“O meu pé de laranja
lima”
José Mauro de Vasconcelos
Nas férias da Páscoa, li o livro “O
meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos.
Nunca tinha lido um livro escrito em
português do Brasil e encontrei muitas expressões que não conhecia.
Este livro conta a história de um
menino muito pobre, chamado Zezé, cujos pais estavam muito preocupados com a
questão da sobrevivência e não lhe conseguiam dar a atenção de que ele
precisava.
Como era muito carente, Zezé
refugiava-se na sua imaginação para fugir à dura realidade da sua vida.
Quando o seu pai perdeu o emprego e a
família teve de mudar da casa, cada filho escolheu uma árvore no novo quintal.
Zezé ficou com um pequeno pé de laranja lima. O menino deu-lhe o nome de
Minguinho.
A partir desse momento, Minguinho
passou a ser o seu confidente. Era com ele que Zezé partilhava todas as suas
dores e alegrias.
Outra grande amizade que marcou a
vida de Zezé foi a que construiu com Manuel Valadares, também conhecido como
Portuga. Este amigo tratava-o com paciência e afeto, ao contrário de seus pais,
que, por o menino ser muito traquina, lhe batiam muitas vezes.
A vida de Zezé sofreu um grande golpe
quando aconteceram duas situações que lhe causaram grande tristeza: a morte do
Portuga, de forma inesperada, e a decisão de cortarem o pé de laranja lima.
No momento em que iniciei a leitura deste
livro, não pensei que fosse encontrar uma história tão triste. Esta fez-me refletir
sobre o abandono e a solidão que são uma constante na vida de algumas crianças,
tendo de a enfrentar com pouca ou nenhuma ajuda. Esta pode ser uma lição para
todos nós, que, muitas vezes, não valorizamos os privilégios que temos.
Aconselho a leitura desta obra, porque
nos sensibiliza para as condições desiguais de vida de muitos jovens, que
marcam o seu presente e determinam o seu futuro.
História
Breve da Lua
António Gedeão
Na obra História
Breve da Lua, podemos observar duas personagens que sobressaem por serem
totalmente diferentes. Elas são Agapito e Jerónimo.
Jerónimo é falador, não
dá ouvidos às pessoas, não quer nem tenta aprender, não acredita no que lhe
dizem, pensa sempre que tem razão e não gosta de experiências novas, o que faz
dele uma personagem ignorante. Um excerto da obra em que podemos verificar estas
atitudes é aquele em que o astrónomo (outra personagem) diz ao Jerónimo para
ele observar a Lua através do telescópio e o Jerónimo diz para o agarrarem,
caso contrário cairia.
Já o Agapito acredita
no que lhe dizem, ouve os outros, quer e tenta perceber o que lhe dizem, sabe
que não tem sempre razão e quer saber cada vez mais. Podemos chegar a esta
conclusão quando o Agapito olhou pelo telescópio e ficou maravilhado com o que
viu.
Podemos concluir que são personagens totalmente diferentes que representam dois tipos de homens: o ignorante que pensa sempre que tem razão e o sábio que não sabe tudo, mas a quem essa ideia só dá mais força para aprender.
Sempre do teu lado
Maria Teresa Maia Gonzalez
Este livro é um “diário” escrito por um cão, chamado Félix, onde ele
narra os acontecimentos que vão decorrendo ao longo da vida dele e também ao
longo da vida de seu dono, Guilherme.
O livro começa com Félix a acordar, já
velho, na casa onde morava com a mãe de Guilherme, sentindo-se muito doente.
Félix, neste livro, vai recuar no tempo e
recordar os momentos de alegria e as aventuras partilhadas com o seu dono,
Guilherme, desde o dia em que este lhe foi oferecido pelo seu tio, como prenda
do seu 12° aniversário.
Era com Félix que Guilherme ultrapassava o
grande problema, o divórcio dos seus pais, e era com ele que passava momentos
de alegria. O narrador vê o seu dono a crescer, acompanhando-o em todos os bons
e maus momentos da sua vida apercebendo-se das mudanças à sua volta.
Quando Guilherme se casa, Félix sabe que
não poderá ir morar com o seu dono, devido às alergias da sua esposa, Vera.
Félix, embora triste, aceita e entende a situação! O mais importante para ele
era o bem-estar de Guilherme e não lhe querer causar problemas, por isso fica a
viver com a mãe de Guilherme, ansiando as visitas do seu amigo, de 15 em 15
dias.
Para Félix, nada voltou a ser igual desde
essa altura, sentia muitas saudades, e não tinha a alegria que sempre tinha
sentido com o seu dono. O seu sorriso já não era o mesmo e tinha pesadelos
durante a noite.
Quando um dia, depois de acordar, se
apercebe de que em breve irá embora para sempre, apesar de ficar aborrecido
pelo facto da mãe de Guilherme o ter chamado com urgência. Félix fica contente,
pois sente que, em breve, não estará ali e quer ver o seu amigo uma última vez.
É na cama de Guilherme, depois de recordar
toda a sua vida e sentindo a chegada de Guilherme, que Félix adormece no seu
último sono.
A frase de que mais gostei foi:
“Já oiço o
teu assobio! Vieste a tempo, meu amigo! Mesmo a tempo de me fazeres muito feliz
antes de eu adormecer.”
Se quiserem saber mais, leiam esta
história tão bela e verão que as vossas vidas mudam.
A lição que aprendi foi que devemos tratar
os animais com o máximo de carinho que temos mesmo quando qualquer obstáculo
esteja a impedir-nos. Eles merecem todo o nosso amor e carinho!
O Planeta Branco
“O Planeta Branco”, de Miguel Sousa Tavares, com ilustrações de Rui
Sousa, é uma narrativa centrada em três astronautas, Lydia, Lucas e Baltazar,
que se encontravam a viajar dentro da sua nave Ítaca- 3000. Viajavam pelo
espaço à procura de um planeta chamado Orizon S-3, com o objetivo de
encontrarem uma solução para acabarem com o buraco da camada de ozono,
provocado pela poluição e pelos incêndios. Eles demoraram cerca de 90 dias de
viagem, mas quando estavam perto do seu destino, perderam-se num planeta
totalmente desconhecido. Apareceu um senhor todo de branco, com “olhos azuis
igual ao mar e cabelo castanho igual à terra”, que lhes prometeu levá-los de
volta à Terra. Esse senhor era o guardião daquele planeta, ou seja, o guardião
do Planeta Branco. Esse planeta também era conhecido pelo Planeta dos Mortos.
Será que estes astronautas conseguiram ajudar
o seu planeta?
Será que o guardião os levou mesmo de
volta para a Terra?
A parte de que eu mais gostei foi quando
o guardião mostrou a sua generosidade e simpatia, ajudando os astronautas a
regressarem ao seu Planeta Terra.
Neste livro existem alguns recursos
expressivos mas eu vou salientar aquele de que eu mais gostei, utilizado pelo narrador quando descreve o
guardião, na frase “olhos azuis igual ao mar e cabelo castanho igual à terra”.
Aconselho a leitura deste livro cheio de aventuras.
Texto e ilustração de Carolina Merguet Santas Noites 6.º C
Histórias da Terra e do Mar
O Livro Histórias da Terra e do Mar de Sophia de Mello Breyner Andresen, da
editora figueirinhas, é composto por várias histórias, como por exemplo “O
silêncio” ou “A saga”, mas a que escolhi para apresentar chama-se “A gata
borralheira”.
Esta história fala do primeiro baile de Lúcia.
Conta-nos a narrativa que, na primeira noite de junho, Lúcia foi com a sua
tia-madrinha a um baile, numa mansão cor-de-rosa. Ela usava um vestido horrendo
lilás e sapatos azuis rotos e sujos. Por causa disso, ela ficou colocada de
parte e sentiu-se muito triste.
Será que ela
vai ficar sozinha até o baile terminar ou alguém vai pedir para dançar com ela?
Leiam este livro e saberão.
A parte de que
eu mais gostei foi quando ela realizou o desejo de ir a um baile, porque nós
também precisamos de acreditar nos nossos sonhos.
A expressão de
que eu mais gostei foi quando Lúcia disse:
“- Um dia hei
de voltar aqui com um vestido maravilhoso e com sapatos bordados de brilhantes.”,
porque ela acredita que vai conseguir alcançar esse objetivo. E vocês
acham que ela vai concretizar este desejo?
Mas houve um
momento muito triste em que Lúcia morreu, mas ninguém soube a causa, então o
médico disse que era uma síncope cardíaca.
O que mais me
surpreendeu foi que esta história é muito diferente da história original, pois
é mais realista, tem mais a ver com a realidade e, às vezes, as histórias
sempre acabam com finais feliz, mas este não foi o caso.
Nesta história, há muitos recursos expressivos que embelezam o texto, tais como a enumeração “... espalhava no jardim luzes, brilhos, risos, música e vozes.”, a comparação “Como uma rapariga descalça...”, entre outros.
As pequenas memórias
Vou
apresentar o livro “As pequenas memórias”, da autoria de José Saramago, da
Editora Caminho.
A
narrativa trata das memórias de infância e de adolescência de José Saramago. Começa
por contar que, quando Saramago era mais novo, vivia com os avós numa aldeia
pobre, cujo nome é Azinhaga. Eles eram pobres, dependiam da agricultura e da
criação de porcos, mas eram felizes assim.
No seu tempo livre, José costumava subir a
um campanário da igreja ou trepava até ao topo de um freixo de vinte metros de
altura, só para ver a paisagem daquela aldeia. Ele também tentava tocar com as
mãos seres e coisas que encontrava. Num dia, José foi ter com a sua avó para
lhe perguntar se podia dar uma volta, a avó disse que sim e ele foi-se
preparar. Pegou num alforge e meteu lá dentro um bocado de pão, de azeitonas e
de figos secos. Foi andando pela floresta até que começou a escurecer e, como
estava cansado, decidiu ficar por aí. Ele encontrou uma barraca feita de ramos
e palha, lá dentro havia um pedaço de pão bolorento com que enganou a fome e
adormeceu dentro de barraca.
O que acham que aconteceu quando
amanheceu? Isso deixo com vocês...
Eu gostei do livro porque conta a história
de vida de José Saramago e de como ele aceita o seu passado, tal como ele foi.
A parte de que mais gostei foi do poema que
José escreveu sobre o rio Almonda em adolescente. E também gostei da expressão:
“Nadam-me peixes no sangue e oscilam entre duas águas como os apelos imprecisos
da memória”. As metáforas da frase representam o gosto que José tinha pelo rio
e como ele recordava essas memórias com carinho.
O Tatuador de Auschwitz
Heather Morris
O
livro que li chama-se o “Tatuador de Auschwitz” e foi escrito por Heather
Morris. Este livro é um romance que relata a história de Lale Sokolov, uma
vítima do Holocausto, que divulgou diretamente à autora o que aconteceu em
Auschwitz e como conheceu o amor da sua vida.
Lale
Sokolov era um judeu eslovaco que entrou nos campos de concentração
voluntariamente para salvaguardar a liberdade da família. Em abril de 1942, foi
transportado em veículos de animais para Auschwitz. Inicialmente, trabalhou na
construção de blocos prisionais até o seu Kapo o achar “digno” de uma nova
promoção: “moço de recados”. Lale não exerceu essa atividade durante muito
tempo porque apanhou febre tifoide, que foi curada por Pepan, o tatuador
principal de Auschwitz. Pepan ganhou uma grande afeição por Lale e, por isso,
nomeou-o seu assistente. Ambos tatuavam o corpo dos prisioneiros até Pepan
desaparecer misteriosamente. Perante o ocorrido, como Lale era o único com
experiência direta, foi eleito tatuador principal. Deste serviço surgiram
benefícios que outros prisioneiros não possuíam como, por exemplo, comida
extra, quarto individual e não trabalhar quando não havia novos prisioneiros
para tatuar.
Em
julho de 1942, na fila para ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontrava-se
Gita, uma rapariga checa. O tatuador sempre fora um mulherengo, no entanto,
Gita fê-lo apaixonar-se num dos sítios onde o amor nem deveria ser opção:
Auschwitz/ Birkenau. Este episódio levou-os a manter contacto, que ocorria com
a ajuda de um guarda Nazi, que efetuava a troca de cartas entre eles. Mais
tarde, Lale começou a contrabandear comida para Gita e para outros prisioneiros
para tentar assegurar o máximo de sobreviventes possível. Apesar dos
privilégios que tinha, continuava a ser intimidado por um médico chamado Josef Mengele,
que o ameaçava constantemente que o levaria para as câmaras de gás.
Durante
aproximadamente três anos, o romance de Lale e Gita enfrentou altos e baixos,
mas um dos piores momentos foi quando os Nazis encontraram no dormitório de
Lale produtos a que um prisioneiro nunca teria acesso. Como punição pelos seus
atos, foi levado para os blocos de tortura, mas acabou por sobreviver. Mais
tarde, foi conduzido para um local com trabalho mais árduo, no entanto Gita
conseguiu que ele recuperasse o seu trabalho como tatuador. Voltou ao seu cargo
anterior, mas claro que perdeu todas as vantagens que tinha anteriormente.
A
certa altura, as “cargas” de prisioneiros começaram a diminuir e a inquietude
dos alemães a aumentar. Todos os prisioneiros começaram a ser escaldados para
destruir as evidências de tudo o que tinha sido vivido nos campos e, com isso,
Lale e Gita são separados. No final deste acontecimento, e com outros pelo
meio, ambos conseguem a tão estimada liberdade. No entanto, o ex-tatuador nunca
perdeu a intenção de voltar a encontrar a sua amada e parte à sua procura para
Bratislava, local onde se concentravam a seguir à libertação muitos
sobreviventes de Auschwitz. Ele esperou-a nas estações durante semanas e,
quando tinha resolvido partir para procurá-la noutro lugar, cruzam-se.
Os
dois casaram em outubro de 1945. Mas os primeiros anos não foram, de todo,
pacatos e felizes para o casal que sobreviveu ao holocausto, uma vez que tanto
Lale como Gita financiavam a criação do Estado de Israel. E quando o governo (de forte influência
soviética) descobriu, Lale foi detido e os negócios deste, na indústria têxtil,
nacionalizados.
O
casal conseguiu fugir do país, primeiro para Viena, depois Paris e, finalmente,
para Melbourne, na Austrália, onde nasceu o filho Gary, e foi aí que viveram o
resto das suas vidas. Lale nunca contou a história por temer ser considerado um
“colaborador” dos horrores do holocausto e também por carregar o fardo da sua
sobrevivência quando milhares dos que tatuou não tiveram essa possibilidade.
Neste
livro, temos relatos de eventos chocantes e inesquecíveis, tais como a quase
morte de Lale e Gita, as mortes desumanas que ocorreram nos crematórios dos
campos de concentração, as experiências horrendas que o doutor Josef Mengele
fazia nos prisioneiros e a falta de bens primários que condicionam a
sobrevivência do ser humano.
Li
relatos da autora onde afirma que é um livro de opostos e, de facto, depois de
lê-lo, compreendo o porquê desta afirmação, uma vez que nesta obra a esperança
anda de mãos dadas com o horror. Esta obra destaca a importância do amor, da
compaixão e da amizade, que permitiu às personagens deste livro superarem as
dificuldades que encontraram neste local.
Esta
é uma daquelas obras que considero arrebatadoras, principalmente por ser
verídica, se atentarmos no facto de que todos os horrores que observamos neste
livro são realizados por seres humanos em relação a outros seres humanos. Mas,
contrariamente, como já referi, é uma história de esperança no ser humano e no
bem que ele é capaz de fazer, mesmo nas situações mais adversas. Lale estava
ciente dos riscos que corria, mas, mesmo assim, continuava a contrabandear
objetos de valor em troca de comida para distribuir pelos prisioneiros do
campo.
Este
romance mostra ainda a paixão enorme que Lale sentia por Gita porque, quando
foram separados, o tatuador nunca desistiu de encontrá-la, o que se comprova
nas semanas de espera por Gita na estação de Bratislava.
Esta
é uma obra de leitura fácil e que não segue uma linha cronológica, uma vez que há
momentos em que o tatuador relembra acontecimentos passados. Ensina uma lição
para todos os que pensam que a vida é difícil: que nunca se esqueçam de quanto
o ser humano é capaz e que vivam o agora pois o amanhã pode ser tarde de mais.
O livro que só queria ser lido,
de José Jorge Letria
Quando via as pessoas a aproximar-se tinha
esperança, mas nunca era para o irem buscar. A sua companhia era uma máquina de escrever antiga,
também ela tinha sido substituída por um computador, juntos dividem uma amizade
de várias lembranças e histórias.
Durante um tempo, teve esperanças
que Mariana pegasse nele, filha dos donos, que era uma grande leitora e sonhava
um dia ser escritora. Os primeiros contos dela foram escritos num teclado rijo.
Um dia o seu irmão trouxe um
rapaz, que achavam ser seu amigo, mas afinal era um apreciador de coisas
antigas.
Eles acabaram por descobrir que o
teclado antigo ia ser vendido, quando o foram buscar, acabou por deixar as
letras S e A que significa A adeus e S saudade.
Certo dia a casa foi invadida
por um grande silêncio, pois tinha morrido o tio Vicente que morava no Brasil, de
quem todos gostavam muito, pois ele nunca se esqueceu do aniversário de ninguém
e, também, foi ele que tinha dado o livro à família.
Passado um tempo receberam uma chamada a dizer que no sótão de casa
deles estavas um cofre cheio de coisas valiosas, deixado pelo tio Vicente, e
vieram a descobrir que o código para abrir o cofre estava num livro. Esse, que
tinha o código, era o que só queria ser lido.
Gostei muito deste livro, pois despertou-me o interesse pela leitura.
Recomendo este livro porque os livros
partilharão sempre connosco, pela vida fora, a magia da aventura e do saber e
este livro mostra-nos que precisamos de alguém para viver, que sozinhos
sofremos muita solidão.
Texto e ilustração de Diana Diogo, nº2, 7ºG
1984
George Orwell
Já alguma vez pensaram como seria a
vossa vida se estivessem constantemente a ser observados por um governo e manipulados
de forma a obedecer-lhe? Se vivessem sob um sistema que muda o passado, que reescrevia
a história da forma que lhe era mais conveniente, podendo apagar pessoas e
acontecimentos, manipulando toda a informação que recebia e que partilhava e
fazendo com que o próprio ato de pensar por si próprio e ter espírito crítico
fosse um crime? Pois esta é a realidade que George Orwell nos apresenta na sua
obra “1984”.
