóbada.
Este libro
nos cuenta el trabajo de dos grandes arquitectos involucrados en el diseño y
construcción de la bóveda del Monasterio de Batalha: el maestro Afonso
Domingues, portugués, y el maestro Ouguet, irlandés. Para comprender mejor el
libro, primero tenemos que retroceder en el tiempo para familiarizarnos a la
escasez de recursos técnicos en esa época y, por lo tanto, a la dificultad de
hacer ese trabajo. En esa época, tardábamos décadas, a veces siglos, en hacer
obras de este tamaño, las cuales exigían muchos hombres para la construcción,
por lo que siempre fueron un gran logro. La persona que lo diseñara, si tenía
éxito, se reforzaba el orgullo personal y ganaba reconocimiento, admiración y
gloria. Hoy, muchos de los problemas existentes en esa época se superaron por
los sucesivos avances tecnológicos verificados, que harían menos difícil el
trabajo de otrora. Sin embargo, en cada momento de la historia el Hombre se
enfrenta a nuevos retos que acepta constantemente, en el afán de ir
más allá y superarse permanentemente.
Según la
narrativa, Afonso domingues había terminado el proyecto, cuando en 1401 se
ciega en una batalla al servicio de del rey, Juan I. Después del grave
evento, el rey duda de que el maestro sea capaz de terminar su labor, y contrata
a Ouguet. Este cambia el plan de la construcción de la bóveda y pasa a
construirla como quiere. En el momento de su presentación y mientras Ouguet
llamaba al rey, la bóveda se derrumbó. Después del incidente, D. Juan I se
arrepientó de haber dudado del maestro Afonso Domingues y
después de una larga conversación con el fin de convencerlo a levantar la
bóveda de nuevo, este acepta. ¡Y el maestro tenía razón! Más de cinco
siglos después la bóveda sigue ahí. Si él la pudiera ver...
Más que el
episodio central de la bóveda, la lectura del libro nos remite al
significado de tres palabras que están implícitas en la obra:
deseo, ambición y eternidad. El deseo y la ambición del ser humano de
querer más y más, que nos hizo ser como somos, que define y definió nuestro
desarrollo como civilización. Esos mismos deseos y ambiciones que, en este
momento, nos hacen sóñar con llegar a Marte, tal como, en el pasado, nos hizo
aspirar a construir grandes obras como el Monasterio de Batalla. Eternidad por
el testimonio de que la historia sigue viva sobre los autores de obras grandiosas.
Haciendo una breve reflexión, observamos que aún hoy se evoca el nombre de
Afonso Domingues. Recordarle significa hacerle presente por la memoria y, en
cierto sentido, es una forma de eternidad. No sólo como a una persona que
vivió, sino como la persona que diseñó el famoso Monasterio De Batalla, algo
que ni siquiera una catástrofe puede sacudir.
La acción
del rey en la contratación de otro arquitecto después de observar al maestro
Afonso afectado por la ceguera, pero más experimentado, también nos permite establecer
un cierto paralelismo con nuestras acciones. Por ejemplo, cuando cuestionamos
algo que las personas mayores, como nuestros profesores o nuestros padres, han
dicho, incluso sabiendo que tienen más experiencia y sabiduría. Lo que solemos
ver es que, como Afonso Domingues en el trabajo, ellos casi siempre tienen
razón.
Tradução: Leonor Rodrigues, n.º18, 11.ºE;
Alexandra Fernandes, n.º 2, 11.ºE;
e Gil Santarém, n.º11, 11.ºE.
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O
Principezinho”
Antoine de
Saint-Exupéry
Um príncipe que viaja pelo espaço, uma rosa que
fala, vários asteróides a que alguns chamam de casa…
É disto que trata o livro “O Principezinho”, escrito
por Antoine de Saint-Exupéry, um grande escritor francês.
Tudo começa quando, no meio de uma viagem, o avião
do narrador se avaria no deserto do Saara. Sem mecânico e sem mantimentos, o
narrador é obrigado a reparar o avião sem qualquer ajuda. Nessa noite,
adormeceu caído na areia. Sem ninguém por perto, qual não foi o seu espanto
quando, de manhã, uma vozinha aguda o acorda, pedindo-lhe que lhe desenhasse
uma ovelha. O narrador desenhou-lhe várias ovelhas, todas rejeitadas, até que,
já sem paciência, rabiscou uma caixa, e disse-lhe que a ovelha estava lá
dentro. O rapazinho encheu-se de felicidade ao ver o seu desenho. E assim, o
narrador ficou a conhecer o Principezinho.
À medida que o tempo ia passando, mais o narrador o
ia conhecendo. Com o passar dos dias, foi descobrindo que ele vinha de um
asteróide, o asteróide B612. Descobriu também o seu amor especial pela flor que
lá vivia com ele. Foi desse pequeno planeta que o Principezinho partiu para
viajar pelo espaço.
Nessa viagem, passou por vários planetas, onde
conheceu várias pessoas, como um rei que não governava nada, um vaidoso, um
homem de negócios que julgava possuir as estrelas, um bêbedo que bebia para
esquecer que bebia, um humilde acendedor de candeeiros e um geógrafo que não
sabia onde ficavam os rios, os lagos, as montanhas. Eram todos diferentes, mas,
ao mesmo tempo, todos iguais.
Já tinha passado uma semana desde que chegara ao
deserto. Como a água já tinha acabado, o narrador e o Principezinho foram pelo
deserto à sua procura.
Felizmente, encontraram um poço e puderam saciar a
sede. No dia seguinte, já perto do avião, o narrador acorda com a voz aguda do
principezinho a falar com uma cobra.
Se querem saber mais, leiam este maravilhoso livro,
que nós recomendamos, pois nos ensina que todos podemos ser crianças; é só
querermos.
Texto - Gabriel da Silva
Queijo Correia, 8.º B e
de Pedro José Pina Fonseca da Rocha, 8.º B
Ilustração - Rafael Meneses, 10.º F2
“El Principito"
Antoine de Saint-Exupéry
Un
príncipe que viaja por el espacio, una rosa que habla, varios asteroides a que
algunos llaman hogar ... Esto es el tema del libro "El Principito", escrito
por Antoine de Saint-Exupéry, un gran escritor francés. Todo empieza cuando, en
medio de un viaje, el avión del narrador se estropea en el desierto del Sahara.
Sin mecánico y provisiones, el narrador tiene que reparar el avión sin ayudas.
Esa noche se queda dormido en la arena. Sin nadie en su alrededor, ¿cuál ha
sido su asombro cuando, por la mañana, una vocecita fina lo despierta y le pide
que dibuje una oveja? El narrador dibujó varias ovejas, pero todas fueron
rechazadas, hasta que, sin paciencia, garabateó una caja y le dijo que la oveja
estaba adentro. El niño estaba feliz con su dibujo. Y así, el narrador conoció
al Principito.
Más el
tiempo transcurría, más el narrador conocía al Principito. Con el paso del
tiempo, descubrió que provenía de un asteroide, el asteroide B612. También
descubrió su amor especial hacia la flor que vivía allí con él. Fue de este
pequeño planeta que el Principito se dispuso a viajar por el espacio.
En ese
viaje, pasó por varios planetas, donde conoció a varias personas, como a un rey
que no gobernaba nada, a un presumido, a un hombre de negocios que pensaba que
poseía las estrellas, a un borracho que bebía para olvidar que bebía, a un
humilde encendedor de lámparas y a un geógrafo que no sabía dónde estaban los
ríos, lagos, montañas. Todos diferentes, sin embargo, todos iguales.
Había
pasado una semana desde que había llegado al desierto. Como el agua ya se había
extinguido, el narrador y el Principito caminaron por el desierto buscándola.
Afortunadamente, encontraron un pozo y
pudieron calmar su sed. Al día siguiente, ya cerca del avión, el narrador se
despierta con la voz aguda del Principito hablando con una serpiente. Si quieren
saber más, lean este maravilloso libro, que te recomendamos, porque nos enseña
que todos podemos ser niños; solo hay que quererlo.
Tradução
de: Francisca Soares, 11.ºE e Sofia Nogueira, 11.ºC
“Le Petit Prince”
Antoine
de Saint-Exupéry
Un prince qui voyage à travers l'espace,
une rose qui parle, plusieurs astéroïdes que certains appellent de maison…
C'est de ça que le livre “Le petit Prince”
parle, écrit par Antoine de Saint-Exupéry, un grand écrivain français.
Tout commence quand, au milieu d'un
voyage, l'avion du narrateur tombe en panne dans le désert du Sahara. Sans
mécanicien et sans nourriture, le narrateur est obligé à réparer l'avion sans
aucune aide. Cette nuit-là, il s'est endormi allongé sur le sable. Sans
personne autour, quel était son étonnement quand, le matin, une voix aigüe le
réveille, en lui demandant de dessiner un mouton. Le narrateur lui a dessiné
plusieurs moutons, tous rejetés, jusqu'à, sans patience, il a griffonné une
boîte, et a dit que le mouton se trouvait dedans. Le petit garçon s'est rempli
de joie en voyant le dessin. Et ainsi, le narrateur a connu le petit prince.
À mesure que le temps passait, plus le
narrateur a appris à le connaître. Au fil des jours, il a découvert qu'il
venait d'un astéroïde, l'astéroïde B612. Il a aussi découvert son amour spécial
par la fleur qui vivait avec lui. C'était de cette petite planète que le petit
Prince est parti pour voyager à travers l'espace.
Pendant ce voyage, il a traversé plusieurs
planètes, où il a connu plusieurs personnes, comme un roi qui ne régnait sur
rien, un vaniteux, un homme d'affaires qui croyait posséder toutes les étoiles,
un ivre qui buvait pour oublier qu'il buvait, un humble allumeur de lampes et
un géographe qui ne savait pas où se trouvaient les rivières, les lacs, les
montagnes. Ils étaient tous différents, mais, en même temps, tous pareilles.
Cela
faisait une semaine depuis son arrivée dans le désert. Comme l'eau était déja
finie, le narrateur et le petit Prince ont traversé le désert à sa recherche.
Heureusement,
ils ont trouvé un puits et ils ont pu étancher leur soif. Le lendemain, déjà
près de l'avion, le narrateur se réveille avec la voix aigüe du petit prince
qui parle avec un serpent.
Si vous voulez en savoir plus, lisez ce
merveilleux livre, que nous vous recommandons, parce qu'il nous enseigne que
tout le monde peut être un enfant, il faut juste le vouloir.
Tradução
de: Rafael Maravilha, n.º 17 – 9.º C e Dani Medeiros, n.º 5 – 9.º D
“The Little Prince”
A prince that travels through space, a rose
that talks, asteroids that some people call home…
That´s
what the book “The Little Prince” talks about, it was written by Antoine de
Saint-Exupery, a famous French writer. Everything started when in the middle of
a trip, the storyteller´s plane breaks down in the Sahara desert. Without a
mechanic or supplies, the storyteller needs to repair his plane without any
help. That night he fell asleep. There was nobody near him, so could you
imagine how surprised he was, when in the morning, a squeaky voice woke him up,
asking him to draw a sheep? The storyteller drew him a lot of sheep, but he
didn´t accept any of them, until, without any patience left, the storyteller
drew a box and told the child that woke him up, that there was a sheep inside
the box. The little child was really happy with the drawing. That was how the
storyteller met the Little Prince.
As
time goes by, the storyteller gets to know the Little Prince better. He also
discovered that the Little Prince comes from an asteroid, asteroid B612. He
also found out about his special love for a flower. It was from that planet
that the Little Prince came from and decided to travel through space.
During that trip, he discovered many
planets, where he met some people, like a King without a kingdom, a vain man, a
businessman who thought the stars were his, a drunken man who drank to forget
he drinks, a simple lamp lighter and a geographer who didn´t know where the
lakes, rivers and monuments were. They were all different, but at the same
time, all the same.
A
week had gone by since they had arrived at the desert. They didn´t have water,
so, the storyteller and the Little Prince went searching for it. Fortunately,
they found a well and drank the water.
The
next day, the storyteller wakes up with the thin voice of the Little Prince
talking to a snake…
If
you want to know more about this book, read it. It shows us that anyone can be
a child. You just have to believe it´s possible.
Tradução: Gabriel da Silva Queijo Correia, 8.º B
e Pedro José Pina Fonseca da Rocha, 8.ºB
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Robinson Crusoé
Daniel Defoe
Li "Robinson Crusoé", de Daniel Defoe, mas numa versão adaptada por John Lang, e gostei muito deste livro.
A história centra-se num jovem rapaz, de nome Robinson Crusoé, que tinha o sonho de tripular uma embarcação. Um dia, perguntou a seus pais se podia realizar o seu sonho, mas eles responderam negativamente, pois queriam que Robinson fosse advogado e, ainda, porque o seu irmão tinha morrido num naufrágio. Robinson pensou nas razões apresentadas pelos pais e desistiu da ideia por uns tempos. Mas, certo dia, ao visitar uma grande cidade a fi de se despedir de um amigo que estava de partida para Londres, recebeu desse mesmo amigo um convite para fazer parte da tripulação da sua embarcação. Robinson, cedendo à força do seu sonho, desobedeceu a seus pais e foi. Logo no início da viagem, houve uma pequena tempestade e ele jurou nunca mais entrar numa embarcação... Seus colegas marinheiros, já habituados àquelas situações, riam e troçavam dele.
Contudo, Robinson não desistiu e voltou a embarcar. Infelizmente, foram atacados por um navio pirata e Robinson foi tornado escravo, vivendo nesta situação durante alguns anos. Apenas acompanhado por um escravo negro, de nome Xury, um dia, foram os dois pescar sozinhos e, aproveitando esta oportunidade, Robinson fez-se ao mar com o seu companheiro. Navegaram muitos dias até que encontraram um navio português que os levou para terra.
Passados alguns anos, Robinson partiu em mais uma embarcação e a viagem, tal como todas as outras, também não correu bem. Rebentou uma grande tempestade que lançou o navio contra um banco de areia, e a embarcação começou a desfazer-se. Entretanto, já todo destroçado, o barco virou e naufragou. Robinson ficou inconsciente e acordou numa ilha que lhe parecia deserta. Estava cansado, magoado, com fome e sede, mas não tinha nada para comer. Então, trepou a uma árvore e adormeceu profundamente. Tempos depois, já com casa construída e com tudo orientado, decidiu explorar a ilha onde vivia há anos. Pegou no seu óculo e viu selvagens fazendo um festim, a cozinhar carne, e viu ossos humanos espalhados pelo chão...
Seriam aqueles selvagens canibais? Terá Robinson invadido o festim? Se quiserem sentir esta grande aventura, leiam este livro, que nos surpreende constantemente com episódios inesperados, nos faz refletir sobre diferentes modos de vida e nos dá lições de sobrevivência.
Texto - David Soares, (enquanto frequentava o 6.ºA)
Ilustração - Pedro Sousa, 12.ºC2

I have read the novel Robinson Crusoe, written by Daniel Defoe and adapted by John Lang, and I liked it a lot!
This book tells us the story of a young man named Robinson, who wanted to become a sailor. One day, he asked his father if he could join in a ship travel that parted from his city. His father did not approve of Robinson as a sailor because he wanted him to be a lawyer and his brother had died in a shipwreck a short time ago. Robinson considered these reasons and forgot this idea for some time. But one day, he went to say goodbye to a friend who was leaving for London, and he was invited to make part of the ship’s crew. Yielding to the strength of his childhood dream, he defid his parents’ wishes and took to the seas seeking adventure. In the beginning of the journey, there was a heavy storm, and he swore he would never get in a ship again. All of his sailor fellows, already used to that kind of reaction, laughed at him.
However, Robinson didn’t give up and decided to go on a second voyage. Unfortunately, the ship he was on was attacked by pirates and Robinson was captured and made a slave, living in this condition for some years. One day he and an African slave named Xury went fihing by themselves, and they took advantage of the chance and escaped from the main ship. They sailed for some days until they found a Portuguese ship that took them home.
A few years later, he went to the sea again but it was a disastrous voyage. A firce storm blew in and threw the ship to a sandbar. The ship fell completely apart, and sank slowly to the depths of the ocean. Robinson was the only survivor of the wreck and woke up on a lonely, uninhabited island. He was tired, hurt, hungry and thirsty, but he hadn’t got anything to eat or drink. So, he climbed up a tree, and he totally fell asleep.
After living for a couple of years in this lonely way, with a shelter built and his basic needs met, Robinson decided to explore the other side of the island for any sign of human life. He picked up his binoculars, and he surprisingly saw a wild tribe having a feast, and some
human bones on the ground...
Was the tribe cannibal? Did Robinson invade the feast? If you want to feel this crazy adventure, read this book that constantly surprises us with unexpected events, makes us think about diffrent ways of living and gives us survival lessons.
Tradução: David Soares, 8.ºC

J’ai lu "Robinson Crusoé", de Daniel Defoe, mais dans une version adaptée par John Lang, et j'ai beaucoup aimé ce livre.
L'histoire se concentre sur un jeune garçon, nommé Robinson Crusoé, qui avait le rêve de faire partie de l’équipage d'une embarcation. Un jour, il a demandé à ses parents s'il pouvait réaliser son rêve, mais ils ont répondu négativement, parce qu'ils voulaient Robinson pour être un avocat et, aussi, parce que son frère était mort dans un naufrage. Robinson a pensé aux raisons présentées par ses parents et il a abandonné cette idée pour quelques temps. Mais un jour, en visitant une grande ville afin de dire adieu à un ami qui partait à Londres, il a reçu de ce même ami une invitation pour faire partie de la tripulation de son embarcation. Robinson, cédant à la puissance de son rêve, a désobéit à ses parents et il est allé suivre son rêve. Tout de suite au début du voyage, il y a eu une petite tempête et il a juré de ne plus entrer dans une embarcation... Ses compagnons marins, déjà habitués à ces situations, se moquaient de lui.
Cependant, Robinson n’a pas renoncé à son désir et il est revenu à l’embarquement. Malheureusement, ils ont été attaqués par un bateau pirate et Robinson est devenu un esclave, vivant dans cette situation pendant quelques années. Accompagné seulement d’un esclave noir, nommé Xury, un jour ils sont allés pêcher tous seuls et, en profiant de cette occasion, Robinson est parti par la mer avec son compagnon. Ils ont navigué pendant plusieurs jours avant de trouver un bateau portugais qui les a emmenés à terre.
Après quelques années, Robinson est parti dans un autre navire et le voyage, comme tous les autres, ne s’est pas bien passé. Une grosse tempête a lancé le navire contre un banc de sable et le bateau a commencé à s’effondrer. Cependant, tout détruit, le bateau s’est mis à l’envers et il a coulé. Robinson était inconscient et il s’est réveillé sur une île qui lui semblait déserte. Il était fatigué, blessé, assoiffé, mais il n’avait rien à manger. Alors, il a grimpé à un arbre et il s’est endormi profondément. Plus tard, avec une maison construite et tout orienté, il a décidé d’explorer l’île où il a vécu pendant des années. Il a pris ses lunettes et il a vu des sauvages faire un festin et cuisiner de la viande et il a vu aussi des os humains éparpillés sur le sol…
Ces sauvages seraient-ils des cannibales? Et Robinson, a-t-il pris d’assaut la fête? Si vous voulez ressentir cette aventure, lisez ce livre, qui nous surprend constamment avec des épisodes inattendus, nous fait réfléchir sur de différents modes de vie et nous donne des leçons de survie.
Tradução: Joana Santos Monteiro; Simão Martins e Tiago Teixeira – 8.ºA

Leí "Robinson Crusoe" de Daniel Defoe, pero una versión adaptada por John Lang, y me gustó mucho este libro.
La historia trata de un niño llamado Robinson Crusoe, que soñaba con tripular una embarcación. Un día les preguntó a sus padres si podía hacer realidad su sueño, pero respondieron que no, porque querían que Robinson fuera abogado y porque su hermano había muerto en un naufragio. Pero un día, cuando visitó una gran ciudad para despedirse de un amigo que se iba a Londres, recibió una invitación de ese mismo amigo para formar parte de la tripulación de su barco. Robinson, cediendo a la fuerza de su sueño, desobedeció a sus padres y se fue. Al principio del viaje hubo una pequeña tormenta y prometió no volver a subirse a un bote... Sus compañeros marineros, ya acostumbrados a estas situaciones, se rieron y se burlaron de él.
Sin embargo, Robinson no se rindió y volvió a embarcar. Desafortunadamente, fueron atacados por un barco pirata y lo hicieron esclavo, viviendo en esta condición durante algunos años. Un día, Robinson y un esclavo negro llamado Xury fueron a pescar solos y aprovechando esta oportunidad, Robinson se hizo a la mar con su compañero. Navegaron muchos días hasta que encontraron un navío portugués que los llevó a tierra.
Unos años más tarde, Robinson zarpó en otro barco y el viaje, como todos los demás, tampoco fue bien. Una gran tormenta arrojó el barco contra un banco de arena, y la embarcación comenzó a desmoronarse. Mientras tanto, ya completamente destrozado, el bote giró y se hundió. Robinson estaba inconsciente y se despertó en una isla que parecía desierta. Estaba cansado, herido, hambriento y sediento, pero no tenía nada para comer. Luego trepó a un árbol y se durmió profundamente. Tiempo después, ya con su casa construida y con todo orientado, decidió explorar la isla donde vivía hace años. Cogió sus gafas y vio a salvajes haciendo banquetes, cocinando carne, y vio huesos humanos esparcidos en el suelo...
¿Serían esos salvajes caníbales? ¿Robinson había invadido la fista? Si quieres sentir esta gran aventura, lee este libro, que constantemente nos sorprende con episodios inesperados, nos hace reflxionar sobre diferentes formas de vida y nos da lecciones sobre la supervivencia.
Tradução: Leonor Rodrigues, 11.ºE e Sofia Nogueira, 11.ºC
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2018-2019
Alice no país
das sapatilhas,
tirem-me deste filme
Como algumas das histórias que já lemos, esta foi uma daquelas com a qual nos identificamos, pois fala-nos de uma adolescente que, como todas as outras, tinha as suas manias.
Na escola, ela era muito popular entre os colegas, até namorava com o Mister Giiraço do 12.º ano.
Alice era também a criadora do blogue “Alice, no país das sapatilhas” que a cada dia que passava tinha mais seguidores. Aliás, o seu sonho era ser uma “Fashion Blogger”. Porém, o seu comportamento na sala de aula, nem sempre era o mais correto. Certo dia, foi apanhada a trocar SMS com duas outras ami-gas da turma. Como castigo, a Diretora obrigou-as a fazer trabalho comunitá-rio, mas nem de propósito o dia e hora marcada coincidida com um evento on-de iriam ser lançadas as suas sapatilhas favoritas, as Vans Old Skool e onde es-tariam presentes bloggers famosas. Para poder ir a esse evento, onde também iriam ser lançadas as suas sapatilhas preferidas, Alice desculpou-se com uma indisposição. Em mal hora o fez pois, para além da confusão que arranjou com a “Goma Doce”, a blogger que ela mais admirava, por causa das sapatilhas, quando regressou a casa, a Diretora da escola estava à sua espera.
Já tinha sido “ameaçada” pelos pais, que caso fizesse mais asneiras, iria com eles para Rolhas, uma aldeia de Trás-dos-Montes, e aquela sua última ac-ção foi a gota de água para a ameaça se concretizar.
Como será a vida de Alice numa aldeia sem internet?
Será que as suas amizades e namoro irão sobreviver à distância?
Como será a sua nova escola? Irá fazer novas amizades?
Querem descobrir? Leiam o livro!
Texto de Letícia Russo, n.º 9, e Marta Monteiro, n.º 12 - 6.º C
Ilustração de Francisca, 6.º D
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Diário de uma totó - 13
Rachel Renée Russel
A vida de uma adolescente pode ser complicada e a Nikki Maxwell não tem dúvida nenhuma disso. Apresento-vos o livro “Diário de uma totó – 13: Histórias de um aniversário pouco ou nada feliz”, que relata a história de Nikki, uma típica adolescente que tenta lidar com os dramas da sua vida de uma forma cómica.
As férias de verão tinham acabado de começar e a Nikki ainda não sabia se queria fazer uma festa de anos. Tinha medo de que esta corresse mal e ainda tinha uma decisão importante para tomar. Iria ela em tournée com os seus amigos e os Bad Boyz ou para Paris com o seu amigo André? Bem, entretanto, a Nikki decidiu fazer a sua festa de anos e andava a preparar tudo com as suas melhores amigas, a Chloe e a Loey.
Apesar de tudo estar a ir muito bem, o orçamento da festa de anos da Nikki era um bocado dispendioso, por isso a mãe reduziu-o bastante, acabando com alguns dos seus planos. Com estas mudanças todas da sua mãe, a Nikki acabou por cancelar a festa. Havia apenas uma solução: arranjar 500€ o mais rápido possível. Era difícil arranjar 500€ assim do nada, mas esta não foi a pior situação. Aconteceu que os convites para a festa de anos estavam em casa da Chloe, mas desapareceram como que por magia. A Nikki pensou logo no pior cenário. Será que os cem convites foram enviados quando a festa estava oficialmente cancelada? Com a ajuda de uma carteira, as três amigas correram para uma caixa azul, mas os convites não estavam lá. Em seguida, correram para o posto dos correios, mas este estava fechado. Entretanto, a Chloe recebeu uma mensagem da sua mãe, que dizia para não se preocupar, pois os convites estavam na sala do correio do escritório do seu pai. As três amigas correram até lá e encontraram realmente os convites, mas chocaram contra o senhor da sala do correio, fazendo com que os convites se misturassem com outras cartas. Com todos estes contratempos, os convites foram mesmo enviados.
A Nikki precisava mais do que nunca dos 500€ para que a festa não fosse um desastre e, graças à ajuda da sua irmã mais nova, conseguiu o seu objetivo.
Agora a festa podia prosseguir ou será que…?
Será a festa de arrasar ou um fracasso? Irá a Nikki em tournée com os seus amigos e os Bad Boyz ou para Paris com o André?
Se quiserem saber o final desta aventura e descobrir como será a festa de anos da Nikki, recomendo a leitura deste livro.
Texto de Matilde Maria Pereira Gonçalves, 7.º B
Ilustração de Francisca Medeiros, 8.º A
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George
de Maria Judite de Carvalho
“George” é um conto da autoria de Maria Judite de Carvalho que aborda temas como a complexidade da natureza humana, as metamorfoses da figura feminina, o diálogo entre realidade, memória e imaginação e as três idades da vida humana.
Primeiramente, ao iniciarmos a leitura do texto, percebemos que estamos perante duas figuras femininas que caminham na rua e têm vestidos iguais. No entanto, ao longo do conto, vamos concluindo que as duas mulheres, afinal, são a mesma pessoa, mas em idades diferentes. Gi tem 18 anos, olhos grandes e semicerrados, boca fina, cabelos escuros e lisos e pescoço alto. George, com 45 anos, é apenas descrita como alguém que usa um vestido claro e amplo. Deste modo, vemos que George recorda o seu passado representado em Gi e dialoga com ela, a partir da sua imaginação.
Em segundo lugar, e em oposição a Gi, surge na narrativa Georgina, uma senho-ra de 70 anos, que passa a dar conselhos à artista de renome: George. Diversos indí-cios apontam para o facto de existir um desdobramento da personagem, neste caso, de George, que se projeta, agora, no futuro. Estamos, portanto, perante uma personagem que se divide em três, as quais representam o passado, o presente e o futuro.
Gi é uma personificação da ânsia de liberdade, da descoberta e do conhecimen-to. Recusa seguir o modelo feminino imposto pela sociedade uma vez que não se quer casar nem ter filhos, sendo desapegada de qualquer laço afetivo, característica esta que prevalece na figura do presente.
George representa a solidão, o desamparo e a exclusão, estando em constante processo de fuga.
Por sua vez, Georgina tem consciência da passagem do tempo, da efemeridade da vida e do poder. Em oposição às duas outras figuras, dá importância aos laços afetivos.
Toda a obra é marcada pelo diálogo entre dois espaços, sendo estes o espaço físico/exterior, ou seja, a realidade, e o espaço psicológico/interior relacionado com a imaginação e com a memória.
Maria Judite de Carvalho tem uma linguagem e um estilo ricos em recursos expressivos, o que permite ao leitor um maior envolvimento na história, uma maior compreensão da dimensão psicológica da personagem e a possibilidade de acompanhar passo a passo a viagem que George realiza no espaço e também no tempo.
Podemos, assim, concluir que, através das três idades da vida humana, este conto aborda a efemeridade da vida e a importância dos laços afetivos.
Texto de Lúcia Filipa Marques Ferreira, 12.º A
Ilustração de Ana Caetano, 8.º A
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A floresta
de Sophia de Mello Breyner Andresen
Isabel vivia numa quinta cercada de muros, na floresta. Tinha um grande fascínio por anões, mas por mais que procurasse não havia meio de os descortinar. Certo dia, imagi-nou uma casa no sopé da árvore e resolveu construí-la com a esperança de que o anão a habitasse. No dia seguinte, o seu desejo tinha-se concretizado! Dentro da casa estava um anão verdadeiro, a dormir, cujo sono fora interrompido por Isabel.
Ao longo do tempo, Isabel e o anão foram-se conhecendo e tornaram-se bons amigos. Certo dia, o anão resolveu contar-lhe a sua história: naquela floresta existiam vários ban-didos que assaltavam os viajantes que por lá passavam. Mas, na floresta, também viviam três frades que foram obrigados pelos bandidos a ajudá-los, depois dos ferimentos causa-dos pelos assaltos.
Após a morte dos bandidos, o tesouro dos assaltos ficou para os frades, mas estes também morreram; por isso, o tesouro ficou entregue aos anões. Contudo, estes tiveram de partir numa viagem. Decidiram que seria o anão, amigo de Isabel, que ficaria com ele. Como não gostou da ideia, pediu ajuda a Isabel para encontrar alguém que ficasse responsável por ele.
Isabel sugeriu que o entregasse ao seu professor de música, mas este também não queria o tesouro. Embora tenha recusado, mesmo assim, sugeriu que o tesouro fosse entregue ao doutor Máximo, que estava a desenvolver uma experiência: transformar simples pedras comuns em ouro verdadeiro. Acontecia que a experiência não estava a surtir o devido efeito. O anão conseguiu e derreteu o ouro em forma de pedras … Resultou! A experiência foi um escândalo! Todos queriam saber a fórmula secreta para conseguirem, também, este feito invulgar!
Todos os dias o doutor Máximo era visitado por vários negociadores para conhecerem a fórmula da transformação invulgar, mas este recusou sempre. Certa noite, o anão e a Isabel foram acordados por um barulho estranho. Era o laboratório do doutor Máximo que estava em chamas.
Tudo ardeu, inclusive os papéis com a fórmula da experiência. Como o doutor não se lembrava dela, não podia realizar a transformação, mas ficou feliz porque agora nunca mais seria incomodado por negociantes invejosos. No dia seguinte, Isabel estava muito triste, porque o anão teria de se ir embora. Perguntou-lhe como iria “matar” as saudades. O anão respondeu de imediato:
- Quando fores crescida, escreve uma história sobre este acontecimento!!!
Gostei muito de ler este livro, principalmente por me ensinar como usar novo vocabu-lário e por reforçar a ideia de que o dinheiro, muitas vezes, só traz problemas.
A minha personagem favorita foi o anão, porque era aquele que revelava sabedoria e inteligência. Este conseguia resolver tudo: desde problemas simples até cálculos absur-dos, em milésimos de segundo.
Recomendo muito a leitura deste livro que, na minha opinião, faz parte da lista dos melhores da nossa literatura. Não fosse ele da nossa Sophia de Mello Breyner Andresen com quem aprendemos muito sobre as maravilhas da Natureza e da ficção.
Texto de Manuel João Almeida Lobão, n.º 13, 5.º B
Ilustração de Gabriel Correia, 7.º B
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Vem aí o Zé das Moscas e outras histórias
O livro “Vem aí o Zé das Moscas e outras histórias”, escrito por António Torrado e ilustrado por Maria João Lopes, está repleto de episódios engraçados que nos fazem rir. A história fala de um homem meio maluco que se queixava de sofrer de muitos zumbidos à volta da cabeça, que o punham meio zonzo e ainda mais maluco do que já era. Ele dizia como eram os zumbidos a quem tinha paciência para o aturar, explicando que ouvia uns : bzz, bzz, bzz, que vinham e iam, consecutivamente.
As pessoas já estavam saturadas daquela conversa. Um dia, alguém o aconselhou a ir a um médico. Informavam que as salas de espera dos consultórios estavam cheias de casos como o dele. Uns diziam que ouviam zumbidos; outros, campainhas e também havia os que ouviam sinos e sirenes e os que não ouviam nada. Acrescentavam, ainda, que os médicos servem para isso, para escutar queixas, classificar as doenças e indicar o tratamento. Então, ele que se despachasse e fosse à consulta porque, quase de certeza, o médico lhe iria prescrever o tratamento certo para o seu maldito mal. Ele lá foi ao senhor doutor e explicou o que tinha. O médico mirou-o dos pés à cabeça e perguntou-lhe se costumava lavar a cabeça, mas, como ele era meio amalucado, perguntou se era por fora ou por dentro. O médico respondeu que era por fora e que via uma quantidade de moscas à volta da cachola e, já cansado, disse-lhe que, quando as moscas o atormentassem, deveria gritar e enxotá-las.
Zé das Moscas assim fez durante várias noites e dias, até que os vizinhos foram fazer queixa à polícia, pois não conseguiam dormir.
A polícia deu um raspanete ao homem, mas este argumentou que a culpa era toda das moscas. O agente aconselhou-o a contratar um advogado e o homem seguiu o conselho. Não tendo resultado, o advogado mandou-o ir ao veterinário, já que o seu problema eram moscas e mosquitos, mas o veteri-nário despachou-o para um juiz. Este desatou a rir, pois tinha acabado de almoçar com o advogado, o comandante da polícia e o médico…
Qual será o fim desta história tão engraçada que nos proporciona momentos de muita diversão durante a leitura?
Texto de Ariana Cardoso, 5.º C, n.º 1
Ilustração de Mariana, 6.º D
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A avozinha gângster
David Williams
O livro “A avozinha gângster”, escrito por David Williams, conta-nos a história de uma relação muito estranha entre uma avó e o seu neto.