A história tem lugar na Oceânia, um
país governado por punho de ferro, que mantém uma hierarquia constante e
inquestionável, baseada na obediência do seu povo, no medo, na insegurança e no
caos, causados pelo frequente clima de guerra. Este país encontra-se em guerra
com a Eurásia ou com a Lestásia e é controlado por um Partido. Este Partido
está estruturado da seguinte forma: Partido Interior, constituído por 2% da
população; Partido Exterior, do qual fazem parte 13% da população, e Proles,
que são os restantes 85% da população. O Partido Interior é o governo que
controla toda a sociedade e é formado por quatro ministérios, cada um com um
objetivo diferente, mas todos com o fim de controlar a sociedade. O Partido Exterior
está num nível abaixo na hierarquia e trabalha nestes quatro ministérios do
Partido. Os Proles são a maior parte da sociedade, mas também a que tem menos
meios e menos força para se revoltar, não sendo quase considerados humanos.
Ao longo da história, acompanhamos
Winston Smith, que vive rodeado de medo, medo de sentir, de agir, de pensar, ou
de se expressar. Tal como todas as pessoas, encontra-se vigiado pelo governo
através de um objeto chamado “telecrã”, e em todos os lados há propaganda com a
frase notória “O Grande Irmão está a observar-te”. No seu mundo, todas as
pessoas são condicionadas e educadas a amar o Grande Irmão e a fazer tudo o que
o Partido diz, sem nunca duvidar. Ainda assim, Winston não se deixa manipular
tão facilmente e sente a necessidade de se revoltar, de alcançar liberdade. Ele
começa a duvidar da realidade em que vive e da veracidade de toda a informação
que lhe chega.
Nesta sociedade, a informação é o
maior poder e o governo tem a capacidade de alterar qualquer noção que bem
deseja, seja passado, presente ou futuro. Como o livro diz, “Quem controla o
passado controla o presente, e quem controla o presente controla o futuro.” Mesmo
que Winston queira ter um sentido crítico, ele não consegue formar uma opinião,
já que o sistema consegue fazê-lo acreditar que tudo o que ele sabe é mentira.
O Partido alcança isto utilizando vários métodos diferentes, como, por exemplo,
o método de diminuição de vocabulário. Na sociedade de “1984”, a língua está a
ser mudada para uma nova, a “Novafala”, que tenta reduzir o vocabulário ao
máximo. Isto consiste na eliminação de palavras com significados semelhantes,
deixando só uma delas, à qual é só necessário acrescentar sufixos ou prefixos
para alterar o grau de intensidade da palavra. Este “acordo ortográfico” também
muda o significado de várias palavras, possibilitando, assim, a eliminação de
ainda mais vocabulário e deixando a população sem maneira de se expressar e de
pensar de forma diferente.
Desta maneira, é limitada a
possibilidade de revolta, pois diminui a possibilidade de individualidade,
fazendo com que as pessoas, mesmo que se sintam de uma forma diferente, não o
consigam expressar – por isso é que é muito importante aprender não só a nossa
língua materna, mas também línguas diferentes para termos a possibilidade de
nos exprimir de diversas formas.
Este livro mostra-nos que a
verdadeira liberdade é a de expressão e, sem ela, é impossível ter o poder para
derrubar o sistema que nos controla, visto que nunca se terá a certeza de que algo
que se saiba é verdade. O poder está em quem consegue manipular a informação.
Eu gostei bastante deste livro, não
só pelo facto de a leitura não ser muito complicada, mas principalmente por o
seu conteúdo se poder aplicar aos dias de hoje, não tanto na forma como se
controlam as massas, mas na maneira como as vigiam, situação da qual a nossa
sociedade moderna se está a aproximar cada vez mais. Aconselho este livro a quem
quiser experimentar o género literário de sociedade distópica, assim como
presenciar uma fascinante crítica política que nos faz refletir sobre a liberdade, a informação e o
espírito crítico.
O Mundo em
que Vivi
Ilse Losa
O
livro “O mundo em que vivi”, escrito por Ilse Losa, relata o que se vivenciou
na segunda guerra mundial e no início do Holocausto e ainda alguns rituais da
religião judaica.
A pequena Rose, uma menina judia, com
cabelos brilhantes e olhos cristalinos, vivia com os avós. Rose é marcada pela
admiração e pelo amor que sentia pelo seu avô, Markus, e pelos segredos e
momentos que partilhavam. Quanto à avó Ester, respeitava-a, mas mantinha uma
certa distância, apresentando-a como uma pessoa autoritária. A personagem é
também marcada pela sua perplexidade em relação às perguntas sobre o porquê de
os adultos se envolverem em guerras, perguntas essas para as quais ela não
obtinha resposta.
Cresceu
a sentir-se diferente dos outros, pelo facto de ser judia, mas tinha
características comuns a muitas crianças, tais como a sua curiosidade, a
imaginação e a sensibilidade. A curiosidade está bem explícita nos momentos em
que faz perguntas sobre a guerra e o mundo que a rodeia.
A determinada
altura, os pais de Rose vieram buscá-la, para viver com eles e os dois irmãos.
Foi nessa época que aprendeu sobre alguns aspetos da adolescência e começou a
ter algumas paixões.
Mais
tarde, após a morte do avô, do pai e de outros familiares, Rose teve que
desistir de tirar um curso e foi trabalhar para Berlim, onde o salário era uma
miséria. Aceitou esse emprego para a sua mãe não ter que trabalhar tanto,
ajudando-a, assim, a sustentar a família.
A
certa altura, é procurada por dois polícias, com o objetivo de a questionarem
acerca do seu chefe de trabalho. Interrogam-na e de novo foi intimada a
comparecer na polícia no período de cinco dias. E foi neste prazo que Rose
abandonou a sua terra natal.
Aconselho
a lerem este livro, uma vez que é de leitura bastante acessível e relata
acontecimentos importantes, como, por exemplo, o fim da primeira guerra mundial
e os danos que isso causou à Alemanha e também o início da segunda guerra
mundial, seguido do Holocausto. São temas, a meu ver, que é necessário abordar.
Os horrores que foram cometidos nessa altura não devem parar de ser referidos. O
livro ensina também que o ser humano tem o poder de superação e a capacidade de
aguentar situações que em momento algum achávamos que íamos conseguir
ultrapassar.
A menina que o mundo ouviu
Se vos aconselho a lê-lo hoje é porque,
estranhamente, ecoa a situação que estamos vivendo atualmente com a guerra na
Ucrânia.
Esse livro tem como título “Anne Frank, a
menina que o mundo ouviu” de Linda Elovitz Marshall e ilustrado por Aura Lewis.
Essa
história trata de uma rapariga chamada Anne Frank que queria ser ouvida e era
uma menina com muita alegria de viver, mas muitas vezes ninguém a escutava. Ela
era judia e essas pessoas corriam perigo porque Adolf Hitler queria matá-las.
Um dia, os pais da Anne deixaram a
Alemanha para encontrar um local seguro. Ela começou uma nova vida nos Países Baixos.
Alguns anos depois, Hitler e os nazis invadiram, também, os Países Baixos e
obrigaram os judeus a respeitar regras muito restritas. Pelo seu aniversário,
Anne recebeu o diário, ao qual chamou Kitty, e nele Anne escrevia tudo.
Certo dia, ela e a família tiveram de se
esconder, só que não tardou que os nazis os encontrassem e os levassem para o
campo de concentração. Não muito tempo depois, ela morreu. A amiga da Anne deu
o diário ao pai e ele publicou-o, com o título “O diário de Anne Frank”
Se o nosso futuro vos preocupa leiam este
livro!
Uma Aventura no Inverno
Venho apresentar o livro “Uma Aventura no Inverno”, da
autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo Fagundes
e editado pela Caminho.
Conta-nos a narrativa que, num dia chuvoso,
as gémeas estavam na rua e lembraram-se de entrarem no Centro Comercial Picapau
para se abrigarem da chuva. Algum tempo depois, uma senhora acusou-as de a
terem roubado, o que gerou uma grande confusão. Depois deste episódio, várias
pessoas também as acusaram de uma coisa que elas não fizeram, entretanto, a senhora
pediu-lhes imensa desculpa, porque se tinha enganado e descobrira que não
tinham sido elas as autoras do furto. Depois, elas voltaram para casa e,
estupefactas, viram nos seus casacos um relógio muito caro. Resolveram, então,
chamar os amigos para entrarem na aventura de descobrir de quem seria aquele
relógio.
Decidiram encontrar-se na porta do Centro
Comercial e, quando chegaram lá, um vizinho pediu-lhes ajuda e eles disponibilizaram-se
a colaborar.
Depois de ajudarem o vizinho, o Chico começou
a sentir muita dor de cabeça e foi à procura de ajuda. Quando encontrou umas
pessoas, desmaiou e apareceu num sítio completamente diferente daquele em que
estava antes. Logo que chegou ao pé dos amigos, ele reconheceu o tio das
gémeas. Quando foram embora, os rapazes acharam-no muito esquisito. O Chico
disse-lhes que supunha que tinha sido hipnotizado e os amigos acharam tudo muito
estranho.
Então, foram à fábrica do tio das gémeas e,
quando entraram, viram muitas coisas roubadas do Centro Comercial. Algum tempo
depois, apareceram dois homens, armados aos tiros e eles fugiram.
Será que eles descobriram o que tinha
acontecido?
A parte de que eu mais gostei foi quando o
João se vestiu como uma criança de 9 anos (calções, t-shirt de animais,
suspensórios e ténis).
Eu aconselho a leitura deste livro, porque tem uma linguagem fácil, imagens sugestivas e uma história muito emocionante.
Brites e Joane vão de aventura na corte de D. Manuel
Esta
história conta-nos as aventuras de Joane e Brites.
Um dia todos os sinos das igrejas começaram a
tocar. O que será? Fogo? Morreu a rainha? Não, foi o príncipe que nasceu. Joane
foi avisar a amiga Brites e logo se dirigiram ao paço com muita gente
acompanhar. Pelo caminho abre-se uma porta de onde sai um rapaz com a idade
deles e que tropeça em Brites e ambos caiem ao chão. O rapaz não gostou e
começou a tratar mal Brites, Joane não gostou e o rapaz não tardou a identificar-se
como sendo Gil Lousado, moço da Câmara, não se importando de Brites que
continuava no chão. Joane envolveu-se em luta com o rapaz e Brites tenta
separá-los. De repente sorriem e pedem desculpa uns aos outros. Gil estava
muito aflito, porque uma criada dos aposentos da rainha lhe tinha pedido umas
ervas, para sua alteza a rainha, que acabava de parir o príncipe. Os amigos não
podiam deixar mal o seu amigo, foram ao encontro da mãe de Brites, pois o tempo
estava a voar. A mãe de Brites ouviu Gil e indicou-lhes o mestre das mezinhas.
O mestre mandou-os ir buscar 3 mulas para chegarem mais depressa enquanto
preparava os frascos e boiões embrulhados em panos para levarem ao paço com as
mezinhas (remédio caseiro).
Chegados ao Paço encontraram uma mulher de
idade como que procurava alguém ou alguma coisa, gritou com Gil, pois não tinha
cumprido o que lhe tinha sido pedido. Gil responde que tinha tudo o que lhe
tinha pedido. Fez-se silêncio e o capelão do paço veio anunciar o nascimento do
principezinho João e que tanto ele como a mãe estavam bem de saúde. Era hora de
festejar dentro e fora do palácio, mas o susto com a rainha ainda se estava a
recuperar, pois ela tinha desmaiado após o nascimento do príncipe, mas com as mezinhas
trazidas pelas crianças tudo estava bem.
Depois de tudo estar bem, o rei D. Manuel
mandou chamar as crianças para falar com elas, agradecendo-lhes os remédios que
salvaram a rainha, dando-lhes fruta, confeitos e perna de galinha. As crianças
nunca tinham visto coisas tão boas…
Brites e Joane regressaram a casa pois os seus
pais estavam aflitos, já não os viam desde que os sinos tocaram, ficando de
boca aberta com a sua chegada em cortejo mandado pelo rei. Começaram a contar
toda a história à família juntando-se os dois para não se esquecerem de nada.
Passados dias, aparece Gil à porta dos seus
amigos a pedir-lhes que vestissem a melhor roupa e calçado, que o rei tinha
mandado chamá-los.
Chegados ao paço foram pelos corredores
escuros, com as paredes cobertas de tapetes maravilhosos e quando menos
esperavam estavam em frente de uma cama enorme e bem decorada, onde uma dama
lhes acenava para fazerem uma vénia à velha rainha D. Leonor. Esta
agradece-lhes e que muito a satisfez conhecê-los. As crianças não tinham que
dizer, pois estavam perante a velha Rainha D. Leonor e quem estava sentada a
seus pés era D. Maria que ainda não estava composta do parto.
Por fim, entra no quarto um homem que parecia
um pastor acompanhado de outros homens que D. Leonor mandou sentar a seus pés,
era Gil Vicente a trazer presentes ao príncipe.
Não resistiram e fizeram uma festinha ao bebé,
que parecia um menino Jesus.
Achei a história bastante interessante, pois deu-me a conhecer os rituais usados aquando do nascimento de um príncipe (o tocar dos sinos e as mezinhas) e a alegria das crianças em puderem ajudar a rainha para que tudo ficasse bem, não esquecendo o Rei e o palácio.
O livro que nós lemos chama-se “Nem pato
nem cisne”, escrito por Ana Saldanha e ilustrado por José Miguel
Ribeiro. Este livro fala sobre um menino ruivo chamado Eugénio que nasceu numa
família morena. Todos na sua família o achavam estranho menos a sua mãe que
estava sempre do seu lado. O Eugénio não sai à
família. É um «patinho» ruivo e desajeitado entre «cisnes» morenos e graciosos.
Eugénio achava-se como patinho feio no meio
dos cisnes. Num determinado dia ele recebeu um convite de amigos da sua mãe
para passar férias na Irlanda. Graças aos amigos que lá conheceu, Eugénio
descobre que afinal não é um patinho fora de água. «Na água gelada da ria, o Eugénio tenta manter-se calmo. Ao
princípio, deixa-se embalar pela corrente, mas não tarda a aperceber-se de que
ela o está a puxar para o meio da ria. O que é preciso agora é chegar até ao
barco»
Nós achamos este livro um pouco confuso e não cativou o nosso interesse, mas recomendamos este livro, porque ensina a não julgar ninguém pela sua aparência e sim pela sua personalidade.
Uma questão
de Cor, de Ana
Saldanha
Um dia a mãe estava a chamá-la para
ir comer e ela não ia, logo formou-se ali uma grande discussão, que depois de
algum tempo acalmou. Entretanto, a mãe disse a Nina que o seu primo Daniel vinha
viver com eles o que a fez ficar espantada e admirada.
Quando Daniel chegou foi logo ver o
seu quarto, fez logo um escândalo, dizendo que não podia dormir naquele quarto, porque ia
ter ataques de asma por causa dos livros.
Um dia, a avó de Nina foi para o
hospital, e o pai de Nina foi visitá-la, mas não o deixaram entrar logo, perante
a reclamação dos médicos ele disse que os médicos e enfermeiros tratavam as pessoas
como se fossem uns ciganos, negros e uns cães. Daniel ao ouvir o que o tio
disse ficou ofendido, pois era negro, e ficou chateado o resto do dia. Então,
Nina para resolver um bocado o problema cedeu-lhe o seu o quarto.
No primeiro dia de aulas os amigos da
Nina começaram a gozar com o Daniel por causa da cor dele e por ser grande.
Vítor que era o amigo mais próximo da Nina começou a ser racista com o Daniel. Ambos
discutiam muitas vezes, mas na última vez, na paragem do autocarro, Nina
chateou-se com Vítor e não falou mais com ele. Daniel sofria bullying por parte
de Vítor e dos amigos, perseguiam-no e riam-se dele.
Quando a avó chegou do hospital, Nina
disse a Daniel para não dizer nada sobre o que lhe faziam, porque ela ainda
estava doente e não podiam entrar em stress.
Um dia Vitor convida Nina e Daniel
para uma festa, mas aquele não aceitou. No dia da festa, sem se esperar, Daniel
apareceu.
Porque razão teve Daniel de mudar de
escola?
Por que é que Vitor passou a
comportar-se de forma diferente?
Nina não encontrava respostas, mas
conseguiu o que queria, fazer com que Daniel e Vitor se tornassem amigos.
Contos Gregos
Contos Gregos, António Sérgio é uma obra de ação e
aventura composta por três contos ou lendas que se situam na Grécia, num tempo
incerto. Apresenta uma escrita simples e, embora a ação tenha lugar no passado,
é muito fácil de compreender.
No primeiro conto,
“Filémon e Báucis”, dois dos deuses gregos, Zeus (ou Júpiter) e Hermes (ou
Mercúrio), disfarçam-se de homens pobres para avaliar o comportamento do Ser
Humano. Após isso, eles deparam-se numa
casita pobre, onde conhecem Filémon e Báucis…
“História dos
Argonautas”, o segundo conto, é uma história de ação e aventura, sobre Jasão e
os seus amigos, também chamados de Argonautas, que vão em busca do velo de
oiro, para conquistarem o reino do Rei Pélias, o tio de Jasão.
O terceiro conto fala-nos
sobre o amor entre um cão e uma pessoa. Na obra “O cão de Ulisses”, Ulisses é
rei de Ítaca e embarca numa viagem com outros gregos, para tomar a cidade de
Troia. Passam anos até ele voltar à sua cidade natal, por isso ele disfarça-se.
Apenas o seu cão, que está à beira da morte, o pode reconhecer…
António Sérgio, o autor deste livro, nasce em Damão, Índia em 1883 e foi
um influente educador, filósofo, jornalista, … e era um homem muito virado para
a política, tendo influenciado muitos homens, como Mário Soares. Também foi
escritor de vários livros como “Educação Cívica”, “Obras completas Ensaios”,
“História Trágico-Marítima” e “Contos Gregos”.
Nós gostámos muito desta obra, pois não só nos ensina mais sobre as antigas culturas e os contos e lendas tradicionais, ajuda-nos também a aprender o passado para melhor compreendermos o presente como estes contos também nos ensinam que a pobreza, o cansaço e as saudades nunca devem permitir que tu desistas.
Chamo-me... Anne Frank, de Carmen Gil Martínez
Mercè Galí Sanarau
O livro Chamo-me... Anne Frank, de
Carmen Gil Martínez e ilustrado por Mercè Galí Sanarau fala-nos de uma rapariga
alemã que morreu aos dezasseis anos num campo de concentração. Anne Frank
nasceu em 12 de junho de 1929 em Francoforte, de onde foi obrigada a emigrar,
ela e sua família para a Holanda, fugindo ao terror nazi.
Anne Frank registou no
seu diário toda a experiência de viver escondida numa casa, com a família e
outras pessoas, tentando escapar à perseguição a que os alemães sujeitavam os
judeus.
«Na Casa de Trás» como
ela lhe chamou, escreveu o diário que se tornou famoso no mundo inteiro e que
se tornou o símbolo do Holocausto.
O desejo de liberdade, o
terror, os medos, a amizade, as brincadeiras possíveis, a solidariedade, num
espaço tão pequeno ficam retratados nessas páginas por esta menina sonhadora
que acabou vítima de tifo, no campo de concentração de Auschwitz, causa das
condições da Segunda Guerra Mundial.
O que ela pretendia com
este diário era falar em nome de todos os inocentes que foram assassinados
nessa guerra, e que as suas palavras servissem para fazer pensar sobre a
loucura e a crueldade da guerra.
Ironicamente, estamos a viver uma situação algo semelhante na Ucrânia, onde milhares de inocentes têm que fugir ao terror russo e outros milhares ficam na sua terra a tentar defender o seu país e a sua pátria.
Chamo-me … Amália, de Maria Inês Almeida
Amália sonhava em ser bailarina, aos 9 anos
iniciou a escolaridade na escola primária Tapada da Ajuda. A professora da
primária chamava-se Lia Barreto e chamava-lhe «Bicho Maltratado» porque era
tímida e arredia, a sua família era muito rígida com regras e normas muito severas.
As pessoas do bairro de Amália, um bairro operário em Alcântara, de manhã cedo
pediam-lhe para cantar e tocar e davam-lhe rebuçados e moedas.
Os
pais de Amália chamavam-se Albertino de Jesus Rodrigues e Lucinda da Piedade,
eram pessoas humildes nascidas na beira baixa, os quais a deixaram entregue aos
cuidados da avó materna. Quando Amália abandonou a escola foi trabalhar como
bordadeira e passado algum tempo foi trabalhar numa fábrica de bolos da Pampulha
em Lisboa, mais tarde Amália decidiu inscrever-se num concurso na Academia de
Santos Amaro e lá conheceu o seu
primeiro marido, Francisco Luz.
Aos
vinte anos dominava a voz completamente.
Em
1947 fez o filme Capas Negras e outros mais. Passado uns anos voltou a casar-se
com um brasileiro, César Seabra.
Faleceu
aos 79 anos e o seu corpo encontra-se no Panteão desde o dia 6 de outubro de
1999, na rua de São Bento, nº193 em Lisboa.
Para mim o livro
é interessante porque mostra a história de uma das melhores cantoras do mundo.
A parte que
mais gostei do livro foi que as pessoas gostavam tanto de a ouvir cantar que
lhe davam rebuçados e moedas.
Eu recomendo este livro porque achei interessante.
E a viagem continua…
Depois de
ler “O silêncio da água”, “O lagarto” e “O conto da ilha desconhecida”, três
livros de José Saramago, as personagens destas três narrativas juntaram-se
aqui, nesta folha de papel, e embarcaram numa nova viagem…
Depois de uma grande azáfama no mar, o
homem do barco continuava a sua busca incessante pela Ilha Desconhecida, com a
mulher da limpeza. A sua companhia eram as gaivotas do conto O Silêncio da água, que o fitavam bem lá
do alto no seu voo picado e eram brancas como a neve. O sol estava abrasador e
o céu vestido de azul. Um peixe barbo seguia-os ao longe, adivinhando as suas
preocupações, o mesmo peixe corpulento do conto das gaivotas.
Ao raiar do dia, a mulher da limpeza abriu
a porta dos pensamentos e, em sobressalto, surgiu o lagarto do Chiado,
transformado em pomba. A mulher ficou muito contente ao observar aquele imenso
mar, agora tão calmo. Chamou o homem do barco e mostrou-lhe a possibilidade de
encontrarem a ilha naquele dia. Tudo estava em harmonia.
De repente, ouviu-se um grande estrondo
junto ao barco. O peixe soberbo tinha-se aproximado porque se sentia só. Então,
a mulher da limpeza observou atentamente, durante algum tempo, aquele peixe corpulento
e notou que tinha uma marca, um anzol preso nas guelras, e pensou que já deviam
ter tentado pescá-lo, anteriormente. As gaivotas também se aproximaram em busca
de comida, mas essencialmente à procura de companhia. E cortando o silêncio
profundo da água, ouviu-se um grito: “Ei!” Na margem, um rapaz agitava
furiosamente a cana de pesca e gritava: “Anda cá! Temos de ajustar umas contas!
Hei de apanhar-te!”. Atraído pelo barulho, o homem do barco apareceu no convés.
Contudo, ignorando os gritos do rapaz, prosseguiram viagem. O homem e a mulher observaram
desmoderadamente as gaivotas, o lagarto, a pomba e o barbo, que os
acompanhavam. “Olha, podem ser os marinheiros que não conseguiste arranjar!” –
comentou a mulher apontando para os animais. “Ainda não encontrámos a Ilha
Desconhecida!” – lamentou-se o homem. “Todo o homem é uma ilha” – retorquiu a
mulher. E ficaram pensativos.
Do pensamento, para a realidade, surgiu a
pomba, que de novo se transformou no lagarto do Chiado.
Por fim todos se uniram e a viagem
continuou…
“E a ilha desconhecida fez-se ao mar…”
Venho apresentar o livro “O conto da ilha desconhecida” da autoria de
José Saramago. Este livro fala de um homem que estava à procura da ilha
desconhecida.
Certo dia, um homem foi até ao palácio do
rei, bateu à porta e disse “quero falar com o rei.” A mulher da limpeza
dirigiu-se ao primeiro-secretário e disse-lhe o que se passava e esse dirigiu-se
ao segundo e assim sucessivamente até chegar ao rei. Este, para transmitir a
resposta, dirigiu-se ao primeiro-secretário, que se dirigiu ao segundo e assim
sucessivamente até chegar à mulher das limpezas.
A mulher das limpezas informou o homem que
o rei estava muito ocupado na porta dos obséquios, então o homem decidiu deitar-se
à frente da porta das petições até que o rei fosse falar com ele. Quando o rei
decidiu ir falar com o homem perguntou-lhe o que estava ali a fazer e o que
queria. O homem respondeu que queria um barco e estava à procura da ilha
desconhecida. O rei perguntou: “E que ilha é essa que eu não conheço?” E o
homem respondeu: “Se eu to pudesse dizer então não seria ilha desconhecida.”
O rei deu-lhe o barco e o homem foi à
procura de “marinheiros” e partiu com a mulher da limpeza para esta aventura (a
mulher das limpezas tinha abandonado a porta das petições, pois não gostava do
seu trabalho e estava farta de estar no reino e saiu pela porta das decisões,
pois decidiu dar outro rumo à sua vida).
Será que eles vão encontrar a ilha
desconhecida? Ou será que esta viagem à procura da ilha desconhecida simboliza
a viagem que nós fazemos no nosso trajeto de vida, enfrentando o desconhecido? Bom,
isso deixo com vocês, mas antes de terminar a minha apresentação, vou partilhar
algumas expressões de que gostei muito e sei que também vão gostar.
“Tinha-lhe desejado felizes sonhos, mas
foi ele quem levou a noite a sonhar…” Gostei muito desta expressão porque eles
já gostavam um do outro e o homem estava a demonstrar carinho e amizade pela
mulher da limpeza.
Outra expressão que adorei foi: “Pela hora
do meio-dia, com a maré, a ilha desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de
si mesma.” Isto significa que a ilha desconhecida não existia, e que, para nos
conhecermos, temos de nos abrir, sair de nós.
“… e tem cuidado com as gaivotas, que não
são de fiar,…” a mulher da limpeza disse isso ao homem porque as gaivotas já a
estavam a chatear.
“Dá-lhe o barco, dá-lhe o barco.” Disse a
multidão pois estavam espantados com a coragem do homem e queriam que ele
tivesse o barco.
Aconselho a leitura deste livro extraordinário!
“É necessário sair da ilha para ver a ilha…”
Venho falar de José Saramago, esta enorme figura da Literatura, mais
precisamente do livro “O conto da ilha
desconhecida”.
Este livro
fala de uma porta, mas não de uma porta qualquer, a porta das petições, onde as
pessoas do povo se dirigiam para pedirem ao rei dinheiro, títulos entre outras
coisas… Contudo, não era o rei que abria a porta, mas sim a mulher da limpeza,
que abria, apenas, uma nesga e perguntava às pessoas o que queriam. Depois, ela
passava a mensagem ao primeiro-secretário, este ao segundo e assim
sucessivamente até chegar ao rei. A resposta seguia o trajeto inverso até
chegar à mulher da limpeza, que, como não tinha ninguém em quem mandar, tinha
de abrir a porta e dar a resposta.
Ora, isto é considerado uma burocracia e,
como podemos constatar, este sistema burocrático está bem presente na
organização dos serviços na atualidade, portanto, podemos ver aqui uma crítica
social.
No entanto,
contrariando este sistema, um dia, um homem bateu à porta e disse que queria
falar diretamente com o rei. E, depois de algum tempo de espera, como se
recusava a sair da porta sem ser recebido pelo rei, conseguiu o que pretendia.
E disse ao rei que queria um barco para procurar a Ilha Desconhecida.
Gostei
bastante do diálogo entre os dois, pois a forma como o homem respondia ao rei
demonstrava que enfrentava o poder, que não aceitava o autoritarismo do rei. Também
apreciei o facto de a mulher da limpeza ter abandonado o seu trabalho no palácio
e ter saído pela porta das decisões. O que poderá sugerir esta saída pela porta
das decisões? Talvez mostre que o exemplo do homem a levou a ter forças para
tomar a decisão de ser livre e de levar a vida que queria.
Qual seria
a estratégia inteligente que o homem que queria um barco tomou para conseguir
encontrar a ilha desconhecida?
Gostei
bastante deste livro, pois nele podemos descobrir várias indiretas à sociedade,
como a burocracia, o abuso do poder… Reparei, também, que o narrador nunca se
refere ao nome da cidade, nem das personagens, todos são referidos pelo que
fazem ou pela sua acção, como por exemplo: o homem que queria um barco, a
mulher da limpeza… Desta forma, acho que Saramago pretende sugerir que isso
pode acontecer em qualquer lado com qualquer sociedade.
Agora, vou
partilhar algumas passagens de que gostei muito: “gostar é provavelmente a
melhor maneira de ter, ter é provavelmente a pior maneira de gostar”. Gostei
bastante desta expressão porque a antítese mostra o oposto de duas coisas e
mostra que, por vezes, só damos valor ao que não temos e que não devemos
confundir o amar com o possuir. Outra expressão maravilhosa foi: “as velas são
os músculos do barco”, porque, aqui, a mulher da limpeza assemelha as velas aos
músculos dos humanos, isto é, num barco as velas fazem mover o barco, assim
como os músculos dão força para os humanos moverem o corpo. Também gostei da
expressão: “que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se
não nos sairmos de nós…”, porque mostra que, para nos vermos a nós, temos de nos
pôr no local de outra pessoa.
Recomendo a leitura deste livro fantástico que retrata vários aspectos da sociedade e nos faz refletir.
O conto da ilha
desconhecida
José Saramago
Li recentemente o livro é “O conto da ilha desconhecida”, que tem
como autor o conhecido “escritor das críticas sociais”, editado pela Porto
Editora e ilustrado por Fatinha Ramos. A partir de agora, tenho o orgulho de
dizer que já comecei a ler Saramago. Além de ser o primeiro livro que li dele,
foi também um dos que mais gostei durante este ano letivo.
Este livro, tal como a maior parte dos livros de Saramago, tem uma
particularidade interessante que ocorre ao longo da história: são as críticas à
sociedade, que mostram grandes verdades, realidades, através de um conto. Além
disso, a história, na sua procura pelo desconhecido, transmite uma bonita
mensagem, quando afinal se descobre que o autor, em vez de encontrar um lugar,
encontra um sentimento para o qual até nem precisava de nenhum barco.
O enredo principal desenvolve-se a partir de um homem que queria
um barco e, para o conseguir, foi pedi-lo ao Rei e, logo aí, se desenrolam uma
série de situações que nos dão vontade de rir, mas também que nos fazem refletir.
Por exemplo, podemos perfeitamente identificar, nesta parte, a burocracia
enervante que perturba e impede a resolução de problemas e situações e que
reconhecemos na nossa sociedade. O abuso do poder é outro aspeto que podemos
observar. E ainda o direito de tomarmos a decisão sobre a nossa vida, como o
fez a mulher de limpeza ao sair pela porta das decisões, decidindo acabar com as
submissões e dar um outro rumo à sua vida.
Um aspeto que caracteriza o livro é o facto de as personagens, os
locais serem completamente “anónimos”, pois o autor não fornece nome do lugar,
nem nomes das personagens, o que sugere que estas situações podem corresponder
a muitos outros lugares e a muitas outras pessoas. É uma espécie de espelho no
qual a sociedade se pode “ver”.
Outra das coisas que me fez pensar um pouco acerca do homem da
história foi a “distração” dele, pois estava à procura de marinheiros e nenhum
deles aceitou, mas a pessoa que ele jamais teria pensado convidar foi a que se
voluntariou para ir consigo. Essa pessoa foi a Mulher da limpeza, que tem um
papel muito importante na história.
Algumas das características sedutoras da história são as
expressões ricas que nos dão a entender coisas que vão muito mais além de uma
história. A narrativa é recheada de expressões divertidas, cheias de ironia,
tais como a que passo a referir: “Então não te dou o barco, Darás.” A razão
pela qual adorei esta expressão é o facto de o homem contrariar a autoritária
resposta do rei, que, por sua vez, é seu superior. Aqui, podemos identificar a
revolta contra o poder instituído, a luta contra o abuso do poder, através de
uma atitude desafiadora.
Um dos pontos que também apreciei no livro são as imagens
encantadoras que dão prazer à leitura e acompanham a história visualmente.
O final da história é bem diferente do que se poderia pensar e
deixa-nos a refletir.
Será este conto uma metáfora da viagem do homem pela sua vida, a
busca do desconhecido que terá de enfrentar?A necessidade de se conhecer,
saindo de si? Será uma alusão ao nosso desejo de conhecer mares desconhecidos?
Deixo-vos com estas reflexões.
Espero que tenham gostado e recomendo-vos esta leitura que à
partida irão adorar.
História de um gato e de um rato que se tornaram amigos
Gostei
muito de ler o livro “História de um gato e de um rato que se tornaram
amigos”, de Luis Sepúlveda, pois é muito boa e capta muito bem o que é ser o
melhor amigo de alguém.
A
história fala sobre o humano Max e o seu gato Mix e a sua amizade,
eventualmente, Mix fica cego e tem de parar de explorar o telhado, o seu lugar
favorito, mais tarde o gato conhece um rato mexicano e ajuda-o a alcançar os cereais
e assim tornam-se amigos, Mix até lhe dá o nome Mex. Entretanto, Max conhece
Mex e sente-se feliz por Mix ter um novo amigo.
Um
dia o rato quis explorar o telhado, por isso o gato levou-o para o telhado,
assim Mix e Mex sentiram a adrenalina de saltar de um telhado para o outro, era
como se fosse voar.
Esta
história fala sobre a amizade e o trabalho em equipa, Mix sendo a coragem de
Mex e Mex sendo os olhos de Mix.
Como
já mencionei, o livro é ótimo, não vejo nada que me desagrade. A história cria
uma relação muito grande com cada um dos 3 personagens, como por exemplo, Max
fazer com que toda a mobília da casa fique no mesmo lugar para Mix se orientar
facilmente.
Em conclusão recomendo bastante a leitura deste livro, é muito fácil de ler e entende-se facilmente, e até é uma história que se pode relacionar com outras.
Chamo-me…
José Saramago
Chamo-me…José Saramago escrito por Cidália Fernandes e ilustrado por Jorge Miguel,
é um livro biográfico em que, inicialmente, o título não desperta muita
curiosidade, mas quando se começa a ler percebe-se que é muito interessante,
pois ficamos a conhecer um dos grandes escritores da nossa literatura.
O livro divide-se em capítulos e fala
da vida de José Saramago, as datas mais marcantes na vida deste grande
escritor, e descreve como conseguiu ter inspiração para escrever todos os seus
livros, como se tornou escritor e por onde passou até se fixar num lugar.
No início fala das suas raízes, daí o nome do primeiro
capítulo “Era uma vez… as raízes”, fala de onde nasceu e viveu, dos seus
pais e avós. O segundo capítulo “Em Lisboa”, tal como o nome indica, é
passado na capital onde morou muitos anos e onde descobriu a sua paixão: o
cinema. Terceiro capítulo “1930… e a revelação” é a parte do livro que
contém muita informação, da qual vou apenas revelar alguma. José Saramago frequentou
a Escola Primária da Rua Martens Ferrão, anos depois foi para a Escola do Largo
do Leão, onde completou três anos
letivos em dois anos civis. Tinha um cão chamado Camões, porque apareceu em sua
casa no dia em que descobriu que tinha recebido o Prémio Camões.
O quarto capítulo “1940... as verdadeiras aventuras”
relata um pouco de como acabou os estudos de Serralharia. Mais tarde em 1944
casou-se com a pintora Ilda Reis, entre 1944 e 1946 escreveu cerca de 40 poemas
e em 1947, publicou o seu primeiro romance, Terra do Pecado, e no
mesmo ano ganhou um novo elemento na família a sua filha e no ano seguinte
perdeu outro o seu avô. Em 1950 começou a trabalhar na Caixa de Previdência,
anos depois foi promovido. Passado algum tempo divorciou-se de Ilda Reis, e
pouco tempo depois começou uma relação com Isabel Nóbrega.
No quinto capítulo “1982” refere que o seu livro O
ano da Morte de Ricardo Reis atingiu a 4º edição com uma tiragem de 20
000 exemplares, ainda nesse ano recebeu um prémio. Em 1886 acabou a relação com
Isabel da Nóbrega e no dia 14 de julho conheceu a jornalista espanhola Pilar
del Río, com quem se casou em 1988. O sexto capítulo ”Ente 1990 e 1993”refere
as suas viagens e os muitos prémios que recebeu. Em 1933 estabeleceu-se
definitivamente em Lanzarote. Publicou a sua quarta peça de teatro. O sétimo e
último capítulo ”O grande orgulho nacional”, fala de como o escritor se sentiu orgulhoso
por receber o Prémio Nobel, e por ser o primeiro escritor português a
recebê-lo.
Em 2000 escreveu o livro
A Maior Flor do Mundo um conto para crianças. Entre 2002 e 2009
publicou vários livros.
Este livro termina de uma forma
espetacular... leiam-no para descobrir.
Espero que gostem tanto como eu gostei!
“Chamo-me… Eusébio”, é um livro infantojuvenil,
do autor Manuel Margarido, com ilustração de Jorge Miguel, que nos conta um
pouco da vida de Eusébio.
Eusébio,
foi um excelente jogador e levou as suas equipas à glória, no mundo do futebol.
Ganhou diversos títulos por todos os clubes por onde passou. Mas o clube do seu
coração foi sempre o Sport Lisboa Benfica, onde jogou durante 16 anos e pelo
qual foi 11 vezes campeão da Liga.