Tudo começa com Ben, a personagem principal, amuado no banco de trás do carro. Era sexta-feira… Antes de continuar, é necessário referir que Ben, ao contrário dos outros jovens, odiava as sextas-feiras. Odiava-as por-que era dia de ir para casa da avó, ou seja, comer sopa de couve e tarte de couve, jogar Scrabble, ouvir o chiar dos ossos da avó. O referido é suficien-te para os leitores odiarem a avó e as suas manias.
Ben tinha o sonho de ser canalizador. Ele costumava ir requisitar o semanário da canalização à loja de Raj. Ben dizia-lhe sempre que odiava a avó e que ir para a casa dela era uma tortura, mas Raj contrariava-o, dizen-do que os idosos podem ser bem divertidos. Ben ignorava-o.
Porém, um dia, Ben descobre, numa lata de bolachas, joias valiosas. Ele ficou curioso quanto ao segredo da avó e, por isso, decidiu investigar.
Foi então que, numa noite escura, encontrou a avó vestida de preto à porta de uma loja. Que se passava? Ben correu para a avó e ela, silenciosa-mente, levou-o para casa. Já em casa, a avó contou-lhe que era uma ladra de joias internacional e o neto, espantado, pediu que lhe contasse mais histórias dos seus diversos roubos. Ben escutava a avó, fascinado com as suas aventuras, tal como acontecia quando ele era mais novo. Ela contou-lhe ainda que nunca, na sua carreira de ladra, realizara o seu sonho: roubar as joias da coroa da rainha. O neto pensou nisto durante semanas e organi-zou o roubo com a ajuda dos semanários da canalização que escondia de-baixo da cama.
Passado um tempo, a avó adoeceu. Durante a visita ao hospital, Ben conta à avó o seu plano, que é bastante valorizado por ela.
Será que o roubo se irá realizar? Será que a avó é quem diz ser ou terá uma intenção secreta para agir assim? Que doença atacou a avó e a fez ir para o hospital? Todas as questões, sendo respondidas, tiram parte do interesse do livro, por isso ficarão por responder.
Vale a pena ler esta história, porque tem uma linguagem engraçada, um final inesperado e uma lição de moral que fica na memória dos leitores e os faz pensar nos seus atos.
Texto de Mariana José Marante Gouveia, 7.º B
Ilustração de Isabel, 6.º D
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Crónica do Rei Pasmado
A “Crónica do Rei Pasmado” de Gonzalo Torrente Ballester é uma sátira onde o autor ridiculariza a sociedade espanhola do século XVII.
O romance fala sobre um rei que, após ter passado uma noite com Marfisa, a prostituta mais cara do reino, decide que quer ver a rainha nua. Esta ideia não é vista da melhor maneira pela corte espanhola do século XVII e, como tal, surgem conspirações para impedir o encontro do rei e da rainha. Por outro lado, o rei conta com alguns apoiantes que o ajudam a encontrar-se com a rainha a fim de satisfazer o seu desejo.
O livro é composto por muitas personagens, mas duas delas chama-ram-me à atenção e despertaram-me opiniões diferentes.
Uma delas foi o primeiro-ministro, mais precisamente o Valido. Ele era um dos oponentes do rei, pois queria manter o seu lugar privilegiado na corte. Uma vez que a Espanha se encontrava no centro da linha cruzada entre França e Inglaterra, Valido pretendia que o povo acreditasse que os fracassos da guerra estavam relacionados com os pecados sexuais do rei. Para além disso, condena o comportamento da mulher, pois parece mais uma amante do que uma mulher aristocrata. Gostei do modo como esta personagem demonstrava a sede de poder das pessoas e a hipocrisia das mesmas.
Outra das personagens que mais despertou a minha atenção foi o Padre Almeida que, ao contrário de Valido, era um dos apoiantes do rei. Ele é um padre jesuíta, que se exilou durante muitas décadas em Inglaterra. A sua forma de pensar é diferente da maioria do Clero e, por esse motivo, é a personagem-chave, pois ele apresenta um papel importante no desenrolar dos acontecimentos. É apresentado como o estratega que planeia ao pormenor os encontros do rei e da rainha. Gostei da maneira peculiar com que o Padre Almeida vê o Mundo e como se preocupa pelo bem-estar dos outros.
Na minha opinião, a sociedade não evoluiu muito desde o século XVII até agora. Ainda existem a corrupção, a hipocrisia da sociedade, a supremacia do poder que se sobrepõe ao bem comum e, para além disso, é uma sociedade que vê as mulheres como um ser mais frágil do que os homens e um ser incapaz de certas capacidades, maioritariamente, cognitivas.
Em suma, gostei de ler o livro, pois alguns momentos eram hilariantes. O humor é utilizado para tecer críticas à sociedade daquela época. Aconselho a leitura deste livro, especialmente para pessoas que gostam de uma boa sátira.
Texto de Ana Cunha, n.º 4, 12.º C
Ilustração de Ana Francisca Teixeira, 7.º C
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“Se isto é
um homem”
Primo Levi
A 1 de setembro de 1939, o mundo depara-se com um novo conflito militar. Estamos perante a Segunda Guerra Mundial, que dura até 2 de setembro de 1945, envolvendo a maioria das nações, inclusive as grandes potências que dedicaram toda a sua capacidade económica, industrial e científica ao serviço dos esforços de guerra. Neste conflito,
aconteceram eventos marcantes, como o Holocausto e o lançamento das bombas atómicas nas cidades de Nagasaki e de Hiroxima.
Muitos foram aqueles que viveram de perto esta realidade, em que ser judeu era
crime, embora não se soubesse porquê. Uma dessas testemunhas é Primo Levi, um químico e escritor italiano, nascido a 31 de julho de 1919, que ficou conhecido por ser autor
de memórias, contos, poemas e novelas. Ele é personagem e autor de um romance autobiográfico, “Se isto é um homem”, publicado em 1947, dois anos depois de um dos maiores massacres da História da Humanidade.
A narrativa começa em 1943, ano em que o autor é preso por fazer parte da resistência contra o regime fascista. Ao ser interrogado, apresenta-se como um cidadão italiano de raça judaica. É, então, enviado para um campo de concentração no norte de Itália
e, mais tarde, transferido para Auschwitz, local onde se passa grande parte do que é relatado no livro.
Da viagem de comboio, passando pelo processo aleatório de seleção de quem vive
ou morre, até aos dias de trabalho pesado, “Se isto é um homem” dá-nos a conhecer a
realidade num campo de concentração onde se cruzam nacionalidades e línguas.
Com descrição pormenorizada, Levi mostra pedaços de pão a funcionarem como
moeda de troca e uniformes roubados a serem, mais tarde, negociados para se obter
uma porção de sopa. A enfermaria parece ser a única maneira de fugir ao ar sufocante,
embora não fosse conveniente ter uma doença demasiado grave, já que a mesma poderia ser sinónimo de se fazer a derradeira viagem.
Ao longo das páginas, o autor transmite as preocupações de quem vive em Auschwitz e, curiosamente, estas não são heroicas, nem tão revoltadas quanto aquelas que
podemos imaginar. A aceitação de uma realidade, o abandono dos sonhos e a inexistência de objetivos são um traço comum àqueles cujos pensamentos não vão muito para
além da próxima refeição ou de como proteger os bens que ainda lhes restam.
O que mais nos impressionou nesta obra foi a visão otimista de Levi. Como ele próprio
diz, se não chovia, sentia-se com sorte e, se chovia, recebia mais uma ração de pão, o que
mostra que ele tentava sempre agarrar-se a algo que não o deixasse perder a esperança,
para que conseguisse sair daquele lugar vivo.
Num dos últimos dias passados no campo de concentração, Charles e Levi, dois bons
companheiros, saem do quarto para procurar comida. Quando voltam, os colegas da enfermaria partilham parte do seu pão. Levi, nesse momento, percebe que o tempo de prisioneiro tinha acabado. Estamos agora em 1945. Até àquele dia, era cada um por si, mas
o gesto de partilha fez lembrar o verdadeiro significado de um Homem, do que é a Humanidade.
“Se isto é um homem” não é um discurso de ódio aos alemães pelas suas atrocidades (como o autor realça no segundo parágrafo da obra), muito menos um relato heroico
de um sobrevivente. Este livro tem como objetivo relatar o dia a dia de um judeu, que,
mesmo estando preso num campo de concentração e vendo o mundo à sua volta a desmoronar-se, continua a ter esperança de que a sua situação ia melhorar e que iria sair
daquele sítio vivo, sendo assim um exemplo e uma lição de vida para todos nós.
Texto de Lúcia Filipa Marques Ferreira, 12.º A,
e de Rui Pedro Ferreira Mesquita, 12.º B
Ilustração de Ana Lúcia Santos, 9.º D
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“História de uma
gaivota e do gato
que a ensinou a voar”
Luis Sepúlveda
O livro “História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar” foi escrito por
Luis Sepúlveda e conta a história de um gato, Zorbas, de quatro amigos seus e de duas gaivotas: Kengah e Ditosa.
Esta história começa com um bando de gaivotas em migração que fazem uma pausa para recuperar forças e mergulhar no mar sobre um cardume de arenques. Só que uma
das gaivotas, Kengah, foi apanhada por uma onda de petróleo. Quando tirou a cabeça da
água, viu-se sozinha na imensidão do oceano e coberta de petróleo. Após várias tentativas,
conseguiu levantar voo, mas depressa ficou cansada de bater as asas e então procurou um
lugar para pousar. Acabou por cair numa varanda onde se encontrava um gato preto e gordo chamado Zorbas. Este viu a gaivota toda suja e a cheirar mal e tentou ajudá-la, mas ela
sabia que ia morrer. Com as últimas forças que lhe restavam e antes de exalar o último
suspiro, Kengah pôs um ovo e pediu ao gato que prometesse não comer o ovo, que cuidasse dele até nascer a gaivotinha e que a ensinasse a voar. O gato aceitou, mas foi pedir ajuda aos seus amigos, Colonello, Secretário e Sabetudo. Quando chegou, estava Kengah morta com um ovo ao lado.
Zorbas decidiu chocar o ovo. Passava os dias abraçado a ele e, depois de algum
tempo, a bebé gaivota nasceu. Então, surge um novo problema: como alimentar a ave. São
os amigos de Zorbas que o ajudam, indo buscar peixe ao restaurante do porto.
Certo dia, dois gatos vadios apareceram na varanda, e Zorbas ouve o grito assustado da gaivota e corre em seu auxílio. Nesta altura, ele percebeu que era muito arriscado
deixar a gaivotinha na varanda e, por isso, decidiu levá-la para o bazar do Harry, onde vivia
o Sabetudo.
Os gatos acordam em dar um nome à ave, mas, para isso, precisavam de saber o
seu sexo, e decidem perguntar ao seu amigo Barlavento, que lhes disse que era uma fêmea
e, assim, batizaram-na de Ditosa.
Já só faltava cumprir a promessa mais difícil: ensinar a Ditosa a voar. Sabetudo
procurava, sem sucesso, respostas nas suas enciclopédias e queria ensiná-la a voar comparando-a a uma máquina voadora feita por Leonardo da Vinci. Tentaram várias vezes, mas
não conseguiram. Após dezassete tentativas fracassadas, Ditosa começou a perder a confiança.
Será que conseguiram ensiná-la a voar? Será que precisaram de ajuda?
Esta história ensina-nos que devemos honrar as nossas promessas, que devemos
ajudar todos sem exceção e também que é possível haver carinho entre seres diferentes,
como o gato e a gaivota.
Texto de Ana Rita Borges Xavier, 7.º A,
e de Inês Marques Rebelo, 7.º A
Ilustração de Alexandra Ribeiro, 9.º A
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“As gémeas no colégio de Santa Clara”
de Enid Blyton
Duas irmãs gémeas, Isabel e Patrícia O'Sullivan, desejavam continuar no mesmo Colégio onde estavam, Colégio Redroofs, pois não queriam separar-se das suas melhores amigas. Os seus pais achavam que o colégio era muito caro e demasiado luxuoso. Decidiram que as gémeas estariam muito bem no Colégio de Santa Clara. E foram, mas … muito contrariadas.
Logo de início, detestaram o ambiente e o severo regulamento que as obrigava até a fazer as suas camas. Ficaram tão zangadas que resolveram mostrar a todas as colegas, que não eram para brincadeiras. No entanto, nem sabiam o que as esperava. As colegas consideravam-nas vaidosas e começaram a pregar-lhes muitas partidas cheias de humor.
As gémeas, neste colégio, tinham de acender o braseiro, fazer torradas e limpar as botas às mais velhas. Elas detestavam que as alunas mais velhas as mandassem fazer esses trabalhos. Elas nunca os tinham feito e não os sabiam fazer.
Os dias foram passando e, como em tudo na vida, ambas se foram adaptando àquele ambiente. Fizeram amizade com algumas alunas. Deixaram de ser vaidosas.
Uma noite foram convidadas para uma ceia secreta onde iriam festejar o aniversário da Joana. Adoraram ser convidadas, fizeram novas amizades e divertiram-se imenso nessa ceia.
Um dia, estavam emocionadas por irem ao circo, mas, entretanto, alguém tinha partido o vidro da sala de aula com uma bola e então só foram as alunas do 2.º ano. A Joana, a Catarina, a Isabel e a Patrícia foram às escondidas e, quando regressaram, não havia uma porta aberta no colégio para elas entrarem. Foi a Ilda que as viu e as salvou.
Muitas peripécias aconteceram, mas eixo-vos o desafio de as descobrirem…
Gostei imenso deste livro, porque envolve muita aventura, conflitos entre jovens e diversão. Somos desafiados a fazer parte de algumas situações que são próprias de ambientes de escola e de colegas, que nos levam a tomar partido por uns ou por outros.
Aprecio bastante os livros que nos ensinam, mas também que nos divertem.
Aconselho todas as pessoas a lê-lo, porque é realmente muito interessante e nos prende a atenção com tantas situações engraçadas.
Texto de Sara Filipa Gonçalves Pereira, n.º 21, 5.º A
Ilustração de Ana Beatriz Fonseca, 9.º B
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Missão impossível
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
“Missão impossível”, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, com ilustrações de Carlos Marques, trata uma história maravilhosa e uma aventura fantástica em que ressalta a vida de Jorge Álvares no Oriente, bem como as lendas e os animais míticos chineses.
Tudo começa com Rodrigo que se encontrava, com a família, em Freixo de Espada à Cinta. Numa noite, após um jantar com a sua família e amigos, decide que já está farto e que precisa de mais aventura na sua vida. Então, depois de pedir para sair da mesa foi para a biblioteca à procura de internet. Foi quando os mistérios "lhe bateram à porta".
O que não sabem é que o Rodrigo passava muito tempo na biblioteca daquela casa e, que por ser uma biblioteca muito antiga, lhe suscitava grande curiosidade. Ora nessa noite, andava ele a percorrer a biblioteca, pois o computador não tinha carga e tinha faltado a luz quando, de repente, cai um livro. Este destacava-se dos outros, pois dele saíram letras a voar. «Talvez seja um livro velho, com letras mal coladas. Se calhar soltaram-se devido às vibrações da tempestade», pensou o Rodrigo. Ia colocá-lo na estante mas deixou-o cair e dele saiu uma página. Leu-a e releu-a. Contava, então, a história de um navegador Jorge Álvares. Ora, como Rodrigo era curioso e gostava de aventuras, foi investigar. Pesquisou um pouco e encontrou a mesma história da página que acabara de ler. Pesquisando um pouco mais, descobriu a história das garrafas de Jorge Álvares e é deste modo que começa a história, pois descobriu que ainda tinham resistido nove garrafas que se encontravam espalhadas por várias partes do mundo.
Em contacto com a Matilde e com o Luís, pô-los a par da história toda e a propósito de quererem decifrar o que significava «pó de fortun», que não era mais do que «pó de fortuna», que cada garrafa continha, a dada altura gritaram em coro que significava: “Sorte”. O trio, ao dizer ”sorte” ao mesmo tempo, convocou uma criatura mágica representada numa garrafa: o Chi'lin. O que os três amigos não imaginavam era que estavam prestes a embarcar numa grande aventura.
Depois de completarem a prova do fogo, da água e do ar, esta criatura mágica concedeu-lhes a dádiva de viajarem no tempo numa bolha de invisibilidade! Passado pouco tempo, encontravam-se na casa de Jorge Álvares no dia do jantar onde foram distribuídas as garrafas. Já dentro da casa de Jorge Álvares, na bolha de invisibilidade, deram conta que as garrafas eram uma prenda que Jorge Álvares oferecera aos convidados.
Investigaram um pouco mais sobre o local onde se encontrava a garrafa que continha o Chi´lin e, por sorte, esse museu não se situava muito longe de onde eles, inicialmente, estavam. Decididamente concordaram que deviam visitar esse tal museu. Estavam numa tentativa de libertar o «pó de fortuna» quando, ao formar um triângulo à volta da vitrina, libertaram o pó, que transformou a discussão e a tristeza em felicidade e alegria.
Missão Impossível é um livro repleto de aventuras, de mistérios e de enigmas.
Texto de Tiago Correia, nº 18, 7ºG
Ilustração de Micael Tamborino, 12.ºC2
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“As mil e uma noites”
Desde pequenos que ouvimos contos
de fadas, como
“O Capuchinho Vermelho” e
“A Cinderela”. Os pais contam
-nos aos seus
filhos para os entreterem e até para os adormecerem.
A narrativa base das “mil e uma
noites” também tem como objetivo manter
alguém ocupado, mas por uma razão que
não é agradável como a que leva os pais a
contarem histórias às crianças.
Este livro não tem um autor, mas uma
legião deles, anónimos, cujas histórias, algumas
com milhares de anos, foram reunidas,
formando uma única obra. Algumas destas
narrativas viajavam de um lugar para o outro
porque eram contadas por comerciantes às
diferentes pessoas que encontravam pelo
caminho.
A referência mais antiga a este livro é
um manuscrito do século IX. Mais tarde, o
francês Antoine Galland fez a primeira tradução para uma língua europeia. Porém, incluiu
mais histórias do que as que estavam originalmente
nesses manuscritos. Os contos adicionados
por este autor tornaram-se populares
e passaram a ser incluídos nos livros árabes
e nas traduções seguintes.
Mas o que realmente começa por chamar
a atenção do leitor é a história base do
livro. Os contos são narrados por Xerazade, a
esposa do rei Xariar. Este já se tinha casado
uma vez, porém, foi traído. Como vingança,
matou a mulher e o amante dela e decidiu
ficar com uma mulher diferente todas as noites
e matá-la na manhã seguinte. Após três
anos, Xerazade pede para se casar com o rei,
pois tinha um plano para não ter o mesmo
fim que as mulheres anteriores. A sua estratégia
consistia em contar histórias ao rei, à
noite, mas, ao amanhecer, interrompia o relato
e dizia que o continuaria na noite seguinte.
Como boa contadora de histórias que
era, terminava na melhor parte do conto, o
que deixava o rei curioso. Assim, ele decidiu
não a executar para poder ouvir o final da
história de cada noite. Durante dias, Xerazade
utilizou esta estratégia para evitar que a
matassem. Ao fim de alguns anos e de centenas
de histórias contadas, o rei ficou convencido
da dignidade da sua esposa e não a executaram.
Uma curiosidade é o facto de que
Xerazade não sobreviveu apenas, mas também
conseguiu viver plenamente, pois, durante
esse tempo, teve três filhos do rei.
Para além desta história fantástica,
“As
mil e uma noites” apresentam uma lista de
outros contos, que são narrados pela Xerazade
e que estão ligados entre si. Alguns exemplos
são “Aladim e a lâmpada mágica”, “Sidi
Numan” e
“O cego Babá-Abdalá, o cobiçoso”.
A história de Aladim é mundialmente
conhecida devido à versão animada da Disney.
Já o conto de Sidi e o do cobiçoso não
são tão conhecidos. O primeiro conta a histó-
ria de uma bruxa que transformou o seu homem
num cão; este, enquanto se escondia
dela, tornou
-se muito conhecido por ser o
“cão que reconhecia as moedas falsas”. O
segundo fala de um homem com uma enorme
ambição, que, após ter, juntamente com
outra personagem, carregado várias joias nos
seus camelos, ainda desejava ficar com mais
tesouros que o seu parceiro. No final, quis
uma pomada estranha sobre a qual lhe disseram
que, se a passasse no olho esquerdo, iria
ver todos os tesouros, mas que ficaria cego
se a passasse no olho direito. O cobiçoso não
acreditou e ficou cego.
Como se pode ver,
“As mil e uma noites”
são um livro que aborda diversos temas,
como o amor, a traição e a cobiça. Daí que,
apesar de ter sido escrito há muitas centenas
de anos, continue atual. Além disso, as mensagens
de cada pequena história devem ser
transmitidas a várias gerações, assim como
as diferentes ideias e culturas, que são a base
dos contos desta obra.
Texto de Jéssica Miguel Cardoso, 12.º B
Ilustração de Bárbara Santos, 11.ºE
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Metamorfose
Franz Kafka
A história contada no livro “Metamorfose”, de Franz Kafka, é sobre Gregor Samsa, um jovem caixeiro viajante, que, com o seu trabalho, sustentava ambos os pais e a irmã.
Numa certa manhã, Gregor acorda transformado num inseto de dimensões semelhantes às de um humano, mas, apesar disso, a sua mentalidade e forma de pensar permanecem intactas, sendo apenas o aspeto físico a única alteração que Gregor apresenta. Samsa não perdeu a calma e tentou habituar-se à sua nova forma, uma vez que já estava atrasado para o seu trabalho, atraso tal que fez com que toda a sua família e até o seu chefe fossem ver o que se passava, acabando por descobrir o que tinha ocorrido.
A partir deste momento, toda a família começou a ter receio de Gregor e, à medida que o tempo passava, ele ia ouvindo as discussões à hora do jantar sobre como se iam sustentar e o que haveriam de fazer com ele.
Com o decorrer do tempo, Gregor viu a maior parte dos móveis do seu quarto serem retirados, um claro sinal de que a sua família estava a desistir dele e a vê-lo como um fardo, algo que se provou ser verdade após alguns meses. Podemos verificar isto em dois episódios: quando a irmã, que, no início, via aquele inseto como sendo o seu irmão, desiste e tenta livrar-se dele, e quando o pai lhe atira várias maçãs, até que uma acaba por lhe acertar, ferindo-o bastante tanto física como psicologicamente. Esta ferida originou uma grande infeção que acabou por levar à morte de Gregor, a qual foi muito bem recebida pela família Samsa.
Na minha opinião, esta obra é intemporal, uma vez que reflete não só comportamentos da sociedade da altura em que o autor viveu, como também da sociedade atual. Alguns exemplos destes comportamentos são as dificuldades sociais a que todos os seres humanos estão expostos, como a exclusão e a solidão, que são retratadas através do afastamento emocional da família em relação a Gregor, e também os interesses da sociedade da época, que se assemelham aos da atual, como os interesses capitalistas das empresas que apenas têm como objetivo lucrar em qualquer situação. Nesta obra, podemos ver a família como sendo a empresa e Gregor como a mão de obra que pode ser descartada e trocada a qualquer momento. Por fim, Kafka, através das dificuldades de Gregor perante ações comuns, como levantar-se ou caminhar, pretende denunciar a forma como a sociedade restringe o valor do ser humano à sua aparência e ao que ele produz, como se este pudesse ser substituído por outra pessoa ou até por uma máquina. Recomendo a leitura deste livro, nem tanto pela história, mas pela mensagem que transmite, a qual nos ajuda a refletir sobre a sociedade em que vivemos, para que possamos ter uma vida mais honesta e um mundo mais equilibrado.
Texto de Alexandre Almeida Alves, 12.º A
Ilustração de Eva Pinto, 12.ºC2
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O Vendedor de Passados
José Eduardo Agualusa
“O Vendedor de Passados” é um livro da autoria de José Eduardo Agualusa, ao qual foi atribuído o prémio Independent – Ficção Estrangeira. Trata-se de um romance publicado em 2004 cujo título remete para a profissão de um angolano albino chamado Félix Ventura.
Como se o título da obra e a sua personagem principal não fossem suficientemente intrigantes, a história é-nos narrada por uma osga (uma espécie de lagartixa), que outrora já foi humana e que dá pelo nome de Eulálio. Eulálio vive na casa de Félix e é através dele que ficamos a perceber melhor em que consiste a profissão de vendedor de passados.
“Assegure aos seus filhos um passado melhor”: é esta a frase que se pode ler no cartão de visita de Félix Ventura. No entanto, a maioria dos clientes procuram os seus serviços não por preocupação com a reputação dos filhos, mas sim com a sua própria imagem.
Mas porque é que alguém estaria interessado em mudar o seu passado? É a pergunta que se impõe neste ponto. Ao que parece, políticos, empresários e importantes generais angolanos: pessoas com o futuro assegurado. Falta-lhes, contudo, um passado glorioso cheio de familiares importantes.
Félix encarrega-se então de inventar toda uma nova árvore genealógica e um novo passado para cada um dos seus clientes, baseando-se em personalidades de que ouviu falar nas suas cassetes antigas ou sobre as quais leu nos livros igualmente antigos que possui na sua biblioteca.
Porém, um certo dia, Félix é procurado por um cliente que se recusa a dizer o seu nome, mas que lhe oferece uma elevada quantia em dinheiro pela construção de um passado modesto, com direito a novos documentos e, basicamente, a uma nova identidade.
Este pedido vai muito além de qualquer dos trabalhos que Félix tinha feito até à data e, além disso, mal ele sabe que este seu cliente mistério pretende adquirir uma nova identidade para levar a cabo uma vingança. Num enredo muito cativante, José Eduardo Agualusa apresenta-nos não só um romance invulgar e curioso como também profundas reflexões sobre a importância da memória e do passado na vida humana.
Seguindo o ditado “Não julgues um livro pela capa”, aconselho-vos a não julgarem este livro pela sua estranheza inicial, pois esta é, sem dúvida, uma leitura que vale a pena.
Texto de Ana Margarida Nunes Oliveira, 12.º A
Ilustração de Elisabete Couto, 12.ºC2
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“20.000 Léguas Submarinas”
Quando li o título “20.000 Léguas Submarinas”, fiquei muito curiosa e co-mecei a pensar que segredos estariam escondidos neste livro de Júlio Verne. Observei a ilustração da capa e a minha curiosidade aumentou, porque vi uns tentáculos enormes de polvo a atacar um barco. Que monstros haveria debaixo de água? Não resisti. Abri o livro e comecei a folheá-lo.
Vi ilustrações lindas, fabulosas que acompanhavam episódios breves e que nos falavam de monstros misteriosos, tesouros, ilhas flutuantes, prisio-neiros, caçadas subaquáticas, ataques de tubarões, lulas gigantes e fugas.
Li este livro do princípio ao fim com muito interesse. Todos os episódios contavam histórias magníficas. Contudo, houve um de que eu gostei mais: “Ataque de tubarão!”.
Conta essa pequena narrativa que Ned e o capitão Nemo, duas persona-gens deste livro, observavam um apanhador de pedras muito pobre que ar-riscava a sua vida a cada mergulho. Como equipamento, tinha apenas um saco para guardar as pérolas e uma pedra atada ao pé para o ajudar a mer-gulhar nas águas. Subitamente, viram que um tubarão se aproximava e ata-cava o mergulhador, deixando-o inconsciente. Nemo foi logo socorrer o po-bre e enterrou um punhal no tubarão. Seguidamente, Ned lançou um arpão à barriga do animal. Depois, ambos aproximaram-se do apanhador de péro-las e trouxeram-no para a superfície. Então Nemo pegou nas pérolas que ti-nha no fato de mergulho e colocou-as na mão do mergulhador.
Apreciei muito este gesto de bondade do capitão e, como diz o texto, “um gesto de um homem do mar para com outro”. Outros episódios deslumbran-tes fazem parte desta obra-prima em que aconteceram cenas incríveis, com personagens mais bizarras e de ficção autêntica, mas se querem saber, se querem descobrir outros mundos e outras realidades …. terão que ler o livro, porque eu não vou contar mais.
Texto de Dalila Bichão, n.º 7, 5.º B
Ilustração de Beatriz Granito, 10.º E
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O beijo da palavrinha
O livro “O beijo da palavrinha” é de Mia Couto, um escritor moçambicano, apaixonado por África e pelas suas tradições e costumes.
Este conto tem como figura central a Maria Poeirinha, cujo maior sonho era ver o mar. Maria Poeirinha tinha um irmão muito engraçado, o Zeca Zonzo. Ele era ”desprovido de juízo”, ou seja, estava sempre distraído, autentica-mente “na lua”!
Um dia, o tio Jaime Litorânio achou que a família deveria ver o mar. Foi por esta ocasião que Maria Poeirinha adoeceu gravemente. O seu tio dizia que tinha de a levar a ver o mar para a curar. A menina estava muito debilitada, por isso tudo indicava que a viagem seria quase impossível. Toda a família se uniu e tentou tudo fazer para alegrar e fazer melhorar a Maria Poeirinha.
A mãe cantava-lhe histórias de embalar, mas o irmão Zeca Zonzo de-cidiu fazer uma experiência, uma vez que ela queria ver o mar. Pegou num papel e caneta e desenhou a palavra “MAR”. Pegou no dedo da irmã e passou-o pelo “M”, perguntando-lhe:
- O que sentes?
Ela respondeu, com um ar de muita satisfação, que sentia as ondas do mar.
Pegou novamente no dedo da irmã, e desta vez passou-o pela letra “A”.
- O que sentes?
- O “A” de ave – apressou-se a dizer.
Novamente pega no dedo da irmã e passa-o pela letra “R”.
- E agora?
- Sinto um “R” das rugosas pedras – concluiu ela, muito satisfeita.
De repente, do leito da Maria Poeirinha solta-se uma gaivota branca! …. Era ela!
Ainda hoje, depois de tantos anos, vê a fotografia da sua irmã que se “afundou num sono profundo”.
Foi um dos mais bonitos contos que já li!
Também eu gosto do MAR, como a nossa Sophia de Mello Breyner Andresen!
A Maria Poeirinha conseguiu, pelo menos, que alguém lhe “mostrasse” o MAR. Para isso contribuiu a imaginação, que faz “milagres”! Principalmente quando se está só, doente ou triste!
É sempre bom ter alguém que nos compreenda …
Texto de João Pedro Valverde Borges dos Santos Vaz, n.º 11, 5.º B
Ilustração de Marina Gouveia, 7.º B
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Grandes esperanças
Charles Dickens
Grandes Esperanças é uma das obras de um dos mais famosos e versáteis escritores clássicos. Neste romance, a ação é baseada na perspetiva de Pip, uma das personagens principais, a qual vai desvendando os segredos que todos escondem. O livro é uma crítica à sociedade da época e também tem alguns aspetos que se podem rever nos tempos atuais, como a ganância, o ódio, a vingança e o dinheiro.
A obra como um todo é sublime. Ela mostra-nos de forma impressio-nante como a vida e a personalidade de Pip é moldada pelas pessoas e o am-biente à sua volta. Charles Dickens narra os erros, acertos e arrependimen-tos de Pip da forma mais humana possível. O enredo pode até parecer co-mum, mas é cheio de profundidade, cheio de reflexões, com passagens belís-simas. Compreende desde a infância até a vida adulta do protagonista, dei-xando-nos assim a perceção de todas as suas mudanças físicas e psicológicas.
A última parte do enredo é cheia de revelações e reviravoltas. Passa-mos a entender ainda mais as personagens à volta de Pip, descobrindo liga-ções entre elas que não imaginaríamos existirem. É aqui também que Pip começa a reconhecer os seus erros e a amadurecer ainda mais. É o momento de sua verdadeira mudança. Há alguns exageros nesses momentos, mas que não chegam nem perto de tirar o brilho do enredo como um todo e princi-palmente do desenvolvimento das personagens.
Mais do que nos dar um retrato inesquecível das possibilidades de ascensão social e das esperanças da classe média na sociedade inglesa da primeira metade do século XIX, parece que Dickens nos mostra, de uma for-ma simultaneamente comovente e subtil, que a ficção faz parte de toda e qualquer autobiografia, que há uma continuidade entre aquilo que somos e as nossas fantasias e que, muitas vezes, isso acontece porque “a consciência é uma coisa terrível quando acusa um homem ou uma criança”. Sendo as-sim, Dickens não faz de Pip um representante de uma classe social, mas sim um representante da humanidade inteira.
Entendemos o medo que algumas pessoas têm de clássicos. Muitas vezes, o medo é simplesmente não entender o que o escritor quer dizer por causa de uma escrita muito rebuscada ou porque a maneira como ele escre-ve é demasiado complexa. Mas podemos dizer que Charles Dickens é um es-critor que poderia ter existido ontem. O seu livro flui de maneira muito natu-ral, a sua escrita é leve e ainda que utilize um estilo comum da sua época, o livro não é difícil, para além de ter momentos divertidos ou, no mínimo, sar-cásticos, sendo por isso recomendado por nós a todos os apreciadores de um dos maiores romancistas de sempre.
Texto de Alexandre Ribeiro 12ºC, n.º1, e de Samanta Fonseca 12ºC, n.º24
Ilustração de Beatriz Teixeira 9ºE
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Uma Chuvada na Careca
“Uma Chuvada na Careca”, de Alexandre Honrado, é um livro fantástico com ilustrações e expressões muito engraçadas que nos deliciam e provocam o riso. A história começa com uma menina que tem um ursinho de peluche, chamado Búfalo Bill, que frequenta o sétimo ano numa escola em obras, logo, algumas zonas não têm telhado e, por isso, chamam-lhe “Careca”.
A rotina da menina começa com um despertador doloroso: a voz de desper-tador do pai arranca-a do sono gostoso e grita-lhe que já são horas de se levan-tar. Após um dia de aulas na escola, vai com os amigos (que têm muitas alcu-nhas, como por exemplo: João Boião, Rute Elétrica, Papá Tem…) lanchar ao café do “Bandejas”, alcunha que colocaram ao empregado pelo facto de ele trazer sempre uma bandeja. No café, habitualmente, desesperam o empregado com as brincadeiras e partidas que lhe fazem.
Num dia de grande tempestade na escola, tiveram de ir todos para um giná-sio, porque estava tudo inundado e a cair. Já no ginásio, a narradora e as ami-gas conviveram com rapazes e a menina conheceu um do 8º ano, chamado Da-niel. Passados alguns dias, Daniel perguntou-lhe se queria ir ao cinema e ela… Queriam saber o que se passou, não é verdade? Mas não vou contar mais… Te-rão de ler o livro.
Gostei muito deste livro porque tem uma linguagem simples, muita criativi-dade e muitas situações hilariantes que nos divertem enquanto lemos. Gostei
de várias expressões, mas vou mencionar duas, a título de exemplo: “aí vem o às do volante”, ironizando a condução duvidosa do pai, e “parece o naufrágio do Titanic”, procurando ilustrar com este exagero a situação caótica que a inundação tinha provocado.
Leiam este livro e ficarão deliciados.
Texto de Miguel Moutela, n.º 17, 5.º D
Ilustração de Samuel Azevedo e Fabrícia Silva
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O Primo Basílio
“O primo Basílio” foi escrito por Eça de Queiroz, mas eu li uma versão adaptada para crianças por Fernando Pinto do Amaral.
“O primo Basílio” é um romance escrito há cerca de 130 anos e apresenta
uma história passada entre Jorge, que trabalhava nas minas, e uma mulher muito elegante chamada Luísa.
Certo dia, em Lisboa (na casa de Jorge e Luísa), Jorge anunciou que ia estar
fora de casa durante algum tempo, porque ia trabalhar, e fizeram uma festa de
despedida. Nesse período em que Jorge esteve ausente, apareceu em sua casa
Basílio, um primo de Luísa.
Basílio era um homem muito importante que trabalhava em França e, quando Luísa o viu entrar, correu para os braços dele. Depois
falaram sobre a razão de ele se encontrar em Lisboa e sobre outras assuntos.
Basílio ia ter com Luísa todas as tardes e, um dia, beijaram -se. E assim fiaram apaixonados e entregavam cartas um ou outro.
Um dia Juliana, a empregada de Luísa, descobriu uma dessas cartas e começou a chantageá-la. Para evitar que a empregada denunciasse a situação, Luísa
dava-lhe vestidos, bijuterias e muito dinheiro. E Basílio, sem saber de nada, foi -
se embora.
Passados alguns dias, Jorge regressou e fiou perplexo ao ver Juliana sentada
e Luísa a trabalhar e quis saber a razão de um procedimento tão estranho, mas
nada lhe foi revelado. Isso passou e uma semana depois Luísa adoeceu com febre.
Quer saber o que aconteceu? Então, leia o livro e delicie-se com a sua leitura.
Texto de Santiago Teixeira, n.º 22, 5.º C
Ilustração de João Pedro Rebelo e Manuel Lobão, 5ºB
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O rapaz de bronze
Acabei de ler o livro «O Rapaz de Bronze», de Sophia de Mello Breyner Andresen, a minha escritora favorita, e venho partilhar as minhas impressões de
leitura.
A linguagem é fantástica, uma característica da escrita de Sophia, e é frequentemente utilizada em sentido conotativo. A história leva-nos para um mundo mágico, estimulando a nossa imaginação.
O livro está dividido em quatro partes: «As flores», «O gladíolo», «Florinda»
e «A festa». A parte de que mais gostei foi «A festa», contudo irei falar desta
parte e de «O gladíolo».
Certo dia, num jardim maravilhoso onde se passa a história, “um gladíolo ainda mais mundano que todos os outros gladíolos” subiu a um carvalho antiquíssimo e espreitou para dentro da casa da sua dona, de onde saía uma música que
se espalhava como um perfume. Lá dentro, havia homens e mulheres muito
bem vestidos, que riam, conversavam e dançavam. Então, despertou nele a
ideia de fazer uma festa. Foi pedir autorização ao rei do jardim, o Rapaz de
Bronze, e este concordou. Logo iniciaram os preparativos e o gladíolo escolheu
as flores perfeitas para a comissão organizadora, selecionando: o Cravo, a Rosa,
a Tulipa, a Begónia e a Orquídea.
Na noite seguinte, começaram a organizar a festa: arranjaram orquestra, as
luzes, as cadeiras e havia um vaso sem nada que os fez pensar o seguinte: se,
nas festas dos humanos, metem flores nos vasos, que tal se, nas festas das flores, metessem um humano num vaso… E logo escolheram Florinda.
Na noite da festa, o local selecionado para o efeito, uma clareira, estava um
sonho: o lago, rodeado de pirilampos, parecia ter um colar de luzes; o ar estava
perfumado com o aroma das flores, que faziam belíssimos bailados. Florinda foi
colocada dentro de uma jarra e o Rapaz de Bronze foi ter com ela. Então, começaram a falar muito e… o que mais terá acontecido?
Descubram tudo o que se passou lendo «O Rapaz de Bronze», um livro onde,
num jardim (Sophia senti fascínio pelos jardins!), à noite, as flores dançavam,
conversavam, riam, contavam os seus segredos, porque a noite é o dia das flores, das plantas, das estátuas…, o tempo em que acontecem coisas mágicas…
Texto de Pedro Oliveira, N.º19, 5ºD
Ilustração de Ana Raquel Monteiro, 7.º C
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Luuanda
Foi escrito por José Luandino Vieira, autor angolano. Embora tenha nascido em
Portugal, Luandino passou toda a sua infância e juventude em Luanda.
O livro realça a separação entre os pobres e os ricos.
As temáticas abordadas, entre outras, são a hipocrisia, o egoísmo, a miséria, a
discriminação, as quais são evidenciadas ao longo das três histórias do livro. A discriminação
é retratada pela personagem Garrido Fernandes, pois é julgado por toda a sociedade
pelo simples facto de ser coxo. O egoísmo e a hipocrisia são característicos de
Zeca. Este não valorizava o esforço diário da sua avó e queria mostrar perante o povo
que era rico quando não o era. Por fim, devido à miséria, discute por um ovo, mas em
contrapartida acaba por ser generoso oferecendo-o, relevando o seu carácter e bom
coração.
A obra denuncia a dura realidade social angolana, isto é, a fome. Hoje em dia, a
fome já não é um problema de proporções tão elevadas como o livro retrata, mas continua
a existir em muitos lugares, geralmente em países enfraquecidos economicamente,
sobretudo no continente africano. Este problema não é exclusivo de países ou regiões pobres, mas manifesta-se também nas periferias de grandes e pequenas cidades de
países como o Brasil.
O autor aponta dois motivos que levam ao desemprego, a desvalorização de
pessoas com deficiência e a pobreza. Atualmente não é bem assim, pois este problema
deve-se essencialmente à baixa qualificação dos trabalhadores, ou seja, à falta de formação
e de estudos dos mesmos e à substituição da mão-de-obra por máquinas. Já em
relação à discriminação de pessoas ditas “diferentes”, referidas pelo autor, atualmente
é menos frequente pelo facto das pessoas terem uma mente mais aberta e evoluída,
conseguindo assim aceitar melhor as diferenças.
Consideramos este livro muito interessante, uma vez que alguns assuntos da
atualidade são abordados e podem ser facilmente relacionados com o nosso quotidiano.
Como aspeto positivo temos a referir o conhecimento da vida no país do autor.
Os aspetos que nos marcaram pela negativa foram a realidade dos musseques angolanos
e a difícil leitura devido à linguagem utilizada como algumas expressões em quimbondo
cujo significado tivemos necessidade de procurar, perdendo por vezes o fio condutor
da história.
Nós aconselhamos este livro, porque retrata a relação entre pessoas mais novas
e pessoas mais velhas, sendo os últimos vistos como sábios e os outros os que
ainda estão a aprender. A obra reflete a imagem do dia-a-dia do povo, causando no
leitor todo o tipo de emoções.
Propomos a leitura deste livro a todos aqueles que tenham como objetivo enriquecer
a sua cultura geral e vocabulário, porque, para além da nossa língua, poderão
aprender um pouco de outra.
Texto de Eduarda Maravilha, n.º 14, e de Mara Teixeira, n.º 19, do 12.º C
Ilustração de Marta Vital, 9.º E
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“Histórias de um gato e de um rato que se
tornaram amigos”
“Histórias de um gato e de um rato que se tornaram amigos”, de Luís Sepúlveda, é um
livro muito interessante onde podemos descobrir mensagens importantes e uma linguagem
muito cativante. A história é fabulosa e cheia de peripécias envolventes.
A narrativa conta que um gato chamado Mix tinha subido a uma árvore e o seu dono
(o seu melhor amigo) fora lá buscá-lo, mas, depois, os dois não conseguiram descer e os
bombeiros tiveram de os ajudar. Mix cresceu e Max também. Max tomava conta de Mix e
este da despensa para os ratos não entrarem.
Com o passar dos anos, Max transformou-se num jovem cheio de planos e sonhos, Mix
também cresceu, mudou e, de uma forma menos lenta, transformou-se num gato velho.
Max saiu de casa dos pais e comprou um pequeno apartamento para ele e para o seu
companheiro. Mix depressa se habituou à nova casa, costumava sentar-se no parapeito
de uma janela e olhar atentamente para tudo o que acontecia. Max tinha posto uma trepadeira
na casa de banho para Mix poder subir para o telhado e observar o que acontecia.
Num dia de inverno, alguém bateu à porta e, quando Mix foi ver quem era, chocou
com uma caixa. Max levou imediatamente o seu amigo ao veterinário e o diagnóstico foi
mau e duro: Mix estava cego. A partir desse dia, se alguém deslocava uma caixa, uma
cadeira ou outro objeto, teria de voltar a colocá-la no lugar. Um dia, Mix encontrou um
rato e ficaram amigos. Era mexicano e, como não tinha nome, Mix deu-lhe o nome de
Mex. Mix pediu a Mex que todos os dias lhe descrevesse o dia que decorrera.
Passados alguns dias, Max descobriu Mex e passaram a ser todos amigos. Num dia,
quando Mex descrevia o que acontecera lá fora, ouviram os passos de alguém desconhecido
e ficaram assustados. Mix escondeu-se e Mex, com tanto medo, subiu para cima da
mesa, ligou a televisão e o ladrão fugiu.
Ora, em certa ocasião, Mix queria saltar de um telhado para outro, mas lembrou-se
que estava cego, mesmo assim, chegou as patas para trás, saltou e … vão ter de descobrir
o que aconteceu...
Nesta história, apreciei o facto de um rato e de um gato serem amigos, o que nos faz
pensar que não há barreiras para a amizade. E gostei muito da expressão “os amigos entreajudam-se,
ensinam-se mutuamente, partilham as vitórias e os erros”.
Adorei este livro!
Texto de Daniela Ribeiro, 5.ºC, N.º.4
Ilustração de Matilde Gonçalves, 7.º B
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Chamo-me Mozart
“Chamo-me Mozart”, escrito por Meritxel Marti e Xavier Salmó, dá-nos
a conhecer aspetos interessantes da vida de Wolfgang Amadeus Mozart,
um dos maiores compositores europeus de todos os tempos.
Com apenas quatro anos, Mozart começou a tocar piano com a sua irmã
e o seu pai decidiu mostrar o talento dos seus filhos a toda a Europa,
mas Mozart gostava mais de compor músicas do que tocá-las. Os irmãos
Mozart começaram, então, o seu percurso musical por toda a Europa e
tocavam perante nobres, príncipes e pessoas importantes. Após a viagem,
regressaram a Salzburgo, a sua cidade natal, e Mozart começou o seu sonho
de compositor. Com apenas doze anos, escreveu uma ópera, que foi
estreada em Salzburgo.
Mozart foi recebendo encomendas de músicas e trabalhava muito, mas
recebia pouco, pois as pessoas não atribuíam muito valor à música, achavam
que era, apenas, um simples entretenimento.
Com vinte e um anos, Mozart saiu de Salzburgo com a sua mãe, em
busca de reconhecimento musical. Partiram para a Alemanha, onde
Mozart se apaixonou, mas, para sua infelicidade, teve de abandonar o seu
amor e ir para Paris, para tentar ser reconhecido como um verdadeiro mú-
sico. Contudo, após algum tempo, a sua mãe faleceu e, sem conseguir um
bom trabalho nem o reconhecimento esperado em Paris, regressou a casa
e começou a compor músicas para a Igreja.
Em determinada altura, Mozart dedicou-se ao ensino, dava lições de
piano e, com este trabalho, foi ganhando algum dinheiro. Entretanto,
Mozart casou-se, teve um filho que morreu com poucos meses e, após algum
tempo, faleceu o seu pai.. Daí para a frente, Mozart lutou com graves
problemas económicos.
Como terá sido a sua vida daqui para a frente? Será que este génio continuou
com uma vida atribulada?
Texto de Sofia Cardoso (enquanto frequentava 6.º E, n.º 20)
Ilustração de Helena Pereira, 10.º E
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Tobias e o Anjo
“Tobias e o Anjo”, de Susana Tamaro, é um livro muito interessante que tem uma linguagem simples, com algumas expressões muito bonitas e uma mensagem maravilhosa. A história fala sobre uma menina chamada Marta, que tinha oito anos e vivia sozinha, quer dizer, vivia num quarto andar de um grande prédio, num bairro muito tristonho com os edifícios todos iguais. Ela tinha uma televisão, um papá e uma mamã, não tinha irmãos e nenhum dos pais lhe ligava.
No meio desta história, admiro a bondade do avô de Marta, pois era ele que ia sempre ter com ela e lhe ensinava muitas coisas maravilhosas, como por exemplo: que existiam portas secretas por aí, que as pessoas nunca viam porque andavam sempre cheias de preocupações…
Marta imaginava que essas portas se abriam com palavras-chave, mas deixo-vos o desafio de descobrirem essas palavras, para irem parar a mundos mágicos e incríveis. Marta dizia que a linguagem dos adultos era de lixo, à exceção da do avô. As expressões de que eu mais gostei foram “O que eu te dizia? Não há coisas perdidas para sempre.” e “A linguagem dos grandes - à exceção do avô - era uma linguagem de lixo.”
Até que houve um dia em que o avô não apareceu e Marta teve de en-contrar o seu próprio caminho…
O que teria acontecido a esta menina sem o apoio e a companhia do seu avô? Leiam este livro maravilhoso!
Texto de João Graça, n.º 11, 5.º D
Ilustração de Mariana Catarino, 9.º A
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O Homem da Nuvem Escura
O Homem da Nuvem Escura, de Fred Hoyle, que agora era só Homem, pois a nuvem dele desaparecera, foi com o menino andar de balão de ar quente até Nova Yorque. Queriam visitar a Estátua da Liberdade.
Iniciaram a aventura, mas, pelo caminho, aconteceu um contratempo… O balão de ar quente fiou sem combustíel e caiu. Tiveram sorte pois, como o Homem trouxera dois paraquedas, ele e o menino rapidamente saltaram e caíram suavemente no chão.
Andaram, andaram, andaram, até que chegou a
noite. Encontraram uma gruta e decidiram comer umas sandes que trouxeram do balão e pernoitar.
De manhã bem cedinho, acordaram e decidiram pôr-se novamente a caminho atá Nova York… Pelo caminho, encontraram muitos animais e iam-se alimentando de frutos que apanhavam.
Depois de muito caminharem, encontraram fnalmente um senhor num carro muito velho que se ofereceu para lhes dar boleia. Eles aceitaram e chegaram fialmente ao destio!
Foram ver a estátua da Liberdade, como queriam. Quando a viram, fiaram sem palavras e pensaram estar a sonhar. O menino, emocionado, abraçou-se ao Homem. O Homem senti que aquilo era mesmo amor e decidiu adotar o menino. Ficaram os dois a morar em Nova Yorque, arranjaram uma casa e o Homem um emprego…
Conheceram muitas pessoas e fieram muitos amigos. O Homem conheceu uma senhora que o ajudou a cuidar do menino. Eles viveram um belo romance e o menino foi amado pelos dois como se fossem verdadeiros pais!
Texto de Irene Morais, 5ºB, n.º 6
Ilustração de Beatriz Gonçalves, 10ºE
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Histórias e Lendas da Europa
Histórias e Lendas da Europa, de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães,
é um livro que recomendo. Apesar de Ana Maria Magalhães e
Isabel Alçada não fazerem parte dos meus escritores favoritos, logo
que descobri que o livro falava de lendas, agarrei-o na hora. Eu sou
apaixonado por histórias de Portugal e do resto do mundo.
O título está muito bem escolhido porque nos informa logo sobre
o que vamos ler: histórias da Europa. A linguagem utilizada é muito
simples, por isso, o texto lê-se com muita facilidade e prazer.
Quem ainda não leu uma lenda de um país da Europa tem agora a
oportunidade de ler muitas. O livro tem imensas curiosidades que
me fascinaram. Por exemplo, já tinham conhecimento de que o conto
do lobo e dos sete cabritinhos foi criado na Roménia? Sabiam que
Robinson Crusoé fora inventado no início do século XVIII e que a lenda
de Portugal fala de um diabo? Suspeitavam que Alfredo Nobel,
apesar de muito pacífico, inventou a dinamite? Sabiam que Mozart
morreu aos 35 anos?
Esta e muitas outras curiosidades são contadas neste livro, que
tem tudo para te despertar a curiosidade.
Texto de Ricardo Bento Vaz Nascimento, n.º 21, 5.º D
Ilustração de Margarida Almeida, 10º E
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O Menino-Estrela
O livro que eu li chama-se “Menino-Estrela” e é do escritor inglês Óscar
Wilde.
Este livro conta a história de um menino que foi encontrado na floresta
por dois lenhadores. Quando foi encontrado estava embrulhado numa manta
de estrelas e tinha um colar de âmbar ao pescoço.
O lenhador era muito pobre, mas teve pena do menino e levou-o para
sua casa na aldeia. Aí o menino cresceu mas era muito mau e vaidoso.
Certo dia apareceu uma mendiga que era a mãe do menino. Mas como
era feia e pobre o menino mandou-a embora. A partir deste momento, e
com uma atitude destas, tornou-se feio como um sapo, acabando por se arrepender
do que tinha feito. Então decidiu ir à procura da mãe para lhe pedir
desculpa. Chegou a uma cidade mas os guardas não o deixaram entrar. Um
velho mágico comprou-o e tornou-o seu escravo. Disse-lhe que só o soltava
se ele trouxesse três moedas de ouro que estavam no bosque.
Uma lebre, que o menino ajudara a sair da armadilha de um caçador,
indicou-lhe onde estavam as moedas. Contudo, quando chegou à porta da
cidade, um leproso pediu-lhe as moedas e ele deu-lhas, porque achou que o
leproso precisava mais do que ele.
Como foi bom, o menino ficou novamente bonito e descobriu que a
mendiga e o leproso eram o seu pai e a sua mãe e que eram os reis daquela
cidade.
A partir desse dia, o menino tornou-se o rei da cidade e foi sempre
bom para todos. Governou durante muito tempo, teve uma família feliz e,
depois da sua morte, o seu filho tornou-se rei e foi também muito bondoso
para toda a gente.
Texto de Tiago Colim Almeida, 5.ºB
Ilustração de Maria Inês Alves, 8.ºB
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Sempre do teu lado
O livro que escolhemos para partilha de leituras intitula-se Sempre do teu
lado: Carta de um cão”, de Maria Teresa Maia Gonzalez. É um livro fantástico
que nos delicia do princípio ao fim, quer a nível da história quer da linguagem
utilizada.
No primeiro capítulo, um cão já velhinho, chamado Félix, recorda os momentos vividos com o seu dono, Guilherme, desde que foi parar a sua casa. Félix foi
oferecido ao Guilherme quando este fez doze anos, como prenda de aniversário. A partir deste dia, nasceu uma grande amizade entre o rapaz e o cão.
Mais à frente, Félix percebeu que Guilherme andava triste devido a graves
problemas familiares e ajudou o seu amigo a ultrapassar aquela fase difícil. O
cão estava sempre lá, nos bons e nos maus momentos da vida do seu dono.
Mas… Guilherme cresceu e resolveu casar-se com Vera, uma mulher alérgica
a cães. Por causa disso, o cão ficou a viver em casa da mãe de Guilherme, separando-se, assim, do seu dono. A partir daí, Félix passou a viver uma nova vida,
completamente distinta da anterior. Foi algo que o marcou muito, a tal ponto
que dividiu a sua vida em duas épocas: a.V. (antes de Vera) e d. V. (depois de
Vera). O cão ficou muito triste, mas acabou por aceitar a situação, pois sabia
que Guilherme estava feliz com a sua nova vida.. Assim, Félix passou a ver o seu
dono, apenas, de quinze em quinze dias.
Os anos foram correndo e Félix foi enfraquecendo. Em determinada altura,
Félix ficou em estado muito grave e a mãe do Guilherme telefonou ao filho para
o informar do que se passava. Como terá reagido Guilherme?
Recomendamos a leitura deste livro porque é uma bela e emocionante história de amizade entre o melhor amigo do homem e o seu dono. Uma história
que nos fez refletir sobre o nosso relacionamento com os animais e as atitudes
que tomamos. Nós, por exemplo, temos animais e eles são muito importantes
para nós, são grandes amigos, de verdade. Eles estão sempre do nosso lado.
Texto de Hugo Santos, n.º 10, 5.ºD e Pedro Oliveira, n.º 19, 5.º D
Ilustração de João Pereira, 11.º C
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A farsa
de Inês Pereira
Gil Vicente
Redigida em 1523, sob o mote “Mais quero asno que me leve que cavalo
que me derrube”, a Farsa de Inês Pereira teve como intuito, tal como é apanágio
da obra de Gil Vicente, criticar a sociedade hipócrita e de valores decadentes da
época.
Nesta peça poética, o autor explora temas seus contemporâneos, servindo
-se do humor para sublinhar a crítica que faz a cada uma das personagens tio
que apresenta. Desta forma, tomamos conhecimento com Inês Pereira, uma jovem que deseja ser livre e livrar-se do trabalho doméstico. Determinada a atingir este estado, considera que o casamento é a sua única solução e, por esse
motivo, idealiza o seu futuro marido como um homem culto e discreto. São-lhe,
então, apresentados dois pretendentes: Pêro Marques e o Escudeiro. O primeiro, recomendado por Lianor Vaz, a alcoviteira, mostra ser inculto e ignorante, o
que não agrada à jovem mulher. Já Brás da Mata, o Escudeiro, revela -se educado e erudito, levando a rapariga a aceitar casar-se com ele, para regozijo dos
judeus e tristeza da mãe. Todavia, Inês apercebe-se, desde muito cedo, do quão
cruel e autoritário é, na verdade, o seu marido, vivendo enclausurada e triste.
Para alívio da jovem, o Escudeiro acaba por falecer ao fugir de um combate, pelo
que o matrimónio termina, fiando a rapariga novamente livre para casar. Deste
modo, guiada pelo seu desejo inicial de liberdade, casa com Pêro, aproveitando-
se da sua ingenuidade e ignorância para atingir esse ideal.
Com recurso a uma linguagem arcaica, porém simples, impregnada de expressões familiares e ditados populares, mas, também, de recursos expressivos
que em muito embelezam a obra, a Farsa de Inês Pereira cumpre o objetivo vicentino de moralizar. À semelhança de outras obras do mesmo autor, fá -lo de
forma pícara, mostrando o seu lado satírico nas situações inusitadas capazes de
fazer rir.
Pelo referido, aquela que é considerada a obra -prima de Gil Vicente é uma
boa representação da sociedade medieval. Afinal, como o professor António
José Saraiva escreveu, “Ler Gil Vicente é ver desfiar diante de nós a sociedade
portuguesa dos séculos XV e XVI.”
Texto de Margarida Sofia Tomás de Moura Cardoso, 12.º B
e de Maria Elisa Pereira de Carvalho, 12.º A
Ilustração de Ana Carolina Pinto, 10.º E
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NELSON MANDELA
Li o livro Nelson Mandela (Coleção “Os meus pequenos
heróis”), de Javier Alonso, e gostei muito de conhecer a vida
deste grande homem, pois há muito poucas pessoas como ele.
Nelson Mandela vivia num país que era governado por um
sistema chamado Apartheid (significa separação). Segundo esse
sistema, os negros e os brancos eram obrigados a viver separados
e não tinham os mesmos direitos. As boas condições
de vida eram só possíveis para os brancos.
Nelson Mandela achava tudo isto bastante injusto e, desde
muito novo, lutou contra o Apartheid formando grupos de
pessoas que, sem violência, pediam a igualdade entre os negros
e brancos. Por este motivo, ficou preso durante 34 anos!
Depois de ser libertado, ganhou o Prémio Nobel da Paz por
ter defendido os Direitos Humanos no seu país.
Com 76 anos foi eleito o primeiro presidente negro da África
do Sul.
Este homem foi capaz de sacrificar a sua vida para lutar pela
igualdade no seu país. Conseguiu, sem violência, mudar muitas
injustiças.
Foi um ser humano exemplar!
Texto de José Afonso Diegues Lisboa Fidalgo da Silva, n.º12, 5.ºB
Ilustração de Cidália Azevedo, 11.º C2
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Pardinhas
“Pardinhas” é uma obra de António Mota, um escritor muito co-nhecido pelos seus vários livros, nos quais reflete qualidades intemporais e universais aos olhos de quem as lê. Neste livro, consigo perceber a in-temporalidade, pois apesar dos acontecimentos se passarem no século passado, chegaram aos nossos tempos e nós gostamos e ficamos encanta-dos ao ler essas memórias que, por vezes, se revelam idênticas à atualida-de, por exemplo, quando conta claramente um caso de bullying.
O narrador começa a narrativa no momento em que o seu avô João adoeceu e foi viver para a sua casa. O avô João, resmungão e paralisado do braço esquerdo, nunca queria sair do quarto. Um dia, disse à sua filha que gostava de visitar a aldeia onde tinha crescido. Quando o avô se viu diante da sua casa de infância em ruínas, perante a nostalgia sentida, co-meçou a contar as suas peripécias ali vividas antigamente.
Durante a leitura deste livro, fiz uma viagem ao tempo em que o avô João andava na escola primária. Durante toda a história, parecia que eu estava “lá dentro”, devido aos acontecimentos tão bem pormenoriza-dos pelo autor. Senti que, apesar da pobreza que existia na altura - e um exemplo dessa pobreza é o facto de só usarem socos nos dias de escola - eram felizes, cuidavam uns dos outros e alegravam-se com pequenos atos, como, por exemplo, levarem pão com sardinha para a escola.
Um aspeto relevante foi que, ao ler esta obra, dá para perceber a diferença abismal entre os dias de hoje e antigamente, pois as crianças eram felizes com pouco e agora parece que são infelizes com muito, pois querem sempre mais. Por isso, esta obra faz-nos pensar, faz-nos começar a dar valor e a ser felizes com o que temos. Outro aspeto interessante é que o avô João, enquanto contava as suas histórias, fez-me lembrar muito o meu avô materno a falar das suas várias aventuras de infância, enquanto estamos à mesa.
Li e gostei deste livro porque é uma história baseada em fatos re-ais. O autor, ao usar uma linguagem simples, como nomes de terras, luga-res, festas e bailaricos comprova ainda mais a veracidade das histórias. Além disso, também é sempre bom saber mais sobre tempos passados, tão diferentes dos atuais, uma vez que o saber não ocupa lugar.
Texto de Maria Ana Azevedo Ribeiro, 8.º D, n.º 20
Ilustração de João Trindade, 10.ºE
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O rapaz que contava histórias
Zana Fraillon
Zana Fraillon, nascida em Melbourne, Austrália, é autora de vários livros para crianças e jovens. Entre eles, encontra-se um livro fundamental e memo-rável que todos deveriam ler intitulado O rapaz que contava histórias.
Neste romance, é-nos dada a conhecer a vida de Subhi, um rapaz sonha-dor de nove anos, que nasceu num campo de detenção permanente de refugia-dos. Subhi nunca conheceu nada nem ninguém para além das cercas, a não ser uma menina chamada Jimmie, que trazia consigo um caderno da sua falecida mãe. Esta rapariga pede a Subhi que leia o caderno das histórias em troca de chocolate quente e outros alimentos e objetos. Ao longo da narrativa, podemos ver uma amizade a crescer, da mesma maneira que vemos a coragem das crian-ças, manifestada no facto de estas fazerem tudo o que estava ao seu alcance para se encontrarem à noite.
Apesar da inocência do rapaz, este livro é muito intenso e violento, pois retrata verdades cruéis acerca de um dos temas mais significativos da atualida-de: os refugiados. Vemos assim o contraste entre a pureza e a simplicidade de Subhi e a brutalidade da situação.
Por fim, podemos concluir que esta oposição cresce à medida que as difi-culdades aumentam. Contudo, esses obstáculos são ultrapassados no final da história, que acaba de uma maneira inesquecível, que toca o coração de qual-quer pessoa que se dedique à leitura deste livro.
Texto de Diana Lucas Almeida, 12.º B
Ilustração de Pedro Monteiro, 11.ºC
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Sermão de Santo António
Padre António Vieira
O Sermão de Santo António, de Padre António Vieira, é uma obra que pretende dar a conhecer, através da crítica, a sociedade do século XVII, tendo como principal objetivo censurar os colonos portugueses no Maranhão para, desta forma, defender os direitos dos índios americanos. Este sermão foi pre-gado em 13 de junho de 1654, dia do santo que lhe deu o nome.
Nesta obra, Vieira prega aos peixes, tanto no geral como no particular, evidenciando as suas virtudes e os seus defeitos, com o intuito de criticar ale-goricamente o comportamento dos homens, que é comparado ao dos peixes, quer por semelhança, quer por oposição. Deste modo, surgem temas como a corrupção, a vaidade, a ambição desmedida, a ausência de força de vontade, entre outros. O pregador utiliza, pois, a alegoria para desenvolver o conceito predicável “Vós sois o sal da terra”, a partir do qual fundamenta a sua tese. Esta consiste na defesa da capacidade dos pregadores em louvar o bem e em impedir o mal que existe no mundo, tal como o sal evita a corrupção.
A estrutura do texto permite-nos seguir atentamente as ideias do pre-gador. Começando pelo exórdio, Padre António Vieira informa-nos dos assun-tos que pretende referir e de como o irá fazer. A exposição e a confirmação estão, também elas, organizadas de forma lógica e coerente. Primeiro, são descritas as virtudes e, só depois, são explicadas as repreensões. Ambos os assuntos são tratados de forma geral e em particular. Quanto à peroração, esta foi escrita com o objetivo de sintetizar as ideias principais do sermão.
Quanto ao tipo de linguagem utilizada, considero que os argumentos de autoridade, os de carácter religioso (citações de Santo António e de Cristo), as citações de obras clássicas e o discurso figurativo permitiram ao autor atin-gir os três objetivos do sermão, ou seja, ensinar, deleitar e persuadir. A vasta utilização de recursos expressivos, característica do Barroco, recorda-nos a época em que a obra foi escrita e a exuberância desse tempo.
No meu ponto de vista, o facto de o autor ter abordado temas como os que já referi, torna a obra intemporal porque, afinal, as críticas que Padre António Vieira faz não se verificaram apenas no século XVII; ainda hoje, no nosso dia a dia, vemos alguém extremamente ambicioso ou ouvimos notícias sobre corrupção.
Para além disso, penso que o pregador, ao ter-se dirigido aos pei-xes para criticar os homens, tornou a obra mais apelativa, devido ao contraste entre o peixe, um ser inconsciente, e o Homem, que, consci-ente das suas atitudes, apresenta defeitos.
Concluo, dizendo que o Sermão de Santo António, para além de apelativo, é uma obra através da qual ficamos a conhecer, de uma for-ma diferente, a sociedade do tempo de Padre António Vieira.
Texto de Fabiana Filipa Silva Gonçalves, 12.º B
e de Inês da Silva Ribeiro, 12.º A
Ilustração de Beatriz Costa, 11.ºC
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O Beijo da Palavrinha
Eu gosto de ler vários tipos de livros, principalmente o mundo má-
gico das aventuras! Mas há uma obra que gostei muito de ler porque me
identifico com o tema abordado e provocou em mim várias emoções.
O livro “O Beijo da Palavrinha”, de Mia Couto, relata a história de
uma família pobre que vivia numa aldeia em que acreditavam que o rio
que ali passava não tinha nem fim, nem foz. Esta história fala de dois irmãos,
Maria Poeirinha e Zeca Zonzo, que nunca viram o mar.
Um dia, a Maria Poeirinha adoeceu gravemente e o seu tio Jaime
Litorânio pensou que, se a metessem num barco pelo rio até ao mar, este
a iria curar. Esta ideia não resultou porque a menina estava tão fraca que
a viagem se tornou impossível.
Então, o seu irmão Zeca Zonzo teve outra ideia! Ele começou a escrever
num papel um “M”, depois um “A” e no fim um “R”. Ajudou a sua
irmã a passar o dedo por cima das letras da palavra “MAR” e foi assim
que a Maria Poeirinha ficou a perceber as características do mar (ondas,
gaivotas e rochedos).
Através do beijo da palavrinha, a Maria Poeirinha fez a sua viagem…
Eu gostei muito de ler esta obra! Espero que a apreciem tal como
eu.
Texto de Guilherme de Sousa Oliveira, n.º7, 5.ºE
Ilustração de Rafaela Patrocínio, 11.ºC
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Frei Luís de Sousa
Almeida Garrett
A obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, apesar de ter sido escrita no século XIX, retrata a vida
da família de D. Madalena de Vilhena nos inícios
do século XVII.
Neste texto dramático, D. João de Portugal, casado
com D. Madalena, é dado como morto na batalha
de Alcácer Quibir. Após sete anos sem notícias sobre o paradeiro do seu marido, D. Madalena acaba
por se casar com Manuel de Sousa Coutinho, de
quem vem a ter uma filha, Maria, que, apesar de
frágil, é muito perspicaz e intuitiva. Ela é criada pelo antigo e fiel escudeiro de D. João, Telmo. Esta
personagem não deixa morrer a memória do seu
amo, pois acredita que ele não morreu na batalha
e que irá aparecer, mais cedo ou mais tarde. Desta
forma, a mãe de Maria vive atormentada com a
hipótese do regresso do seu primeiro marido. Esse
sentimento agrava-se quando Manuel Coutinho
decide que a sua família tem que se mudar para o
palácio de D. João, depois de ele incendiar a casa
onde vivem. Ateando fogo à sua própria residência, o segundo marido de D. Madalena impede
que os governadores espanhóis se refugiem lá. Assim, Manuel Coutinho demonstrou o seu patriotismo. Poucos dias depois da mudança, a vida destas
personagens mudou radicalmente num curto período de tempo, devido ao aparecimento de um Romeiro. Quem será este peregrino desconhecido?