Foi
o melhor marcador da Seleção Nacional, com 46 golos marcados e chegou a obter o
record de golos, 733.
Este
livro também fala de alguns momentos engraçados, como aquele em que Eusébio se
pôs a jogar à bola com o príncipe da Pérsia, no meio do seu luxuoso palácio e
outros menos felizes, por exemplo, do momento em que o seu companheiro Luciano
morreu, num dia em que todos estavam juntos.
Terminada a sua carreira como futebolista, Eusébio passou a ser o “embaixador” da Seleção portuguesa, não deixando de ser reconhecido em todo o mundo.
A culpa é
das estrelas
de Jonh Green
Hazel e Augustus tinham visões diferentes das coisas, mas
isso não os impediu de se apaixonarem um
pelo outro.
Augustus começou a ler o livro preferido de Hazel, e ambos
queriam muito saber o final da história, então decidiram ir encontrar-se com o
autor do livro, e marcaram uma viagem para Amesterdão, para tirar algumas
dúvidas. Já em Amesterdão, o autor não os recebeu bem, mas eles não queriam
desperdiçar a viagem, então aproveitaram o dia e passearam e só regressaram no
dia seguinte.
Algum tempo depois, Augustus contou a Hazel que o cancro se
tinha alastrado e que tinha pouco tempo de vida e algum tempo depois Augustus
faleceu. No seu funeral, o autor do livro favorito de Hazel apareceu e foi
falar com ela, mas ela não estava com cabeça para saber o fim da história, nem
para ler a carta que ele lhe entregou, e mandou-o embora. Mais tarde é que veio
a descobrir que era a carta de despedida de Augustus.
Na nossa opinião, a parte que
mais gostámos foi quando Hazel e Augustus vão a Amesterdão e vão a casa
da Mónica atirar com ovos para o seu carro. Nós achamos que este livro é muito
bom, mas ao mesmo tempo muito triste e muito forte, porque fala sobre o cancro
e trata a força do amor de uma forma muito intensa.
Achamos que deveriam ler o livro ou mesmo ver o filme, porque
nos dá a perceber que, mesmo quando parece que não conseguimos, por estarmos
muito mal, há alguns que estão piores e não o dizem, só para estarem lá
connosco.
Esta é uma história intensa e de esperança, pois, mesmo
quando estamos a morrer, podemos encontrar uma razão para viver. No caso de
Hazel que já não tinha mais esperanças e quando conhece Augustus tudo muda e começa a gostar da vida.
As Gémeas no Colégio de Santa Clara
Li recentemente o livro “As Gémeas no Colégio
de Santa Clara”, da autoria de Enid Blyton, publicado pela editora Oficina do
Livro, e agradou-me bastante.
Resumidamente, a narrativa fala de duas raparigas, Isabel e Patrícia, que queriam ficar no colégio Redroofs.
Contudo, os seus pais achavam que o colégio era muito caro e demasiado
luxuoso para os dias que corriam e queriam que elas fossem para o colégio de
Santa Clara. Elas ficaram muito contrariadas, mas lá tiveram de ir. Ao chegarem
ao colégio de Santa Clara, não gostaram nada, mas lá se foram adaptando.
Um dia, estavam muito contentes por irem ao circo, mas entretanto
alguém partiu o vidro da sala de aula com uma bola, portanto ficaram todos de
castigo e só as alunas do 2º ano tiveram
autorização para irem ao circo.
Então, a Joana e a Catarina, amigas das gémeas, planearam, juntamente
com elas, irem, escondidas, ao circo.
Será que conseguiram regressar sem serem apanhadas ou teria acontecido algo
imprevisto? Se quiserem saber, leiam o livro… Para além da história, que é
bastante aliciante, a linguagem também nos cativa com o uso de expressões
engraçadas, como por exemplo: “Fogo! Parecem duas lesmas…”, entre muitas
outras.
Gostei bastante de ler este livro e aconselho vivamente a sua leitura.
Eu gostei muito
de ler o livro o grande campeonato de futebol, da autoria de Geronimo Stilton , com ilustrações de Roberto Ronchi.
Este livro fala de duas equipas rivais que
estavam na final da taça dos campeões: Ratónia
Futebol Clube, apoada por Geronimo, e Roedorix
Futebol Clube, a equipa preferida de Sally Rasmaussen. Não era só um
clássico de futebol, também era um clássico de jornalismo. Como capitão da
Ratónia, temos Cruzanto Cruza, uma peça essencial para este jogo
Faltavam 48 horas para a grande final, mas,
nessa mesma noite, Geronimo é acordado pelo avô Torcato, o presidente da
Ratónia. Este ligou-lhe, pedindo-lhe que fosse a sua casa, porque era muito
urgente.
Quando chegou, já lá estava a Tea, o
Benjamim, o Esparrela e outros familiares. O avô tinha uma notícia muito má a
transmitir: o capitão Cruzanto Cruza tinha sido raptado e perguntou quem estava
disposto a ajudá-lo a procurar o capitão. Após um breve momento de
estupefacção, todos se ofereceram para essa tarefa.
Será que conseguiram encontrar o capitão?
Terão ler o livro para descobrir!
A personagem de que eu mais gostei foi o
Esparrela, porque era muito divertido.
Li o livro "Uma Aventura nas férias do Natal", das autoras
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo Fagundes, e venho
partilhar convosco as minhas opiniões de leitura. O livro fala-nos de cinco
amigos que foram passar as férias de Natal em casa da tia das gémeas. Durante a
viagem, o Sr. Joaquim, que era o condutor, falou-lhes de algumas coisas sobre a
aldeia e eles ficaram fascinados com a história do tesouro.
Mal chegaram a casa,
comeram algo e foram desfazer as malas. Como iriam dormir no celeiro, tiveram
de preparar um lugar para se deitarem. Encontraram uns colchões de palha
enrolados e decidiram aproveitá-los para se instalarem. Puxaram os colchões com
toda a força e, quando estavam prestes a conseguirem, um dos colchões rompeu-se
e lá havia um papel dobrado, era um papel velho, muito velho mesmo, onde
estavam registados vários percursos esquisitos. Pensaram logo que podia ser o
mapa do tesouro. A partir desse dia, foram investigando, descobrindo sítios e
falando com várias pessoas. Começaram a perceber que estavam a ser observados e
perseguidos por alguém e houve um dia em que lhes mandaram uma carta a dizer
que sabiam que eles andavam à procura do tesouro e que tinham muita informação.
Depois, pediram-lhes para irem à aldeia junto à ponte velha. No dia seguinte,
os amigos foram até lá... O que irá acontecer? Quem terá escrito o bilhete? Que
informações terão para dar?
Gostei muito de ler este
livro, pois conseguiu prender a minha atenção. A sua escrita detalhada, consegue
descrever com exatidão os locais, bem como as personagens com as suas
personalidades. Consegue fazer suspense e integrar o leitor em cada página. As
ilustrações estão bem enquadradas e demonstrativas. Tem uma escrita simples, de
fácil compreensão, com letra confortável e texto apropriado para a nossa idade.
Uma aventura no Verão
Venho
apresentar o livro “Uma aventura no Verão”, da autoria de Ana Maria Magalhães e
Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo
Fagundes. Este livro é composto por doze capítulos, mas o meu preferido é o
quarto, “Em maus lençóis”, e a minha personagem favorita é o Pedro, pela sua
coragem, curiosidade e inteligência.
E agora? Será
que irão safar-se desta? Terão de ler o texto para descobrir.
Eu gostei
muito deste livro por causa da sua linguagem fácil e rica, com ilustrações
incríveis. Passo agora a transcrever umas passagens de que gostei
particularmente: “Sei como vai ser o rapto, mas não sei porquê. Para que será
que querem o professor Olsen? Pedir resgate?” “Por muito que raciocinasse, não
chegou a nenhuma conclusão.” “Se eu pudesse avisar alguém…”. Gostei muito destas
passagens, pois despertaram-me muita curiosidade.
O que será que
irá acontecer com o Pedro? Conseguirá encontrar alguém para o ajudar? Depois,
um aspeto que considerei interessante no livro é que, no final, tem “O que é
real nesta Aventura” e, pelo que estive a ler, fala sobre o Palácio Real da
Ajuda e da sua lenda.
Foi uma
aventura ler este livro!
1984
George Orwell
O livro “1984” é um
romance e foi publicado em 1949 por George Orwell.
Esta história passa-se
no ano de 1984, num futuro distópico, onde o Estado impõe um regime totalitário,
através do partido único. O local onde se passa a ação é a Oceânia, que é
dominada pelo medo e pela repressão.
A personagem principal
é Winston Smith, uma figura comum da sociedade doente e vigilante que o autor
nos apresenta. Smith é um homem rodeado pelo medo. Apesar disso, ele decide
libertar-se e viver como acha que deve ser, principalmente quando conhece Júlia,
que vive a vida como pensa que é melhor, tentando sempre contornar as regras do
partido sem ser descoberta. A partir daí, começam a sua luta pela liberdade. Só
que eles não estão preparados para o que está por vir.
Orwell tinha uma
profunda visão futurista. Fez-nos questionar o verdadeiro valor da liberdade,
mostrando-nos uma sociedade em que nem este conceito faz sentido, pois foi
abolido.
Ele observou o avanço
da sociedade, as suas adaptações e as consequências de tais mudanças. Percebeu
que o medo e a insegurança, juntamente com a tecnologia, podem funcionar como
armas para um sistema opressor e controlador. Hoje vemos que as possibilidades
e teorias por ele defendidas são o retrato da nossa realidade atual; por
exemplo, a propaganda, que, no livro, se mostrou uma grande aliada do partido,
nos dias atuais, é uma ferramenta que tem grande influência na sociedade, o que
nos aproxima da obra de Orwell.
“1984” é um livro de
intensa reflexão, que nos mostra um Estado que controla tudo, até a própria
realidade.
Este livro é
extremamente importante pois foi inspirado em regimes totalitários das
décadas de 1930 e 1940 e trouxe uma reflexão sobre o facto de cidadãos comuns
serem reduzidos a peças para servir o estado. Algumas práticas foram muito
semelhantes às da União Soviética como, por exemplo, a falsificação de
documentos históricos para moldar o passado.
Também a tortura foi
descrita de forma impressionante, mostrando que não importa apenas a tortura
física, mas sim o controlo das perceções, para as adequar à vontade das
autoridades.
Esta obra desperta nos
seus leitores um sentimento de medo e de impotência. Medo principalmente de não
se conseguir distinguir o bem do mal e de nos adaptarmos a isso. Esta é uma
obra extremamente enriquecedora e interessante que nos faz sentir maravilhados
quando a lemos.
Águas de Verão
Alice Vieira
O livro “Águas de
Verão” foi escrito por Alice Vieira e ilustrado por Catarina Rebello. Este
livro tem 37 capítulos.
As personagens
principais são a Marta, o António, o Francisco e a Bé, que são irmãos, o
Anacleto e o Gualberto, a dona Lucinda e a Rosalina. Os pais e os amigos são
personagens mais secundárias.
Nesta história, a
narradora é Marta. A sua família tem bastante regras, ela e os seus irmãos
tinham professora particular, costureira e criadas, as crianças brincavam
durante o dia e de noite iam para jantares com os pais e fingiam querer estar
ali. Nos primeiros capítulo, fala disso mesmo.
Mas onde a história
realmente começa é quando a mãe da Marta adoece e o pai dela diz que todos iam
para umas tais “águas boas” e que isso ia ajudar. Eles lá foram, mas isso não ajudou.
Então, chamaram um médico e viram que na verdade a mãe deles estava grávida de
Bé. O lugar onde tinha essas águas era o Hotel das Termas, onde eles passaram a
ir todos os verões. Por esse mesmo motivo, os irmãos mais velhos embirravam
tanto com a Bé pois ela tinha um lugar especial e eles não.
Num dos anos, a
Marta conhece o Gualberto do saxofone. Como os pais não os deixam ir brincar no
jantar, eles ficam sem nada para fazer, mas, nesse dia, lá conseguiram sair e
ir ter com o Gualberto. Eles conhecem-no melhor e veem que ele é bastante
divertido e nada formal como as outras pessoas.
Noutro dia, a Marta
conhece uma nova pessoa, o Anacleto, o filho do dono do Hotel, um menino exemplar.
O mesmo diz que vai contar ao seu pai sobre Gualberto ser uma má influência,
mas Gualberto anuncia uma festa e ele quer participar, então não contou.
Num ensaio, o dono
do Hotel fica a saber das queixas sobre Gualberto e despede-o, mas, mesmo
assim, ainda havia festa. Nestes capítulos finais, vai-se falando sobre a
festa, as preparações e os papéis de cada um. Quando anunciam aos pais, eles
ficam meio na dúvida, mas até aceitam.
No dia da festa,
correu tudo bem, com alguns erros, mas ninguém percebeu. O Gualberto preparou
um hino e foi um sucesso. No final, o dono pediu ao Gualberto para voltar, mas ele
diz que não, pois não gostava daquele clima. Então, as crianças perguntaram-lhe
se ele estaria lá quando elas voltassem no ano seguinte, mas o Gualberto não
respondeu e pediu ao Anacleto para o substituir. Todos se espantaram pois o
menino certinho se viu pela primeira vez feliz como os outros. Ali todos
perceberam que todo aquele regime não traz felicidade e que, mesmo sem o
Gualberto para os animar, havia outras pessoas ou até mesmo eles próprios.
A personagem de que
eu mais gostei foi o António. O António é o irmão mais velho e o mais inteligente.
Ele sabia de tudo. O António andava sempre bem vestido, com fato, relógio e
sapatos de vela, como a mãe pedia. Eu gostei do António porque, mesmo com
aquelas regras todas, ele era o único que confrontava a mãe, dizendo-lhe que
ninguém gostava daquela rigidez. No final, não valia de nada, mas ele era o
único que não tinha medo de dizer isso.
Com esta história,
podemos conhecer mais sobre a cultura antiga e também que, apesar de os pais
estarem felizes com aquele regime, os filhos não, portanto podemos perceber que
ninguém pode comandar a nossa felicidade, pois a nossa felicidade somos nós que
a fazemos. Claro que eles tinham que obedecer aos pais, mas só no fim
perceberam que mesmo com as regras podiam ser felizes.
Eu aconselho a lerem
este livro porque é indicado para a nossa idade, não é difícil de ler, mesmo
tendo 37 capítulos porque são todos relativamente pequenos. Também gostei do
facto de a história começar de forma bastante interessante, pois a introdução é
diferente. Nessa parte, contam-se acontecimentos das férias, acontecimentos
antigos, e só depois é que começa a história de verdade. O livro também nos
mostra que é bom conhecer pessoas novas. Temos como exemplo o Gualberto, que chegou
do nada e mudou completamente a felicidade das crianças.
“Admirável mundo novo”
Aldous Huxley
“Admirável mundo
novo” é da autoria de Aldous Huxley, um escritor inglês, conhecido sobretudo pelos seus
romances, mas também pela autoria de diversos ensaios e por ter publicado contos,
poesia, literatura de viagem e guiões de filmes.
A obra é uma parábola fantástica sobre a desumanização dos
seres humanos e é extremamente profética, visto que muitos dos
acontecimentos que foram previstas pelo livro acontecem atualmente. A frase escolhida
para título do livro é da autoria de William Shakespeare, encontrando-se ao
longo da obra muitas referências a peças deste célebre autor inglês.
Este livro fala
de um sociedade distópica, de um mundo que foi controlado, onde as pessoas
foram desconectadas das suas famílias e as crianças eram produzidas em
laboratório e não criavam qualquer tipo de relações afetivas umas com as outras.
O objetivo maior é manter a ordem, mesmo que,
para isso, todos passem por uma grande lavagem cerebral, eliminando qualquer
sentido de individualidade ou manifestação de consciência crítica sobre a
realidade.
Em
síntese, neste mundo, organizado por castas, os valores estão invertidos, os
laços familiares não existem, o amor e a amizade são vistos como conceitos ultrapassados
e há uma falsa ideia de felicidade que camufla a solidão; apenas o prazer interessa
e as sensações estão acima de tudo.
O enredo da
história começa quando Lenina sai com Bernard numas férias para visitarem um
acampamento de selvagens (“Malpaís”) e conhecem Linda, uma mulher nascida na
civilização, mas que fora banida por ter engravidado, algo que era proibido
nesse tal “Mundo Novo”, pois a reprodução era artificial. Bernard conhece o filho de Linda, John, apelidado de"Selvagem"
e afeiçoa-se a ele. Porém, não foi a empatia entre eles que despertou o
interesse de Bernard, mas sim o desejo de levar o "Selvagem" para a
civilização pois isso iria render-lhe prestígio diante da sociedade científica.
Após isso, Linda e John vão para o tal “Mundo Novo”. Ao chegarem lá, são
vistos como verdadeiras aberrações, e John, com a sua capacidade crítica, acaba
por ameaçar a ordem e estabilidade do ambiente ao qual não pertencia.
A certa altura, John
começa a sentir-se atraído por Lenina; esta também mostra interesse por ele e tenta
seduzi-lo, só que John vê aquilo como algo desrespeitoso pois, como a ama,
considera que deveria ter uma relação de amor profundo com ela e não uma
relação baseada apenas no interesse sexual.
Mais tarde, Helmholtz
Watson, amigo de Bernard, começa a sentir-se atraído pela figura do Selvagem.
Ambos começam a refletir para além desse mecanismo de controlo que têm neste
mundo. Quando são colocados frente a frente com um dos gestores deste Mundo Novo
(Mustapha Mond), este diz-lhes que eles serão exilados em ilhas, mas que esse
exílio será uma espécie de recompensa para eles, pois o facto de serem pessoas
que têm ideias perigosas para o regime significa que este considera que eles na
verdade são pessoas inteligentes de mais e, por isso, serão isolados para poderem
lidar com outras pessoas que, tal como eles, fogem deste sistema totalitário. Quando
esta proposta é apresentada ao Selvagem, ele questiona o porquê de suprimir a
verdade, tornando-se assim possível observar o fundamento utilitarista que se
encontra por detrás deste “Mundo Novo”. Confrontado com esta proposta, John também
afirma querer sentir dor e sofrimento pois estes sentimentos são o caminho para
encontrar a verdade, mas Mustapha responde-lhe, argumentando que o mundo que
ele quer é um local que não é perfeitamente gerido, em que há a possibilidade
de se sentir dor e de a verdade sobre o mundo poder causar sofrimento às
pessoas que a encontram, sendo o ideal controlar isso.
Enquanto
Helmholtz e Bernard vão para as ilhas que mais lhes agradam, o Selvagem decide
viver como eremita, até que, inadvertidamente, acaba por se envolver numa orgia
cerimonial e, sentindo-se culpado e sujo, acaba por se suicidar.