Ao longo da obra, temos vários fatores que alertam o leitor para o desfecho trágico. Um deles é o
espaço físico. Do ato I para o ato II, os cenários vão
-se tornando mais pequenos, fechados, escuros e
melancólicos, anunciando desgraça. Além disso, o
número treze é considerado azarento. Sendo esta
a idade de Maria, isto pode indicar que algo de
mau lhe vai acontecer.
No decorrer dos três atos, a glória do passado e a
aceitação passiva do destino são características
evidenciadas. Estas levam-nos a refletir na importância do passado para o nosso futuro e, assim,
obrigam-nos a ter consciência dos nossos atos para que não vivamos preocupados, tal como D. Madalena. A presente reflexão foi uma das muitas
que este texto nos suscitou.
Para finalizar, podemos concluir que Frei Luís de
Sousa nos permite pensar na situação nacional
nos fins do século XVI. Para além disso, possibilita
inúmeras reflexões úteis. É por isso que recomendamos vivamente esta obra.
Texto de Beatriz do Patrocnio Lázaro, 12.º B
e Maria João Jerónimo Saraiva, 12.º B
Ilustração de Ivo Fernandes ,11.ºC
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ZARA E PIRATA DOS AÇORES
Comecei a ler o livro Zara e Pirata dos Açores, porque me pareceu interessante
e, ainda, por ter sido escrito por uma professora que já conhecia.
Estive presente na sessão de apresentação do livro, no Agrupamento de
Escolas Latino Coelho, que frequento, e a maneira como foi apresentado
despertou-me curiosidade. Li-o de fio a pavio, com muito entusiasmo, pois
cada capítulo continha uma aventura aliciante. Os onze episódios que o
constituem são todos motivadores, contudo, o meu preferido é “Senhores
de bata branca” (capítulo XII) e é neste que me vou concentrar. Trata de
uma ida ao veterinário de Zara, a cadela e narradora participante. Contanos
Zara que desceu as escadas de pedra de sua casa “em completa desafinação”
com o dono, pois tal era a sua ansiedade que não conseguia descer
devagar: ela acelerava e o dono refreava o seu andamento. Apreciei algumas
cenas cómicas que se passaram no consultório do veterinário, tal como
a visita que ela tentou fazer aos animais internados, mas que correu
mal, visto que um gatinho que estava a receber soro se assustou e houve
um certo sarilho com os tubos ligados às suas patas… As pessoas entraram
em pânico, expulsaram a cadela do compartimento e fecharam as portas.
Zara queixou-se que não a compreendiam, dado que ela só estava a ser
solidária e generosa. Deliciei-me com algumas expressões que me fizeram
rir, como por exemplo “Fez-me uma grande festa e deu-me um biscoito.
Oh! Que amor! Deu-me outro. Amor ao quadrado! Depois mais outro…
Amor ao cubo.” Também apreciei a conversa que ela teve com o canino de
olhos azuis, na sala de espera, e da crítica que ela faz às pessoas.
Gostei de Zara e Pirata dos Açores porque as personagens principais são
cães que estão sempre envolvidos em aventuras e agem como as pessoas,
através do recurso à personificação, e recomendo a leitura deste livro às
pessoas e aos cães que souberem ler.
Texto de Rafael Cardoso Dias
(quando frequentava o 6º A)
Ilustração de João Rebelo, 11º C
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A Ilha do Tesouro
A Ilha do Tesouro
A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, oferece-nos uma narrativa
cheia de mistério que começa com uma faroleira que descobrira um velho livro,
intitulado “A ilha do Tesouro”, num baú que tinha dado à costa na praia.
Quando regressou a casa, vinda do farol, sentou-se em frente da lareira e
abriu o livro.
Sentiu-se desiludida, pois este tinha as páginas com bolor, roídas pelos ratos,
só o papel das ilustrações tinha resistido. Enquanto observava a imagem, alguém
tossiu atrás de si e, ao olhar para trás, viu a personagem da primeira
ilustração - Billy Bones. Fizeram um acordo: ela oferecia-lhe um copo de rum
e ele contava-lhe os cinco primeiros capítulos. Billy começou a sua narrativa
contando que tinha sido imediato no navio do mais terrível pirata, o capitão
Flint, e, assim, por direito, herdara o mapa após a morte do seu capitão. No
entanto, os outros piratas ficaram revoltados, porque também queriam o mapa
que assinalava a localização do tesouro. Billy encontrou esconderijo num albergue
onde conheceu um rapaz chamado Jim, de quem se tornou amigo.
Certo dia, Billy Bones teve um ataque cardíaco e morreu. Jim tirou a chave do
pescoço de Billy e abriu o baú onde encontrou o mapa de Flint. Na noite seguinte,
depois de observar a segunda imagem, a rapariga levantou os olhos e
viu à sua frente o homem da ilustração, que se apresentou como castelão da
região e que continuou a história. Segundo este, Jim teria surgido na sua casa,
agitado, e contado que os piratas tinham destruído o albergue para roubarem
o mapa, mas ele já o tinha em sua posse. Abriram o documento e observaram
que nele se encontrava uma ilha marcada com uma cruz, assinalando
a localização do tesouro. O castelão, um doutor seu amigo e Jim decidiram
arranjar um navio e partir à busca do tesouro, com a colaboração de John Silver,
outrora marinheiro em navios do rei. Contudo, após algum tempo aperceberam-se
da deslealdade de Silver, que, juntamente com a tripulação, conspirava
para se livrar deles e se apoderar do tesouro.
Quando chegaram à ilha, algo inesperado aconteceu…
O que teria ocorrido? Uma aventura a não perder!
Texto de Inês Marques Rebelo
(enquanto frequentava o 6ºA)
Ilustração de Jenifer Lagoaça, 11.º C
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ISTO NÃO É LIXO?
Venho falar-vos de um livro da escritora Joana Rocha intitulado "Isto não
é lixo?", edição de autor. Esta obra, que me foi oferecida pela minha avó,
com a dedicatória da autora, alertou-me e sensibilizou-me para os problemas
ambientais.
Ao longo da sua leitura, entendi que a autora quer que o leitor aprenda
mais sobre o ambiente. Este livro tem uma organização diferente daqueles
que eu tenho lido, conta várias histórias todas independentes umas das outras,
tendo por base os vários problemas ambientais, sendo os protagonistas
da narrativa sempre os mesmos: a Mariana, o Bento, o Tomás, a Matilde, a
Dona Inês e o Sr. Jaime.
No primeiro capítulo, a autora alerta para a problemática da poluição nas
praias e o papel que cada um de nós pode ter nesta questão.
Já no segundo capítulo, a autora aborda os aspetos negativos da caça, nomeadamente
a pegada ecológica deixada pelos caçadores.
A terceira história relata a poluição fabril e a sua relação com o buraco na
camada de ozono.
A utilização de químicos e suas consequências na agricultura e na saúde
são o mote da quarta história.
O quinto capítulo chama-se "Ida ao teatro" e o que tem de particularmente
diferente em relação aos outros teatros é o preço do bilhete. Imaginam
qual é? Só vos posso dizer que não é em euros!
Aconselho-vos a leitura deste livro pela importância da sua temática, pelas
questões que deixo em aberto e para as quais espero ter despertado a
vossa curiosidade.
Texto de Tomás do Patrocínio Lázaro
(enquanto frequentava o 6ºA)
Ilustração de Francisca Quaresma, 9.º A
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Amor de Perdição
Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição é um romance de Camilo
Castelo Branco. Esta obra foi escrita em quinze dias, enquanto o autor estava preso na cadeia da Relação do Porto, devido à relação adúltera com Ana Plácido.
O narrador conta uma história de amor atribulada, existindo um trio amoroso. Simão e Teresa vivem um amor excessivo, mas, ao mesmo tempo, sincero e puro (amor-paixão), oposto às convenções sociais da altura. Mariana, por sua vez, gosta de Simão, no entanto, não é correspondida.
Todas estas personagens se comportam como heróis tipicamente românticos, podendo-se comprovar esta característica através das variadas atitudes tomadas ao longo da obra. Temos, por exemplo, a morte como solução dos problemas, os sacrifícios por amor e o poder regenerador deste sentimento.
O romance retrata uma sociedade injusta que se espelha na família. Em causa, estão dois sistemas de valores opostos: o Antigo Regime e o Liberalismo, no qual se enquadra o Romantismo. Deste modo, o autoritarismo paterno, a inferioridade da mulher e o casamento por conveniência são temas abordados. Para exemplificar, temos o caso do pai de Teresa, que quis forçá-la a casar com Baltasar Coutinho, seu primo.
O escritor dá à narrativa um cunho de veracidade, relatando partes verídicas da sua história familiar. Assim, recorre à transcrição de documentos e faz referências a datas, o que, a meu ver, torna a obra mais apelativa e credível.
Outros aspetos interessantes desta obra são o facto de o narrador intervir através de comentários e de, nos diálogos, podermos distinguir facilmente dois tipos de linguagem: a da classe nobre (representada por Simão, Teresa e as respetivas famílias) e a da classe popular, usada por Mariana e por João da Cruz.
Aconselho a leitura deste livro, pois, para além de apenas se poder entender a simbologia do título quando se conhece o final, é uma obra diferente, que cruza a ficção com a realidade. Por outro lado, é um bom exemplo da mudança de valores ocorrida no século XIX e é fácil de entender, apesar de a linguagem não ser atual.
Texto de Beatriz Ribeiro Alves e de Joana Catarina da Silva Rodrigues, 12.º B
Ilustração de Inês Aleixo, 11.ºC
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Poema “Uma pequenina luz”
Jorge de Sena
“Uma pequenina luz”, de Jorge de Sena, é um poema muito interessante, cheio de simbolismos e de mensagens capazes de captar a atenção do leitor.
Neste texto, fala-se sobre uma luz universal, presente em todos nós. Esta luz é caracterizada como sendo bruxuleante, pequena, silenciosa e sempre a brilhar, independentemente do que se passa à sua volta. Ela não custa dinheiro, não aquece, não ilumina, mas está sempre a mudar.
Na minha perspetiva, a luz simboliza uma progressão benéfica para a humanidade. Apesar de todo o mal e terror à sua volta, a pequena luz continua a brilhar. Os que não a veem são aqueles que não desejam que esta luz exista, pois não acham que seja necessária uma evolução ou estão contentes com a sua situação atual. Um exemplo disto são os homens de negócios que poluem a Terra, causando estragos e a degradação do mundo que vai ser herdado pelas futuras gerações.
Este poema está cheio de recursos expressivos que enriquecem as frases e a sua mensagem. Nos versos 4 a 7, por exemplo, podemos ver uma enumeração. Esta serve para reforçar a ideia de que a pequena luz está presente por todo o mundo. Existe também uma anáfora nos versos 29 a 32, que salienta o facto de que a luz “brilha”, apesar de tudo o que aconteça à sua volta.
Na minha opinião, este texto transmite uma mensagem muito bonita, que pode ser interpretada de várias maneiras. No entanto, qualquer que seja a interpretação, a qualidade da mensagem permanece.
Recomendo este poema a todos os admiradores de poesia.
Texto de João Nuno Freire dos Santos, 10.ºB
(quando frequentava o 9.º ano)
Ilustração de Ricardo Azevedo, 10.º E
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2017-2018
O meu pé de laranja lima, da autoria
de José Mauro de Vasconcelos, conta-nos a história encantadora de um menino de
seis anos, chamado Zezé, que vivia numa localidade chamada Bangu, no Brasil,
com os seus pais e os seus cinco irmãos. Zezé era um menino pobre, mas muito
curioso e inteligente. Tio Edmundo, de quem era muito amigo, dizia que ele era
precoce, pois, sem ninguém saber como, aprendera a ler sozinho. Anunciava que,
quando crescesse, queria ser poeta e sábio e usar gravata de laço. A sua
vontade de aprender era tanta que mentiu na idade para poder entrar um ano mais
cedo para a escola e tornou-se o melhor aluno da sua turma.
Zezé era um menino muito irrequieto. Lá em casa diziam que ele tinha o diabo no
corpo. Na escola, a sua professora, D. Cecília, dizia que ele tinha um coração
enorme. Na verdade, Zezé repartia o pouco que tinha com os colegas ainda mais
pobres do que ele. Nas horas livres, também engraxava sapatos para ajudar a
família, visto que o pai estava desempregado.
Um dia,
mudaram para uma casa que tinha um pé de laranja lima no quintal. Zezé
afeiçoou-se à árvore e, a partir daí, menino e árvore passaram a ser os
melhores amigos. Chamava-lhe carinhosamente Xururuca e contava-lhe todos os
seus segredos.
Zezé gostava de se pendurar nas traseiras dos automóveis, mas um dia o senhor
Manuel Valadares, o "Portuga" que vivia lá na terra, apanhou-o e
deu-lhe uma lição. Apesar de ele ter ficado muito zangado, mais tarde
tornaram-se grandes amigos. A sua amizade era tão forte que, certo dia, Zezé
perguntou ao "Portuga" se queria ser pai dele, até lhe propôs
comprá-lo em prestações, para ajudar a sua família. O senhor Manuel
emocionou-se e explicou-lhe que o seu lugar era junto da família.
No dia seguinte, Totoca, o irmão mais velho de Zezé,
foi ter com ele junto ao pé de laranja lima e contou-lhe uma curiosa novidade.
Qual seria
essa novidade?
Se quiserem
saber terão que ler o livro.
Texto de Joana Monteiro, 6º A
Ilustração de
Eva Pinto, 11.ºE2
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Na opinião de muitos, Eça de Queirós é o mais prestigiado e
completo escritor português e Os Maias uma obra fabulosa.
Recentemente, decidi ler a versão adaptada de Os Maias por José Luís
Peixoto e achei o livro fantástico. Apreciei a crítica social que Eça de
Queirós nos oferece nesta obra.
A história localiza-se nos finais do
século XIX, quando a família Maia, constituída pelo avô Afonso e pelo neto
Carlos, decidiu ir viver para Lisboa, no Ramalhete. Para compreendermos melhor
a história desta família, temos que recuar alguns anos, até à altura em que o
avô Afonso conheceu o amor da sua vida, Maria Eduarda.
Um dia, alguns anos depois do casamento de
Afonso com Maria Eduardo, estes viram-se obrigados a exilar-se em Inglaterra,
levando o único filho que tinham, Pedro, com eles. Pedro foi sempre um menino
muito protegido e mimado pela mãe até à altura em que esta faleceu, deixando o
marido e o filho mergulhados em profunda tristeza. No meio de toda a
infelicidade de Pedro, algo de bom lhe aconteceu: encontrou a mulher da sua
vida, Maria Monforte, da qual teve dois filhos, uma menina, Maria Eduarda, e um
menino, Carlos. Foi bom, mas a sua felicidade não durou muito, pois a sua
mulher acabou por se apaixonar por um italiano e saiu de casa, levando consigo
a sua filha, deixando Pedro e Carlos. O marido não aguentou o sofrimento e
suicidou-se.
Carlos, sem mãe e pai, ficou entregue ao
avô Afonso. Com todas estas desgraças, o avô percebeu que já não pertenciam ao
sítio onde viviam, o Ramalhete, e foram viver para Santa Olávia, no Douro. Lá,
o avô educou o neto e o menino cresceu forte e saudável. Carlos era trabalhador
e inteligente e mais tarde entrou para medicina na Universidade de Coimbra,
onde conheceu aquele que viria a ser o seu melhor amigo, Ega. Juntos, formaram
uma grande amizade, passando bons momentos juntos.
Com a vida recomposta e Carlos já formado,
o avô decidiu regressar a Lisboa, para o Ramalhete. Certo dia, Carlos conheceu
Dâmaso, um rapaz solteiro, e Maria Eduarda, senhora casada em segundas núpcias.
Carlos apaixonou-se por Maria Eduarda e Dâmaso, simulando ser seu amigo,
passava-lhe algumas informações sobre Maria Eduarda. Entretanto, o marido desta
foi para o Brasil, o que permitiu que Carlos e Maria se aproximassem cada vez mais
e se envolvessem. Dâmaso enviou uma carta para o marido de Maria Eduarda,
contando-lhe o envolvimento de Carlos com a sua mulher, traindo o “amigo” e
deixando-o numa situação desconfortável.
Como teria decorrido a relação amorosa
entre eles, daqui para a frente? Para desvendarem este mistério, leiam este
livro magnífico!
Texto
de Luís Quaresma, 6º A
Ilustração de Eva Pinto,
11.ºE2
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Zara e Pirata dos Açores, de Lídia Valadares, apresenta-nos um casal de cães que nos
dão a conhecer um pouco do lugar onde habitam, de si próprios e das pessoas com
quem lidam ou que observam. Zara, protagonista e narradora participante,
conta-nos alguns episódios muito engraçados passados com o seu companheiro,
Pirata, e os seus donos, fazendo-nos rir, pensar e questionar…
No episódio introdutório, ficamos a saber
que Pirata dos Açores era um cão
corpulento, de porte atlético, com pelo fulvo raiado e olhos negros muito
bonitos. Era um Cão de Fila de S. Miguel,
um cão de guarda. Zara era uma cadela
mais franzina, com pelo castanho dourado e uns olhos lindos que pareciam duas
esmeraldas. Era uma Perdigueira
Portuguesa, uma cadela de caça, muito elegante e ágil no monte. Pirata era
mais velho, muito sábio, uma espécie de dicionário canino, sereno e ponderado.
Zara era mais novita, muito irrequieta, impulsiva e turbulenta. É ainda nesta
parte inicial que a narradora nos descreve o local onde vivem, os seus
“apartamentos” e algumas rotinas do quotidiano.
Os episódios seguintes são pequenas
narrativas com enredos muito interessantes que nos provocam várias emoções. Vou
concentrar-me num em que a narradora nos fala das “escapadelas” a que tinham
direito fora do terreno, permitidas pelo dono, que era mais liberal, na
educação. A dona não aprovava aquelas saídas furtivas, pois não gostava que os
seus cães convivessem com os “vira-latas”. Quem seriam estes “vira-latas”,
questionou Zara? Pirata, sempre sábio, esclareceu a sua companheira, informando
que eram cães vadios que não tinham donos, mas tinham liberdade… Zara, perplexa, perguntou se não era possível
ter as duas coisas: donos e liberdade; Pirata respondeu que havia que fazer
opções… Este e outros diálogos levam-nos a refletir sobre situações da vida e
sobre a inevitável necessidade de fazer opções.
Ora, nesta escapela fora do terreno,
cruzaram-se os nossos amigos de quatro patas com uma cadela vadia muito bonita,
que despertou a atenção do Pirata e motivou ciúmes por parte de Zara. O que
teria acontecido?
Leiam este e outros episódios deste livro
cuja leitura nos deixa deliciados.
Texto
de Sara Monteiro, 7.º B
Ilustração de Diogo Saraiva,
12.ºF2
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Úrsula,
a maior
Alice Vieira
Este livro fala sobre Maria João, uma rapariga de 14
anos, alta, magra, que vivia em Lisboa. Os seus pais eram divorciados e a sua
mãe alojava as filhas das amigas lá em casa quando elas tinham de sair da sua
terra para estudar.
Certo ano, chegou uma menina de 13 anos chamada
Úrsula, mas os pais e os amigos chamavam-lhe Xuxu.
Maria João reparou que Xuxu era muito ingénua porque
pouco convivia com outras pessoas e estava sujeita a regras rígidas impostas
pelos seus pais para que fosse uma menina perfeita. Ela tinha de ter um
comportamento exemplar, falar sempre baixinho e andar sempre bem vestida e
penteada. Xuxu tinha casamento combinado com o seu primo Lau, desde que nasceu,
como era tradição na sua família.
Para Maria João, tudo isto era muito estranho e, por
isso, decidiu ajudar Xuxu a conhecer outras maneiras de pensar. Além disso,
incentivou-a a dar a sua opinião e a exprimir as suas ideias e sentimentos,
como rir, chorar, saltar, correr, sujar-se.
Assim, passado algum tempo, Xuxu começou a mudar o
seu comportamento, ficando mais sociável.
Na altura da Páscoa, Xuxu enviou uma carta aos pais
na qual dizia que gostava muito deles, mas que queria passar as férias em casa
da Maria João.
Quando a sua mãe leu a carta, foi imediatamente
pedir satisfações a Maria João pela mudança de comportamento da sua filha. Como
não concordou com as decisões dela, ordenou-lhe que, no final do ano letivo,
voltasse para casa.
Gostei muito de ler este livro porque a Maria João
tem uma personalidade e uma simplicidade marcantes. A história dá-nos uma
grande lição, ensinando-nos que a vida é nossa e que somos nós que escolhemos
os nossos caminhos. A linguagem é acessível, o que foi uma agradável surpresa
para mim.
Texto de Inês Daniela Trigo, 9.º F
Ilustração de Mariana
Granjo, 12.ºF2
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O rapaz do pijama às riscas, de John
Boyne, é um livro imperdível. Um aspeto que me cativou e me levou a ler este
livro foi o slogan, na capa: “uma
história de inocência num mundo de ignorância”, mas cujo significado só entendi
verdadeiramente depois de ter lido o livro.
Esta história retrata a vida de Bruno, um
rapaz de nove anos que habitava em Berlim, durante a Segunda Guerra Mundial,
com a família constituída pela mãe, pela irmão e pelo pai, um oficial das SS.
Durante a guerra, Bruno teve que mudar
para Acho-Vil, porque o pai fora promovido. O rapaz não gostou dessa mudança,
porque não queria deixar os amigos. A casa em Acho-Vil era mais pobre e menos
espaçosa e, da janela do seu quarto, só via um campo grande vedado onde estavam
muitas crianças tristes, adultos todos vestidos da mesma forma e muitos, muitos
militares.
Bruno, sem nada para fazer e sem amigos
com quem brincar, resolveu fazer um baloiço. Lá se ia entretendo a baloiçar,
mas nunca esquecia a casa, as festas e os amigos que deixara em Berlim.
Como Bruno gostava de fazer explorações,
resolveu ir conhecer o grande campo que avistava de sua casa. Durante as suas
investigações encontrou, sentado junto à rede, um menino chamado Shamuel. Este
jovem era natural da Polónia e tinha a mesma idade que Bruno, mas estava muito
magro e triste, pois não tinha com quem brincar nem comida para se alimentar.
Bruno e Shamuel tornaram-se bons amigos.
Bruno passou a ir todos os dias ver o amigo, para brincarem, e levava-lhe
sempre comida.
Um dia, o pai de Bruno comunicou à família
que iam regressar a Berlim. Bruno ficou tão contente que foi de imediato contar
ao seu amigo, contudo, este estava muito triste, pois não encontrava o seu pai.
Bruno, decidido a ajudá-lo, no dia seguinte, voltou, vestiu um pijama às
riscas, tal como os outros habitantes do campo e, passando por um túnel, foi
com o seu amigo em busca do pai.
Terão os dois amigos encontrado o pai de
Shamuel? Terá Bruno regressado a Berlim?
A parte de que eu mais gostei nesta
emocionante história foi quando o Bruno, preocupado com o assunto, passou a
vedação, pois fez-me pensar que não é um qualquer obstáculo que separa uma
verdadeira amizade!
Texto
de Tomás do Patrocínio Lázaro, 6º A
Ilustração de Eva Pinto,
11.ºE2
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Lídia, Rainha da Palestina, do escritor polaco Uri Orlev, foi um livro cuja leitura me
agradou imenso. Começo por referir alguns dados relativos ao escritor. Uri
Orlev nasceu em Varsóvia, na Polónia. Teve uma vida insegura, pois durante os
primeiros anos da Segunda Guerra Mundial encontrava-se no gueto de Varsóvia. A
sua mãe foi morta pelos alemães, o seu pai foi capturado pelos russos e, apenas
anos depois, pai e filhos se reencontraram.
Quanto ao livro, narra as aventuras de
Lídia, uma criança que “era um terror”. Vivia na Roménia, mais propriamente na
cidade de Bucareste, e era filha de pais judeus. O pai era jornalista e passava
muito tempo fora de casa. A separação dos pais devido “àquela mulher” fizeram
com que Lídia crescesse sozinha, imaginando, com as suas bonecas, histórias de
príncipes, de guerra e de religião. Lídia sonhava tornar-se princesa,
desposando o príncipe Miguel, filho do rei da Roménia. As suas teimosias em não
frequentar o jardim de infância permitiram-lhe conhecer, pelas amas que a
cuidaram, as línguas francesa e alemã. Mais tarde, através de um professor
particular, aprendeu a língua inglesa (o que se tornou bastante útil). Cedo
também demonstrou gosto pelas artes, nomeadamente pelo teatro.
Com o avanço das tropas nazis, Lídia foi
obrigada a fugir para a Palestina. A mãe e a avó ficaram retidas na Roménia,
prometendo à criança que, um dia, se reencontrariam. Com apenas dez anos, Lídia
viajou sozinha de comboio, durante três dias, a caminho de uma comunidade
“Kibutz”. A viagem de comboio foi muito divertida e a perseverança e a
esperteza de Lídia foram notórias. A chegada à comunidade Tel Haris foi
marcante. Contudo, as saudades da mãe e o seu destino continuaram a preocupar
Lídia.
Será que a mãe e a Lídia se reencontraram?
Será que o seu sonho de menina se tornou realidade? Estas e mais perguntas só
poderão ser respondidas se lerem o livro…
Texto de
Simão Martins, 6º A
Ilustração de Eva Pinto,
11.ºE2
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A
rapariga no comboio
Paula Hawkins
A
rapariga no comboio, uma obra escrita por Paula Hawkins,
conta uma história que se passa nos subúrbios de Londres, mais precisamente em
Ashbury, no século XXI.
As personagens mais relevantes são Rachel (a
ex-mulher de Tom), o próprio Tom e a sua nova mulher, Ana, e a Jess e o Jason,
o casal que Rachel costumava observar da linha do comboio, e cujos verdadeiros
nomes eram MeganHipwell e Scott Hipwell.
Visto já conhecermos as personagens, passemos à
história. Rachel é uma mulher recentemente divorciada que apanhava todos os
dias o mesmo comboio, desde Ashbury, onde vivia com Cathy, até Londres,
passando aí o dia a vaguear pelas ruas ou a embebedar-se no pub. Isto já
ocorria há dois meses, pois ela tinha sido despedida por ter chegado bêbeda ao
escritório, após um almoço com um cliente.
Durante a viagem de comboio, Rachel gostava de
observar as casas geminadas junto à linha e os seus moradores, enquanto
recordava os tempos em que ela própria havia morado com Tom, no número 23. Mas
agora tudo era diferente e ele vivia na mesma casa com Ana e a sua filha Evie.
A casa que ela mais gostava de observar era a n.º 15, onde viviam Jason e Jess,
que, para ela, eram um casal perfeito. Jason, de cabelos escuros, porte
atlético e pele bronzeada, era o oposto de Jess: loira, pequena, com pele
branca como a cal, divertida e simpática.
A vida passava normalmente até que, certo dia, numa
viagem de comboio, Rachel avista Megan na varanda com outro homem. Era tudo
estranho e confuso, mas mais estranho ficou quando se descobriu que
MegamHipwell tinha desaparecido.
Rachel ficou nervosa e triste, pois, na noite em que
se deu esse desaparecimento, ela encontrava-se perto do n.º 15, mas a cair de
bêbeda, por isso não se lembrava de nada.
A partir dali, Rachel fez de tudo para ajudar Scott,
que estava a ser acusado de ter feito mal à mulher.
Com o desenrolar da história, podemos perceber que
Rachel é determinada, Tom é mentiroso e cruel e Ana, percebe-se que é ingénua e
insegura.
Todas estas personagens estão interligadas, mas
principalmente Rachel e Ana, pois ambas partilham o mesmo destino: serem
traídas por Tom.
Estão duas lições presentes no livro: uma delas é
que “a mentira tem perna curta” e a outra é que metermo-nos na vida dos outros
pode trazer complicações.
Eu gostei muito de ler este livro e recomendo-o a
todos os que gostem de mistérios
Texto de Maria Beatriz Fonseca, 9.º B
Ilustração de Mariana Granjo, 12.ºF2
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Uma Aventura na Casa da
Lagoa conta-nos
uma aventura vivida por um grupo de seis amigos: as gémeas Teresa e Luísa, o
Pedro, o João, o Chico e a Glória, com os fiéis companheiros caninos – o Faial
e o Caracol.
A história começa no final de uma manhã
ocupada com aulas de natação, quando Glória convidou os amigos a visitar a casa,
na lagoa, que o seu pai comprara num leilão e que ainda não conheciam.
Todos os pais autorizaram os jovens a
aceitar este convite. Durante a viagem até à “Casa da Lagoa”, o pai de Glória
não se cansou de elogiar o imóvel e as expectativas cresciam. Contudo, quando
chegaram, ficaram dececionados e perplexos, pois, além do mau estado da casa,
confrontaram-se com uma terrível mensagem na parede da casa de banho, que parecia
ter sido escrita com sangue, onde se lia “Maldito seja quem pisar este chão…”.
Todos ficaram assustados, à exceção do pai da Glória, que dizia ter sido obra
de algum espertinho que escrevera aquela mensagem com o intuito de aterrorizar.
A partir desta altura, vários mistérios
surgiram. Depois da desilusão inicial, os jovens amigos foram descobrir que
mais tinha aquela zona para lhes oferecer e ficaram agradavelmente
surpreendidos com o belo rio, muito limpinho, um grande bosque com muitas
árvores e animais e uma grande lagoa, excelente para a prática de canoagem. Os
amigos divertiram-se muito durante o resto do dia, contudo, quando já estavam a
dormir, ouviu-se um rugido enorme e todos acordaram sobressaltados. Como não
encontraram nada, regressaram aos quartos, mas já não conseguiram dormir, pois
tinham achado aquele som muito estranho. De repente, ouviu-se um novo estrondo
e…
O que teria acontecido?
Texto de Rodrigo Paiva, nº 17, 6º E
Ilustração
de Eva Pinto, 11.ºE2
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Li A
cidade e as Serras, de Eça de Queiroz, adaptado para os mais novos por
António Torrado, e achei este livro muto interessante. Esta narrativa, que decorre no final do séc. XIX, fala-nos da vida
de Jacinto, contada pelo seu amigo Zé Fernandes.
Jacinto
era um homem bem-parecido e rico, que vivia num palacete situado na Avenida
Champs Elysées, em Paris, rodeado de luxo e de tudo o que era o último grito da
civilização. Zé Fernandes, seu grande amigo, ausentou-se de França durante sete
anos e, quando regressou, Jacinto não era o mesmo! Tudo o aborrecia, não tinha
ânimo nem prazer em nada do que fazia e tinha. Seu fiel criado disse a Zé Fernandes: “Sua Exa. sofre de fartura!”
Certo dia, chegou a notícia de que uma
tempestade devastara uma igrejinha na sua propriedade de Tormes no Douro, onde
estavam os ossos dos seus antepassados. Jacinto, não olhando a gastos, deu, de
imediato, ordens para que se iniciassem as obras, de modo a reerguer a igreja,
tomando a surpreendente decisão de voltar ao Douro! Foram semanas de agitação,
de preparação de caixotes e mais caixotes e tudo despachado para Portugal, para
que nada faltasse no solar que mandara reconstruir. Chegou o tão aguardado dia
da partida. Foi uma viagem longa, cansativa e atribulada, as malas perderam-se
e, quando chegaram ao destino, não tinham ninguém à sua espera…
Jacinto estava desesperado!... Mas o pior
ainda estava para vir. Quando chegaram à quinta, as obras do solar estavam
atrasadíssimas, as encomendas de França não tinham chegado. Enfim, parecia um
pesadelo. Sem luz, nem conforto, lá dormiram. Zé convidou-o para ir para sua
casa no dia seguinte, mas Jacinto, desiludido, disse que ia para Lisboa.
Passadas cinco semanas, Zé soube, na sua
terra, que, afinal, Jacinto continuava em Tormes, o que foi uma enorme
surpresa! Voltou para lá imediatamente e, quando chegou, viu o seu amigo cheio
de energia, sem luxo, mas verdadeiramente feliz.
Será que Jacinto ficou para sempre no
Douro? Conseguiria viver sem luxo? Constituiria lá uma nova família?
Se querem descobrir a resposta a estas
perguntas, terão que ler este livro irresistível!
Texto de Rafael
Esperanço, nº 22, 6º A
Ilustração
de Eva Carolina, 11ºE2
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Conta-nos o livro Ulisses, de Maria Alberta
Menères, que há muitos milhares de anos, um poeta grego, Homero, narrara, no seu
livro Odisseia, a história do herói
Ulisses, que andava no mar, gostava do sol e desejava a lua.
Ulisses
vivia numa ilha grega chamada Ítaca, com sua mulher, Penélope, e seu filho
Telémaco e era o rei dessa mesma ilha.
Um
dia, Páris, príncipe troiano, raptou a rainha grega e levou-a para Tróia, o que
originou uma guerra entre troianos e gregos e obrigou Ulisses a ir para uma
longa batalha que durou dez anos. Ao fim desse tempo, Ulisses, já com saudades
da família e de casa, teve a ideia de construir um cavalo de madeira dentro do
qual ele e alguns marinheiros pudessem esconder-se para entrar em Troia. O
plano correu bem, pois conseguiram derrotar os troianos e resgatar a rainha
Helena. Contudo, no regresso, o navio de Ulisses foi arrastado por uma estranha
corrente submarina para as ilhas de Ciclópia, que eram habitadas por ciclopes,
gigantes devoradores de homens.
Dentro
da gruta do ciclope Polifemo, assim se chamava o mais terrível dos gigantes,
muitos marinheiros foram devorados pelo monstro, no entanto, no final, os que
restaram conseguiram cegá-lo e fugir.
Depois,
foram parar à ilha de Eólia, onde o rei Eolo ofereceu a Ulisses um saco com
todas as tempestades do mundo aprisionadas, advertindo que não o abrissem, pois
as consequências seriam terríveis.