Recomendo
vivamente a leitura deste livro, pois é incrivelmente
atual. Os factos narrados podem parecer ficção científica, mas também podem ser
interpretados como uma perspetiva da sociedade tecnológica global associada à
perda dos valores espirituais e humanistas, o que, em alguns aspetos, já é uma
realidade nos nossos dias.
“Fahrenheit 451”
Ray Bradbury
“Fahrenheit
451” é um livro de ficção científica, publicado em 1953. Foi escrito por Ray
Bradbury, um escritor e roteirista americano.
Esta
obra conta a história de uma sociedade onde os livros estão proibidos. Assim,
as autoridades estão encarregadas de descobrir os locais onde estes se
encontram e de os queimar. Esta mesma sociedade é controlada por um governo,
principalmente através da violência e da censura. As pessoas que fazem parte
dela resolveram trocar a sua liberdade e o direito de ler livros por uma
sociedade sem conflitos, baseada nos prazeres e sem qualquer tipo de sofrimento
e preocupações, uma vez que os livros têm o poder de nos tirar da nossa zona de
conforto.
A
personagem principal deste livro é Guy Montag, cuja profissão é bombeiro, mas,
em vez de apagar incêndios, tem o dever de queimar livros e as casas onde estes
estão escondidos.
A
história divide-se em três partes, e começa quando Montag conhece Clarisse
McClellan, sua vizinha, que lhe desperta uma certa curiosidade. Esta é
considerada uma jovem problemática, uma vez que é curiosa, sonhadora e
romântica. Através de Clarisse, Montag vai percebendo que todas as outras
pessoas, inclusive ele, têm vidas vazias e sem sentimentos e emoções.
Mais
tarde, após a sua esposa tentar o suicídio e a sua jovem vizinha ser morta,
Montag começa a questionar o trabalho que realizou a sua vida inteira e tenta manter
alguns livros longe das chamas, mesmo sabendo do risco enorme que corre ao
fazê-lo.
Este
romance é de extrema importância, visto que ganhou o “The National Book Award”
e ainda foi adaptado para cinema, rádio e teatro.
Na
minha opinião, a leitura deste livro foi um pouco entediante no início, mas, no
seu decorrer, apesar de às vezes ser confusa, vai-se tornando muito cativante e
viciante. No geral, é um livro muito interessante, que recomendo totalmente,
devido ao facto de se adaptar à realidade e de ser de fácil leitura.
Robinson Crusoé
Daniel Defoë
Venho apresentar o livro Robinson Crusoé, de Daniel Defoë. Este
livro narra a história de um jovem que se fez ao mar. Os pais sempre quiseram
que ele fosse advogado ou algo do género e diziam que ser marinheiro era um
trabalho perigoso. Então, o jovem decidiu desistir do seu sonho… Mas o tempo
foi passando e a vontade de ser marinheiro era maior. Completou a adolescência
e foi navegar! No entanto, houve uma enorme tempestade, muita gente morreu,
contudo, Robinson, que era um grande nadador, sobreviveu e foi arrastado por
uma enorme onda para um rochedo numa ilha deserta. Estava já a ficar escuro,
então decidiu ir dormir. Os dias foram passando e Robinson estava a tentar
construir um barco para voltar para casa, para a sua família. Mas houve um
enorme tremor de terra na ilha onde Robinson estava. Ficou tudo destruído!
Será que Robinson conseguiu sobreviver?
Bom, isso deixo com vocês. Mas antes de encerrar a minha apresentação, vou
partilhar algumas expressões de que gostei muito: «Vou deitar uma árvore abaixo
e construir outro barco. O plano afigurava-se-lhe fácil, pois ouvira dizer que
os índios construíam as suas canoas ateando fogo a uma cavidade num simples
tronco de árvore. “Se eles conseguem fazê-lo, certamente eu fá-lo-ei ainda melhor.”»
Hum! Será persistência ou excesso de confiança?
Gostei muito deste livro e espero que
vocês também gostem!
“A ovelhinha preta”
Este livro fala-nos de um pastor que
vivia nas montanhas com o seu cão-pastor Piloto e o seu rebanho de ovelhas. No
seu rebanho todas as ovelhas eram brancas, menos uma que era preta. Enquanto, o
Piloto guardava as ovelhas, o pastor fazia meias, cachecóis, camisolas e
cobertores. Como queria ser como as outras, a ovelhinha preta ainda pediu ao
pastor para lhe fazer um casaco branco.
Quando
o pastor via uma ovelha a afastar-se dava uma pequena apitadela para o Piloto a
ir juntar ao rebanho. Quando dava uma apitadela longa era para o Piloto reunir
as ovelhas para ele as contar e verificar se estavam todas. A ovelhinha preta
não costumava obedecer ao Piloto, muitas vezes fazia exatamente o contrário do
que ele queria, e ele queixava-se ao pastor por isso. Como gostava de ter tudo
organizado, sugeriu ao pastor que a vendesse, mas o pastor não concordou.
Certo
dia, a ovelhinha preta reparou que atrás da montanha estava a ficar escuro e
disse ao Piloto que ia chover, mas ele não lhe ligou. Disse-lhe que era ele que
avisava quando chovia. Entretanto, começou a chover torrencialmente, uma
tempestade imensa. O pastor e o Piloto abrigaram-se numa cabana, deixando as
ovelhas para trás. As ovelhas sentiram-se perdidas e preocupadas por não
saberem onde se iriam abrigar, então a ovelhinha preta lembrou-se de uma gruta
que tinha visto e comandou o rebanho até lá.
No
dia seguinte, o pastor suspirou e, arrependido por pensar que não era um bom
pastor, decidiu ir com o Piloto procurar as suas ovelhas. Estava muita neve,
tudo estava branco, e não conseguia encontrar as ovelhas. De repente, avistou
uma mancha preta no cimo de uma colina. Foi até lá a pensar que podia ser a
ovelhinha preta. E era! O pastor ficou tão feliz que pegou na ovelhinha preta
ao colo e regressaram todos a casa. O pastor sempre tinha achado que ela lhe ia
dar muito jeito.
Na
altura da tosquia, o pastor ao ver que tinha dez sacos de lã branca e um saco
de lã preta, teve uma ideia: começou a fazer cobertores, camisolas, cachecóis e
meias com padrões, utilizando a lã branca e a preta e vendeu-os a um bom
preço. Com o dinheiro, comprou mais
ovelhas e carneiros pretos. Assim, ficou com um rebanho de ovelhas e carneiros
brancos e pretos. Eram todos diferentes e todos iguais!
Eu
escolhi este livro ler este livro por ter sido oferecido à minha irmã como
prémio do concurso “Uma Aventura Literária…” quando ela frequentava o 5.º ano,
como eu agora. Ainda bem que o escolhi, pois este livro transmite uma lição de
vida a todos, demonstra que independentemente de sermos diferentes, somos todos
iguais e importantes. Por isso, recomendo, não só aos meus colegas que o leiam,
mas a todas as pessoas em geral.
Rosa, minha irmã Rosa
Rosa, minha irmã Rosa, de Alice Vieira,
fala sobre uma menina que tinha ciúmes da irmã mais nova. Enquanto a mãe esteve
no hospital, para ter a irmã mais nova, Mariana ficou com a avó Elisa, que a
deixou, durante esse tempo, deitar-se mais tarde e não escovar os dentes, para
tentar compensá-la da falta dos pais.
Quando a mãe regressou a casa, Mariana ficou assustada, pois achou a
irmã feia e de cara enrugada. Para Mariana, a sua boneca Zica, que só tinha um
olho e um braço, era bem mais bonita do que a sua irmã. Todos pensavam que iria
nascer um menino, com o nome de Jaime, contudo, como foi uma menina, deram-lhe
o nome de Rosa, respeitando a ideia da Mariana.
Mariana gostava de Português, mas detestava Matemática, então, um amigo
ia para casa dela estudar matemática com ela.
Quando a irmã mais nova chorava, Mariana colocava-lhe a chupeta e dizia
o seguinte: “Acalma-te! “e Rosa sorria para a irmã.
Mariana, durante quase três meses, sentia ciúmes da sua irmã, até que o
seu pai disse que, quando Rosa deixasse de beber o biberão durante a noite,
iria passar a dormir com Mariana.
Mas
aconteceu um desastre, pois Rosa ficou doente e foi para o hospital. Mariana
sentiu-se muito triste e preocupada e ficou em casa a contar os segundos,
ansiando que Rosa regressasse. Será que a irmã vai voltar? E Mariana dizia:
“Rosa minha irmã rosa!”
O
livro está muito bem escrito e eu gostei muito dele, pois Mariana começou a
gostar da irmã.
A Rapariga rebelde:
aventuras
na escola
Enid Blyton
Elisabeth
era uma rapariga muito mimada e traquina, que se portava muito mal, e foi
colocada num colégio interno. Elisabeth só arranjava problemas no colégio, com
a intenção de ser expulsa. Certo dia, Elisabeth ficou a saber da história de
Joan, uma rapariga infeliz, porque os pais não gostavam dela. Elisabeth ficou
impressionada com a história da colega e pensou que queria ser amiga dela. Ela
julgava ser infeliz mas, afinal, apercebeu-se de que era sortuda, porque os
pais gostavam muito dela.
Estava a chegar o dia do aniversário de Joan e esta estava triste porque
sabia que os pais não se iriam lembrar. Então, Elisabeth quis fazer-lhe uma
surpresa. Comprou-lhe presentes – seria um presente da mãe, outro do pai e o
terceiro dela. Chegou o dia do aniversário de Joan. Elisabeth estava feliz, por
ver que a sua amiga estava bem, e lembrava-se das palavras da Miss Scott: - “É
melhor dar que receber”. Joan escreveu à mãe a agradecer os presentes e ela
respondeu à filha que não tinha enviado nenhum. Joan sentiu-se tão triste que
até ficou doente. A pedido de Elisabeth, a mãe de Joan foi visitar a filha ao
colégio e contou a história às reitoras sobre a rejeição relativamente à sua
filha. Os pais de Joan tiveram dois gémeos – uma menina e um menino que
faleceu, então, os pais rejeitaram a filha, por ser menina. Joan, ao saber da
verdade, que a responsável pela festa de aniversário tinha sido Elisabeth,
ficou muito contente e mandou chamá-la à enfermaria, para lhe agradecer, e
pediu-lhe que ficasse no colégio. Elisabeth começava a gostar do colégio, pois
fizera amigos. No dia seguinte, a mãe de Elisabeth foi ao colégio para levar a
filha, mas ela disse à mãe que não queria ir embora. A mãe não queria acreditar
na mudança da sua filha, que deixara de ser uma menina mimada e traquina e
tornara-se numa menina bondosa e bem-educada. Elisabeth ficou a estudar no
colégio, porque afinal era feliz quando se transformou numa rapariga boa.
A
frase de que eu mais gostei no livro foi: “… Elisabeth estava feliz por ver que
sua amiga estava contente e lembrava-se das palavras da Miss Scott: - “É melhor
dar que receber”…
Hoje venho falar do livro Robinson Crusoé de
Daniel Defoe.
Eu
gostei muito do livro porque a escrita é simples e facilmente compreensível e a
história narrada é emocionante, prendendo-nos cada vez mais. O livro logo me
saltou aos olhos e acho que o que falta é um fim mais compreensível, porque, na
minha opinião, não me captou tanto como o de outras obras.
É uma
lição de sobrevivência e, ao mesmo tempo, uma grande aventura.
Conta-nos
a história que, há muito tempo, um rapaz londrino, de nome Robinson Crusoé estava
fascinado com o Oceano, mas, incrivelmente, nunca o tinha visto!... O tempo
passou, o rapaz cresceu e, então, na idade da adolescência, foi visitar um
amigo, de nome Hull, que vivia numa cidade à beira-mar e que ia mudar-se para
Londres dentro das próximas semanas. O amigo tinha um pequeno bote e, sem
avisar a família, Robinson zarpou para o temido Oceano Atlântico. No
meio da viagem, desencadeou-se uma enorme tempestade! Robinson lutou
contra a maré, mas parecia que as suas forças eram em vão, contudo, depois da
luta, Robinson chegou a terra são e salvo, prometendo nunca mais navegar.
Mas,
fechado em Londres, no seu quarto, tornou-se tão aborrecido que voltou a fazer
outra vez o mesmo percurso até Hull… Mais uma vez, sem avisar ninguém, Robinson
zarpou. No meio da viagem, rompeu uma tempestade duas vezes mais poderosa
do que a anterior e, infelizmente, o seu pequeno, frágil e indefeso bote não
superou tamanha força e afundou-se…
Será
que Robinson sobreviverá?
Bom, a
resposta fica do vosso lado, leiam o livro e descubram-na.
Agora
passo a transcrever uma passagem em que um diálogo entre Sexta-Feira e Robinson
me fascinou verdadeiramente:
“…
Então Robinson disse a Sexta-Feira que lhe ia construir um barco maior,
para o mandar para a sua terra, e que ficaria, ali, sozinho na ilha como
dantes.
Os
sentimentos do pobre rapaz sentiram-se tão feridos com isto, que perguntou:
-
Porque tu tão zangado com Sexta-Feira? Se amo ir Sexta-Feira ir. Se amo não ir
Sexta-Feira ir. Se amo não ir Sexta-Feira ir. - E indo buscar um machado
exclamou: Tu matar Sexta-Feira! Não mandar embora! Robinson ficou muito
sensibilizado com tal dedicação, passando a ter absoluta confiança nele.”
Agora,
partilho especialmente convosco uma lição de sobrevivência de “Como fazer uma
fornada de pão”: “… E pela primeira vez, fez uma fornada: começou por fazer uma
fogueira; em seguida, afastando as cinzas colocou a massa no sítio aquecido,
cobrindo com uma espécie de tijela de barro, sobre a qual amontoou as brasas
incandescentes. Desta maneira, consegui fazer muito bom pão.”
Com
este diálogo e esta lição de sobrevivência finalizo o meu texto e espero que
tenham gostado.
Aujourd’hui je viens vous parler du livre Robinson
Crusoë de Daniel Defoe.
J’ai beaucoup aimé le livre parce qu’il a une écriture
simple et facile à comprendre, en plus, l’histoire raconté est émouvante, ce
qui nous lie de plus en plus au livre. Ce livre a directement attiré mon
attention mais je pense qu’il lui manque une fin plus compréhensible, parce que
contrairement à des fins d’autres livres, cette fin là n’a pas capté mon
attention.
Ce livre est
à la fois une leçon de survie et une grande aventure.
L'histoire nous raconte qu'il y a longtemps, un garçon londonien du nom
de Robinson Crusoë était fasciné par l'océan, mais, incroyablement, il ne
l'avait jamais vu!... Le temps passa, le garçon grandit et puis, en tant
qu'adolescent, il est allé rendre visite à un ami nommé Hull, qui vivait dans
une ville balnéaire et allait déménager à Londres dans les prochaines semaines.
L'ami avait un petit bateau et, sans prévenir la famille, Robinson a mis le cap
sur le redoutable océan Atlantique. Au milieu du voyage, un énorme orage éclate
! Robinson a lutté contre la marée, mais il semblait que ses forces étaient
vaines... mais, après le combat, Robinson est arrivé à terre sain et sauf, promettant
de ne plus jamais naviguer.
Mais, enfermé à Londres, dans sa chambre, il s’est tellement ennuyer,
qu’il refait le parcours jusqu’à Hull...Mais encore une fois, il n’a prévenu
personne et il a mis les voiles. Au milieu du voyage, il a rompu un orage deux
fois plus puissant que le dernier et malheureusement son petit, fragile et
inoffensif bateau n’a pas résisté à la force de cet orage et il a coulé.
Est-ce que Robinson a survécu ?
Bon, la réponse est de votre côté, lisez le livre et découvrez là.
Maintenant je vais transcrire un passage où le dialogue entre vendredi
et Robinson m’a vraiment fasciné:“...Alors Robinson a dit à vendredi
qu’il allait lui construire un bateau plus grand pour l’emmener chez lui, et
qu’il resterait tous seul sur l’ile, comme avant. Les sentiments du pauvre
garçon se sont sentis tellement blessés avec ça, qu’il a demandé:
-Pourquoi tant fâché avec vendredi?
Si maitre aller vendredi aller. Si maitre ne pas aller vendredi aller. Si
maitre ne pas aller vendredi aller. -Et pendant qu’il est allé chercher une
hache, il a dit : Toi tuer vendredi ! Ne me demande pas de partir! »
Robinson est resté sensibilisé avec un tel dévouement et à partir de ce moment
il a eu une confiance totale en vendredi.
Maintenant, je vais, tout spécialement, partager avec vous une leçon de
survie “Comment faire une fournée de pain”: “Et pour la première fois, il a
fait une fournée :
Il a commencé par allumer un feu; ensuite, après avoir éloigné les
cendres il a mis la pâte dans l’endroit
réchauffé recouvert d'une sorte de bol d'argile, sur lequel il a empilé
les braises incandescentes.
De cette manière, j’ai réussi à faire du très bon pain.”
Avec ce dialogue et cette leçon de
survie, je finalise mon texte et j’espère que vous avez aimé.
Tradução de Tiago Medeiros Teixeira, n.º 13, TM 1
O Segredo do Rio
Miguel Sousa Tavares
Hoje vou falar-vos de uma história
fantástica contada no livro que tem como título “O segredo do Rio”, de Miguel
Sousa Tavares e ilustrado por Hugo Pinto.
Para que tenham uma ideia
da narrativa, posso dizer-vos que a história trata de um rapaz que vivia numa
casa no meio das árvores e perto de um rio. Em todas as estações, o rapaz
adorava passar o tempo a fazer atividades à beira deste rio.
Certo verão em que estava
muito calor, aconteceu-lhe uma história fantástica: um encontro com uma carpa
falante que, com o tempo, ficaria a ser a sua melhor amiga.
O verão terminava, mas o calor era tanto que todos os cultivos dos
pais do rapaz estavam a estragar-se e a apodrecer. E, por causa disso, os dois
amigos tiveram que se separar, mas a dor da separação era tão grande que uma
força inexplicável fez com que o rapaz e os seus pais ficassem com comida até ao
fim do inverno.
Como seria isso possível?
A minha parte preferida foi
quando o peixe trouxe a comida para o rapaz e, principalmente, o modo como
aconteceu.
Se tu és amigo de qualquer
animal, esta história é feita para ti …
Ficaste interessado em ler
este livro? Espero que sim!
Le secret du fleuve
Miguel Sousa Tavares
Aujourd´hui je vais vous
parler d´une histoire fantastique racontée d´un livre qui a pour titre “Le secret du fleuve”, de Miguel Sousa
Tavares et l´illustrateur c´est Hugo Pinto.
Pour que vous ayez une idée
de la narration, je vais raconter que l´histoire parle d´un garçon qui vivait
dans une maison au milieu des arbres et près d´un fleuve. Au cours des saisons
le garçon adorait passer son temps à faire des activités auprès de celui-ci.
Un été où il faisait très
chaud, il lui arriva une histoire fantastique, une rencontre avec une carpe qui
parle et qui, avec le temps, devient sa meilleure amie.
L´été se terminait mais la
chaleur était tellement forte que toute la récolte des parents du garçon était
en train de s´abîmer et de pourrir. Et à
cause de ça, les deux amis ont dû se séparer, mais la douleur de la separation
était si forte, qu´une force inexplicable a fait que le garçon et ses parents
auront une récolte pour tenir jusqu´à la fin de l´hiver.
Comment cela serait-il possible?
Ma partie préférée c´est quand le
poisson a rapporté à manger au garçon et, principalement de la manière dont
c´est arrivé.
Si tu es amis de n´importe
quel animal, cette histoire est faite pour toi.
Es-tu intéressé à lire ce livre?
J´espère que Oui!
“O Longo Caminho para a Igualdade”
Nesta semana, em que se assinala o Dia da
Mulher, apresento-vos esta magnífica obra de Ana Maria Magalhães e Isabel
Alçada, com ilustrações de Susana Carvalhinhos, numa edição exclusiva da
Imprensa Nacional (da Casa da Moeda); é a primeira edição do iGen
— Fórum de Organizações para a Igualdade, numa parceria com a Imprensa
Nacional.
Recuando ao ano de 2021… Por mero acaso,
encontrei na internet uma notícia sobre a publicação deste livro e o seu
lançamento oficial no Dia da Mulher, data sobre a qual eu estava a redigir um
pequeno texto para a disciplina de Português.
Duarte, Maria, Luís e Luísa eram amigos e
frequentavam o Clube Atlético na sua cidade, onde praticavam judo. Mas Luís,
naquele dia, estava mal-humorado devido a uma crise entre ele e Luísa. Esta
sempre quis ser aviadora da Força Aérea, mas ele dizia que isso não era
profissão para o sexo feminino. Em casa dos respetivos amigos, também se passavam
situações em que se prova que no séc. XXI já não se discute a profissão que
cada um quer ser; em casa do Duarte, dizia-se que a sua vizinha andava a tirar
a carta de condução de pesados; a vizinha de Luís, era uma excelente médica e
tinha 3 filhos; na casa de Maria, os pais davam todo o apoio necessário a
Luísa, uma vez que eles são deputados e afirmavam que já não se discute a
profissão. Mesmo quem tivesse contra a vontade de Luísa, tinha de a respeitar,
pois ela não queria desistir do seu sonho…
“Não tenciono desistir da minha vocação…”
é uma das expressões fortes deste livro e que marcam a personalidade da Luísa;
aliás, devem marcar a personalidade de todas as mulheres, pois o estereótipo de
que somos “o sexo fraco”, não passa disso mesmo!
Adorei ler este livro, muito envolvente e interessante,
que aborda a “problemática” da emancipação da Mulher e a sua liberdade de
escolher o que quer e como quer. Desconhecia por completo as informações que este
disponibiliza, no capítulo extra, sobre a emancipação da Mulher, a igualdade de
género, a vida familiar e o quanto custou às Mulheres ganharem a sua posição na
sociedade. Enriqueci os meus conhecimentos nesta área e cresceu ainda mais em
mim o desejo de realizar os meus sonhos, as minhas ambições, caminhando todos
os dias nessa direção.
Texto e ilustração de Letícia Silva, 6.º A
«Serás livre para poder escolher a tua profissão, mas
também poderás ser pai ou mãe e trabalhar, receber um ordenado, vais ser feliz
a fazer o que gostas, e saberás que todas as Pessoas merecem as mesmas
oportunidades. Vais pilotar um avião, se quiseres! Ou vais ser cientista,
atleta, governante, astronauta… Se as tuas capacidades são o que mais importa,
então não há metas para os teus sonhos, e a Lua pode não ser o teu limite!»
O Diário de Anne Frank
Venho apresentar O Diário de Anne Frank com o apoio de um outro livro - No rastro de Anne Frank. Estes dois
livros estão baseados em factos reais ocorridos entre os anos de 1982 e 1984. O
primeiro fala de uma menina de 13 anos, Anne Frank, que era uma rapariga
normal, que corria, andava na escola e até namorava … mas houve um dia em que
tudo correu “mal”, pois ela e a sua família tiveram de se esconder dos nazis.
Então, nesses dois anos, Anne e a sua família permaneceram escondidos no sótão
e anexos de uma casa, onde viveram muitos problemas e preocupações, mas também
aventuras.
Anne
e a sua família não eram os únicos judeus escondidos dos nazis naquela época e
ainda se pode imaginar como seriam vividos aqueles dias tenebrosos na “Casa
Museu de Anne Frank”.
Gostei
muito de algumas passagens dos livros e passo a referir, a título de exemplo:
“são pessoas vulgaríssimas, metidas em fardas vulgaríssimas”, o que contrastava
com as atrocidades cometidas por essas “pessoas vulgaríssimas”; “com o binóculo
posso espreitar para os quartos dos vizinhos” salientando o único contacto com
o exterior, e “enquanto ainda há disto, um céu sem nuvens e tão azul, não devo
estar triste”, que nos expressa a valorização das coisas mais simples e banais
como razão para a celebração da vida.
Gostei
especialmente de “No rastro de Anne Frank”, pois gosto mais do registo de
investigação. Também apreciei as várias ilustrações e gostei muito do título de
um capítulo “O princípio do rastro e a sombra” - é muito misterioso, não acham?
O que será a sombra?
E,
agora, o que teria acontecido entre o Peter e a Anne, será que chegaram a
namorar? Que estratégias usariam para ir buscar comida, pois estavam
“fechados”? O que será que aconteceu depois de o esconderijo ser descoberto?
Todos os dias as cartas da Anne Frank começam: “Querida Kitty” e acabam com: “tua
Anne”. Quem será a Kitty? Será que Anne tem irmãs? Não sei, leiam os dois
livros, pois um complementa o outro e aconselho a leitura de ambos, visto que
têm uma linguagem rica e mostram o que se passava naquele tempo difícil
Foram
uns livros dos quais eu não conseguia tirar os olhos, pois lia um pouco e
aparecia uma parte chocante e depois mais uma e assim sucessivamente até ao fim
dos dois livros.
O Cavaleiro da Dinamarca
Vou apresentar o livro o Cavaleiro da Dinamarca, da autoria de
Sophia de Mello Breyner Andresen, ilustrado por Armando Alves e da editora Figueirinhas.
A narrativa trata de um nobre
homem que morava com a sua família no Norte da Dinamarca. Numa noite de Natal em que se encontravam
todos reunidos na sua casa, o cavaleiro comunicou à sua familia, aos seus
amigos e criados que, daquele dia a um ano, não estaria ali, iria em
peregrinação à Terra Santa, pois queria passar o próximo Natal na gruta onde Jesus
nasceu e onde rezaram os pastores, os Reis Magos e os Anjos.
Então, dali seguiu com outros
peregrinos para Jerusalém. Visitou, um por um, os lugares santos e, quando
chegou ao seu destino, no dia de Natal ao fim da tarde, o cavaleiro dirigiu-se
para a gruta de Belém. Ali rezou durante toda a noite. Passado o Natal, o cavaleiro
decidiu ficar por mais dois meses a visitar vários lugares da Palestina. Quando
chegou a hora de regressar, o cavaleiro embarcou no barco para voltar para sua
casa, mas uma tempestade decidiu fazer-lhes uma surpresa e, aí, o cavaleiro
ficou desesperado, pois pensava que não iria mais chegar a casa. Passados cinco
dias, o vento amainou, o céu descobriu-se de nuvens e o mar acalmou as suas
águas. Por sorte, eles puderam chegar ao porto da cidade de Ravena. E agora?
Será que o cavaleiro conseguirá regressar a casa, novamente? Leiam este livro e
descubram!
O que eu gostaria muito de
fazer seria ir a Jerusalem (Belém) como o cavaleiro fez, passar o próximo Natal,
mas seria com a minha família.
Para mim, o livro foi muito intressante
porque eu gosto de aventuras e de conhecer novas terras.
A parte de que eu mais gostei foi
quando o cavaleiro rencontrou a sua família.
A minha personagem preferida
foi o cavaleiro, pois ele viveu aventuras que eu também gostaria de viver.
O meu livro tem bicho
Madalena
da Luz Costa
Na minha
opinião, este livro é um incentivo ao gosto pela leitura nos mais novos, a
partir da imaginação e da criatividade.
Este livro,
apesar de muito pequeno, está repleto de humor e conhecimento e torna a leitura
muito mais aliciante a partir de bichinhos fictícios.
A parte
mais interessante foi quando a narradora revelou que, em criança, a fada dos
dentes tinha a mania de colocar livros debaixo da almofada, acho que foi por
isso que se tornou uma ótima escritora.
Achei
engraçado quando a narradora disse que tinha livros com manchas de chocolate e
migalhas de pão, pois confesso que isso já me aconteceu quando estou a comer e
a ler símultaneamente.
Gostei
sobretudo da passagem do livro em que o Artur (o bichinho-da-leitura) se
deliciou de Salame da Criatividade, Sonhos e Pasteis de Nada.
Uma das expressões que me fez pensar foi
"...fiquei preocupada e perguntei ao Artur se não queria que eu o levasse
ao veterinário." Fiquei curiosa com esta expressão pois tenho a certeza de
que os veterinários não cuidam de bichinhos-da-leitura.
Recomendo
este livro pois, para além de promover a curiosidade, também irá alimentar a
fonte do gosto pela leitura nos mais novos.
Três histórias de amor
Gostei muito do livro Três Histórias de Amor, da autoria de Álvaro Magalhães, ilustrado
por António Modesto, da editora Edições
Asa, que, como o próprio título indica, é composto por três histórias. Contudo, a narrativa que mais me
seduziu foi “História do velho e da sua linda
nogueira”.
A narrativa trata de um velho chamado
Miséria que vivia para cuidar da sua linda nogueira, que era a sua única
companhia e seu maior consolo. Certa noite, alguém bateu à porta da sua casa, ele
abriu e era um velho viajante que estava perdido. Miséria ofereceu abrigo e
metade da sua sopa, mas o viajante precisava de ajuda, o seu burro perdera uma
ferradura e nunca mais dera um passo. O viajante perguntou se tinha uma
ferradura para lhe vender, Miséria respondeu que tinha uma ferradura na porta e
acrescentou que ele poderia levá-la sem pagar. O viajante agradeceu muito e
levou a ferradura, mas voltou para perguntar ao Miséria o que era uma graça.
Miséria retorquiu que uma graça era levar uma coisa sem pagar. Então o viajante
esclareceu que uma graça era uma bênção do Céu, Deus tinha o poder de as
conceder e ele era o representante dele na Terra. Era o S. Pedro! Como
agradecimento, ele iria conceder uma graça ao Miséria, mas…
Qual será a graça que o Miséria vai pedir?
Descubram no livro “Três histórias de amor”.
Eu recomendo este livro porque proporciona
uma leitura romântica, em que a vida e a morte são as personagens principais,
nestas histórias.
A parte de que mais gostei foi quando Miséria
ajudou o S. Pedro, porque faz-nos refletir que devemos sempre ajudar quem mais
precisa.
Uma Aventura em Macau
Venho apresentar o livro “Uma
aventura em Macau”, da autoria de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada,
ilustrado por Arlindo Fagundes e editado pela Caminho.
O livro tem quinze
capítulos onde se desenrolam vários assaltos e em sítios diferentes, como na
casa de uma colecionadora de artes, entre outros.
Um dia os três rapazes e as
duas raparigas tinham ganho um concurso para poderem ir a Macau só que eles
ficaram na conversa, não deram conta que o tempo estava a passar e chegaram
atrasados, por esse motivo quase que perdiam o direito à viagem. Havia um grupo
mais velho que também concorreu e ganhou. Eles sabiam que só um grupo de cada
faixa etária podia viajar, contudo, apesar de atrasados, conseguiram ir todos
juntos no avião.
Quando chegaram a Macau,
foram passear e perderam-se, mas encontraram um rapaz, chamado Tang, que sabia
falar português, então foram para casa dele. E este convidou-os para irem com
ele à ilha de Coloane, para visitarem o avô dele, mas só encontraram um senhor
com um sinal de tufão no pescoço e acharam tudo muito estranho. Pouco tempo
depois, foram ver um moinho velho e encontraram um senhor que lhes disse que o
sinal de tufão significava azar. Quando tentavam ir para a casa do Tang, encontraram
umas pessoas que lhes bateram só que depois apareceu um idoso que os mandou
embora e atirou-lhes uma tábua de madeira com o número quatorze. Quando
chegaram a casa do amigo, disseram-lhe que sabiam quantos assaltantes eram,
porém enganaram-se, pois acharam que eram catorze, mas afinal aquele número
significava a morte.
No dia de Carnaval, foram
para o moinho para descobrirem o que se passava lá. Viram o jardineiro e
perseguiram-no. Colocaram pontos de vigia e viram o jardineiro a entrar numa gruta.
Pouco tempo depois, eles foram apanhados e levados para uma ilha.
Eu gostei de algumas frases,
mas as que me chamaram mais a atenção foram: “Uma pista falsa indicou-nos o
caminho certo”, porque gostei do trocadilho, e a expressão “Mas tal como um bom
presente pode estar embrulhado em papel feio…” significa que o que interessa
não são as aparências.
Será que eles descobriram
quem eram os assaltantes e conseguiram escapar da ilha?
Isso eu deixo para vocês descobrirem.
Eu
aconselho a leitura deste livro porque tem uma linguagem fácil, imagens ilustradoras
e uma história muito emocionante.
Espero ter despertado o
interesse para a leitura desta história.
A
Peste
Albert Camus
O livro “A Peste” é da
autoria do francês Albert Camus (laureado com o Prémio Nobel da Literatura no
ano de 1957) e foi publicado no ano de 1947.
A ação desta obra
desenrola-se na cidade de Orão, localizada no litoral da Argélia. Esta
localidade é descrita pelo narrador (cuja identidade permanece omissa até perto
do fim da narrativa) como sendo “moderna”, mas também “feia”, “vulgar” e “banal”.
Porque todos os habitantes de Orão estão sujeitos ao hábito da vida quotidiana
citadina, os acontecimentos descritos nas páginas seguintes do livro adquirem
contornos ainda mais surpreendentes relativamente àquilo que seria de esperar.
Após uma breve introdução, o
narrador apresenta a personagem principal, o médico Bernard Rieux, de 35 anos, que,
no dia 16 de abril de um ano indefinido da década de 1940, se depara com um
rato morto nos degraus de acesso ao seu consultório. Rapidamente,
o médico apercebe-se do facto de que este acontecimento não é um caso solitário:
por toda a cidade, ratos mortos começam a ser avistados em grande número até
que, certo dia, inexplicavelmente, deixam de aparecer.
O súbito desaparecimento
destes animais coincide com o adoecimento de alguns cidadãos de Orão, que
apresentam sintomas, como, por exemplo, febre, inchaços dolorosos nos gânglios
localizados no pescoço e nas axilas e manchas negras no corpo. Após uma breve
deliberação acerca da natureza deste estranho flagelo, chega-se à conclusão de
que se trata da peste bubónica, transmitida pelos ratos. Assim, o governo local
põe em prática uma série de medidas, entre as quais o encerramento da cidade e a
imposição de um cordão sanitário.
A narrativa desenvolve-se em
torno deste inusitado acontecimento, mas, ao contrário do que um livro
intitulado “A Peste” poderia fazer prever, as consequências físicas da doença não
são abordadas de uma forma extremamente minuciosa; o narrador parece dar maior
destaque à caracterização psicológica dos intervenientes, bem como às decisões
por eles tomadas.
Esta abordagem, que pode ser
caracterizada como sendo pouco ortodoxa, permite uma aproximação a alguns temas
que, de outra forma, poderiam parecer pouco relacionados com a peste (como é o
caso do egoísmo, da corrupção e da solidariedade).
Se bem que a situação
epidémica origine situações de grande interesse ao longo da narrativa, deve-se ainda
salientar o papel da reflexão, que serve, indubitavelmente, como o mais
importante alicerce aos fundamentos deste livro.
Para além disso, verifica-se
que Camus conseguiu imprimir um grande realismo à obra, na medida em que foi
capaz de recriar, com sucesso, um ambiente citadino no âmbito de uma epidemia.
Não obstante a escassa informação existente acerca de doenças infeciosas na
época em que “A Peste” foi publicada, o autor francês previu mesmo algumas
medidas, como é o caso do isolamento dos cidadãos e o uso de máscara, que foram
tomadas ao longo da pandemia de COVID-19.
A inteligência demonstrada
pelo autor na escrita desta obra e a sua proficiência literária são ainda
destacadas por um outro pormenor: a peste, é, na verdade, uma alegoria ao
fascismo (não tivesse sido o autor um combatente pela Resistência Francesa na
Segunda Guerra Mundial). De facto, os diferentes estágios de evolução da peste enquanto
doença e a sua influência no comportamento da população correspondem exatamente
às diferentes fases do conflito bélico mais mortífero da história da
humanidade.
A
Campânula de Vidro
de Sylvia Plath
A Campânula de Vidro,
escrito por Sylvia Plath, conta a história de uma jovem que luta contra a
depressão. Descreve, explicitamente, os seus pensamentos e como ela se sente
encurralada e sufocada pela própria vida, explicando-se, assim, o título do
livro.
A personagem principal
comporta-se de uma forma surpreendente ao longo da obra. Na primeira parte, ela
é uma rapariga muito inteligente e estável, com objetivos definidos que
pretende alcançar. Posteriormente, recebe uma carta a informar que não foi
aceite num emprego que ansiava ter. Então, decide desistir dos seus estudos.
Esta decisão foi muito surpreendente para mim, pois não consegui perceber como
é que uma rejeição a poderia ter afetado tanto. Mas afetou e levou-a a uma
depressão tão grande que ela tentou suicidar-se. A descrição das tentativas de
suicídio e a falta de motivação da personagem para fazer o que quer que fosse
foi o que mais me espantou.
Recomendo este livro a
toda a gente, porque ajuda a entender a importância da saúde mental. Na minha
opinião, algumas pessoas ainda não encaram os transtornos mentais com a devida
seriedade e esta história expõe as mudanças drásticas que podem acontecer na
nossa vida se estivermos a lidar com uma doença mental.
Por Quem os Sinos Dobram
Ernest Hemingway
O
toque de um sino pode fornecer-nos diversas informações, como o horário de uma
missa, uma emergência, uma morte… Portanto, quando se ouve uma melodia fúnebre
vinda de uma igreja, a pergunta imediata que todos fazemos é: “Quem morreu?”,
ou seja,” Por quem os sinos dobram?”. Naquele momento, os sinos estão a dobrar
por um outro ser humano, mas um dia eles tocarão por cada um de nós, o que
demonstra a efemeridade da vida e a importância de cada um no mundo.