Porém,
os marinheiros de Ulisses, não resistindo à curiosidade, abriram o saco e
desencadeou-se uma terrível tempestade que os fez regressar a Eólia, onde
enfrentaram a fúria de Eolo.
Prosseguindo
viagem, avistaram a ilha de Circe, uma feiticeira poderosa que, através dos
seus poderes malévolos, transformou os colegas de Ulisses em porcos.
Qual seria
o desfecho desta situação? Que mais aventuras e desventuras teriam vivido estes
marinheiros?
Texto de
Gonçalo Rebelo, nº 6, 6º E
Ilustração de Joana Cruz, 12.ºF2
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O Mistério da Gata Desaparecida faz parte de um conjunto de vários livros escritos por
Enid Blyton. Este livro narra as aventuras de cinco amigos durante as
férias de verão. Os cinco descobridores e um cão, como são conhecidos por um amigo
e inspetor da polícia, tentaram desvendar o desaparecimento misterioso de uma
gata siamesa muito famosa, valiosa e, sobretudo, muito cobiçada, a Rainha Negra.
Os
descobridores conheceram um rapaz chamado Luke e, com o passar do tempo, tornaram-se
amigos. A dada altura, a Rainha Negra
desapareceu, misteriosamente, sem deixar rasto… A polícia culpou LuKe, pois
estivera no jardim, junto às gaiolas dos gatos. Os cinco descobridores ficaram
em choque com a polícia, porque não acreditaram que o seu novo amigo fosse culpado.
Então, foram em busca de provas para o ilibarem, mas, dentro da gaiola,
encontraram um apito que Luke costumava trazer…
A polícia
foi ter com Luke e este, com medo, fugiu para o circo onde trabalhava o seu
tio. Em busca de provas, os cinco descobridores encontraram-no no circo, assim
como o agente da poícia. Luke foi obrigado a sair do circo, pois o seu tio
descobriu que ele era acusado de ter roubado a Rainha Negra. Sem outra solução, procurou os seus cinco amigos, que
se dispuseram a ajudá-lo. Entretanto, a Rainha Negra apareceu misteriosamente e
todos acreditaram que ela tinha fugido e regressado a casa novamente. No
entanto, quando tudo parecia voltar ao
normal, a gata desapareceu, mais uma vez, e Luke voltou a ser o principal
suspeito, visto que um dos seus apitos foi encontrado, outra vez, na gaiola.
Os cinco
descobridores prometeram encontrar o culpado e fizeram perguntas a todas as
pessoas que moravam perto da famosa Rainha Negra.
Será que
conseguiram desvendar o mistério? Será Luke o culpado?
Texto de Ana Teresa Correia, nº 5, 6º A
Ilustração de Bárbara Santos, 12.ºF2
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“O Diário de Anne Frank”, escrito por
Annelies Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank, acabou por se tornar no
livro de não ficção mais importante do mundo! Ele relata a vida de Anne, uma
jovem alemã de origem judaica, que nasceu em Frankfurt no dia 12 de junho de
1929, num período conturbado da história, a segunda guerra mundial.
Anne Frank viveu os seus primeiros anos em Frankfurt, mas em 1933 o
Partido Nazi, liderado por Adolf Hitler, venceu as eleições e logo ocorreram
manifestações antissemitas. A perseguição do Partido Nazi aos judeus gerou o
medo e a desconfiança, o que provocou a fuga desta família para Amesterdão.
Em maio de 1940, a
Alemanha Nazi invadiu os Países Baixos e o governo da ocupação começou a
perseguir os judeus, implementando leis restritivas e discriminatórias. Apesar
das irmãs Frank serem excelentes alunas e possuírem muitos amigos nas escolas
que frequentavam, foram proibidas de estudar nelas, tendo direito, apenas, a
instituições próprias para judeus.
Quando Anne fez treze anos, recebeu um livro
do seu pai. Embora fosse um livro de autógrafos, decidiu usá-lo como diário e
começou a escrever imediatamente. No início, Anne falava dos aspetos da sua
vida e também sobre as proibições e
dificuldades que os nazis colocavam aos judeus. Na manhã do dia 6 de
julho de 1942, a família mudou-se para um esconderijo, que Anne chamava de anexo
secreto. Em 13 de julho de 1942, a sua família aceitou acolher a família Van
Pels e, em novembro do mesmo ano, Fritz Pfeffer, um dentista e
amigo da família. Para conseguirem sobreviver, tiveram a ajuda de muitas
pessoas. Anne, no seu diário, chama-lhes de protetores.
Anne escreveu, no
diário, que gostava do convívio com aquelas pessoas no anexo mas, por outro
lado, aquela convivência permanente, com medo e sem liberdade, levaram a que
começassem a acontecer discussões dentro do grupo. Ela discutia constantemente
com Auguste van Pels e com a mãe, a quem chamava de "tolas".
Algum tempo depois, Anne iniciou um romance com Peter Van Pels, de 16 anos, com quem deu seu primeiro beijo!
Passados dois anos no anexo, no dia 4 de
agosto de 1944, seguindo uma dica de um informante que nunca foi identificado,
a polícia alemã entrou no anexo e prendeu os oito judeus que lá viviam. Nessa
noite, eles foram levados para a esquadra da polícia e três dias depois foram
levados para o Campo de Concentração de Westerbork. Em setembro, a família
Frank foi transferida para o campo de concentração de Auschwitz e, em outubro
desse mesmo ano, Anne Frank e a sua irmã foram levadas para o campo de concentração
de Bergen-Belsen. Nessa altura, a sua mãe morreu de fome em Auschwitz, nos
inícios de março de 1945 a sua irmão também morreu e poucos dias depois Anne
morreu de tifo.
Todos os
habitantes do anexo morreram menos Otto, o pai de Anne, que regressou a
Amsterdão onde voltou a encontrar-se com os ajudantes. Nessa altura, descobriu
que as filhas tinham morrido. Miep, uma das ajudantes havia ficado com o diário
da pequena Anne e entregou-o a Otto, que o leu com grande emoção e decidiu
publicá-lo em 1947.
Se querem saber mais sobre a vida de Anne
Frank leiam o livro!
Texto de Rodrigo Paiva, nº17, 6º E
Ilustração de
Micael Ribeiro, 11.ºE2
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Li “O
Mandarim”, uma adaptação de Gonçalo M. Tavares, para os mais novos, da
versão original de Eça de Queirós e viajei até à China, onde vivi muitas
peripécias e situações imprevisíveis...
Este texto fala-nos de Teodoro, um homem que vivia em Lisboa e que se
apresentava perante a sociedade como uma pessoa equilibrada, mas ambiciosa, e
de um diabo que o acompanhava para todo o lado, fazendo-lhe a vida negra.
Certa
noite, enquanto Teodoro lia e “ia caindo numa sonolência grata”, teve
conhecimento de um riquíssimo mandarim que morava na China, o que o fez
mergulhar num sonho onde o diabo permanecia. Nesse sonho, o diabo dizia-lhe
para tocar numa campainha posta ao lado dele e logo tomaria posse da riqueza
que o mandarim Ti-Chin-Fu continha. Contudo, para que isso acontecesse, o
mandarim morreria. Teodoro não resistiu à palavra "riqueza" e tocou
na campainha para de seguida acordar. Teodoro pensou que tudo tinha sido uma
fantasia, mas um dia lá lhe bateram à porta, entregando-lhe um envelope repleto
de dinheiro.
Teodoro mal podia absorver esta situação. Com tanto ouro na mão,
sentia-se um milionário com uma vida perfeita sem qualquer problema para
resolver, no entanto, estava muito triste, porque pensava que Ti-Chin-Fu tinha
decerto uma família que naquele momento deveria estar a sofrer, a viver na rua
sem ninguém para os acolher.
Assim,
Teodoro, inquieto, pediu para a população da China satisfazer a alma do
mandarim em várias missas públicas. Teodoro não sabia mais o que fazer, sentia-se
mal por ter matado o mandarim mais rico da China e elemento fundamental ao
império chinês, o que fez com que este império se desmoronasse.
Com
isto tudo a acontecer, ele decidiu partir para a China onde esperava resolver
este dilema.
Irá
Teodoro livrar-se desta voz malvada, que o tanto atormentava ?
Será
que ele consegue resolver toda esta situação ?
Texto
de Fabrícia Silva, nº10, 6ºA
Ilustração de Eva Pinto, 11.ºE2
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O
Centauro no Jardim
Moacyr Scliar
Moacyr Scliar é um escritor formado em Medicina, que
escreveu contos, novelas e romances.
Um desses romances é O Centauro no Jardim, com o qual obteve, em 1980, o prémio da Associação
Paulista dos Críticos da Arte para a melhor obra de ficção.
O autor, com uma grande imaginação, cria situações
inesperadas e resolve-as de forma feliz, expondo a contradição que existe entre
a nossa condição de ser social e a necessidade de afirmarmos a nossa
individualidade.
Para isso, ele usa Guedali, uma criança que, para
além de ter nascido centauro, ou seja, metade homem e metade cavalo, nasce
também no seio de uma família judia.
Por a sua fisionomia ser diferente da dos humanos, o
centauro teve de crescer escondido e isolado do resto do mundo, o que o levou a
criar o hábito da leitura. Graças a isso, ele tornou-se numa pessoa culta e
inteligente.
Apesar de ter acesso a tudo através dos livros, Guedali
decidiu sair de casa. Primeiramente, juntou-se a um circo, donde teve de fugir,
pois a domadora tinha descoberto quem ele realmente era. De seguida, conheceu
Tita, uma centaura tal como ele, e juntos viajam até uma clínica em Marrocos
para fazerem uma operação de modo a tornarem-se bípedes.
Depois dessa operação, realizada com sucesso, o casal
volta para o Brasil e tenta levar uma vida normal, sendo que, mais tarde, têm
gémeos, tornam-se ricos e fazem algumas amizades.
No entanto, Guedali e Tita têm vários problemas, que
nos são apresentados ao longo da obra, não só como casal, mas também a nível
individual, como, por exemplo, o envolvimento de Guedali com outras mulheres e
o regresso dele a Marrocos.
Contudo, como já referi no início, o autor resolve
os problemas de forma feliz, daí que, no final, Guedali e Tita estão juntos com
os restantes amigos em S. Paulo, num restaurante tunisino, no dia 21 de
setembro de 1973, a celebrar o trigésimo oitavo aniversário do centauro.
E assim acaba uma história que nos faz refletir não
só sobre a exclusão social, mas também sobre a tentativa de algumas pessoas se
transformarem em humanos normais aos olhos de uma sociedade preconceituosa.
Texto de Diana
Lucas Almeida, n.º 7, 11.º A
Ilustração de Tiago
Saraiva, 12.º F2
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História de um caracol
que descobriu a importância da lentidão. Um título longo que atraiu a minha atenção não só pela
extensão, mas também pela natureza da história que indicava. Li o livro e
apreciei a narrativa. Querem saber como começava? Vou desvendar um bocadinho do
enredo.
Num prado vivia uma colónia de caracóis
que julgavam viver no melhor lugar possível. Todos se chamavam, simplesmente,
“Caracol”, tornando-se difícil a comunicação entre eles. Até que um dia, um
caracol jovem questionou a razão de ser tão lento e o motivo de não ter nome.
Os caracóis velhos respondiam-lhe que apenas as pessoas tinham nome, porque a
Mãe Natureza assim quisera. Como estas respostas não lhe agradavam, decidiu ir
falar com o animal mais sábio de todo o prado, o Mocho. Lentamente, muito
lentamente, foi ter com o Mocho, mas este informou-o que não poderia responder
a essas questões, teria de ser ele próprio a descobrir as respostas.
Dececionado, mas determinado, o caracol
decidiu partir em busca de respostas e só regressar quando as descobrisse.
Caminhou lentamente, muito lentamente, até que se encostou a uma suposta pedra,
deitou-se e adormeceu. No dia seguinte, viu que aquilo não era uma pedra, mas
um ser tão lento como ele - uma tartaruga! Conheceram-se melhor e explicaram um
ao outro o motivo de estarem sozinhos: a tartaruga tinha sido abandonada por um
humano e o caracol estava em busca de respostas às suas perguntas. A tartaruga
gostou tanto da ideia de ter um nome que propôs logo nomearem-se um ao outro e,
assim, ao caracol foi atribuído o nome de Rebelde, por ser destemido e ir em
busca dos seus sonhos, e à tartaruga o nome de Memória, por ter uma boa
memória.
Satisfeitos com os seus nomes, Rebelde
e Memória
decidiram continuar a sua caminhada lenta até que chegaram ao fim do prado e
avistaram…
Bem, a partir daqui não vou contar mais
nada. Terão que ler o livro para descobrirem… Qual será a importância da
lentidão?
Texto de Sofia Cardoso, nº 20, 6º E
Ilustração de Eva Pinto, 11.ºE2
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Divergente
Veronica Roth
Durante as férias, apeteceu-me uma leitura
agradável, o que me levou ao encontro do livro Divergente, o primeiro da trilogia com o mesmo nome. Esta obra foi
publicada pela Porto Editora e a sua autora é Veronica Roth.
Toda esta história é focada em Beatrice Prior, uma
jovem de 16 anos, no seu irmão, Caleb, e na sua melhor amiga, Cristina.
Num futuro não muito próximo, a sociedade de Chicago
está dividida em cinco fações: os Cândidos, que valorizam a sinceridade; os Intrépidos,
que demonstram coragem; os Cordiais, que têm presente o valor da amizade; os Eruditos,
que têm um QI elevado, e, por fim, os Abnegados, que têm a função de ajudar
todos. Se, por algum motivo oposto à lei, alguém for expulso de algum grupo,
viverá na miséria e sem objetivos de vida.
Aos 16 anos, os adolescentes realizam o teste de
aptidão, que, através da análise da mente, revela qual a verdadeira fação a que
cada um pertence. O resultado pode influenciar (ou não) a opção a fazer no dia
seguinte, na Cerimónia da Escolha.
Beatrice Prior vive nos Abnegados e, agora com 16
anos, iria finalmente descobrir qual o seu destino. O seu teste foi incrível,
manifestando coragem, inteligência e vontade de ajudar. Pessoas como Beatrice
são raras e têm de viver em segredo, designando-se “divergentes” e sendo
temidas pela sociedade.
No dia da escolha, a jovem continuava confusa. A Cerimónia
foi acompanhada de duas surpresas: Caleb escolheu os Eruditos e, para espanto
de todos, Beatrice optou pelos Intrépidos.
Após este evento, Beatrice teria de passar nas
provas de aptidão, que completariam o processo de iniciados e a tornariam,
oficialmente, membro desta fação. As provas dividiam-se em três fases em que
havia lutas e simulações dos vários medos de cada indivíduo.
Durante todo este tempo, Beatrice, agora com a alcunha
de Tris, fez vários amigos, como Cristina e Will, e acabou por se apaixonar
pelo seu instrutor, a quem todos chamavam Four. Ele também tinha fortes
sentimentos por ela e contou-lhe alguns segredos, sendo que um deles envolvia
os chefes da sua fação. Tris descobriu que os Eruditos planeavam derrubar o
governo e tinham a ajuda dos Intrépidos. Por outro lado, Jeanine, a comandante
desta revolta, andava numa paranoica perseguição aos divergentes.
Mas, afinal, o que significaria ser-se divergente?
Será que Four também o era? E qual seria o seu verdadeiro nome?
Depois das revelações sobre a revolução, Tris apercebeu-se
de que tinha ainda mais perguntas. Qual seria a razão pela qual os chefes dos Intrépidos
estavam a ajudar à guerra? E que técnica seria usada para todos os membros
colaborarem?
Adorei este livro e aconselho a sua leitura a quem
gosta de histórias futuristas com aventuras e um cheirinho de romance. Além
disso, a escrita da autora é única e rica em descrições, envolvendo-nos tanto
no enredo que até ficamos com medo de largar este conto maravilhoso.
Texto de Catarina Ferreira
Guedes, n.º 4, 9.º B
Ilustração de José Silva, 8.ºF
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Aventuras
de João Sem Medo
José Gomes Ferreira
Nas passadas férias de Natal, após uma proposta da
minha professora de Português, decidi ler o livro Aventuras de João Sem Medo, escrito por José Gomes Ferreira.
Esta história fala de João, um rapaz corajoso e
aventureiro, que vivia com a sua mãe numa aldeia em que todos os habitantes
choravam por tudo e por nada, durante todo o dia.
A certa altura, farto da tristeza que dominava a sua
terra, João Sem Medo decidiu saltar um Muro situado perto da sua aldeia, “em
redor da Floresta Branca, onde os homens, perdidos dos enigmas da infância,
haviam instalado uma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos”.
E assim começaram as suas aventuras. Depois de
saltar o Muro, João deparou-se com várias situações e obstáculos. Em primeiro
lugar, teve de escolher entre o caminho do Bem (onde teriam de lhe cortar a
cabeça, para parar de pensar) ou o do Mal (que ele preferiu).
Por consequência da sua escolha, mais tarde, foi
transformado em árvore, andou num gramofone com asas, visitou uma terra onde se
fazia tudo ao contrário e conheceu, entre outras personagens típicas de
histórias de fantasia, uma fada que realizava todos os seus sonhos, mas apenas
por alguns minutos.
Passado algum tempo, já cansado e com saudades da
sua mãe (e das suas comidas), João Sem Medo decidiu regressar à sua aldeia,
onde, agora, o seu objetivo era acabar com o hábito de chorar de manhã à noite.
Na minha opinião, o autor, com este livro, pretende
transmitir que não devemos ter tantos medos e que é necessário sermos mais
corajosos, tal como João Sem Medo.
Eu gostei muito desta obra e recomendo a sua
leitura, pois é fácil, interessante e divertida, principalmente para quem gosta
de aventuras.
Texto de Ana Isabel
Gonçalves Neves, n.º 1, 9.º B
Ilustração de Lara Sequeira, 8.º F
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Sermão
de Santo António
Padre António
Vieira
No século XVII, os sermões tinham como
objetivos ensinar, deleitar e persuadir os ouvintes, de modo a influenciar o
seu comportamento. O Sermão de Santo
António, sendo dessa época, é um bom exemplo disso.
Este sermão, apesar de ser dirigido
aos peixes, tem como objetivo criticar os vícios dos homens. Para o efeito,
Vieira utiliza uma alegoria, representando os seres que habitam na terra
(homens) através dos seres que habitam no mar (peixes).
O pregador começa por louvar as
virtudes dos peixes. Inicialmente, fá-lo de modo geral, descendo, depois, ao
particular. Nesta parte, apresenta vários exemplos de características dos
peixes que merecem ser louvadas. Algumas dessas virtudes são a obediência a
Deus e a atenção com que ouviram a palavra d’Ele proferida por Santo António.
Seguidamente, Vieira repreende os
vícios dos peixes, evidenciando que eles também se encontram presentes na
sociedade do século XVII. É o caso da soberba, do parasitismo social, da
ganância, da traição, da vaidade, do
oportunismo, da arrogância, entre outros.
Para além disto, Vieira utiliza a
figura de Santo António como um bom exemplo a seguir. Esta estratégia foi uma
forma de nos incentivar a melhorar as nossas atitudes.
Padre António, através do seu discurso
figurativo e apelativo e das várias citações e exemplos, mostra toda a sua mestria e capacidade para avaliar o
comportamento humano, conseguindo apelar à
mudança da sociedade, não só à do seu tempo, mas também à nossa, uma vez que as
críticas que ele faz ainda se mantêm atuais.
A minha parte favorita do Sermão de
Santo António é a que se refere às repreensões do polvo, uma vez que considero
a traição, defeito humano aí criticado, o pior vício dos homens.
Para concluir, é importante referir a
intemporalidade desta obra, pois os defeitos que Vieira critica no século XVII
ainda se encontram na sociedade de hoje em dia.
Este sermão deveria, pois, ser lido
por todos, visto que se trata de uma crítica social que nos leva a refletir
sobre os valores e também sobre o facto de que o ser humano não evoluiu assim
tanto, principalmente nos aspetos criticados neste sermão.
Texto de Ana
Margarida Nunes Oliveira, n.º 2, 11.º A e de Diana
Lucas Almeida, n.º 7, 11.º A
Ilustração de Joana Cruz, 12.º F2
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Li com muito prazer o livro História dentro de uma garrafa,
do autor Alexandre Honrado.
Esta história desenrola-se à volta de um menino sonhador, o
Tiago, que passava os seus dias a
sonhar. Vivia no mundo de fantasia que ele próprio criava, era assim a qualquer
hora do dia, inclusive dentro da sala de aula. A professora mandava recados,
pedia a presença do encarregado de educação, mas nada resultava… Tiago vivia
com o tio Hipólito, que se dedicava às antiguidades e, também ele, era bastante
distraído. Certo dia, foi com seu tio, a namorada do tio, Mafalda, e a filha desta,
a Rita, ao Palácio da Lua Nova, que estava cheio de velharias. Enquanto o tio e
a namorada analisavam as várias peças, os dois meninos foram explorar o sótão
do palácio, onde encontraram uma garrafa de vidro transparente com algo que se parecia
com um jardim. Na rolha conseguiram ler, com a ajuda de uma lupa, a palavra
“Alupapulapara”. O que quereria isto dizer? O Tiago repetiu a palavra três vezes
e… algo fantástico aconteceu: ficaram ambos pequeninos!
Tiraram a rolha da garrafa e entraram dentro dela. Ao mesmo
tempo que caminhavam pela vegetação, ouviam pássaros a cantar, avistavam casas,
o lago, uma ilha e um barco. Era tudo maravilhoso! De repente, apareceu um
homenzinho feio e rechonchudo, a seguir, uma mulherzinha e também cinco
cabecinhas a espreitar, que eram os seus filhos. A senhora apresentou-se a ela,
ao marido e aos filhos, tendo confessado que há já muito tempo não ouvia
ninguém falar uma língua diferente da deles. Falou-lhes da ilha de Trupalupapara,
onde vivia o pirata Barba Cor de Laranja,
um pirata malvado e que não permitia que ninguém se aproximasse da ilha. Convidaram-nos
para almoçar e, logo depois do almoço, os cinco pequenos levaram-nos a conhecer
a terra. Durante o passeio, ouviram um barulho. A seguir, uma voz a pedir
ajuda. Era a fada Branca de Neve. O
pirata tinha ferido uma das suas asas. Decidiram que haveriam de mudar esta
situação. O pirata não podia continuar com toda esta violência! Depois de uma
longa conversa, decidiram que iriam, todos juntos, atacar o pirata.
Contudo, aguardava-os uma situação
inesperada… O que seria?
Texto de Rafael Esperanço, n.º 22, 6.º A
Ilustração de Francisca Quaresma, 8.º A
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Li recentemente O Recruta, de Robert
Muchamore, e gostei muito deste livro porque ambiciono que o meu futuro seja
parecido com o do herói da aventura narrada.
Tudo começou quando James agrediu uma
menina que troçava da mãe dele e, por isso, foi suspenso da escola. Logo que
chegou a casa, viu Ron, o seu padrasto, a beber álcool com a sua mãe, algo que
ela não podia fazer, porque tinha uma grave doença cardíaca. Chamou uma
ambulância, mas de nada lhe valeu, pois ela acabou por falecer. James foi levado
para uma casa de acolhimento. O seu colega de quarto, Kyle, era espião da
CHERUB, uma agência britânica de serviços secretos, mas ele desconhecia este
facto. Na nova escola que frequentava, arranjou problemas com colegas, por isso
foi enviado para uma casa de correção.
Certo dia, quando acordou, ficou perplexo
ao verificar que estava num quarto com vista para um campo de atletismo e que
tinha vestida uma camisola vermelha a dizer CHERUB! Durante a sua preparação
para agente, teve que realizar várias provas difíceis. Logo no primeiro dia de
Recruta, James conheceu a sua parceira, chamava-se Kerry e, com ela, viveu
muitas aventuras. Já muito cansados devido à exigência das tarefas, tiveram que
enfrentar a última prova, na Malásia, passando por quatro postos de controlo.
Depois de uma longa caminhada de muitos quilómetros, aguardava-os a travessia
de um rio, que fizeram, utilizando uma barco que por lá se encontrava, tendo
passado por muitas provações.
Finalmente chegados ao quarto posto de
controlo, foram submetidos ao último teste, que consistia em manter contacto
com uma medusa, animal produtor de um líquido que provoca queimaduras. Próximo
deles, encontrava-se o antídoto para a reação provocada, contudo o objetivo
consistia em aguentar os efeitos do veneno durante o máximo de tempo.
Será que James consegue passar a Recruta?
E a sua amiga Kerry?
Texto de Tomás do Patrocínio Lázaro, nº 27, 6ºA
Ilustração de Maria Catarino, 8.ºA
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Diário
de um adolescente na Lisboa de 1910
Alice Vieira
O livro Diário
de um adolescente na Lisboa de 1910 é, seguramente, uma das melhores obras
que relatam o que aconteceu na altura da implantação da República. Pela
realidade com que a autora, Alice Vieira, narra os acontecimentos e pelas
piadas que vai dizendo, recomendo vivamente a leitura deste livro.
A facilidade com que a autora encarna o papel de um
adolescente que viveu num ano em que ela ainda não era nascida é absolutamente
incrível e sobressai aos olhos de qualquer pessoa, por exemplo, quando são
referidos os gostos literários do jovem.
Esta obra está dividida em trinta e nove capítulos
(dias), nos quais podemos identificar três partes. A primeira fala do que se
passou antes de 5 de outubro, a segunda relata o que aconteceu nesse dia e a
terceira refere-se aos acontecimentos que se deram após a implantação do novo
regime.
A qualidade dos desenhos feitos por Patrícia Furtado
é outro dos motivos de interesse desta obra.
No final da leitura, fica a certeza de que este é um
diário para se ler muitas vezes na vida.
Texto de João
Carlos Mendonça Santos, n.º 15, 9.º B
Ilustração -
Micael Ribeiro, 11.ºE2
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Os Ciganos
Pedro Sousa Tavares, neto da célebre
escritora Sophia de Mello Breyner Andersen, decidiu dar continuidade a um texto
que a sua avó tinha iniciado, identificando as partes pertencentes a cada um,
através de cores diferentes. Desta forma, avó e neto criaram uma narrativa
maravilhosa que retrata a história de um rapaz.
Ruy, assim se chamava o rapaz, vivia numa
casa com muitas regras e rotinas e achava que aquela vida não era para ele. O
menino sonhava ter liberdade, o que nunca conseguia, pois estava prisioneiro da
casa, dos horários rotineiros e das ordens familiares.
Um dia, quando se encontrava no jardim,
houve algo que despertou a sua atenção e que o fez saltar o muro. Ouviu o rufar
de um tambor e, cheio de curiosidade, decidiu dirigir-se para o local de onde
provinha o som. Então, ficou fascinado com o que viu! Sentiu-se enfeitiçado
pela beleza e delicadeza de um menino e de uma menina que caminhavam sobre um
arame. Era uma beleza diferente! Quando a menina desceu do arame, encantado,
suplicou-lhe que o deixasse ficar com eles. Porém, quem mandava naquele clã era
o pai de Gela, a rapariga atraente. Ruy contou ao chefe que tinha fugido de
casa e aquele avisou-o que só poderia ficar ali durante uma semana. Alertou-o
que os seus pais deveriam estar preocupados e que a vida do circo era uma vida
agitada, pois andavam de terra em terra, chegando, mesmo, a dar a volta ao
mundo.
Durante uma semana, Ruy e Gela partilharam
vivências e saberes: Ruy ensinou Gela a ler e escrever; por sua vez, Gela
ensinou Ruy a viver em liberdade…
Será que Ruy pôde ficar mais tempo em
liberdade ou teve que regressar às rotinas?
Texto de Guilherme Filipe Silva Gonçalves, nº11, 6.º
A
Ilustração
de Bárbara Sousa, 12.ºF2
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Rock War, escrito por Robert Muchamore, é um
livro merecedor do meu apreço. Escolhi-o porque o tema me interessa, gosto
muito de música rock, um ponto em comum com as personagens participantes no
enredo.
Os episódios narrados apresentam a história
de três adolescentes, Jay, Summer e Dylan e da sua paixão pela música. Jay tem
13 anos, é o guitarrista e vocalista da banda “Jet” e o seu sonho é ser uma
estrela de rock. Summer também tem 13 anos, é a vocalista da banda “Industrial
Scale Slaughter” e quer ser boa aluna. Dylan é guitarrista da banda “Pandas of
Dooms”, por coincidência, tem a mesma idade dos anteriores e também quer ser
uma estrela de rock.
Em cada capítulo, ficamos a conhecer
cada uma das personagens, como vive e como resolve os seus problemas. E o que
se torna aliciante é verificar que estas personagens vivem problemas típicos
dos adolescentes, como o uso de drogas, comportamentos violentos, relações
familiares difíceis, conflitos com a lei… Conseguimos encontrar, nas diversas
personagens que participam nesta narrativa, desde o valentão ao estúpido, ao queixinhas,
ao “nerd”, entre outros, uma que se identifica connosco. Um dos aspetos mais
curiosos é que nenhum se conhece ou vive na mesma cidade, mas todos eles vivem
para a música.
Um dia recebem a notícia de que se iria
realizar um concurso de bandas intitulado Rock
War, que consiste numa batalha entre várias bandas de rock, patrocinado
pela rádio “TERROR FM”. Cada um deles resolve ir com a sua banda ao concurso e
é aí que as três personagens se vão cruzar e conhecer.
Ao longo do livro, eles competem uns
contra os outros, atuam ao vivo, gravam álbuns, destroem coisas, vandalizam
carros, pregam partidas…
Os três travam a maior batalha da
vida deles e estão dispostos a tudo.
Quem
irá vencer esta competição?
Texto de Samuel Sousa Azevedo, nº 24, 6ºA
Ilustração de Elisabete Couto, 11.ºE2
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Direito
à liberdade
O conto
“Vicente”, inserido na obra Bichos,
de Miguel Torga, é um texto interessante que fala da liberdade. Através da
história de um corvo negro que fugiu da arca de Noé para poder ser livre, ficamos a perceber a importância de sermos livres e de tomar
decisões.
Este texto pode ser dividido em duas
partes. Na primeira, está o corvo dentro da arca, muito revoltado e impaciente,
pois achava injusto estar ali preso devido aos comportamentos dos humanos, que
eram a causa daquele dilúvio. Na segunda, temos a fuga de Vicente, que deu às
asas e fugiu da arca, sem rumo nenhum, à procura da sua liberdade. Quando Vicente decide fugir, porque sentia que não tinha culpa
dos erros que os homens cometeram, pensa no seu direito à liberdade e sai dali,
deixando todos os outros animais preocupados com ele.
Miguel
Torga, a partir de uma história bíblica, conseguiu construir uma narrativa
interessante, com várias descrições, diálogos e um vocabulário de fácil
compreensão, o que torna a sua leitura mais aliciante.
Este conto retrata o direito à
liberdade de todos os seres humanos e animais e mostra-nos que ser livre está
ao alcance de toda a gente. Tal como o corvo conseguiu, através da sua fuga,
obter o resultado pretendido, também nós, se nos esforçarmos, conseguimos
atingir os nossos objetivos.
Na minha
opinião, este é um conto para todas as idades. Nele, o autor fala do valor da
liberdade, usando Vicente como símbolo desse valor. Recomendo ainda a leitura
dos outros textos inseridos na obra Bichos.
Texto de: Ana Isabel Gonçalves Neves, n.º 1, 9.º B
António Pêgo Santos Monteiro, n.º 3,
9.º F
Ilustração de Mariana Granjo, 12.º F2
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A
continuação da magia
A saga de livros/filmes de Harry Potter
é bastante conhecida mundialmente por serem histórias de mistério e fantasia e
por estarem também relacionadas com o mundo real. J. K. Rowling tem uma
imaginação incrível e o modo como tudo no final se cruza com o início é muito
bem pensado.
Mas escolhi falar de um dos livros desta
fantástica saga: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, o mais recente da série.
É uma história maravilhosa que nos permite relembrar Cedric Diggory, Severus
Snape e o feiticeiro que matou os pais de Harry, Lord Voldemort.
Ao contrário de todos os outros livros,
desta vez, o protagonista é Albus Severus Potter, o filho mais novo de Harry.
Juntamente com Scorpius Malfoy, filho de Draco, embarca numa aventura no
passado, a qual, como é óbvio, corre mal. Mas tudo acaba por se resolver, como
não poderia deixar de ser.
É uma história 100% recomendável.
Texto de Natacha Ribeiro, n.º 24,
9.º B
Ilustração de Daniel Xavier e Vanessa Silva, 8.º B
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História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a
voar, deLuís
Sepúlveda, oferece-nos uma história fascinante em que as personagens nos
conduzem a frequentes reflexões, através das suas atitudes.
Tudo começoucom uma gaivotaque, ao mergulhar no
mar para pescar um peixe, foi subitamente “engolida” por uma onda de maré negra,
uma enorme manchade petróleo. Para tentar salvar-se, procurou voar,contudo,
apesar de lutar desesperadamente, não conseguiu e caiu numa varanda onde estava
Zorbas, um gato preto e gordo do
porto de Hamburgo, que tentou cuidar dela, mas de nada serviu pois ela não
resistiu.
Pouco antes de morrer, a gaivota pediu ao gato
para chocar o seu ovo, cuidar do passarinho e, por último, ensiná-lo a voar.Zorbas,simultaneamente sensibilizado e
preocupado, pediu ajuda aos seus amigos gatos Colonello, Secretário e Sabetudo,e todos trataram do ovo. Depoisdo
passarinho nascer, deram-lhe proteção e alimento como se fossem seus pais. Após
algum tempo e com a colaboração do gato Barlavento,
descobriram que era uma gaivota fêmea. Os cinco amigosfizeram o ritual do
batismo dos gatos do porto, e deram-lhe o nomede Ditosa. Para a protegerem dos humanos, ela foi viver para o “Bazar
do Herry”, onde também vivia o gato Sabetudo.
Os cinco, para cumprirem com a sua palavra, decidiram ensinarDitosa a voar, mas revelou-se uma tarefa
extremamente difícil. Como proceder se não sabiam voar?! Nem a ajuda da enciclopédia
do Sabetudo, nem outros recursos
faziam com que a gaivota conseguisse voar... Mais tarde, tiveram a ideia de
comunicar com um humano, contudo, estavam com algum receioque isso fosse
perigoso para eles!