O
título da obra Por Quem os Sinos Dobram foi inspirado no poema
“Meditações XVII”, de John Donne. É com um excerto deste mesmo poema que
Hemingway inicia o livro: “Nenhum homem é uma ilha isolada, cada homem é uma
partícula do continente, uma parte da Terra. Se um torrão é arrastado para o
mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse casa
dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque
faço parte do género humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti.”
Este
livro é um romance escrito por Ernest Hemingway e publicado a primeira vez a 21
de outubro de 1940. É considerado por muitos a maior obra do autor.
Ernest
Hemingway nasceu em 1899 e era norte-americano. Trabalhou como correspondente
de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola (que durou de 1936 a 1939)
e serviu também como condutor de ambulância na Segunda Guerra Mundial. A sua
experiência pessoal ao lado dos Republicanos inspirou-o a escrever, criticando
a violência de ambos os lados, a burocratização e os privilégios por parte da
República.
Recebeu
vários prémios, sendo o mais importante o Prémio Nobel da Literatura em 1954.
Acabou
por se suicidar em 1961.
A
história desenrola-se durante a Guerra Civil Espanhola, nas montanhas de
Guadarrama. O narrador é heterodiegético (não participa na ação) e quanto à
focalização é omnisciente (sabe de tudo). Este livro, com 511 páginas, conta
tudo o que Robert Jordan (um ano depois de estar na guerra) viveu desde o dia
em que chegou à montanha, os dois dias completos que se sucederam e a manhã do
ataque. Mas que ataque?
O protagonista
era um americano que residia no Estado de Montanha e que integrava as Brigadas
Internacionais, lutando ao lado das forças democráticas e Republicanas – um
verdadeiro antifascista como o próprio se intitulava.
Veio
pela primeira a Espanha doze anos antes de a narrativa começar, aprender a
língua e conhecer o país, já que era professor de Espanhol numa universidade.
Aí aprendeu a lidar com pólvora e, por isso, recebeu uma missão do general
Golz: destruir uma ponte nas linhas fascistas por ocasião de um ataque
simultâneo à cidade de Segóvia. O problema consistiria em surpreender as
sentinelas e destruir a ponte de uma maneira normal, sem pensar em consequências.
Para
o ajudar, Robert contou com o “bando” de Pablo, que era constituído por Pablo;
a sua mulher Pilar, uma verdadeira republicana, que assumiu desde logo o
comando; Maria, por quem o rapaz acaba por se apaixonar contrariamente ao que
esperara; Anselmo, um velho muito leal e com princípios; Rafael, um cigano sem grande
utilidade; El Sordo, líder de outro grupo nas montanhas, que, tal como o nome
indica, era surdo de um ouvido, e ainda outras personagens com menos relevância
como Andrés, Agustín, Eladio, Joaquín e Fernando.
É
de notar que todos tinham já destruído um comboio com o antecessor de Jordan,
tendo por isso alguma experiência no assunto.
Logo
no início da história, Pilar, cigana, leu as mãos do inglês (como todos o
chamavam), mas recusou-se a dizer-lhe o que viu, funcionando isto, então, como
um presságio.
Os
aviões nacionalistas que se observavam também não eram de todo um bom sinal,
porque podiam correr boatos da ofensiva e o ataque era de extrema importância.
Pablo
era o único contra o negócio da ponte, porque, apesar de ter sido em tempos um
bom republicano, estava acabado e saberia que teria de sair dali, mal a ponte
fosse destruída. Por isso, em vários momentos, todos esperaram que Jordan o
matasse, mas não é bom para um estrangeiro matar na região onde tem de agir com
gente local. Para além disso, quando o serviço fosse feito, era necessário
proceder à retirada (que seria em princípio para os Gredos) e só Pablo tinha
inteligência suficiente para elaborar um plano, sendo necessário conviver com
ele.
O
rapaz dava por si a imaginar o futuro, em Madrid, onde incluía Maria. Não
desejava ser um herói, mas apenas apenas ser feliz com ela e ter paz. Só que
tudo parecia complicar-se: em pleno junho, começou a nevar; numa manhã, apareceu
no acampamento um fascista e o protagonista é obrigado a disparar; o bando de
El-Sordo foi morto e eles não os puderam ajudar; Pablo fugiu e levou parte do
equipamento necessário à missão, acabando por voltar, com alguns homens,
dizendo estar “dentro”, mas sem a mercadoria, que atirou ao rio.
Foi
necessário traçar um novo plano e Jordan começava mesmo a acreditar que tudo
iria correr mal. Por isso, pediu a Andrés que fizesse chegar até Golz uma
carta, que provavelmente o faria recuar. Mas a ponte explodiu. Anselmo, Eladio
e Fernando faleceram. O protagonista ficou gravemente ferido numa perna, quando
tentavam já fugir e, apesar de a história terminar antes de ele perder a vida,
sabemos que não demoraria muito, por isso pediu ao grupo prosseguisse sem ele.
E assim foi. Se chegaram até aos Gredos? Talvez, quem sabe.
Na
minha opinião, este é um excelente livro sobre a condição humana, sobre toda a
nossa existência desde o nascimento, todos os medos, angústias, mas também tudo
o que de bom que experienciamos e que irá obviamente culminar na morte. É de
notar o realce da importância de viver, de cada vida.
No
texto, algumas personagens perguntam-se que direito têm de tirar a vida a outro
ser humano, mesmo sendo a favor de algo em que acreditam piamente. Temos o
exemplo de Anselmo, um caçador, muito habituado a disparar contra animais, mas
que tinha a certeza de ser pecado matar pessoas (“Para mim matar um homem é
pecado. Mesmo quando são fascistas que é preciso matar”.). Também Robert Jordan
se interrogou várias vezes acerca deste mesmo tema, se seria correto e como
sofreria a família de cada um dos que morriam (tal como a do soldado que este abateu).
A verdade é que na guerra a morte nada significa e só é evitada se puder interferir
no cumprimento do dever.
Um
contra-argumento é exatamente os que matam por diversão, por prazer, não
demostrando nenhuma empatia pelo próximo. Temos a história macabra que Pilar
conta do início do movimento na sua pequena cidade, organizado e liderado por
Pablo, onde participou toda a população. Consistiu em espancar, humilhando
primeiro, inúmeros opositores, alguns sem culpa alguma, culminando na perda da
vida de cada um deles e do padre que Pablo tinha obrigado a confessar os
anteriores.
Também
os fascistas que maltrataram Maria, rapando-lhe o cabelo e violando-a depois de
matarem os pais são uma prova desta violência extrema.
Se
pensarmos no excerto do poema de John Donne, a morte de cada um diminui-nos porque
todos temos importância e um papel a desempenhar no mundo. A guerra tem de ser
encarada como uma mentira uma vez que matar nunca será solução.
Com a leitura deste livro, aprendi como é possível viver uma vida em pouquíssimos dias, dar valor a cada pormenor, fazer amigos verdadeiros como Robert e até encontrar o nosso verdadeiro amor. A verdadeira lição a retirar é que devemos aproveitar cada segundo como se fosse o último, porque na realidade pode mesmo ser.
“O
Sentimento de um Ocidental”
Cesário Verde
Os tipos sociais e a sua caracterização assumem uma
posição de grande relevo no poema “O Sentimento de um Ocidental”, de Cesário
Verde. Ao longo da sua deambulação pelas ruas da cidade de Lisboa, o sujeito poético
não esconde a simpatia que sente pelo povo e pela classe trabalhadora,
elogiando-os em diversas ocasiões. Contudo, o seu olhar foca-se também na “Dor
humana” sentida por aqueles que trabalham e provocada pelas dificuldades que
têm de enfrentar diariamente.
Imediatamente na primeira parte do poema, intitulada
“Ave Marias”, o sujeito poético dá a conhecer ao leitor duas personagens
(coletivas) que servem como evidência do relato da “Dor humana”: os mestres
carpinteiros e as varinas.
Os mestres carpinteiros são comparados a morcegos.
Ora, sabe-se que estes animais são notívagos, estando ativos preferencialmente
durante a noite. Esta comparação, estabelecida pelo eu lírico, permite perceber
que os carpinteiros tinham horários de trabalho alargados, algo que será
certamente custoso. Para além disso, ficamos a saber que os membros
constituintes desta personagem coletiva correm constante perigo de vida, pois
“Saltam de viga em viga” para se movimentarem nas edificações que constroem.
Posteriormente, o sujeito poético apresenta uma nova
personagem, as varinas, descritas como sendo mulheres robustas. No entanto, a
sua vida está repleta de dores e dificuldades. São pobres (“Descalças!”) e
trabalham o dia todo nas descargas de carvão e em bairros de pouca salubridade
(“E o peixe podre gera os focos de infeção!”). Inclusivamente, têm muitas vezes
de levar os filhos nas canastras onde transportam também o peixe, filhos estes
que estão sujeitos a uma morte futura por naufrágio.
Assim, é possível verificar que o relato da “Dor humana” sentida por aqueles que trabalham está fortemente presente neste poema da autoria de Cesário Verde. A descrição de personagens como os mestres carpinteiros e as varinas, feita pelo eu lírico, informa do perigo de vida que correm (queda de elevadas alturas e possibilidade de apanhar infeções) e dos horários de trabalho difíceis que têm de cumprir. Além disso, as varinas estão sujeitas ao sofrimento provocado pela morte dos entes queridos, o que acentua ainda mais esta “Dor humana”.
O
livro que li tem como título “Contos de Grimm”, de Jacob e Wilhelm Grimm,
traduzido por Teresa Aica Bairos, ilustrado por Daniele Fabbri e editado pela
Porto Editora. Este livro é composto por quinze contos,
mas a minha história favorita foi a “Raposa e o Gato”, pois tem uma escrita
sedutora e interessante. A história fala sobre o encontro entre
uma raposa e um gato. O gato, que admirava muito a raposa por conseguir
defender-se muito bem dos outros animais, foi falar com ela, mas a raposa
tratou-o muito mal, inferiorizou-o, argumentando que o gato, para se
defender, só sabia subir às árvores. Quando os cães apareceram, o gato saltou
imediatamente para a árvore e alertou a raposa para fugir. O que será que a raposa vai fazer? Será
que consegue defender-se? Eu gostei muito de ler este livro,
porque tem histórias interessantes e curiosas que despertam a curiosidade do
leitor e alimentam a imaginação. Achei que algumas ilustrações eram muito
sugestivas e gostei muito de algumas expressões que achei engraçadas. A
título de exemplo, apresento uma que considero representativa da bazófia da
raposa: “Eu cá sou mestre de mais de cem artes”.
|
Venho
falar-vos de uma narrativa que tem como título O Menino-Estrela, da
autoria de Oscar Wilde e ilustrado por Raquel Costa.
A história tem como personagem principal
um menino que foi crescendo cada vez mais bonito, mas era rude e malcriado. Um
dia apareceu uma mendiga que revelou ao menino ser a sua verdadeira mãe, porém
ele negou, com arrogância e insensibilidade, e considerou-a feia e pobre.
Ao rejeitar a sua mãe, o menino começou a
ter uma aparência feia e todos os desprezavam.
Após muito tempo, arrependido, decidiu ir procurá-la, o menino prometera a si
próprio que não descansaria enquanto não a encontrasse.
Aí começou a sua aventura, tendo de passar
por vários desafios.
Será que o Menino-Estrela encontrou a sua mãe?
A frase que mais me marcou nesta história
foi: “Porque estamos nós tão contentes, se a vida é para os ricos e não para
pessoas como nós?”. Esta frase impressionou-me porque, independentemente de
algumas pessoas terem mais dinheiro que outras, somos todos iguais e temos
todos os mesmos direitos.
Gostei do livro, porque transmite uma
lição de vida: todos somos iguais, não se deve julgar ninguém pela aparência e
não devemos concentrar-nos só em nós.
Texto e ilustração de Sara Sonnemberg, 6ºD,
N.º20
Le Garçon-étoile
Je
viens vous parler d'une narrative qui a comme titre Le Garçon-étoile, écrit par Oscar Wilde et illustrée par Raquel
Costa.
Comme
personnage principal, l' histoire a un garçon qui devenait de plus en plus beau
au fur et à mesure qu'il grandissait, mais il était rude et malpoli.
Un
jour, une pauvre dame est apparue et elle a révélé à l'enfant qu'elle était sa
vraie mère, sauf que l'enfant l'a contredit, avec arrogance et insensibilité,
et il a considéré cette femme comme une femme moche et pauvre.
Après
avoir rejeté sa mère, le garçon a eu une apparence laide et tout le monde le
méprisait. Après beaucoup de temps, le garçon, plein de regrets, s'est mis à
chercher la dame et il s'est promis de ne pas arrêter avant l'avoir trouvée.
Et
c'est là que son aventure a commencé, le garçon a du réussir plusieurs défis.
Est-ce
que le garçon-étoile a reussit à trouver sa mère?
La
phrase de l'histoire qui m'a le plus marquée est: «Pourquoi sommes-nous si
contents, si la vie est pour les riches et non pour les gens commes nous?».
Cette phrase m'a beaucoup impressionné parce que, même s'il y a des gens avec
plus d'argent que d'autres, nous sommes tous pareils et on a tous les mêmes
droits.
Il
y a deux figures de style qui m'on enchanté: «La Terre va se marier et ce-là
est sa robe de mariage.»- cette métaphore différencié la beauté de la terre
recouverte de neige, comme si elle était recouverte par un beau voile
blanc;«...Certains ont beaucoup et d'autres n’ont rien. L'injustice divise le
monde, rien n'est distribué avec égalité sauf la douleur.» -cette antithèse met
en évidence les inégalités socials et économiques entre les personnes et
l'injustice de cette situation.
J'ai
aimé ce livre, parce qu'il transmet une leçon de vie: nous sommes tous égaux ,
personne ne peut être jugé par son apparence et nous ne devons pas nous
concentrer uniquement sur nous-même.
Texto de Sara Sonnemberg, 6ºD,
N.º20
Venho apresentar as
minhas impressões de leitura do livro A
Música dos Ossos, do autor David Almond.
O texto é do género narrativo e fala de um
romance entre um rapaz, Gabriel, e uma rapariga, Sylvia. Esta e sua mãe foram
para uma aldeia que não tinha WiFi, Net nem televisão. Depois de chegarem,
Sylvia foi passear e conheceu um rapaz chamado Colin, que lhe perguntou se
queria ser irmã dele e informou que tinha um irmão chamado Gabriel.
Gabriel, durante a noite, tocava um
instrumento chamado osso oco, parecido com uma flauta, acordando Sylvia com a
música que saía daquele instrumento frágil. Gabriel e Sylvia começaram a falar
mais um com o outro. Um dia, Gabriel mostrou o osso oco à Sylvia e, no dia
seguinte, foram para a floresta para encontrarem um osso oco e, assim,
arranjarem um instrumento para Sylvia. Eles avistaram um milhafre morto e
usaram-no para fazer o osso oco. Mas como? O que aconteceu depois? Leiam para
saber!
Achei este livro muito interessante,
porque tem muitos recursos expressivos, a linguagem é rica e apreciei
especialmente algumas personagens que passo a referir: Sylvia, a sua mãe,
Gabriel, Colin e Andreas. Houve algumas expressões de que gostei muito, tais
como: “Era maravilhoso uivar assim, encher o ar vazio com som, com ela mesma,
Sylvia Carr.”
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Venho apreciar criticamente
o livro: Zara e Pirata dos Açores,
escrito por Lídia Valadares, com ilustrações de Francisca Ramos Santos e da
editora CHIADO.
Foi a primeira vez que li
um livro escrito por Lídia Valadares (a nossa professora de Português), e
adianto-vos já que me surpreendi, pois durante a leitura eu conseguia sentir
que era a minha professora que a estava a contar, reconhecendo algumas das
expressões que costuma utilizar na aula, e também pelo facto da sua linguagem
culta e rica.
Este livro fala da história
de Zara, uma perdigueira portuguesa, a narradora desta história, vivida com o
seu companheiro, Pirata dos Açores, um cão de Fila de S. Miguel. Trata-se de
uma obra dirigida ao público mais jovem, com uma linguagem simples que remete para
situações do quotidiano com as quais o público-alvo facilmente se identifica,
como por ex: “E ali ficámos os três a navegar na “Net” ou “É bué de grande.
Altamente!” ...
Este livro é composto por
11 capítulos, mas tem a particularidade de cada capítulo contar uma história
isolada, permitindo ao leitor uma leitura livre sem a obrigatoriedade de
respeitar a ordem dos mesmos.
Achei particularmente
interessante, logo no primeiro capítulo, quando Zara se compara a si e ao
Pirata com Angelina Jolie e Brad Pitt. Mas o meu capítulo preferido foi: “O
Pirilampo”, pois gostei dos diálogos estabelecidos entre a Zara e o Pirata e
também do cómico de certas situações.
É um texto muito rico, já
que durante a narrativa encontramos com frequência o recurso ao intertexto, ou
seja, há referências a outras obras literárias, como por ex: Um romance de Daniel Pennac, O sermão de S. António aos peixes, Piratas e Corsários de Ana Maria
Magalhães e Isabel Alçada, mas, para além destas, encontramos ainda referências
a outras áreas, como a música\ópera, por ex.: referências ao compositor
Vivaldi, as óperas: “TOSCA” o “Barbeiro de Sevilha” ou “AIDA” de Verdi.
Gostei deste excerto que
mostra quando Zara volta da escola e regressa a sua casa: “Como é bom estar em
casa! Estar de novo com o meu Pirata, com os meus donos, no meu quintal, no meu
apartamento sem grades, num espaço de cheiros tão familiares que me despertam
recordações, sensações e me dão uma segurança e felicidades irredutíveis...”.
Também experimento um pouco estes sentimentos quando regresso a casa depois de
uns dias fora.
Aconselho a leitura deste
livro, pois acho-o muito divertido, com uma linguagem fácil de entender e
porque faz o leitor oscilar constantemente entre o riso e a reflexão de certas
passagens.
Mas o encanto deste livro
não termina com o final da narrativa, este é o mote para outra experiência que
a autora nos oferece e que torna ainda mais aliciante a leitura deste livro,
claro que não vos vou contar tudo, mas posso adiantar que envolve crucigramas e
sopas de letras, mas se querem descobrir mais leiam o livro.
Espero ter despertado em
vós o interesse na leitura deste livro.
Texto e ilustração de Diogo Morgado N.º 6, 5.º D
Eu tu
|
Je
viens apprécier de manière critique le livre: Zara et Pirata dos Açores,
écrit par Lídia Valadares, avec des
illustrations de Francisca Ramos Santos et de
l'éditeur CHIADO.