O que terá acontecido?
Será que eles falaram com o humano?
Será que Ditosa vai conseguir
voar?
Leiam este livro fantástico e ficarão
maravilhados como eu. Posso dizer-vos que esta narrativa reforçou em mim o
sentimento da entreajuda,mesmo quando somos diferentes.
Texto de Luís
Maria Quaresma, nº18, 6ºA
Ilustração de Eva Pinto, 11ºE
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Uma
obra-prima portuguesa
O livro O
Cavaleiro da Dinamarca é uma narrativa capaz de encantar qualquer pessoa
com a sua linda história sobre a peregrinação de um Cavaleiro à Terra Santa.
Este livro é, sem dúvida, uma das melhores obras de
Sophia de Mello Breyner Andresen e, com certeza, um dos mais conhecidos da
autora. Esta história sobressai por ser original e, acima de tudo, muito
interessante.
Este conto pode dividir-se em seis partes, que são
as seguintes: a partida do Cavaleiro, a chegada à Terra Santa e os dias aí
passados, a estadia em Veneza, a passagem por Florença, a permanência em
Antuérpia e o regresso a casa.
A minha parte favorita desta obra é a história de
amor de Vanina e Guidobaldo, que acaba com um final feliz. Esta narrativa foi
contada ao Cavaleiro durante a sua passagem por Veneza.
Na minha opinião, este livro é dos maiores clássicos
da literatura portuguesa e deve ser lido por todos. É uma obra que perdura e
que ficará para sempre na História do nosso país. Espero que este livro continue
a maravilhar futuras gerações, tal como fez comigo.
Texto de João Nuno Freire
dos Santos, n.º 16, 9.º B
Ilustração de Carolina Ribeiro e Diana Barbosa, 8.ºB
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O
Caderno do Avô Heinrich
É com muito
prazer (o prazer proporcionado pela partilha de leituras) que venho falar do
livro O Caderno do Avô Heinrich, de Maria da Conceição Dinis Tomé,
merecedor do Prémio Literário Maria Rosa
Colaço Literatura Juvenil 2012, atribuído
pela Câmara Municipal de Almada.
O livro
fala-nos de um caderno de recordações (praticamente um diário) que nos
apresenta a vida de um menino chamado Heinrich. Surgem dois narradores: um
principal, Heinrich, e outro que aparece apenas no epílogo do livro, Henrique,
neto do narrador principal.
A história
desenvolve-se durante a II Guerra Mundial, numa altura em que as forças alemãs,
lideradas por Hitler, dominavam a Europa e defendiam a superioridade da raça
ariana (alemã), sendo considerada a única raça pura. Havia raças que nem sequer
eram consideradas humanas: os judeus e os ciganos. Devo referir que Hitler
também exterminou testemunhas de Jeová, presos políticos, pessoas portadoras de
deficiência e homossexuais.
Heinrich viveu
a sua infância na Alemanha na companhia dos seus pais. Antes do início da
guerra, assistiu ao crescimento da doutrina nazi: destruição das lojas dos
judeus (“noite de cristal”), destruição das igrejas judaicas (sinagogas) e
queima de livros cujos autores eram considerados inimigos do regime nazi. O pai
era livreiro, e desde muito cedo o rapaz cresceu e até aprendeu a ler numa
livraria.
Desgostosos e
assustados com o crescimento do regime nazi, os pais de Heinrich mudaram-se
para a Polónia, mais concretamente para Varsóvia. A mudança, no início, foi
difícil: o pai teve de ir varrer as ruas de Varsóvia e Heinrich não tinha
amigos. Apesar destas dificuldades, o pai de Heinrich teve sempre preocupações
culturais com o filho, de tal modo que lhe proporcionou o estudo de música. Foi
aí que conheceu um talentoso rapaz violinista chamado Józef. Este era judeu e
tornou-se o único e inseparável amigo de Heinrich.
Um dia os
soldados alemães invadiram Varsóvia e passaram a dominar a cidade. Então, os judeus
foram separados dos restantes habitantes e passaram a viver no gueto de
Varsóvia. Aliás, em muitas cidades do centro e do norte da Europa, durante a
guerra, os judeus foram apartados do resto da população. Posso dizer-vos que a
palavra “gueto” teve a sua origem, no século XVI, em Veneza, atual cidade
italiana onde, pela primeira vez, os judeus foram separados.
A vida de Józef
e da sua família era muito difícil dentro do gueto: passavam frio e fome. O
rapaz judeu conseguia escapar do gueto e vinha pedir comida ao seu amigo
Heinrich. Então, todas as segundas-feiras, Heinrich passou a encontrar-se com
Jozef e entregava-lhe um saco de pão com geleia. Este procedimento continuou
durante algum tempo. Só que um dia Józef não compareceu. Passaram semanas e o
pequeno judeu não dava sinal de vida.
Preocupado,
Heinrich encheu-se de coragem e entrou no gueto.
O que teria acontecido a Józef? Será que Heinrich
encontrou Józef? Leiam o livro e descubram as respostas!...
Ah, também gostaria
de partilhar convosco uma das partes do livro de que mais gostei e que expressa
uma opinião de Heinrich sobre os livros. Dizia ele: Nesses dias, sempre soube que um livro é o melhor refúgio. Como um colo
quente ou um chocolate acabado de fazer. Ou o aroma do pão a sair do forno. E
que, dentro de um livro, encontraremos sempre liberdade. (pag.76).
Texto de Simão José Martins, nº 35, 6º A
Ilustração de Leonor Oliveira, n.º 25, 12ºF2
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Vida roubada
O Diário, de Anne Frank, é um dos livros mais conhecidos sobre a 2.ª guerra mundial. É uma obra diferente das outras uma vez que foi escrita por uma menina de 12 anos que se chamava Anne Frank.
Esta menina era judia e viveu escondida num anexo com a sua família, o pai, a mãe e a irmã, e com outra família constituída por um casal e pelo seu filho.
O livro está dividido em duas partes. A primeira refere-se ao tempo em que Anne era livre e retrata as diferenças que havia entre os Judeus e os Alemães, como, por exemplo, os Judeus não tinham direito a divertirem-se, não podiam ter bicicletas, ir ao cinema, andar na rua de noite. A segunda já é vivida no anexo, onde Anne passa para o papel todos os seus desabafos, angústias, o medo sempre presente de ser apanhada e as discussões com a sua família.
Existem semelhanças entre este livro e outros como O mundo em que vivi e O rapaz do pijama às riscas, uma vez que, em todos eles, os protagonistas são adolescentes a viver no tempo da 2.ª guerra mundial.
É um texto que todos os adolescentes deviam ler para verem o quanto a vida pode ser difícil e pararem de se queixar de coisas mínimas.
Texto de Soraia Pereira, n.º 30, 9.º B
Ilustração de Eva Pinto do 12.º F2
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Ismael e Chopin, de Miguel de Sousa Tavares.
Ismael e Chopin é um texto encantador da autoria de Miguel de Sousa Tavares. Esta narrativa, com ilustrações de Fernanda Fragateiro, fala-nos de um casal de coelhos com uma prole de cinquenta e três filhos. O pai chamava-se Maltese e era o coelho mais esperto e respeitado do bosque. Maltese escolhera Ismael, o seu filho número 29, para ser seu companheiro, seu discípulo. Este aprendeu imenso com o seu pai: a sobreviver no bosque, a arranjar alimento nas quatro estações do ano, a encontrar água em tempo de secas, a evitar animais, a estar atento aos múltiplos perigos e muitas outras coisas de grande utilidade para a vida.
No bosque, havia uma casa muito velha onde vivia Luísa e o seu cão Argos. Em determinada altura, Luísa recebera um hóspede muito doente, vindo da Polónia, cujo nome era Fréderic Chopin, um pianista muito famoso. Certo dia, Ismael ouviu um som maravilhoso, ora alegre ora triste, vindo dessa casa velha. Admirado, chamou o seu pai e este explicou-lhe que esse som era música que só os humanos conseguiam fazer e que não era parecido com nenhum som da Natureza. Era algo maravilhoso, nada se lhe comparava! Fascinado, Ismael passou a escutar todos os dias aquela melodia e ia-se aproximando cada vez mais, até que um dia entrou dentro de casa e encostou-se ao piano onde Chopin se encontrava a tocar. Entretanto, surgiu uma ventania muito forte que fechou subitamente todas as portas. Ismael assustou-se e deu um salto tão grande que foi parar ao meio da sala. Chopin viu finalmente o coelho e ficou surpreendido.
O que aconteceu a partir deste momento foi deslumbrante e comovente, mas não vou revelar…
Qual será o desfecho desta história fascinante? Lanço-vos o desafio de o desvendarem!
Texto de Joana Santos Monteiro, nº 16, 6º A
Ilustração de Leonor Oliveira, 12º F2
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O romance A culpa é das estrelas, da autoria de John Green e publicado em
2013 pela editora Asa, é um dos melhores livros que eu já li em toda a minha
vida.
A história centra-se em dois jovens,
Hazel e Augustus, que se conhecem num grupo para jovens doentes. Depois deste
acontecimento muitos outros os uniram, até que se apaixonam. É claro que, com
este enredo que tanto prende as pessoas, o autor conseguiu atingir o seu
objetivo: comover todos aqueles que se aventurassem a entrar no livro.
John Green delicia os leitores com cada
palavra e faz-nos desejar por mais e mais. A sua escrita é simplesmente
maravilhosa, tornando o romance absolutamente especial e distinto de muitos
outros. Todo ele nos mostra como é viver com cancro, uma realidade agora muito
frequente nas nossas vidas.
Esta outra perspetiva (olhar a realidade
através da doença) obriga-nos a pensar que a vida é curta e que temos de a
aproveitar. Como tal, todos deveriam mergulhar nesta bela história de amor e
aprender esta grande lição de vida.
Texto de Catarina Ferreira
Guedes, n.º 4, 9.º B
Ilustação de Micael Ribeiro, n.º 19, 11.º E
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2016-2017
Galileu Galilei
Chamo-me…
Galileu Galilei, escrito por
Guilherme de Almeida, dá-nos a conhecer um pouco da via deste homem notável que
se distinguiu nas áreas de física, matemática, astronomia e filosofia.
Galileu nasceu na cidade de Pisa, em Itália,
em 1564. Os seus pais não eram muito ricos, mas provenientes
de famílias nobres.
Desde muito cedo, Galileu manifestou
aptidões para a matemática e para a mecânica, mas o seu pai queria que ele
fosse médico. Então, aos 17 anos, seguindo a vontade do seu pai, entrou para a
Universidade de Pisa, onde ganhou a alcunha de “rebelde” ou “brigão”, pois discutia seriamente as teorias
com toda a gente.
Conta-se que, num dia em que assistia à
missa, observou um candelabro que oscilava lentamente e mediu a oscilação pelo
seu batimento cardíaco. Continuou a investigar e descobriu que o tempo de
oscilação não tinha a ver com o comprimento do fio onde estava pendurado, mas
sim com o tamanho do pêndulo. Os pêndulos de maior comprimento demoravam mais
tempo para completar a oscilação. Assim, propôs que se usassem pêndulos para
medir o tempo. Um amigo seu, seguindo o seu conselho, aplicou isso para medição
do batimento cardíaco, para uso médico.
A ideia de ser médico nunca lhe agradou,
mas percebeu que o seu pai só queria o melhor para ele, pois um médico ganhava
muito mais dinheiro que um matemático.
Galileu começou a ficar preocupado, pois
não sabia como dizer ao pai que não queria ser médico. Foi então que teve a brilhante
ideia de convidar um ilustre professor de matemática, Ostillio Ricci, para
convencer o seu pai. Este ainda resistiu, mas acabou por ceder. Começava assim
a brilhante carreira de Galileu.
Como no seu tempo se acreditava no sistema
geocêntrico, que era o sistema da Terra, era expressamente proibido dizer-se
que a Terra se movimentava, contudo Galileu tinha opinião contrária.
Galileu era professor na universidade de
Pisa, mas começou a ter muitas dívidas. Então mudou-se para Pádua, onde começou
a fazer experiências, uma das quais consistia em deixar cair duas bolas ao
mesmo tempo, da mesma altura, só que uma era grande e outra mais pequena. As
pessoas pensavam que a bola mais pesada chegaria muito mais depressa ao chão,
mas, na verdade, chegava apenas com um ligeiro avanço.
Certo dia, chegou-lhe a notícia de que
tinham inventado um novo aparelho, um telescópio. Ele aperfeiçoou-o e vendeu-o,
além disso, também foi a primeira pessoa a perceber que o telescópio precisava
de um apoio. Assim podia provar que a teoria heliocêntrica era verdade. Mas
havia um problema: a Igreja, que naquela altura era a chefe máxima, não
aceitava essa teoria.
O Grão-Duque da Toscânia convidou-o para
ser o seu filósofo e matemático e, em julho, mudou-se para Florença para
desempenhar o seu novo cargo. Foi aí que fez bastantes investigações. Lançou,
então, um livro que lhe deu problemas e que, mais tarde, foi proibido, mas já
havia milhares de exemplares. Foi julgado e condenado a prisão perpétua, sendo
proibido de defender a teoria heliocêntrica.
Conta-se que, ao sair do tribunal, ele disse: “Eppur si muove”, ou seja,
“E no entanto (a Terra) move-se”.
O que terá acontecido a Galileu?
Será que foi condenado à morte?
Texto de Mariana Leite, nº 13, 5ºE
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.ºE
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O Menino Estrela
É com muito prazer (o prazer que só a
leitura nos pode dar) que venho falar do livro O Menino Estrela, do autor irlandês Oscar Wilde. Este escritor, muito
reconhecido em todo o mundo, nasceu em Dublin, capital da Irlanda, tendo morrido
em Paris. Wilde escreveu peças de teatro, romances, novelas e contos para crianças.
Destes contos, destaco O Gigante Egoísta
e O Menino Estrela. A nossa
professora de Português sugeriu-me este último título. Fiquei logo atraído e
senti-me muito curioso. A ilustração da capa também me seduziu.
Conta a narrativa que dois lenhadores,
quando regressavam do trabalho pela neve densa, numa noite fria de inverno,
viram passar uma estrela cadente. Com a esperança de encontrarem um pote de
ouro, aproximaram-se do local onde lhes parecia ter caído a estrela, mas
depararam com uma criança envolvida numa manta de ouro, decorada com pequenas
estrelas. Um deles, apesar de ser muito pobre, decidiu levar a criança para sua
casa e cuidar dela. O menino foi crescendo muito bonito e saudável, mas cada
vez mais vaidoso e cruel.
Um dia, apareceu uma mendiga que revelou ao
menino ser a sua verdadeira mãe, porém ele não acreditou e negou-a, chamando-a
feia e esfarrapada. Ao rejeitar a sua mãe, o menino começou a ter uma aparência
horrível e todos o desprezaram. Arrependido, decidiu ir procurá-la. O menino prometeu
a si próprio que não descansaria enquanto não a encontrasse. E assim começou a
sua aventura. Enfrentou muitos desafios e…
Será que o menino estrela chegou a
encontrar a sua mãe?
Aconselho a leitura deste conto, porque nos
faz refletir e procurar ser melhores pessoas neste mundo.
Texto de Simão José Moreira Martins, nº 26,
5ºE
Ilustração de Anabela Santos, n.º 21, 12.ºE
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A minha primeira Sophia
A minha primeira Sophia dá-nos a conhecer
um pouco da história de vida de uma grande escritora portuguesa do século XX.
Diz-nos este livro que há muitos anos, em
1826, nasceu na Dinamarca, um país do norte da Europa, com invernos escuros e
frios e florestas de pinheiros e bétulas, um menino a quem puseram o nome de
Jan Henrik Andresen. Este menino era forte e corajoso e sonhava ser capitão de
um navio. Também queria ver locais mais quentes onde o sol brilhasse e decidiu partir.
Então, um dia alistou-se num barco e viajou para sul até chegar à cidade do
Porto. Jan gostou desta cidade, com casas velhas de granito, e do rio Douro.
Lá, casou com uma jovem portuguesa e enriqueceu, mas sentia muitas saudades da
Dinamarca.
Com o tempo, a família Andresen foi
crescendo. Primeiro, vieram os filhos, depois, os netos e um deles, que também
se chamava João Henrique, casou com Maria Amélia de Mello Breyner, em 1918.
Passado um ano, nasceu, na cidade do Porto, Sophia de Mello Breyner Andresen.
Como o nome era muito extenso, passaram a chamá-la, apenas, Sophia. Ela
pertencia a uma família nobre, mas que sabia que a verdadeira nobreza está no
caráter. Sophia cresceu no Porto, numa grande casa, inserida numa quinta onde
havia muitas árvores e jardins. Ela gostava de jardins onde, desde pequena,
aprendeu a amar a natureza. A quinta situava-se num lugar chamado “Campo
Alegre”, hoje transformado no Jardim Botânico do Porto. A mãe de Sophia passava
muito tempo a ler e a filha adorava ouvir histórias e poemas. Era uma criança
muito curiosa e observadora, mas também muito sonhadora e com uma imaginação
fértil. Lia muito e adorava escrever.
A menina cresceu e, em 1946, casou
com Francisco de Sousa Tavares, um brilhante advogado de quem teve cinco
filhos. Começou a escrever histórias para crianças quando os seus filhos
tiveram sarampo e ficaram de cama.
Durante as férias de verão, Sophia
costumava ir com toda a família para a Granja, uma praia que fica perto do
Porto. Mais tarde, numa carta escrita a Miguel Torga, Sophia escreveu: “A
Granja é o sítio do mundo de que mais gosto.”. Sophia sentia-se fascinada pelo
mar, deixando transparecer isso na sua escrita.
Contei alguns aspetos referentes à vida
desta grande escritora, contudo, o livro conta-nos outros muito interessantes e
que nos ajudam a compreender melhor a sua obra. Recomendo a sua leitura.
Texto de Laura Filipa Ferreira Guedes, nº 12, 5ºE
Ilustração de João Paradela, n.º 27, 12.ºE
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Histórias da Terra e do
Mar
O livro Histórias da Terra e do Mar,
escrito por Sophia da Melo Breyner Andersen, uma das mais conceituadas
escritoras portuguesas do século XX, é composto por cinco histórias: A Gata Borralheira, Silêncio, Casa do Mar,
Saga e Vila d` Arcos. Gostei de todas as narrativas, mas vou concentrar-me na
da Gata Borralheira, porque é um
conto de fadas realistas que possui um final infeliz.
Este texto fala-nos do primeiro baile
de uma jovem rapariga chamada Lúcia. Na primeira noite de junho, esta jovem foi
a um baile, numa mansão cor-de-rosa, com a sua tia-madrinha. Mas, como se
apresentou com um horroroso vestido lilás e uns sapatos azuis rotos e velhos,
foi colocada de parte por todos, durante a festa, sentindo-se ridicularizada.
Então, durante a noite, ela olhou-se no
espelho e sentiu-se profundamente triste. Entretanto encontrou uma outra
rapariga misteriosa, que lhe fez ver que os espelhos são como as pessoas más,
não dizem a verdade. Mais tarde, um rapaz dançou com ela e, também um tanto
misterioso, disse-lhe que noites como aquelas escondiam uma angústia por entre
os brilhos, cores e perfumes… Durante a dança, um dos sapatos velhos caiu-lhe
do pé!
Passados vinte anos, ela voltou à tal
mansão, agora rica, bonita e poderosa. Tinha mesmo mudado a sua vida! Para
relembrar o seu passado, Lúcia dirigiu-se à sala de espelhos, onde, como que
por magia, a imagem refletida não era a do seu novo vestido, mas sim a do
antigo, lilás. Neste momento de pavor, entrou um homem na sala, dizendo ser o
“outro caminho”. O caminho que ela não escolhera há vinte anos atrás. E, como
pagamento, queria o seu sapato do pé esquerdo que, agora, estava forrado de
diamantes e, em troca, ele entregava-lhe o antigo sapato roto. Como ela não se
conseguiu mover, ele trocou os sapatos.
Na manhã seguinte, Lúcia foi encontrada
morta na mesma sala. Nunca houve explicação para o facto de se encontrar um
sapato roto no seu pé esquerdo.
A história tem, assim, um final
misterioso e impossível de desvendar, ficando toda a gente sem saber por que
razão ela morreu, mas pensa-se ter morrido de ataque cardíaco.
Assim, recomendo a todos a leitura deste
livro, pois tem várias histórias interessantes, cada uma com um final sempre
inesperado.
Texto de Rodrigo Marques nº. 16 5º.E
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.º E
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A Bela e o Monstro é um livro da autoria de Jeanne-Marie Leprince de Beaumont, que
nos transporta para o mundo da fantasia. Narra-nos a história de um comerciante
muito rico que tinha seis filhos: três rapazes e três raparigas. A sua filha
mais nova chamava-se Bela e gostava de ler bons livros. As irmãs mais velhas
eram orgulhosas, por serem ricas, arrogantes e só queriam casar com homens
famosos. E eram tão maléficas que passavam a maior parte do tempo a gozar com a
irmã.
Um dia, o pai foi
à falência e só lhe restou uma casa no campo, que ficava muito longe da cidade.
Bela era a primeira a acordar, preparava o almoço e, depois de fazer todas as
suas lides domésticas, ia ler, tocar ou até cantar enquanto fiava.
Assim se passou
um ano em que a família vivia em paz. Um dia, o comerciante recebeu uma carta a
dizer que as suas mercadorias vinham num navio que lhe pertencia. Quando viram
o pai partir, as filhas mais velhas pediram-lhe muitas coisas; Bela pediu,
apenas, uma rosa.
O homem partiu,
teve de enfrentar um longo caminho e perdeu-se. Durante o percurso foi perdendo,
também, as suas mercadorias e ficando cada vez mais pobre.
Certa noite, estava
a nevar, havia um vento horrível e o pobre homem pensava que ia morrer de frio,
de fome ou que os lobos que estavam a uivar à sua volta o iam comer. Estava
tudo escuro, até que, de repente, avistou luzes minúsculas e foi atraído para
esse lugar. Quando chegou perto, deparou-se com um magnífico castelo cheio de
lindos jardins floridos. Entrou e, lá dentro, havia uma sala cheia de comida na
mesa e uma lareira acesa. Comeu, sentou-se ao lume e acabou por adormecer.
Assim que acordou, foi ver se havia mais comida na mesa e se já não nevava lá
fora. Então, foi ao jardim colher uma rosa para a sua filha Bela, mas,
subitamente, apareceu um grande e horrível monstro, tremendamente zangado,
afirmando que, depois de lhe ter dado hospedagem e comida, ele ainda se atrevia
a roubar as suas rosas favoritas. O homem, cheio de medo, argumentou que a rosa
era para uma das suas filhas. O monstro, ao saber que o homem tinha filhas,
sugeriu que trocasse a vida dele por uma das filhas.
O que será que
aconteceu? Será que o homem trocou a sua vida pelas filhas?
Texto de Ana David Magno, nº3, 5ºA
Ilustração de Patrícia Santos, n.º 29, 12.º E
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O Segredo do Rio
O Segredo do Rio, de Miguel de Sousa
Tavares, encerra uma narrativa encantadora cuja ação se desenrola em torno de
um rapaz que morava numa pequena e acolhedora casa no campo, à volta da qual
existia um pomar e um ribeiro, onde o rapaz aprendera a nadar desde muito novo.
Esse braço do rio alargava-se e formava um lago, mesmo em frente da casa. Era o
sítio predileto do menino e lá passava todos os dias de verão, a tomar banho ou
estendido na areia a observar as estrelas do céu.
Certo dia, o rapaz estava a fazer uma
construção com pedras e ramos de árvores, quando, de repente, ouviu um barulho
nas águas do ribeiro atrás de si. Voltou-se repentinamente e viu um enorme
peixe que dava um salto imenso fora de água. O rapaz ficou simultaneamente
assustado e admirado, porque nunca tinha visto um peixe a dar um salto tão
grande. Ficou especado a olhar para a água e viu claramente um peixe que nadava
de um lado para o outro como se fosse o dono do ribeiro. Subitamente, o peixe
subiu à tona da água e, com um sorriso na boca, começou a fazer perguntas ao
rapaz. Como é óbvio, este ficou assombrado, mas, ao longo da conversa, foi
ficando menos assustado.
O tempo ia passando, os encontros
repetiam-se e o rapaz e o peixe construíram uma grande amizade.
O verão chegou, os dias tornaram-se muito
quentes e, como não chovia, o prolongado período de seca ameaçava as culturas.
Os pais do rapaz receavam que não houvesse alimentos para darem ao filho e foi
o que aconteceu. Tremendamente preocupados, os pais tentavam arranjar uma
solução para o problema, até que a mãe se lembrou de ter visto uma grande
carpa, no ribeiro. Então, decidiram apanhar o peixe, para comerem. O rapaz
ouviu a conversa e ficou em estado de choque. Imediatamente, correu até à margem
do ribeiro para contar ao peixe a decisão de seus pais e para o avisar que
teria de fugir sem demora.
As despedidas foram longas e dolorosas e,
logo que acabaram, o peixe foi-se embora e o rapaz regressou a casa e enfiou-se
na cama a chorar durante muito tempo.
A história não acaba aqui, muitos
episódios interessantes vão ainda acontecer, mas deixo-vos o desafio de os
descobrirem, lendo este livro maravilhoso.
Texto de Fabrícia Silva, nº 11, 5ºA
Ilustração de Mariana Teixeira, n.º 28, 12.º E
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Olimpo - Diário de uma
deusa adolescente
Teresa Buongiorno
Olimpo - Diário de uma
deusa adolescente é
o título de um livro da autoria de Teresa Buongiorno que nos faz viajar até ao
tempo dos deuses gregos.
Este livro está escrito sob a forma de um diário, como o
próprio título diz. A personagem principal e autora do diário é Hebe, uma jovem
deusa de olhos escuros e cabelo preto.
Hebe relata-nos alguns momentos marcantes da sua vida, por
exemplo, a ocasião em que Zeus foi preso e o trabalho dela a distribuir
ambrósia, a bebida dos deuses do Olimpo.
Apesar de gostar da vida no Olimpo, da sua família e do seu
trabalho, Hebe não era feliz. É que ela era uma jovem diferente que tinha um
poder especial: podia ficar jovem para sempre. Hebe não encarava este poder
como sorte, porque via os irmãos crescerem, casarem-se e terem filhos, enquanto
ela ia ficar adolescente para sempre.
O que mais apreciei neste livro foi o facto de ele narrar uma
relação amorosa entre Hebe e Herácles, um jovem destemido que aceitou submeter-se
ao ritual da imortalidade, ou seja, beber o leite sagrado de Hera para ficar
imortal.
Eu aconselho este livro a todos os que gostariam de ficar a
saber mais sobre os deuses do Olimpo.
Texto de Sofia Nogueira, n.º 21, 8.º F
Ilustração de João Paradela, n.º 27, 12.º E
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As Joias Escondidas da
Princesa Poppy
Li e gostei do livro As Joias
Escondidas da Princesa Poppy, da autoria de Janey Louise Jones. A
narrativa tem, como personagem principal, Mel, que está em delírio com a
chegada da mãe e do pai, vindos para passarem um mês inteiro na Colina do “Pote
de Mel”. Os primeiros dias de férias decorreram num ambiente encantador, com
passeios de bicicleta e lanches deliciosos na casa de chá «As Abelhas».
Certa noite, quando Mel já estava deitada na sua cama, ouviu
uma conversa entre o pai e a mãe, em que o seu pai se queixava que já estava farto
da vida do campo, que tinha saudades da agitação de Los Angeles e de estar
sempre ocupado. Mel, ao ouvir aquilo, tapou os ouvidos com a almofada,
amargurada com a ideia da partida dos pais. Na manhã seguinte, Poppy e Mel levaram
os pais desta a visitar o Palácio «Espiga de Milho», onde ouviram falar de uma
lenda relacionada com uma princesa que vivera aprisionada durante muitos
séculos e do mistério das joias escondidas. Nessa visita, eles tentaram saber
tudo sobre essa princesa e o mistério que a envolvia,
através dos guias e dos livros mais antigos que havia no castelo. Com a ajuda
de um guia que já conhecia o Palácio de uma ponta à outra, procuraram desvendar
o mistério.
Debaixo de subterrâneos, encontraram muitas celas, armaduras
de cavaleiros e uma igreja. Dizia-se que era a igreja onde a princesa rezava
para que o seu amado voltasse da guerra. Todos eles olhavam para os cantos e
recantos da igreja, para verificarem se viam alguma coisa importante, até que a
Poppy descobriu uma gaveta debaixo do banco onde a princesa se sentava.
Ansiosa, abriu-a e, lá dentro, encontrava-se um papel que dizia...
Será que encontraram as joias? O pai
de Mel teria mudado de ideias relativamente à vida no campo?
Texto de Maria Alexandra Duarte Lachado, nº 21, 5º A
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.º E
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O Planeta Branco
Planeta Branco, de Miguel Sousa Tavares, fala-nos
de dois homens e uma mulher cujos nomes são Lucas, Baltazar e Lydia. Estes três
amigos eram astronautas e esta história passou-se dentro da nave espacial Ítaca-3000.
Lucas, o chefe da operação, era quem dava
as ordens, mas, para saberem a rota e as coordenadas, eles mantinham contacto
com a base espacial de África, situada no deserto do Saara.
A missão dos astronautas era chegar ao
terceiro Sistema Solar, mais propriamente ao Planeta Orizon S-3, onde se
pensava existir água sob a forma de gelo calcinado. A passagem do primeiro
Sistema Solar para o segundo Sistema Solar correu bem. Contudo, na passagem
para o terceiro, eles desviaram-se da rota e perderam o sinal com a Terra. Pensaram,
então, que iam morrer e o chefe da operação deu aos amigos um comprimido para
dormirem. Baltazar começou a discutir, pois queria sentir a vida até ao último
segundo, mas acabaram por adormecer. Quando acordaram, estavam mais velhos,
pois tinham decorrido trinta anos. Tinham cabelos brancos e rugas na pele.
Passado algum tempo, receberam uma mensagem, leram-na, mas não sabiam de quem
era. A mensagem dizia o seguinte: “Bem-vindos ao Planeta Branco, não tenham
medo, desembarquem, a atmosfera é respirável.” Desembarcaram e viram um homem
vestido de branco, com cabelos pretos, compridos. Esse homem disse-lhes que era
o guardião do Planeta Branco e que recebia os mortos que vinham da Terra. Os
astronautas, assustados, perguntaram-lhe se eles também estavam mortos. Ele
informou que não, que tinham chegado lá por engano, porque os cálculos que
tinham feito para chegar ao planeta Orizon S-3 estavam errados. O guardião
elucidou que iriam ser enviados de volta à Terra e eles embarcaram para iniciar
uma longa viagem de regresso.
Será que se perderam novamente? Teriam
retomado o sinal com a Terra?
Leiam este livro cheio de aventuras e
episódios imprevisíveis.
Texto de Joana Pêgo dos Santos Monteiro, nº16, 5ºA
Ilustração de João Paradela, n.º 27, 12.º E
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O Rapaz e o Robô
O Rapaz e o robô, de Luísa Ducla Soares, apresenta-nos uma narrativa
surpreendente. A personagem principal é João, um menino que não gostava de
estudar. Certo dia, saiu da escola muito irritado, pois tinha tido mais uma
negativa a Matemática. Com a ira, chutou uma pedra que acertou na montra de uma
sapataria. Enquanto os colegas se riam, o lojista correu atrás dele e o João,
com o desespero, apanhou um autocarro sem saber qual o destino. O fim da
carreira foi junto a um largo. O rapaz deambulou por ali e, após algum tempo,
encontrou uma pasta cheia de dinheiro. Guardou-o e voltou para casa, sentindo-se
um milionário.
Entretanto, teve conhecimento do Dr. Inventino, decidiu ir
falar com ele e este apresentou-lhe uma ideia excelente para resolver todos os
seus problemas: um robô igual a ele. O inventor fez os moldes do corpo do rapaz
e gravou as suas memórias, recordações e ideias na memória do futuro robô. Em
breve, teria um irmão gémeo.
Passado algum tempo, João foi buscar a tão desejada encomenda
e ficou espantado, maravilhado… O robô parecia a sua imagem refletida no
espelho. A partir de então, iniciou o seu plano. O robô foi substituí-lo no
teste de matemática e foi um sucesso – teve excelente! Vieram, depois, outros
testes e repetiram-se as boas notas. Os pais andavam maravilhados e não se
cansavam de o elogiar. O robô substituía João na escola, no desporto, nos
jantares da tia Engrácia, até na conquista das raparigas… Era um êxito! O João até
começava a sentir alguns ciúmes, mas tinha, como compensação, a liberdade
total!
Chegou o dia do seu aniversário e a tia ofereceu-lhe um cão
como prémio da sua dedicação. Foi a melhor prenda que podia receber. Passou os
dias a passear, brincar e ensinar o cão. Até que chegou a um ponto que começou
a ter preguiça de ir passear o cão e aí voltou a recorrer ao robô. Contudo,
pela primeira vez, o robô não conseguiu substituir o João, pois o cão
recusava-se a acompanhá-lo.
O que teria acontecido em seguida? Adivinho a vossa
curiosidade, mas eu vou parar aqui…
Texto de Rafael Alexandre Esperanço, 5.º A
Ilustração de João Paradela, n.º 27, 12.º E
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A
Mãe Que Chovia
Este livro fala-nos de um menino a quem, desde pequenino, todos
diziam que era filho da chuva! O pequeno nunca acreditou muito nisso, porque
pensava que tinha uma mãe como todas as outras. Ele adorava a sua mãe. Ela
ajudava-o em quase tudo, brincava com ele, ajudava-o a adormecer, penteava-o…
Ser chuva era muito difícil,
era a única que no Mundo sabia chover e também tinha que fazer longas viagens a
países muito distantes. No verão, tinha que ir chover para muito longe e,
quando estava longe, sentia muitas saudades do seu querido filho. Em casa, o filho
também sentia muitas saudades dela. Assim que a mãe chegava, no outono, ia logo
a chover procurá-lo. Mas, quando o encontrava, o rapaz não tinha disposição e
não queria falar com a mãe. Isto aconteceu durante muitos anos até que um dia,
quando a mãe chegou no outono, o filho disse-lhe que já não acreditava nela. Nessa
noite, a mãe ficou tão triste que começou a nevar e esculpiu cuidadosamente um
boneco de neve para o filho. Este, quando acordou e viu o boneco de neve, ficou
muito contente.
No início do verão, o rapaz
pediu à mãe para não ir embora e ela satisfez o seu pedido. O verão procurou-a,
disse-lhe que tinha que tinha de cumprir as suas obrigações noutros lugares, mas
ela não quis ir. Então o verão foi chamar o vento e este empurrou-a para muito
longe.
No outono, quando a mãe regressou,
não encontrou o filho e resolveu chover a procurá-lo, mas não o encontrava em
lado nenhum.
De repente, a mãe sentiu uns
pés a atravessarem-na, era o seu filho…
O que será que aconteceu a seguir?
Se querem mesmo saber leiam o livro!
Texto de Rodrigo Medeiros Paiva, nº 17, 5ºE
Ilustração de Mariana Teixeira, n.º 28, 12.º E
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A fada Oriana
A
Fada Oriana, da autoria de Sophia de Mello Breyner Andresen, leva-nos a
viajar por um mundo maravilhoso. Escolhi este livro por me despertar o gosto
pela leitura, que tenho vindo a alimentar desde o tempo de criança, em que
ouvia contar histórias e contos pela minha família.
A narrativa
transporta-nos até ao reino da fantasia, onde existia uma fada chamada Oriana. Era
uma fada bondosa e linda, como todas as fadas boas. A função que lhe tinha sido
atribuída pela rainha das fadas era zelar por uma floresta. Ora, como ela era
uma fada muito empenhada, cuidava, com carinho, de toda a floresta: dos
animais, das plantas, das pessoas… Havia, porém, uma velhinha que vivia sozinha
e por quem Oriana tinha um carinho especial. Por isso, preocupava-se em
ajudá-la nalgumas das suas tarefas e, até, a carregar alguma lenha que a
velhinha ia vender à cidade. E tudo corria bem naquela floresta encantada. Infelizmente,
o infortúnio encarregou-se de mudar o rumo desta bela vida!
Um dia,
Oriana, ao passar à beira do rio, encontrou um peixe muito atormentado por
estar fora da água, que lhe pediu ajuda. Imediatamente, Oriana socorreu o pobre
animal, levando-o de volta para o seu habitat. Nesse instante, olhando para a
água, viu nela a sua imagem refletida e, então, reparou na sua extraordinária
beleza. Encantada, logo se deixou enfeitiçar pela vaidade e, tal foi o seu
encantamento que, esquecendo-se da sua missão, foi-se desleixando com o
cumprimento dos seus deveres. Também, o peixe que ela tinha salvado, dia após
dia, ia alimentando a vaidade de Oriana, fazendo com que ela, a pouco e pouco,
fosse abandonando a floresta. De vez em quando, ainda ia visitar a velhinha mas,
chegou mesmo um dia em que a esqueceu por completo. A rainha das fadas, ao
aperceber-se do abandono da floresta e de todo o mau comportamento de Oriana,
ficou tão zangada que, imediatamente, resolveu castigá-la, tirando-lhe as asas
e a varinha de condão. Oriana reconheceu o seu grande erro, ficou muito triste,
chorou, chorou, mas a rainha não a desculpou. Só lhe disse que lhe daria as
asas e a varinha de condão quando ela fizesse algo para as merecer.
Passado
algum tempo, vagueando triste e angustiada pela floresta, Oriana avistou ao
longe a velhinha, muito cansada e quase cega, a aproximar-se de um abismo.
Muito aflita, correu em seu socorro. Quando chegou à sua beira, a velhinha
estava prestes a cair no abismo e...
Será que a velhinha caiu no abismo? Ou Oriana
terá conseguido salvá-la? Acham que Oriana terá recuperado as suas asas e a varinha
de condão?
Se quiserem descobrir o final da história, leiam
o livro! Ficarão encantados.
Texto de Ana
Rita Borges Xavier, nº 4, 5º A
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.º E
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A Árvore
O livro A Árvore, de Sofia de
Mello Breyner Andersen, conta-nos dois contos tradicionais japoneses: “A Árvore”
e “O espelho ou o Retrato Vivo”. Na minha opinião, estes dois contos têm tanto
de bonito como de comovente.
O que me levou a escolher este
livro foi o seu título, porque eu adoraria ter uma casa na árvore.
O texto “A Árvore” fala-nos da
existência de uma árvore enorme com uma copa bela e frondosa. Os japoneses
gostavam muito dela porque podiam desfrutar da sua sombra, nas tardes de verão,
e sentir a brisa fresca. Mas a árvore cresceu tanto que metade da ilha onde ela
se encontrava ficou à sombra, as culturas deixaram de crescer, as ruas ficaram
muito sombrias e húmidas, o que originou um grave problema, pois as pessoas
estavam a ficar doentes.
Após várias conversações, chegaram
a um acordo: com imenso pesar, reconheceram que teriam de cortar a árvore e distribuir
a lenha pela população, para que cada um pudesse construir alguma coisa que
lembrasse a árvore.
O que será que eles fizeram para resolver
o problema?
Deixo-vos esta enigma para desvendarem,
pois a resposta é muito interessante.
A história seguinte fala-nos de
uma aldeia do Japão onde vivia uma família muito feliz, constituída por um
casal e uma filha pequenina tão semelhante à mãe que parecia o seu retrato
vivo.
Em determinada altura o pai,
negociante de chá, teve de ir a Quioto. Passados quatro meses, regressou a casa
trazendo várias prendas. Uma delas, para a sua esposa, era muito especial, um
espelho, um objeto completamente desconhecido naquela aldeia.
Os anos foram correndo e a mãe
adoeceu. Apesar do esforço do marido e dos médicos, não conseguiram
curá-la. Sabendo a gravidade do seu estado, a mãe conversou com a filha e
entregou-lhe uma caixa com o espelho, dizendo-lhe que, após a sua morte, continuaria
a vê-la.
Mas como é que isto seria
possível?
Texto de Tomás do Patrocínio Lázaro, nº 28, 5º A
Ilustrações de João Paradela, n.º 27, 12.ºE
e de Francisca Santos, n.º 24, 12.ºE
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O Rapaz de Bronze
O Rapaz de Bronze, de Sophia de Mello Breyner Andresen, transporta-nos
para um lugar encantado.
Tudo se passa num belo
jardim, com imensas flores, um enorme lago e, no centro, uma estátua de bronze
representando um menino, daí a origem do título - O Rapaz de Bronze.
A dona do jardim adorava
organizar festas e, para a sua decoração, utilizava sempre gladíolos, pois a
senhora achava aquela flor muito bela e rica. Os gladíolos consideravam-se
superiores às outras flores e plantas, pois eram os únicos que eram colhidos
para as festas da dona do jardim. Até que, um dia, a dona do jardim cansou-se
de gladíolos e ordenou ao seu jardineiro que colhesse outros tipos de flores
para as suas festas.
Um Gladíolo ficou muito
triste, inconsolável, pois o seu sonho era ser colhido, então, pediu ao Rapaz
de Bronze (que era o Rei da noite) para organizar uma festa. Primeiramente, o
Rapaz de Bronze não concordou com a ideia, pois festas eram só para humanos, opinava
ele, mas depois acabou por aceitar a sugestão devido à insistência do Gladíolo.
A festa começou a ser
organizada com todo o gosto e cuidado. Iria ser de noite e todas as flores,
plantas e árvores estavam convidadas. Realizar-se-ia no lago e a iluminação estaria
a cargo dos pirilampos. Procurava-se criar um ambiente belo, festivo, de sonho.
Contudo, existia uma jarra vazia, sem nada, e o Rapaz de Bronze não gostava de
a ver assim, tão desnudada. Então, o Gladíolo sugeriu que se colocasse lá uma
pessoa, pois, se nas festas dos humanos são colocadas flores nas jarras, nas
festas das flores, deveriam ser colocadas pessoas… A princípio, a sugestão
parecia muito estranha e despropositada, porém, depois de terem refletido sobre
o assunto, decidiram colocar Florinda, a filha do jardineiro, na jarra.
Uma pessoa a ornamentar uma
jarra?! Como terá sido a festa?
Se quiserem saber mais, leiam
este livro repleto de fantasia e de encanto!
Texto de Sofia Cardoso ,nº20, 5ºE
Ilustração de Mariana Teixeira, n.º28, 12.ºE
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Contos de Grimm
Os irmãos Grimm
escreveram estes contos no início do século XIX e, desde então, crianças e
adultos conhecem estas histórias, das quais fazem parte «O Capuchinho
Vermelho», «A Gata Borralheira”, “A Rosa Espinhosa» e «Rapúncia» ou «Rapunzel».
Das quinze histórias que fazem parte deste livro,
eu escolhi dois contos menos conhecidos para partilhar convosco: “Seis cisnes”
e “A Rainha das Abelhas”. O primeiro conta-nos que, certo dia, o rei estava a
caçar com ardor, quando se perdeu na floresta. Foi então que avistou uma mulher
que foi ter com ele, mas era uma bruxa. Ele pediu-lhe que lhe indicasse o
caminho, tendo esta acedido, mas sob uma condição: teria que casar com a sua
filha. Cheio de medo, concordou e levou-a para o palácio. No entanto, receava
que a madrasta tratasse mal os seus sete filhos, que amava do fundo do coração.
Por isso, levou-os para um palácio isolado na floresta, onde ia muitas vezes para
os visitar. A madrasta começou a reparar naquelas ausências e resolveu subornar
os criados para lhe revelarem o segredo. Eles contaram sobre o novelo mágico
que indicava ao rei o caminho para o palácio onde se encontrava com os seus
filhos. Então, a madrasta coseu camisas com um feitiço de bruxaria. E certo dia
em que o rei foi à caça, a bruxa foi para a floresta e o novelo indicou-lhe o
caminho. Os filhos do rei, exceto a sua única filha, ao repararem que alguém se
aproximava correram ao seu encontro. A rainha atirou-lhes as camisas e, quando estas
roçaram nos seus corpos, eles transformaram-se em seis cisnes.
O que terá acontecido? Será que eles ficaram
cisnes para sempre ou o rei e a sua filha conseguiram quebrar o feitiço?
O segundo conto, «A Rainha das Abelhas», leva-nos
até dois príncipes que partiram numa aventura e nunca mais regressaram a casa.
O seu irmão mais novo, cujo nome era Tolo, decidiu partir em busca dos irmãos.
Quando Tolo os encontrou, eles troçaram dele, dizendo-lhe que era demasiado ingénuo
para se dar bem no mundo.
Partiram juntos e, no caminho, encontraram um
formigueiro. Os príncipes queriam destrui-lo, mas Tolo não permitiu. Mais à frente,
encontraram um lago com muitos patos e os dois irmãos pretendiam assar um, mas Tolo
não consentiu. Mais além, deram com uma colmeia repleta de mel e queriam fazer
uma fogueira para asfixiar as abelhas, mas Tolo não deixou.
Finalmente, chegaram a um castelo, percorreram-no
e avistaram uma porta com três fechaduras e uma janelinha.
Que mistérios esconderia este castelo? Que iriam
eles encontrar?
Não deixem de ler estes e outros contos que fazem
parte deste livro fantástico.
Texto de Inês Marques Rebelo, Nº15, 5ºA
Ilustrações de Ivo Roberto, n.º 26, 12.ºE
e de Francisca Santos, n.º 24, 12.ºE
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O Alquimista
de Paulo Coelho
O Alquimista é a história de um rapaz que, ao contrário daquilo que
os pais queriam, decide tornar-se pastor, pois gostava de viajar.
O jovem sonha repetidamente com
um tesouro escondido nas pirâmides do Egito. Acatando o conselho de um velho
rei, o rapaz vende todas as suas ovelhas e parte para Tânger, seguindo o seu
sonho. A partir daí, no resto da viagem, o jovem defronta-se com os grandes
mistérios que acompanham o Homem desde o começo dos tempos.
Quando, por fim, chega às pirâmides,
descobre que o tesouro não é ouro nem pedras preciosas, mas sim tudo aquilo que
ele aprendeu na sua viagem.
O Alquimista é um livro simbólico, no qual Paulo Coelho transmite
aquilo que sabe a respeito da alquimia, cuja linguagem é dirigida ao coração, e
não à razão.
Este livro mostra-nos que devemos
seguir os nossos sonhos, sejam eles quais forem e independentemente do quão
difícil possa ser realizá-los, pois somos sempre recompensados quando tornamos
um sonho realidade.
Texto de Jorge Fonseca, n.º 12, 10.º A
Ilustração de Mariana Teixeira, n. 28, 12.º E
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A RAINHA DAS NEVES
Contos de Natal, de Hans Christian Andersen, é um conjunto de narrativas maravilhosas,
contudo, o conto que mais me fascinou foi A Rainha das Neves. Este texto retrata
a história de um maldoso diabo que tinha fabricado um espelho muito especial,
pois conseguia modificar, de uma forma maléfica, tudo o que nele refletisse.
Depois do espelho ter percorrido toda a Terra, o diabo tentou
levá-lo ao reino dos céus, onde se partiu em mil pedacinhos que caíram dos céus
como a neve e a chuva, transformando os corações das pessoas que por eles
fossem atingidos em autênticos blocos de gelo. Foi o que aconteceu, certo dia,
ao pequeno Kay, que vivia numa grande cidade, juntamente com a sua avó e a sua
amiga inseparável, Gerda. Kay, depois de ter sido atingido por um pedacinho do
espelho, tornou-se arrogante, grosseiro e insensível. Com o passar dos
dias, ele estava cada vez mais indiferente com a sua amiga, chegando mesmo a
fazer troça dela.
Num dia de Inverno, quando Kay brincava na praça com o seu trenó,
apareceu um outro, muito grandioso, o da bela e gélida Rainha das Neves. O
rapaz amarrou o seu trenó a este e deixou-se arrastar, pensando que o passeio
iria ser divertido. Quando tentou soltar-se, não conseguiu e a rainha beijou-o
para ele esquecer Gerda. Esta, ao ver que Kay não regressava, ficou disposta a
viajar até ao fim do mundo para o encontrar. A procura não foi fácil, pois teve
de quebrar o feitiço que uma velha senhora lhe fizera, de modo a que ele
ficasse no seu jardim. Mais tarde, entrou num palácio com a ajuda de duas gralhas,
onde apenas encontrou um príncipe. Por fim, chegou à Lapónia e encontrou o
palácio gelado da soberana Rainha das Neves.
Quem quiser saber como foi o reencontro de Kay e Gerda,
deverão ler o livro e digo, desde já, que o reencontro é bastante empolgante.
Texto de Guilherme
Filipe Silva Gonçalves, 5º A
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.ºE
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Li e gostei do livro A
Floresta, de Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes
escritoras portuguesas do século XX e a primeira mulher portuguesa a receber o
mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões.
Este
livro apresenta-nos uma história que se desenrola à volta de uma menina,
chamada Isabel, que vivia numa quinta grande e bonita. Lá dentro, havia muitos
arvoredos antigos, fontes, jardins, lagos, pomares e um grande pinhal. Isabel
era uma menina de onze anos, por isso todos os dias tinha que ir para a escola,
mas, à tarde, quando regressava a casa, ia logo brincar para a quinta. Ela
adorava anões e passava muito tempo a pensar neles. Perguntava a muita gente se
eles existiam, mas todos lhe davam uma resposta negativa. Por isso,
convenceu-se que os anões não existiam!
Num sábado à tarde do mês de outubro, como
não tinha aulas, mal acabou de almoçar, dirigiu-se a um bosque perto de casa.
Olhou para um tronco escuro e pensou que seria um bom local para moradia de
anões. Então, resolveu construir lá uma casinha de paus e musgo para estas criaturas.
Após alguns dias, num feriado, Isabel levantou-se e foi ao bosque ver como
estava a casa. Mal abriu a porta, deparou com um anão a dormir. Ficou
maravilhada com o que viu e ficou a admirá-lo, ainda incrédula. Quando ele
acordou, ficou assustado e irritado e quis fugir. O anão era mesmo real, não
havia dúvidas: tinha um fato verde, botas e gorro. Fizeram um pacto e
tornaram-se grandes amigos.
Todos os dias, quando Isabel chegava ao
bosque, ia logo ter com o anão, gostava de conversar com ele, pois era muito
esperto e contava muitas histórias. Afinal, já tinha centenas de anos…
Passado um ano, o anão decidiu contar à
Isabel o seu grande segredo, ele já tinha confiança nela! Querem saber qual o
segredo? Pois, não conto… Para descobrirem, leiam o livro!
Só quero acrescentar que, para além da
história, que achei maravilhosa, também apreciei a ideia de que devemos
acreditar nos nossos sonhos e não desistir deles.
Texto de Rodrigo Medeiros Paiva, nº 17, 5º E
Ilustração de Mariana Teixeira, n.º 28, 12.º E
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Promontório da Lua
de Alice Vieira
Recentemente, aventurei-me a ler
a obra Promontório da Lua, escrita
por Alice Vieira e publicada pela Editora Caminho.
Esta história é narrada por uma
palmeira que vivia no meio de um quintal em Cascais, já há muitas centenas de
anos.
Durante o tempo em que esteve
naquele local, presenciou vários momentos importantes da História de Portugal,
tendo visto fomes, pestes, luxo, miséria, conquistas, esperanças, derrotas…
Para além disso, sobreviveu a
catástrofes, nas quais viu morrer pessoas que conhecia e que por ali passavam.
Conta também que, em toda a sua
vida, só tinha havido uma pessoa que compreendia a sua “voz vegetal”: o seu
amigo Mohamede, que a trouxera de África e ali a plantara.
Certo dia, a palmeira ouviu dizer
que iam construir uma nova estrada, que passava precisamente naquele sítio, o
que implicava que a cortassem.
Gostei muito de conhecer a vida
desta palmeira, que viveu centenas de anos naquele quintal, com o mar à sua
frente, e que, agora, ansiava que a sua alma de árvore voasse do seu tronco e
ficasse para sempre deitada no Promontório da Lua, onde ela pensava que o mundo
acabava.
Sem dúvida que recomendo a
leitura desta obra, principalmente a quem gosta de História, pois é um livro
fácil e interessante.
Mais uma vez, esta escritora está
de parabéns, por esta fantástica história.
Texto de Ana Isabel Neves, n.º 1, 8.º B
Ilustração de Eduarda Guerra, n.º 23, 12.º E
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Recentemente li o livro Lendas Portuguesas, um conjunto de
lendas recolhidas por Fernanda Frazão. Este tipo de narrativas fascina-me, pois
misturam de tal forma o real com a ficção que, muitas vezes, se torna difícil
ou mesmo impossível identificar o que faz parte da realidade ou do imaginário.
Achei todas as lendas deste livro muito interessante, mas há uma que recordo de
modo especial.
Conta-nos essa lenda que,
há muitos anos, existiu uma mulher corpulenta e viva, chamada Brites de
Almeida. Nascida em Faro, de uma família pobre e humilde, esta mulher era tão
feia e matulona que chegou a fazer-se passar por homem. Desde a infância que se
revelou desordeira e destemida, envolvendo-se frequentemente à pancada com a
miudagem.
Já adulta, Brites andou por
várias localidades e conviveu com vagabundos, almocreves, soldados, frades,
pedintes… Aprendeu a esgrimir e a manejar as armas e adquiriu uma vasta fama de
valentona.
Certo dia, um soldado
propôs-lhe casamento, contudo, ela, antes de tomar uma decisão, impôs-lhe uma
condição: um combate entre ambos. Brites ganhou esse combate e o soldado ficou
muito ferido, acabando por morrer. A partir desta morte, Brites fugiu para
Espanha, com medo da justiça. Porém, na viagem de barco, foi capturada e vendida
como escrava. Depois de muito trabalho, conseguiu fugir com a ajuda de outros
dois escravos portugueses. No regresso, houve uma tempestade e ela veio parar à
praia da Ericeira. Como era procurada pela justiça, para evitar ser apanhada,
cortou o cabelo, disfarçou-se de homem e refez a sua vida exercendo o ofício de
almocreve. Ao fim de alguns anos, já cansada, aceitou o trabalho de padeira, em
Aljubarrota, onde encontrou um homem honesto e calmo, um lavrador com quem se
casou em 14 de agosto de 1385. Nesse mesmo dia, houve uma batalha entre
portugueses e castelhanos. Ela ouviu os rumores desse combate, não conseguiu
resistir, pegou no que tinha à mão e foi para a luta.
Acabada a batalha e saindo
vencedores os portugueses, Brites de Almeida voltou para casa para festejar a
vitória, mas ouviu um barulho estranho no interior do edifício e… O que teria
ela visto dentro da casa? Como teria reagido?
Texto de Rafael dos Santos Rebelo, nº 24, 5º A
Ilustração de Anabela Silva, n.º 21, 12.º E
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Navegações
Sophia de Mello Breyner Andresen
Quando dizemos a palavra “Portugal”, hoje em dia, vêm-nos à
memória imagens de decadência e de crise. Mas nem sempre foi assim. Portugal
contribuiu, e muito, para o mundo com as suas navegações.
Esta obra de Sophia de Mello Breyner Andresen aborda a
descoberta do mundo. Ela tenta suscitar nos seus leitores os mesmos sentimentos
de espanto e de novidade que os primeiros marinheiros sentiram quando se
aventuraram pelos oceanos.
Em primeiro lugar, antes de abrir um livro, há que senti-lo,
observá-lo, ver alguns dos elementos paratextuais. Este tem em destaque o
título e o nome da autora e, também num lugar visível e dominante, a
representação de uma xilogravura de Ilda David.
Em segundo lugar, vemos que a obra é constituída por um
conjunto de poemas que remetem para o deslumbramento das navegações. Porém, nem
todas são físicas. Algumas são claramente espirituais, visto que se procura
expandir os limites do imaginável. O maravilhamento, a fauna e a flora
extraordinários são motivos constantes na obra, assim como a magia dos espaços,
marcada pela alucinação dos sentidos e pela violência das cores. Assim, os
marinheiros assemelham-se a crianças a contemplarem o mundo pela primeira vez.
É toda esta maravilha e espanto que move estes descobridores e não só a simples
busca de bens materiais; e foi graças a este sentimento que desnudaram o mundo
e os seus mistérios, como se percebe pelo léxico associado à nudez.
Formalmente, Sophia optou por estrofes curtas e de métrica
irregular. Comparações, metáforas e uma adjetivação expressiva são também
características da escrita destes poemas.
Porque estas navegações decorrem num espaço imaginário e não
apenas num físico, como em Os Lusíadas,
a obra permite-nos refletir e desejar novas navegações. Sendo assim, como a
própria autora alerta no texto final, o fundamental é olhar, é a desocultação,
o descobrimento do mundo e de nós próprios.
Texto de Mónica Trigo Carvalho, n.º 21, 10.º A
Ilustração de Anabela Silva, n.º 21, 12.º E
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Ciranda de Pedra
Lygia Fagundes Telles
Publicado em 1954 e escrito por Lygia Fagundes Telles, Ciranda de Pedra é o romance de estreia
desta escritora brasileira.
Trata-se de uma narrativa sobre as relações humanas e as
tensões familiares, sendo este livro muito popular dentro e fora do Brasil.
Ciranda de Pedra conta a história de uma jovem de nome
Virgínia, narrando a sua passagem de uma infância sofrida para a adolescência.
Os pais da protagonista estão separados e, por isso, ela é
criada apenas pela sua mãe, Laura, e pelo seu tio Daniel, que, na verdade, é o
seu pai biológico. No entanto, Virgínia pensa que o seu verdadeiro progenitor é
Natércio e visita semanalmente a casa deste. Nesta moradia, há uma fonte
rodeada por cinco anões de pedra. Virgínia imagina que essas figuras são as
suas irmãs, Bruna e Otávia, e os seus amigos Afonso, Letícia e Conrado, sendo
este último o amor platónico de Virgínia.
Após a morte de Laura, a jovem vai para um colégio de freiras
e, quando volta para casa, descobre as fraquezas das pessoas que, na infância,
ela tanto admirava.
O livro está, assim, dividido em duas partes: a primeira
contém todo o desenrolar da história antes de Virgínia ir para o colégio e a
segunda relata a saída do colégio e a descoberta do mundo real e adulto.
Relativamente ao estilo, a autora utiliza uma linguagem que
descreve muito bem os sentimentos e as emoções das personagens, o que
possibilita ao leitor uma melhor compreensão da obra e um maior envolvimento no
enredo. Um bom exemplo é a seguinte passagem: “Duas grossas lágrimas
correram-lhe pelo rosto, pesadas como gotas de mercúrio.” (página 90).
A edição desta obra publicada pela Editorial Presença
apresenta uma capa simples na qual se vê uma menina com um vestido preto e flores
na mão. Esta imagem estará associada ao luto de Virgínia, após a morte de sua
mãe.
Esta história permite ao leitor refletir sobre si mesmo,
sobre a condição humana e sobre as dificuldades que surgem ao longo da vida.
Lygia Fagundes Telles dedica este seu primeiro romance aos pais,
Duriel e Zazita, como se lê nas primeiras páginas.
Texto de Lúcia Ferreira, n.º 15, 10.º A
Ilustração de Mariana Teixeira, n.º 28, 12.ºE
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Primeiro livro de poesia – Poemas em língua portuguesa para a infância
e a adolescência
Seleção de Sophia de
Mello Breyner Andresen
Quando a minha professora de Português nos propôs
participarmos no projeto “Li e gostei”, fiquei logo interessada, pois gosto de
partilhar as minhas leituras. Por esta razão, vou-vos falar um pouco da obra Primeiro livro de poesia.
Este livro não tem apenas um autor, uma vez que é uma seleção
de poemas feita por Sophia de Mello Breyner Andresen. A escritora reuniu poemas
de vários poetas de todos os países de língua oficial portuguesa, como, por
exemplo, os seguintes: Jorge Barbosa, de Cabo Verde; Gil Vicente, de Portugal,
José Craveirinha, de Moçambique, entre outros. O livro foi ilustrado por Júlio
Resende.
Passo agora para o conteúdo da obra e vou, pois, falar dos
poemas de que mais gostei e porquê.
Dois deles são de Bocage, um poeta de nacionalidade
portuguesa. Um tem como título “Epigrama”. Este poema fala de um velho muito
avarento, que leva uma pedrada num olho e que se recusa a pagar o tratamento.
Gostei deste texto porque tem uma linguagem adequada à minha idade. O outro é “A cigarra e a formiga” e é muito engraçado. Acho que
este poema é interessante, já que, em apenas seis estrofes, o poeta consegue
contar a fábula toda.
Gostei também do poema intitulado “Ao desconcerto do mundo”,
de Luís de Camões. Este é, sem dúvida, o meu preferido, pois refere-se às
injustiças do mundo.
Não podemos esquecer “A nau Catrineta”, um romance popular
português. Este poema, que se passa na época dos Descobrimentos, retrata a vida
dos tripulantes da nau. A minha parte favorita é aquela em que se diz “Deitaram
sola de molho, / para o outro dia jantar. / Mas a sola era tão rija / Que a não
puderam tragar”.
Esta obra inclui alguns poemas sobre animais, como aquele que
conta a vida de uma família de coelhos e outro que fala de uma zebra, que, como
estava de pijama, teve de se ir deitar. Este último é pequeno e simples, mas
engraçado.
Neste livro, estão também presentes poemas brasileiros, dos
quais eu ainda não falei, pois aprecio mais os portugueses, mas não os vou
desvalorizar, já que há alguns que também achei interessantes. Um deles é “A
borboleta”, de Odylo Costa, e conta a história de uma triste borboleta que, certo
dia, quando foi beber água e viu o seu reflexo, se achou muito feia. Foi tal o
desgosto que morreu. Já no Céu, Deus ralhou com ela por ter sido tão fútil, mas
acabou por lhe perdoar, mandando-a de volta à vida, só que, desta vez, de azul
e amarelo.
Por fim, gostei de um poema intitulado “Vinde, ó pobres”, de
Jorge de Lima, um poeta também de nacionalidade brasileira. Neste texto,
apreciei especialmente os últimos quatro versos, que dizem o seguinte: “Jesus
Cristo – Rei dos Reis / Os vossos pés quer lavar. / O filho do marceneiro / Não
vos pode abandonar.” Gostei destes versos por
demonstrarem às pessoas como Deus é bondoso até com os pobres.
Não gostei de alguns dos textos desta obra como, por exemplo,
“Serão de menino”, de Viriato da Cruz, porque não me pareceu que tivessem uma
lição de moral, característica que eu não aprecio.
Agora que já sabem do que trata o livro, espero que estejam
interessados em lê-lo. Recomendo-o a amantes de poemas e a quem goste de
conhecer a cultura de outros países.
Texto de Maria Beatriz Fonseca, 8.º B, n.º 19
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.º E
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Tobias e o Anjo é um livro da autoria de Susanna Tamaro, cuja
leitura me deixou fascinado. A narrativa capta a nossa atenção do princípio ao
fim e provoca-nos variadas emoções.
Tudo começou quando uma
menina de oito anos estava no seu quarto a pensar num assunto em que poucas
pessoas pensam: a voz das coisas. Ela dizia que havia a língua dos cães, dos
gatos, dos elefantes e muitas mais. Assim, conseguiam falar cães com cães,
gatos com gatos, mesmo que fossem de países diferentes. Mas, com os humanos,
não acontece a mesma coisa, pois têm várias línguas para várias nacionalidades.
Marta, assim se chamava a
menina, só tinha um amigo, o seu avô. Ele respondia às questões que lhe surgiam
e ajudava-a a realizar os trabalhos de casa de uma forma mais fácil do que o
habitual. Para Marta, as conversas com o avô eram “palavras-chave”; na escola,
as conversas eram “palavras-confusão” e, em casa, as discussões entre os pais,
por tudo e por nada, eram “palavras-escorpião”.
Ela e o avô tinham arranjado
uma brincadeira muito engraçada: a Marta era o Tobias, ou melhor, um cão e o avô era o dono. Certo dia, o avô não
apareceu e ela ficou muito preocupada.
Durante o almoço de um
domingo, a mãe deu a saber ao pai um recado da escola, por causa das más notas.
O pai, zangado, discutiu com a mãe e Marta foi para o quarto. Mais tarde,
apercebeu-se que estava sozinha. Então, decidiu fugir de casa à procura do seu
destino. Algum tempo depois, surgiu-lhe um problema: estava frio e não tinha
onde dormir, mas, entretanto, lembrou-se que o avô lhe tinha dito que, dentro
dos contentores, estava sempre mais calor, mesmo que cheirassem mal. Por isso,
ela entrou num contentor e dormiu lá toda a noite. De manhã, acordou com uns
gritos estridentes, vindos de uma senhora que dizia ter um castelo e que
afirmava que salvara a vida de Marta, portanto ia levá-la consigo. Quando
chegaram ao castelo, a menina reparou que tudo era feito com materiais
recolhidos do lixo. Ratosa, a dona do
castelo, ia todas as noites aos caixotes do lixo, por toda a cidade, e recolhia
aquilo de que precisava.
No castelo, Marta fez um
amigo, um coelho chamado Athos. Ela confessou-lhe que não tinha destino e que
todos a tinham abandonado, mesmo o avô, que gostava muito dela, mas que deixara
de a visitar em casa de seus pais. Athos fê-la perceber que talvez tivesse
acontecido alguma coisa ao avô, que o impedira de a visitar.
Certo dia, quando Marta e a
dona do castelo já tinham vindo da recolha do lixo, ouviram-se sirenes da
polícia. Elementos da Segurança Social vinham buscar Marta. A dona do castelo
foi apanhada, Marta começou a fugir e a assistente social foi atrás dela…
Marta foi apanhada? Voltou
a ver os pais? O avô apareceu?
Para encontrarem as
respostas a estas perguntas terão de ler este livro maravilhoso.
Texto de Luís
Maria Quaresma, nº 19, 5ºA
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.º E
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Quando Hitler me roubou
o coelho cor-de-rosa
de Judith Kerr
Esta é a história de uma menina judia chamada Ana.
Esta criança vivia com a sua família em Berlim. A mãe era uma
boa dona de casa e o pai escrevia artigos para os jornais.
Certo dia, o pai de Ana descobre que Adolf Hitler se ia
candidatar às eleições. Preocupado, acaba por viajar para a Suíça, mas, antes
de partir, combinou com a sua família que, um dia antes de se saber quem iria
ganhar, iam todos ter com ele.
Dois dias antes das eleições, a mãe de Ana encontrava-se
muito atarefada a preparar tudo para a partida e reparou que sobrava espaço na
bagagem. Então, pediu que cada um dos seus filhos colocasse lá um brinquedo.
Max colocou a sua bola de futebol e Ana ficou indecisa acerca do brinquedo que
levaria: o seu cão de lã ou o coelho cor-de-rosa. Depois de muito pensar,
escolheu o cão, pois achava que não tinha brincado o suficiente com ele.
Tal como combinado, um dia antes de se saber o resultado das
eleições, a família chegava a Zurique. Ana ficou surpreendida ao ver tanta
coisa nova. Ao fim de pouco tempo, os dois irmãos já tinham muitos amigos,
incluindo na escola.
Assim como o dinheiro, o trabalho era escasso e o pai de Ana
precisava de um bom emprego. Um dia, recebeu uma ótima proposta para trabalhar
em Paris. Ficaram muito contentes, mas, para Ana, a felicidade durou pouco,
pois começou a pensar que teria de mudar de casa, de amigos. Ao pensar nisto,
também se lembrava da sua terra natal, como estariam os seus amigos, a sua
família, o seu coelho cor-de-rosa.
Algumas semanas depois, encontravam-se em Paris. Havia um
pequeno pormenor, que era, exceto o pai, não saberem falar francês. No entanto,
depois de alguns meses, a família já falava muito bem a língua.
Mais tarde, o pai decide fazer um filme de toda a sua vida.
Sobre este livro, encontrei duas curiosidades. A primeira é o
facto de ele ser baseado na vida da autora e a segunda é que, atualmente, a
autora diz que se arrependeu de ter deixado o coelho para trás.
Na minha opinião, este livro é cativante, realista e atual,
pois, infelizmente, nos dias de hoje, também existem muitas pessoas refugiadas.
Texto de Patrícia Duarte, n.º 24, 8.º B
Ilustração de Francisca Santos, n.º 24, 12.º E
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A 5.ª vaga
Rick Yancey
Todos os livros merecem ser lidos, e este não é exceção. O
livro A 5.ª vaga tem como autor Rick
Yancey e foi publicado pela Editorial Presença.
As personagens que dão vida à história são a Cassie, a
rapariga que não desiste; Evan Walker, o rapaz que a ajudou, aliando-se a ela;
Sammy, o irmão de Cassie e também a sua única esperança, e Ben, a sua paixão.
Vamos saber como todos eles se cruzaram.
O planeta Terra foi invadido por extraterrestres de uma
maneira mais serena do que imaginamos. Uma das suas naves gigantes, a nave-mãe,
fixou-se na órbita da Terra. Todos a conseguiam ver e todos se questionavam
sobre quais seriam os seus planos, pois, nos primeiros tempos, era como se não
estivessem lá, ou seja, não tinham qualquer interação com os seres humanos.
Quando nos começaram a atacar, embora indiretamente, mostraram
que estavam preparados e organizados. Isso provou-se nas diferentes vagas: a
primeira vaga originou o fim de tudo o que funciona a motor e de toda a
eletricidade; seguiu-se um enorme tsunami acompanhado da destruição total de
tudo por onde passava, isto é, os países do litoral; esta foi a segunda vaga;
aos países do interior, foi reservada uma contaminação provocada pelos milhares
de aves, à qual só sobreviveu quem era imune à doença.
Depois desta terceira vaga, formularam-se teorias segundo as
quais os extraterrestres queriam a Terra, os seus recursos naturais e alguns de
nós, humanos. Mais tarde, apareceu a quarta vaga, que veio acabar com os
adultos.
Cassie Sullivan narra-nos tudo isto, achando que é a única
sobrevivente da Terra. Os seus pais morreram nas vagas anteriores e, assim, o
seu irmão é o seu único foco. Sammy foi afastado de Cassie na quarta vaga,
quando um autocarro dos militares o levou (a ele e a outras crianças) do
acampamento onde estavam. Cassie não teve permissão para lá entrar, pois já era
adolescente. Depois de levarem todos os meninos e meninas, mataram os adultos e
Cassie, escondida, apercebeu-se, com isso, de que algo estava errado.
Sozinha, partiu em busca do seu irmão e foi depois de levar
um tiro numa perna que um rapaz, Evan Walker, a transportou para sua casa e lhe
fez um curativo. Ao início, suspeitou dele, pois não podia confiar em ninguém,
mas, ao longo do tempo, concluiu que ele era boa pessoa. O que ela não sabia
era que ele guardava segredos que ela nunca imaginaria.
Entretanto, os militares contaram às crianças que nós
estávamos a ser usados como hospedeiros e começaram a treiná-los para matarem
esses «fantoches». Benjamin, o rapaz por quem Cassie estava apaixonada antes de
tudo acontecer, também foi levado, mas este suspeitou logo de todos, e com
razão.
Recomendo o livro porque ele é todo um mistério, porque a sua
escrita é especial, já que a história é narrada por diferentes personagens, e,
claro, porque tenho a certeza que todos quererão saber quem era, afinal, Evan
Walker, o que pretendiam, verdadeiramente, os militares e qual era a famosa
quinta vaga.
Texto de Catarina Guedes, n.º 4, 8.º B
Ilustração de Ivo Roberto, n.º 26, 12.º E
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Li e
gostei do livro O Dragão, escrito por
Luísa Ducla Soares e ilustrado por Ana Afonso. Relativamente à autora, já
conhecida de muitos leitores, nasceu em Lisboa, em 1939. É licenciada em
Filosofia e escreve, preferencialmente, para crianças e jovens como nós, tendo
já recebido prémios muito importantes, dos quais destaco o “Grande prémio
Calouste Gulbenkian”, pela sua obra, em 1996.
Quanto ao livro, é muito cativante e apela
permanentemente à nossa imaginação. É uma história cheia de aventura e de ação,
tal como eu gosto. A narrativa de que vos fala retrata as fantasias de
Ching-Ling, uma menina chinesa que gostava muito de animais, particularmente de
dragões. Sempre que podia, desenhava-os e pintava-os. Até no recreio brincava
aos dragões…
Um
dia, encontrou um dragão na floresta. Levou-o para casa e tratou-o muito bem. A
certa altura, a menina adoeceu, mas continuou a sair de casa para arranjar
comida para o seu dragão, o que agravou o seu estado de saúde e a levou para o
hospital. Como não queria deixar o seu amigo, levou-o com ela, escondido num
bolso e preso por um cordel. Contudo, havia um problema: como se iria alimentar
o dragão? Depois de refletir, a menina achou que, alongando o cordel, à noite,
o dragão poderia andar pelos corredores do hospital e comer algumas migalhas ou
restos de comida que por lá houvesse. No entanto, o dragão foi comendo
comprimidos, muitos comprimidos, alguns destinados a fazer crescer anões,
outros a desenvolver o cérebro de atrasados mentais e, certos, ainda, a acalmar
os loucos.
Depois de restabelecida, Ching-Ling
regressou a casa e, como o dragão começou a crescer imenso, ela não conseguiu
escondê-lo por mais tempo. Os pais descobriram-no e, ainda estupefactos, avisaram
a menina que teria de libertá-lo. Contudo, mudaram de opinião quando
constataram que ele ajudava nas tarefas domésticas e o dragão tornou-se membro
da família. Quando as pessoas o viam, primeiro, assustavam-se, mas, depois,
passavam a gostar muito dele, pois o dragão era inteligente e muito meigo, ao
ponto de passar a ser considerado património nacional da China.
Por tal facto, foi colocado dentro de um
espaço rodeado por grades, para que toda a gente pudesse vê-lo, o que impediu o
contacto entre o dragão e Ching-Ling, tendo o animal ficado muito triste. Ao
vê-lo assim, tão infeliz, Ching-Ling foi visitá-lo para o ajudar a fugir e para
que pudesse voltar a ser feliz.
Para onde terá ido o dragão? Terá mantido
o contacto com a sua amiga? Terá permanecido meigo e inteligente? Lê este livro
maravilhoso e sacia a tua curiosidade.
Texto de Tomás do Patrocínio Lázaro, nº 28, 5º A
Ilustração de João Paradela, n.º 27, 12.º E
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O Cavaleiro da
Dinamarca
Sophia de Mello Breyner Andresen
Nos dias de hoje, as pessoas preferem
ver um filme do que usufruir da companhia de um bom livro.
No meu caso, sempre preferi os
livros, daí estar a escrever este texto sobre um deles. Desde o primeiro que li
até hoje, o meu preferido sempre foi O
Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia de Mello Breyner Andresen. Apesar de o acharem
um pouco infantil, é dos melhores que existem.
Este conto fala-nos de um cavaleiro
que, numa bela noite de Natal, informa a sua família de que partirá em direção
à Terra Santa, para passar o Natal seguinte na gruta onde Cristo nasceu, só
voltando passados dois anos. Embora pareça uma história triste, pelo facto de que
o Cavaleiro partirá sem a sua família, a verdade é que não o é. Aliás, trata-se
de um livro de aventuras, e escrito de uma maneira tão bonita que ninguém é
capaz de a superar.
Para além da história, este livro é
muito cativante devido às suas descrições pormenorizadas e à maneira como são
apresentadas as personagens. Estas vão-nos aparecendo ao longo do caminho do
Cavaleiro, como, por exemplo, o mercador de Veneza, o banqueiro de Florença, os
frades do convento, o negociante flamengo de Antuérpia e alguns habitantes da
sua aldeia que lhe deram abrigo durante algum tempo, quando voltava para casa.
Esta parte do livro é uma das mais bonitas
e apelativas, pois o Cavaleiro, ao ver os seus conterrâneos, sentiu ainda mais
vontade de cumprir a promessa de estar em casa no dia de Natal. Para isso,
ainda teve de passar por várias dificuldades, pelo que precisou de ser corajoso
e de não perder a esperança de que iria voltar, como podemos ver neste excerto:
«Mas foi em frente desse céu fechado e
mudo que o Cavaleiro rezou. […] – Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos
homens de boa vontade.
Então na massa escura dos
arvoredos começou ao longe a crescer uma pequena claridade.»
Depois disto, o Cavaleiro agradeceu a
Deus e retomou o seu caminho. E foi assim que, no dia de Natal, dois anos
depois da sua partida, o valente Cavaleiro chegou a casa.
E é por estes motivos todos que O Cavaleiro da Dinamarca é um dos
melhores livros que alguém pode ler.
Texto de Diana Lucas Almeida, n.º 6, 10.º A
Ilustração de Ivo Roberto, n.º 26, 12.º E
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O Retrato de Dorian
Gray
Oscar Wilde
O Retrato de Dorian Gray, da autoria de Oscar Wilde, é uma obra que carrega uma
crítica à hipocrisia humana.
A história incide numa personagem,
Dorian Gray, um jovem com uma beleza invulgar e uma personalidade forte, amável
e pura. Tudo começa com a pintura de um retrato dele por Basil Hallward, um
pintor reconhecido da altura. Entretanto, um amigo do artista, Lord Henry, um
homem de caráter persuasivo, mas enganador e malicioso, é apresentado a Gray.
Desde então, a personagem principal sofre uma mudança drástica e repentina, por
influência do Lord. A sua pureza e inocência são transformadas em narcisismo,
egocentrismo e hedonismo. Com estes novos ideais, surge o desejo de que a
beleza fique para sempre no seu rosto e de que seja o quadro a envelhecer. Este
sonho realiza-se e o retrato passa a marcar a passagem do tempo e a revelar a
falsidade, a desonestidade e a degradação da alma do jovem.
O autor, baseando-se na
autocontemplação, no egoísmo, na exuberância e no poder da influência de Gray,
pretende acusar a vaidade humana, criando, no livro, a ideia de que a beleza é
a única coisa que interessa perseguir e conquistar na vida.
O Retrato de Dorian Gray é um grande clássico que tem como objetivo evidenciar os
principais defeitos do Homem do século XIX, embora eles ainda estejam presentes
na sociedade atual. Por isso, pode-se classificar este livro como intemporal.
Texto de Carolina Gomes, n.º 6, 10.º B
Ilustação de Anabela Silva, n.º 21, 12.º E
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Recentemente, li o livro A menina que sorria a dormir, de Isabel Zambujal, e fiquei
fascinada. As ilustrações expressivas, de Helena Nogueira, tornam o livro ainda
mais apelativo.
Sobre a
autora, fiquei a saber que nasceu em Lisboa, em 1965. É filha do escritor Mário
Zambujal e, como gosta muito de crianças, decidiu começar a escrever livros
infantis.
Escolhi
este livro, porque a minha professora de Português falou dele na aula e eu
fiquei curiosa.
A narrativa
fala-nos de uma menina, chamada Glória, que habitava numa aldeia muito pequena
e com poucos habitantes. Vivia com a sua mãe, Inácia, e com a sua avó Gertrudes.
O seu pai, Amílcar, não morava com ela, pois tinha arranjado emprego numa
cidade distante.
A Glória
era uma menina tal como as outras, mas havia uma diferença: não conseguia
dormir sem ser embalada por histórias. Quando alguém parava de contar a
história, fosse a que horas fosse, a menina abria imediatamente os olhos e
dizia: «E depois, e depois?». Ora, como a mãe não aguentava noites inteiras e
seguidas a contar histórias, os habitantes da aldeia, com espírito solidário,
disponibilizaram-se a ajudar. Seguindo uma escala elaborada pela professora
daquele local, cada habitante, várias vezes por mês, passava a noite acordado a
contar histórias à menina. Mas o tempo foi passando e os habitantes já andavam
cansados por perderem tantas noites sem dormir.
Até que um
dia, a Glória recebeu uma caixa forrada de seda azul, decorada com estrelas
prateadas, que o seu pai lhe enviara. Extasiada e curiosa, abriu a caixa e não
podia acreditar no que via, era o presente mais lindo que poderia receber.
E fico por
aqui, não vou contar mais. Só vos digo que a vida da Glória e dos restantes
habitantes da aldeia mudou completamente a partir do dia em que ela recebeu
este belo presente.
O que se
teria passado? Querem saber? Pois… terão que ler o livro.
Texto de Joana Santos Monteiro, n.º 16, 5ºA
Ilustração de Mariana Teixeira, n.º 28, 12ºE
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O Grande Gatsby,
de F. Scott Fitzgerald, é um romance que, apesar da sua atipicidade, não deixa
de ser completamente assombroso, marcando o leitor pela audácia com que foi
escrito, sendo apenas possível largá-lo quando chegamos à última página e
podemos finalmente recuperar o fôlego.
Esta obra transporta-nos para os anos
20, uma época grandiosa da História americana, subtilmente distorcida por F.
Scott Fitzgerald, e apresenta um conjunto de personagens românticas e
dissimuladas.
Nick Carraway, o narrador, mudou-se
para West Egg em busca de riqueza, trabalhando como corretor de bolsa. Esta
personagem acaba por se tornar um fiel amigo de Jay Gatsby, que tem a ilusória
esperança de recuperar Daisy, a mulher que personifica tudo o que ele sonhava
atingir: beleza, dinheiro e requinte. Daisy é casada com Tom Buchanan, um hegemónico,
adúltero e pretensioso herdeiro de uma rica e aristocrática família.
Apesar de todas as incongruências das
personagens, não podemos evitar amá-las ou detestá-las.
É um livro espantosamente absorvente
e maravilhoso, que nos transporta, de cada vez que o lemos, para as festas de
Gatsby, para o seu jardim (onde tenta alcançar a luz verde de Daisy, no
possível «futuro orgástico» descrito por Nick), ou para a sua fatal noite de
anos.
Considero O
Grande Gatsby uma das maiores obras de todos os tempos. Mas, para mim, este
romance é, também, um clarão verde, devido à esperança de Gatsby (e do leitor)
de conseguir realizar todos os seus desejos, e um sonho destruído, pelo motivo
de não ter o final feliz a que estamos habituados e de, mesmo assim, nos dar, de
modo não convencional, uma perceção realista do que é o amor.
Texto de Ana Margarida Cardoso, nº 1, 10º B
Ilustração de Patrícia Teixeira, nº 30, 12º E
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A Rapariga que roubava livros, de Markus Zusak
Não há nada melhor do que ler um livro, acompanhado de um doce café, num dia de inverno. Então, decidi aventurar-me e ler o livro A Rapariga que Roubava Livros, publicado por uma das mais conhecidas editoras, a Editorial Presença, e escrito por Markus Zusak.
Toda esta história se passa na época de Hitler e dos nazis, que não era, de todo, uma boa altura para se viver, sobretudo na Alemanha.
As personagens mais relevantes são a Liesel, a protagonista, Hans e Rose Hubberman, os seus pais adotivos, Rudy, o melhor amigo de Liesel, e Max, um homem que aparece mais tarde na história.
O livro começa com Liesel a viajar de comboio com o seu irmão e com a sua mãe. Estas duas crianças iriam ser entregues a uma família adotiva, mas o menino morreu de repente com um grande ataque de tosse e foi no seu funeral improvisado que Liesel descobriu algo caído no chão. Era um livro, e o seu título era O Manual do Coveiro. Naquela altura, ela não sabia ler, mas isso não a impediu de levar a obra consigo.
Logo no dia em que conheceu os pais adotivos, Liesel percebeu que Rose Hubberman era como a tempestade, sempre cheia de raiva, e que Hans Huberman, pelo contrário, era simpático e adorável.
Ao longo do tempo, Liesel tornou-se a melhor amiga de Rudy e este ajudou-a muito na sua adaptação à nova vida.
Entretanto, houve uma fogueira para aclamar Hitler, na qual foram queimados muitos livros. Um deles não ardeu na totalidade e é óbvio que quem o resgatou foi Liesel.
O seu pai adotivo, ao aperceber-se de todos os livros que a menina possuía, decidiu ensiná-la a ler, para que ela soubesse o conteúdo de cada um e, como ela ficou totalmente apaixonada, ainda roubou mais algumas obras.
Entretanto, a mulher do presidente, que tinha assistido ao resgate do livro da fogueira, começou a levar Liesel para sua casa, onde havia uma enorme biblioteca que a menina passou a frequentar.
Certo dia, um homem chamado Max apareceu no número 33 da Rua Himmel, a casa onde a família Hubberman morava. O problema era que Max era judeu e, por isso e por muito mais, a vida de Liesel ficou mais complicada a partir daí.
Ao longo do livro, descobri muitas partes interessantes, quase todas apartes do narrador. Achei-os bastante cómicos, mas também importantes, pois fazem-nos pensar.
Este livro é absorvente pela maneira pormenorizada como o autor o escreveu e também porque, de vez em quando, há fins de capítulos que nos avisam sobre algo que vai acontecer muito depois. Também fiquei surpreendida quando descobri que Markus Zusak escolheu um narrador diferente do de todos os outros livros que já li, ou seja, quem conta a história é alguém extremamente importante, mas um pouco misterioso, de maneira que só nos apercebemos de quem se trata após algumas páginas.
Nota-se ainda que o livro está cheio de cultura e de algumas metáforas. Quanto à cultura, posso já adiantar que há algumas palavras em alemão (já agora, como exemplo, Himmel significa céu). No que toca às metáforas, penso que os livros que as têm são os melhores, porque temos de mergulhar mesmo dentro da história para as podermos entender.
Recomendo vivamente esta obra, que tem ainda muito para descobrir: como é que Max chegou àquela casa; qual foi a razão de ele ter ido para lá; a identidade do misterioso narrador; o final inesperado.
Não há dúvida de que esta história nos domina de tal maneira que não temos coragem para fechar o livro. É, pois, uma obra perfeita.
Texto de Catarina Guedes, nº 4, 8º B
Ilustração de Carolina Osório, nº22, 12º E
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Li
e gostei do livro Miúda
Online, da autoria de Zoe Sugg, uma blogger
de 26 anos nascida no Reino Unido.
A história do livro decorre na época natalícia e a personagem
principal é Penny, uma jovem sardenta de cabelos ruivos que decide criar um blog para partilhar sentimentos e
episódios da sua vida, ocultando-se atrás do nome Miúda Online.
Penny e Megan costumavam ser as melhores amigas, mas, aos
quinze anos as relações mudaram. Megan, habitualmente doce e divertida, com o
passar do tempo tornou-se antipática e arrogante.
A rapariga de cabelos ruivos tinha também um grande amigo
desde a infância, Elliot, com quem sempre manteve uma forte ligação. Ele vivia
na casa ao lado e, como os seus quartos eram encostados, comunicavam através de
batidas na parede.
Certo dia, Penny foi assistir ao ensaio da peça de teatro que
a escola estava a organizar- Romeu e
Julieta nos tempos modernos. A rapariga sardenta não foi assistir por
vontade própria, pois desagradava-lhe o facto de Megan, ou a Mega-chata (como
Elliot lhe chamava), ser a Julieta e Ollie, rapaz por quem Penny tinha uma
paixoneta, ser o Romeu. Contudo, estava incumbida de tirar algumas fotografias…
No final do ensaio foram todos convidados para ir lanchar ao
JBs (um bar) e Penny aceitou, apesar de se sentir insegura. No bar, Ollie pediu
para ver as fotografias tiradas e fez um comentário de aprovação. Megan,
consumida pelo ciúme, tirou-lhe a máquina das mãos, menosprezou as fotografias
com comentários devastadores e bateu com a máquina na mesa. Este episódio gerou
uma grande discussão e a rapariga ruiva começou a sentir-se muito tensa, sem
conseguir respirar e com o coração acelerado. Estava a ter o que se chama um
ataque de pânico e foi imediatamente para casa.
Ao chegar a casa, Penny ainda tentou contar aos pais o que se
tinha passado, mas não teve coragem. Já no quarto, contactou Elliot através de
batidas na parede para lhe contar o que tinha acontecido no bar e rapidamente o
melhor amigo apareceu em sua casa. Penny contou-lhe tudo e assumiu que não fora
a primeira vez que ela se sentira mal. Então, o amigo sugeriu que partilhasse tudo
no seu blog e ela seguiu o seu
conselho.
Na manhã seguinte, mal acordou, visitou o blog e, estupefacta, constatou que havia
imensas pessoas nessa situação. Nesse mesmo dia, à tarde, Penny foi ajudar na
loja que os pais tinham na cidade, relacionada com um negócio de organização de
casamentos. O tema inspirador da montra, naquela semana, era “Downton Abbey”,
uma série britânica que decorria na época antiga. De repente, passou um casal
americano na rua que ficou fascinado pela montra e decidiu entrar na loja.
Afirmaram, então, que pretendiam um casamento inspirado nesta série tão
apreciada nos Estados Unidos. No entanto, impunham uma condição: este evento
teria que acontecer antes do Natal e em Nova Iorque. Atónita com o sucedido, Penny
comunicou a proposta aos pais e estes ficaram deslumbrados. Porém, a rapariga e
o seu irmão Tom não partilharam o mesmo entusiasmo e recusaram-se a ir para
Nova Iorque.
Será que eles irão organizar esse casamento?
E o que se passará entretanto?
Como já sabem, para satisfazerem a vossa curiosidade, terão
que ler este fantástico livro, que está recheado de surpresas.
Texto de Ana Lúcia Campos Ramos dos Santos, n.º 5, 7ºD
Ilustração de Patrícia Santos, n.º 29, 12ºE
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Li e gostei do livro O Papalagui, da autoria de Tuiavii, um chefe de tribo de Tiavéa,
nas ilhas Samoa, cuja publicação se deve a Erich Scheuermann, convicto da importância
das palavras deste samoano para o homem “civilizado”.
Este não é um livro que
conta uma história de aventura, nem de fantasia e não, não é um romance. É um livro
original que apresenta a visão crítica de um chefe aborígene samoano sobre o
homem branco europeu e a sua cultura. Apesar de ter sido escrito em
1920, é um livro que continua muito atual e nos faz refletir sobre os nossos
atos e as nossas maneiras de pensar. “O Papalagui” é um termo samoano que significa o
homem branco, o europeu.
Este livro contém vários capítulos, contudo, apesar de todos terem um enorme valor, concentrar-me-ei, apenas, num – “Do metal redondo e do papel forte”.
Como já devem ter compreendido, o metal
redondo e o papel forte são o dinheiro, a verdadeira divindade que os
Papalaguis adoram e que condiciona a sua vida. Muitos, por ele, sacrificam até
mesmo a própria família e a própria saúde. Sem dinheiro, não podem matar a
fome, nem apaziguar a sede, nem ter um teto para dormir, pois, para tudo é
necessário “este metal redondo e papel forte”.
Quem tem muito dinheiro tem muitas coisas,
e quem tem pouco, como é óbvio, tem poucas coisas. Como a nossa sociedade
valoriza o ter, as pessoas querem ter muito dinheiro, para terem muitas coisas,
mesmo que não precisem delas. Cada Papalagui quer ter mais e melhores objetos do
que outro, o que dá origem a rivalidades, injustiças e atrocidades.
Para ter dinheiro, é preciso trabalhar,
contudo, alguns desejam trabalhar pouco e receber muito. Quando têm muito
dinheiro, as pessoas não querem esforçar-se, fazer trabalhos pesados que os
cansem, por isso pagam a um irmão para fazer isso por eles. Um homem rico é invejado,
adulado e é tratado muito bem, porque, para os Brancos, o dinheiro é um fator determinante na posição social.
Segundo
Tuiavii, as pessoas com muitas moedas e notas, poderiam repartir com os
seus irmãos mais necessitados, mas não, são egoístas! O dinheiro deixa-os
doentes e obcecados e a maior parte deles não tem coração. Em contrapartida, o
homem rico também não sabe se as pessoas que se aproximam dele o fazem, apenas,
movidas por interesse!
Fiquei impressionada com a atualidade da
visão deste samoano sobre o homem civilizado e como a simplicidade das suas
palavras traçam um espelho onde nos vemos com tanta nitidez que nos obriga a
refletir e a pensar sobre o sentido das nossas regras sociais, da nossa
conduta, do nosso mundo “civilizado”.
Leiam este livro invulgar e impressionante
e tenho a certeza que não irão ficar indiferentes a algumas ideias que, apesar
de nos parecerem ingénuas, nos tocam profundamente.
Texto de Ana Beatriz Fonseca, n.º 3, 7ºD
Ilustração de Mariana Teixeira, n.º 28, 12ºE
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Contos Exemplares
Sophia de Mello Breyner Andresen
“Provocação, desde o próprio
título…”. É assim que Dom António Ferreira Gomes, bispo da diocese do Porto (de
1952 a 1982), começa o seu longo prefácio do livro Contos Exemplares, de Sophia de Mello Breyner Andresen. De facto, é
esse o sentimento que nos envolve durante a leitura do livro, e até mesmo
depois: Sophia provoca-nos, inquieta-nos, faz-nos «entrar» no livro e viver as
suas histórias.
Os sete contos que integram a obra
narram situações que todos conhecemos, porque são partes da nossa vida. Na
verdade, agem até como espelhos onde se reflete a imagem do ser humano, dos
seus temores e das suas fraquezas. O leitor é, assim, como que obrigado a fazer
uma introspeção, que o leva a vislumbrar em que «exemplo» a sua vida se
encaixa.
Ao longo do livro, Sophia conta-nos
histórias de tristeza, de felicidade, de fé, de descoberta pessoal, de homens
bons, de homens gananciosos, de homens vis. Por entre as suas descrições sublimes
e as suas palavras primorosas, a autora satiriza e critica, pondo a sociedade,
e o próprio leitor, a descoberto. Esta sua capacidade de nos levar a
questionar-nos a nós próprios e ao que nos rodeia é visível em toda a obra,
tendo especial destaque no conto “A Viagem”. Aqui, Sophia fala-nos do Homem, da
vida, da morte, da procura incessante da felicidade.
Contos Exemplares é, portanto, um livro de leitura obrigatória, cujas histórias, para além
de nos encantarem com a beleza das palavras de Sophia, constituem um guia
prático do nosso comportamento.
Provocação, até na própria forma,
direi. Esta obra é, sem dúvida, Poesia. De prosa, tem apenas o aspeto gráfico.
Texto de Maria Elisa Carvalho, nº 20, 10ºB
Ilustração de Francisca Ramos dos Santos, n.º 24, 12ºE
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Li e gostei do conto O Fantasma de Canterville, escrito
por Oscar Wilde, um dos mais conhecidos e importantes escritores irlandeses do
século XIX e uma das grandes figuras da literatura universal.
O
Fantasma de Canterville conta a história de um diplomata americano – Mr.
Otis – que, chegado a Inglaterra, decidiu comprar o Castelo de Canterville.
Fora avisado pelo próprio proprietário, Lord Canterville, um homem de grande
honestidade, que o castelo era assombrado, que vários membros da sua família
tinham visto um fantasma naquele edifício, a sua tia-avó desmaiara de um susto
ao sentir as mãos de um esqueleto nos seus ombros e Lady Canterville pouco
dormia por causa dos misteriosos barulhos vindos dos corredores e da biblioteca.
Contudo, tanto o diplomata como a mulher, Mrs. Otis, não se deixaram intimidar
e compraram o castelo, onde se instalaram pouco tempo depois, com os seus
filhos: Washington, o mais velho, os
gémeos, conhecidos por “Stars and Stripes”,
e Virginia, uma adolescente encantadora.
De facto, desde que chegaram a Canterville
Chase, começaram a acontecer situações incríveis. Mal entraram na alameda do castelo, o céu, que
pouco antes estava iluminado pelo sol, ficou subitamente encoberto e começou a
chover. Quando entraram na biblioteca e Mrs. Otis reparou numa nódoa vermelha,
ao lado da lareira, a governanta informou-a que era o sangue de Lady Eleanore
de Canterville, assassinada naquele lugar pelo marido. Este desaparecera em
circunstâncias misteriosas, mas o seu espírito ainda assombrava a mansão. Indiferente
à informação, Mrs Otis mandou imediatamente tirar a nódoa, pois não gostava de
manchas de sangue numa sala. Washington
e os gémeos, longe de se assustarem com as aparições do fantasma, divertiam-se,
pregando-lhe partidas. O diplomata, em vez de sentir temor, aconselhava o
fantasma a lubrificar as correntes, para não incomodar com o barulho. Mrs Otis,
ao ouvir uma gargalhada demoníaca do fantasma, em vez de ficar aterrorizada,
perguntou-lhe se estava a sentir-se mal e ofereceu-lhe um xarope. O fantasma
sentia-se amargurado, humilhado, inútil. Desesperado e exausto, pois já não
dormia há trezentos anos, pediu a Virgínia, a filha adolescente do casal
americano, muito sensível e meiga, que o ajudasse a abrir os portais da casa da
Morte.
O que teria acontecido a partir daí? Não
vou revelar…
Podemos ver, neste conto, uma paródia das
lendas de fantasmas, através de uma troca de papéis das personagens: o
fantasma, supostamente aterrorizador, falha as suas funções e passa a
aterrorizado. O texto está impregnado de ironia, que provoca o cómico e
salienta as diferenças culturais entre as sociedades inglesa e americana
daquela época.
Leiam este conto singular e tenho a
certeza que ficarão fascinados. A linguagem utilizada, repleta de ironia, de sarcasmo,
proporciona uma leitura aliciante.
Texto
de Inês Carvalho dos Santos, n.º7 , 7º B
Ilustração de Eduarda
Guerra, nº 23, 12ºE
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Li e gostei do
livro Leandro, Rei da Helíria,
de Alice Vieira, uma das obras
que faz parte da coleção LER+ (Plano Nacional de Leitura).
Relativamente à autora, Alice de Jesus Vieira Vassalo Pereira da Fonseca, é uma
figura bem conhecida no panorama literário contemporâneo. A sua vasta
obra abrange, essencialmente, contos, romances e textos dramáticos e já foi
merecedora de vários prémios literários.
Passando ao conteúdo do livro, o
texto dramático transporta-nos até ao reino da Helíria, governado pelo rei
Leandro. Este soberano era muito estranho, pois achava que os seus sonhos eram
mensagens dos deuses, mas a sua família e o bobo que animava as festas da corte
não concordavam com as suas ilusões. Esse bobo não mantinha uma boa relação com
as filhas mais velhas, como tal, o rei chamava-as à razão, mas as suas lições
eram em vão. A filha mais nova do Rei Leandro, Violeta, completamente diferente
das irmãs, era uma rapariga humilde, gostava de música e amava o Príncipe
Reginaldo, que as suas as irmãs nomeavam de “pelintra”, “olhos tortos”, “fraca
rês”, entre outras designações depreciativas e ofensivas. Na verdade, o que as
irmãs pretendiam era que Violeta não se casasse.
Amarílis e Hortência dedicavam-se a
criticar, a ofender tudo e todos. Só desejavam luxo e casar, e os seus
pretendentes, Príncipes Simplício e Felizardo, apenas pretendiam o dinheiro do
Rei, eram todos muito gananciosos.
Certo dia, Leandro teve um sonho em
que os deuses lhe sugeriam que abandonasse o trono. E assim o fez, mas, como
não tinha um filho varão, apenas três filhas amadas de igual modo, o Rei decidiu
entregar o trono àquela que mais o amasse, exprimindo cada uma os seus
sentimentos através de palavras. As duas filhas mais velhas fizeram declarações
que o rei adorou, mas nenhuma das suas palavras era sentida. Após estas
manifestações, Violeta declarou que precisava do pai como a comida quer o sal.
O rei não compreendeu a mensagem transmitida sob a forma de metáfora e ficou tão
furioso que expulsou Violeta do reino e sentenciou que nunca mais a queria ver
e que nunca mais a considerava sua filha.
Após esta confusão, o que irá acontecer?
Violeta terá mesmo que sair do palácio? Para quem ficará o governo do reino? E
o que acontecerá a Leandro, depois de acabar o seu reinado?
Para saberem o final desta ação,
leiam este livro maravilhoso.
Texto de Margarida Machado e Silva, nº 6, 7ºD
Ilustração de Francisca Ramos dos Santos, n.º 24,
12ºE
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Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
John Tiffany, Jack Thorne e J. K. Rowling
Quase
dez anos depois do lançamento do último livro da mais conhecida saga da
literatura fantástica e quando já não era esperada uma continuação, surge uma
obra inspirada nas histórias da escritora J. K. Rowling.
Tendo
como base os livros da autora e com a ajuda desta, John Tiffany e Jack Thorne
escreveram uma sequela da vida de uma das personagens mais famosas em todo o
mundo: Harry Potter, também conhecido como “o rapaz que sobreviveu”.
Como
nos livros anteriores desta história, também neste se conta a vida de Harry e
dos seus amigos no mundo da magia. Apesar de já serem adultos e de terem as
suas próprias famílias, os três amigos, Hermione, Ron e Harry, continuam a
viver aventuras. Só que, agora, os protagonistas não são eles, mas sim Albus,
filho de Harry, e Scorpius, filho do seu inimigo Draco.
Esta
oitava história, passada dezanove anos depois da última, está ligada ao
terceiro livro da série, no qual aparecem os vira-tempos, aparelhos que fazem o
tempo andar para trás. O Ministério da Magia tinha destruído todos estes
objetos, exceto um, que foi guardado em segredo. Albus e Scorpius, empenhados
em ajudar a amiga Delphi a voltar ao torneio dos três feiticeiros (onde eram postos
à prova três alunos de diferentes escolas), com o objetivo de evitar que Cedric
morra, conseguem o vira-tempo e empreendem uma arriscada viagem pelo passado. O
que eles não sabiam é que, se alterassem esse passado, o futuro poderia ser
completamente diferente.
Delphi,
apesar de parecer amiga, revela-se a vilã da história, quando põe em causa toda
a segurança pela qual Harry lutou durante os seus anos em Hogwarts, merecendo,
por isso, um castigo maior do que ser enviada para Azkaban, a prisão dos
feiticeiros.
Com
a sua enorme capacidade de nos envolver na história, os autores transportam-nos
para o mundo secreto e perigoso de Harry. Viagens excitantes, decisões difíceis
e muita magia fazem-nos recuar no tempo e relembrar a história do adolescente
que combateu o mal.
Mais
uma vez, o mundo aplaude de pé uma obra da saga mais lida de sempre.
Texto de Inês Ribeiro, n.º
15, 10.º B e Jéssica Cardoso, n.º 9, 10.º A
Ilustração
de Anabela Silva, n.º21, 12º E2