Ce fut
la première fois que
j'ai lu un livre de Lídia Valadares (notre enseignante de Portugais), et je dis
directement que j'ai été surpris, pendant la lecture j'ai réussi à sentir que
c'était mon enseignante qui racontait l'histoire, car j'ai reconnu quelques
expressions qu'elle a l'habitude d'utiliser et aussi parce que le livre a un
langage très riche et très cultivé.
Ce livre parle de l'histoire de Zara, une
setter portugaise, la narratrice de cette histoire, qui vit avec son compagnon,
Pirate dos Açores, un chien de ligne de S. Miguel. Ce livre est un ouvrage
destiné à un public plus jeune, avec un langage simple qui renvoie à des
situations du quotidien auxquelles le public ciblé s'identifie facilement,
comme : « Et là nous sommes restés tous les trois à surfer sur le Net » ou « C'est géant. Super" …
Ce livre é composé par 11 chapitres, mais il a un style particulier car
chaque chapitre raconte une histoire isolée et cela permet aux lecteurs d'avoir
une lecture libre sans devoir lire les chapitres dans l'ordre.
J'ai trouvé le livre très intéressant, dès le premier chapitre, quand
Zara se compare à Angelina Jolie et quand elle compare son Pirata à Brad Pitt.
Mais mon chapitre préféré est «La luciole», parce que j'ai bien aimé les
dialogues entre Zara et le Pirata et j'ai aussi aimé le comique de certaines situations.
C'est un texte très riche, puisque durant
toute la narrative on rencontre avec fréquence le recours à l'intertexte, ce
qui veut dire que le livre contient beaucoup de références à d'autres ouvrages
littéraires, comme par exemple: Un roman, de Daniel Pennac, Le serment de
S.António aux poissons, Pirates et Corsaires de Ana Maria Magalhães et Isabel
Alçada, mais cet ouvrage contient aussi des références à la musique/opéra,
par exemple: elle a de nombreuses références à Vilvadi, aux opéras: «TOSCA»
, « le Barvier de Seville» et «AIDA» de Verdi.
J'ai bien aimé cet extrait qui montre
quand Zara sort de l'école et rentre à sa maison: «Comme s'est agréable d'être
chez soi ! Être à nouveau avec mon Pirata, avec mes maîtres, dans mon jardin,
dans mon appartement sans barreaux, dans un espace d'odeurs tant familières qui
me font retrouver tant de souvenirs, de sensations et qui me donnent une assurance
et une joie irréductible...». Je ressens aussi ces sentiments quand je reviens
à la maison après quelques jours loin de chez moi.
Je vous conseille la lecture de ce livre,
parce que je le trouve très amusant, avec un langage facile à comprendre et ce
livre fait les lecteurs se demander s'ils doivent rire ou alors réfléchir sur
certain passage. Mais la beauté du livre ne se termine pas avec la fin de la
narrative, c'est la devise pour une autre expérience que la narratrice nous
offre et qui rend la lecture de ce livre encore plus intéressante, bien sûre je
ne vais pas tous vous raconter, mais je peux déjà vous dire que le livre a
beaucoup de lien avec des choses comme les soupes aux lettres etc...mais si
vous voulez découvrir plus de choses sur ce livre je vous invite à le lire.
J'espère que j'aie éveillé votre curiosité sur ce livre.
Tradução de Tiago Medeiros Teixeira, n.º 13, TM
O
Cavaleiro da Dinamarca
Sophia de Mello Breyner Andresen
Tudo
pela família
A autora Sophia de Mello Breyner Andresen tem várias
obras famosas como, por exemplo, O Cavaleiro da Dinamarca, que foi
lançado em 1964 e, posteriormente, reeditado duas vezes: em 2014 e em 2017.
Esta obra conta a história de um homem, um
Cavaleiro, que vivia com a sua família numa floresta da Dinamarca, no Norte da
Europa. Junto à sua casa, havia um pinheiro que era a árvore mais alta da
floresta.
Numa noite de Natal, durante a ceia, quando todos
estavam juntos à volta da lareira, a comer e a contar histórias, o Cavaleiro
comunicou que iria partir em peregrinação à Terra Santa, para rezar na gruta
onde o Menino Jesus tinha nascido. Portanto, dessa noite a um ano, não estaria
ali, mas voltaria daí a dois anos.
Na primavera seguinte, partiu e, levado por bons
ventos, chegou muito antes do Natal à Palestina, onde visitou todos os locais
sagrados relacionados com a vida de Jesus.
Quando chegou a noite de Natal, o Cavaleiro
dirigiu-se à gruta de Belém, onde rezou a noite inteira e pediu aos anjos que o
ajudassem na viagem de regresso.
Passada essa noite, o Cavaleiro despediu-se da Terra
Santa e, na companhia de outros peregrinos, partiu para o porto de Jafa. Entre
esses peregrinos, havia um mercador de Veneza, com quem o Cavaleiro travou
grande amizade.
Já de regresso à Dinamarca, uma tempestade
violentíssima quase destruiu o barco em que viajava. Depois do mau tempo,
chegaram ao Porto de Ravena, em Itália; porém, o navio estava tão danificado
que não podia seguir viagem. Então, o mercador convidou o Cavaleiro a visitar
Veneza e a atravessar o Norte de Itália. E assim aconteceu. Pelo caminho,
conheceu várias cidades (Ravena, Veneza, Florença, Génova), onde fez diversos
amigos e tomou contacto com culturas, estilos arquitetónicos e pratos que ele
desconhecia. Em todas as cidades lhe contaram belas histórias e o convidaram
para ficar, mas ele sempre recusou, porque tinha feito uma promessa, que era
regressar a casa e aos seus no Natal.
Após inúmeras aventuras, conseguiu chegar à floresta
em que vivia. Ao passar na aldeia dos lenhadores, estes disseram-lhe para ficar
ali até ao amanhecer, porque ia perder-se, mas ele recusou, pois não queria
chegar atrasado a casa. Seguiu, pois, viagem, mas pensou que estava perdido,
pois não encontrava o caminho.
Entretanto, os anjos acenderam pequenas estrelas no
abeto que ficava em frente da sua casa, guiando-o até ao calor do seu lar e da
sua família.
Esta obra é importante, porque nos mostra que, para
realizarmos os nossos objetivos, devemos ser persistentes e nunca desistir,
apesar das dificuldades.
É uma das melhores obras de Sophia. Esperamos que ela continue a encantar gerações, tal como fez connosco.
Texto de Ana Sílvia Freitas de Castro, 8.º B
e de João Pedro Valverde Borges dos Santos Vaz, 8.º B
História
de uma baleia branca
Luís Sepúlveda
O livro História de uma baleia branca, de
Luís Sepúlveda, é muito interessante, porque nos leva para um universo de
simplicidade.
O narrador ouve, dentro de uma concha, a voz de uma
baleia chamada Mocha Dick, que lhe conta a sua história.
Esta baleia, desde que nasceu, tinha grande
admiração pelos homens, por serem seres da terra que não conseguiam respirar
debaixo de água, mas, mesmo assim, aventuravam-se pelo mar apesar de saberem
que podiam morrer.
Um dia, esta baleia recebeu uma missão especial. Ela
tinha como tarefa proteger quatro velhas humanas que transportavam, de uma ilha
para outra, as pessoas que pertenciam ao Povo da Gente do Mar quando estas
morriam. Logo que estas velhas senhoras mergulhavam no mar, transformavam-se em
baleias, devido ao seu dom, e conseguiam levar os corpos nos seus dorsos. Mocha
Dick tinha, então, como missão proteger as velhas humanas dos caçadores de
baleias.
À medida que os dias passavam, os homens caçavam
cada vez mais baleias e tentavam sempre apanhar Mocha Dick, o grande cachalote
branco.
Um dia, os caçadores mataram três das velhas baleias
humanas e a quarta ficou gravemente ferida. Por isso, o grande cachalote jurou
que se ia vingar dos homens.
Esta história é bastante simples e suscita
curiosidade acerca do resto da história desta baleia. O seu nome é a pista para
saber mais sobre ela.
Quando li este livro, fiquei encantado e, sobretudo,
muito curioso sobre o que aconteceu com a baleia branca.
Espero que o leiam e que gostem dele como eu gostei.
Texto de Tomás Araújo Cordeiro, 8.º B
Contos
Exemplares
Sophia de Mello
Breyner Andresen
Se gosta de um bom livro para refletir, este é ideal
para si. O livro Contos Exemplares foi escrito por Sophia de Mello
Breyner Andresen e, como o título sugere, fala de contos com alguma lição.
O conto mais interessante, “A Viagem”, será o que
pretendo apreciar de seguida.
Tudo começa quando um casal decide fazer uma viagem,
mas, durante essa jornada, perdem-se constantemente. Quando se apercebem e
voltam atrás, as encruzilhadas que outrora lá se encontravam tinham
desaparecido. Este ciclo repete-se várias vezes até que o homem acaba por
morrer, caindo de uma falésia.
Este conto foi, na minha opinião, o mais
interessante, devido à sua lição: aproveitar bem a vida.
Toda esta viagem representa uma vida; as encruzilhadas
são uma metáfora das nossas possibilidades de escolha; o homem a cair da
falésia refere-se à morte e, no geral, a viagem é o símbolo de uma vida mal
aproveitada que acaba por chegar a um final inesperado.
Em relação aos defeitos ou partes de que menos gostei,
não consigo indicar nenhum concretamente, mas não apreciei muito o fim, que,
apesar de ser apropriado, achei um pouco melancólico, o que me deixou triste.
De resto, é um livro que recomendo vivamente, não só por este conto, mas por também por todos os outros.
A Lua de Joana
Maria Teresa Maia Gonzalez
O livro “ A Lua de Joana” foi escrito por
Maria Teresa Maia Gonzalez, ilustrado por Cristina Malaquias e publicado pela
editora Verbo.
Esta obra fala de uma rapariga como
tantas outras que estuda, tem amigos, família, alegrias e tristezas. Essa
rapariga chama-se Joana. Ela perdeu a sua melhor amiga, a Marta, que morreu
devido ao consumo de drogas. Como escape para superar a perda da amiga, a Joana
escreve-lhe cartas todos os dias a contar-lhe como foi o seu dia a dia. Quando
escreve essas cartas, Joana relata tudo com grande pormenor, porque, ao fazê-lo,
sente-se mais próxima de Marta, mesmo não entendendo o que levou a amiga a
meter-se nas drogas.
Após a morte de Marta, Joana mudou o
seu quarto pondo tudo de cor branca, paredes, cortinas, roupeiro, e pendurando um
baloiço em forma de lua, no meio. Joana coloca a lua em quarto crescente,
quando quer pensar, e em quarto minguante, quando está triste.
Razões para estar triste, não lhe
faltam. A sua família não lhe dá atenção, exceto a sua avó Ju. A mãe está
sempre na loja, o pai, quase nunca o vê, porque ele está sempre a trabalhar e o
irmão é muito difícil de aturar. Quando a sua avó morre, Joana fica muito
triste, porque a avó era a única pessoa, com quem ela podia contar após a morte
de Marta, pois a sua avó estava sempre lá quando ela precisava. Após o sucedido,
Joana só pode contar com Diogo, irmão de Marta, e com Ana Rita, amiga de Diogo e
que terá levado Marta para o mundo das drogas.
Após algum tempo, Diogo começa a
pedir dinheiro a Joana sem justificar, mas esta acaba por descobrir que o amigo
se envolveu nas drogas, como a sua irmã Marta. Um dia, Joana foi a casa de
Diogo e viu que o tinham agredido fisicamente. Ela não sabia o que fazer,
apenas sabia que o tinham agredido por ter dívidas, por causa das drogas. Diogo
pediu a Joana para telefonar à Ana Rita, para esta lhe trazer droga a casa.
Como Diogo não tinha dinheiro para pagar, Joana foi a sua casa e deu, como
pagamento, um dos seus imensos relógios, que o pai lhe oferecera.
Foi no momento em que Diogo estava a ingerir
aquela substância que Joana, sem pensar, também experimentou. A partir daí,
Joana começou a vender todas as suas coisas para ter dinheiro para comprar
droga. Chegou a uma certa altura em que Diogo e Joana tentaram sair desse mundo.
Diogo conseguiu, mas Joana acabou por morrer, como a sua amiga Marta.
A
minha personagem favorita é a principal, Joana, uma adolescente que sofre com
alguns traumas: falta de apoio da família, morte da melhor amiga e, mais tarde,
o vício da droga. Apesar de não ter gostado de todas as ações que fez, foi a
que mais me chamou a atenção, porque ela consegue superar tanta dor e depois
acaba em segundos por estragar a sua vida devido ao consumo das drogas.
Este livro ensina-nos muitas lições, e a
principal é não cair na tentação de experimentar e outra é nunca criticar os
erros dos outros, porque um dia podemos ser nós a cometê-lo.
Aconselho a leitura deste livro, porque ele
alerta os adolescentes para os riscos do mundo da toxicodependência.
Este livro já foi escrito há alguns anos, mas
ainda hoje o tema é atual, infelizmente.
Venho
apresentar o livro “A Terra será Redonda?”, da autoria de Ana Maria Magalhães e
Isabel Alçada, ilustrado por Arlindo Fagundes.
Esta narrativa começa com dois irmãos que
tinham guardado dinheiro para comprar uns ténis. Quando chegaram à loja, o
relógio deles começou a vibrar. Aquilo era um sinal de que Orlando, um velho
cientista e amigo dos irmãos, estava por perto.
Eles seguiram a seta que aparecera no ecrã
e foram parar a uma velha padaria, onde Orlando se empanturrava com pastéis. Os
irmãos suspeitaram do comportamento e começaram a fazer perguntas, até que
Orlando decidiu comunicar o que eles temiam.
Ele informou-os que tinha que fazer uma
viagem no tempo para poder encontrar o “Sponezick 7” e que, se falhasse na sua
missão, seria o fim do mundo. Então, os dois irmãos quiseram ir com ele.
Orlando deixou-os ir e levou-os para uma estrutura onde estava a máquina do
tempo.
Então, fizeram uma viagem no tempo,
recuando 500 anos, e queriam ficar lá a viver, mas o cheiro a estrume de cavalo
e lixo não favorecia nada. Será que encontraram o cristal? Será que conseguiram
salvar o mundo?
Isso deixo convosco, só
posso dizer que foi uma grande viagem!
Gostei muito deste livro, pois acho a sua escrita
muita fácil de entender e muito rica em recursos expressivos. Gostei
especialmente de uma expressão que passo a referir: «uma viagem com quinhentos
anos», pois achei muito criativo da parte das autoras. E também apreciei
algumas ilustrações.
Recomendo
a leitura deste livro!
Venho apresentar o livro “Ismael e Chopin”, da autoria de
Miguel Sousa Tavares e ilustrado por Hugo Pinto. A narrativa centra-se em
Ismael, um coelho bravo. A sua família era enorme. Imaginem! 52 irmãos (eu cá
só tenho um)! Ele ficara a saber tudo o que o seu pai, avô, bisavô… sabiam,
pois tinha sido o escolhido pelo coelho mais sábio do bosque, o seu pai. Aliás,
também era o mais rápido e inteligente. Ensinou Ismael a encontrar comida em
todas as estações do ano, a evitar os inimigos, como o javali (mais conhecido
como “saca-rabos” ), a raposa, a águia e os homens. O pai de Ismael, o coelho
Maltesse, disse-lhe que os homens eram estúpidos numas coisas, mas inteligentes
noutras, como por exemplo: sabiam escrever o que falavam. Espantem-se! O coelho
Maltesse entendia a escrita, isto é, sabia ler. E ia ensinar Ismael a ler e a
escrever. Viviam num bosque maravilhoso, perto de uma casa amarela. Apesar dos
conselhos do pai, Ismael foi-se aventurando até que chegou a entrar na casa. E
o que ouviu espantou-o! Era o som mais incrível que já tinha ouvido: a música.
A música que tinha sido inventada pelo homem e que era diferente consoante os
instrumentos musicais. A música que encantara Ismael era tocada ao piano por
Chopin. Ismael foi-se aproximando cada vez mais de Chopin e foi descoberto pelo
compositor. O que terá acontecido? Esta é uma pergunta fácil de fazer, mas
difícil de responder… Então, vou ajudar-vos.
De início,
Chopin ficou assustadíssimo, mas foi-se habituando, até que descobriu que
Ismael compreendia a fala dos homens, não falava, mas sabia escrevê-la. Chopin
ficou tão maravilhado que quis ensiná-lo a ler música. Mas, infelizmente,
Chopin estava cada fez mais doente. Durante esse tempo, ele escreveu uma música
de encantar: Noturnos. Contudo, a saúde de Chopin estava cada vez pior, até que
teve de ser levado para a cidade para se curar. Antes de partir deixou uma
prenda a Ismael: a partitura da música “Noturnos”, que ninguém ainda tinha
ouvido e só seria ouvida muito tempo depois, quando já estivessem mortos. Só a
música não morreria e haveria de ser ouvida e apreciada, como a mais bela
música de Fréderic Chopin…
Enquanto eu
lia o texto, reparava numas expressões ou, às vezes, em imagens que me captavam
muito a atenção. Vou transcrever uma passagem que me fascinou: “Eu olhei à
roda, procurando qualquer coisa que me pudesse ajudar. E vi, pousado numa
mesinha junto ao piano, o tabuleiro de chá que a Luiza sempre trazia ao Sr.
Chopin. Encaminhei-me para lá, eu mesmo espantado com o meu atrevimento, e, com
as patas da frente, peguei no açucareiro e despejei o seu conteúdo no chão. O
Sr. Chopin olhava para mim, abanando a cabeça, já adivinhando o que eu ia
fazer. Espalhei bem o açúcar e com uma unha da pata direita escrevi o meu nome
na superfície branca do açúcar: “Ismael”. O Sr. Chopin olhou para mim e recuou
dois passos, encostando-se ao piano. Abanou a cabeça, sem acreditar no que via,
e exclamou:
- Tu escreves! Caramba, tu escreves também."
Venho partilhar
convosco a minha opinião sobre um livro que achei maravilhoso: A incrível fuga do meu avô, de David
Walliams e ilustrado por Tony Ross.
Inicialmente comecei a ler por prazer,
para passar o meu tempo nas férias, mas ler este livro captou-me uma atenção
enorme e, então, decidi apresentá-lo aqui no nosso “Li e Gostei”.
As personagens principais, são um menino
chamado Jack e o seu avô, tenente Bandeira. A história desenvolve dois temas
principais: o primeiro, que acho muito importante, é o facto de mostrar a
ligação entre duas gerações, neste caso, neto e avô, evidenciando a importância
que este convívio tem na vida de cada um, sendo um exemplo maravilhoso de uma
verdadeira amizade; o outro tema é a Segunda Guerra Mundial, que teve um
impacto gigante na vida de muitas pessoas. Este livro tem também como objetivo
homenagear esses grandes heróis que estavam no combate para que hoje muita
gente seja feliz e viva em liberdade e democracia.
Outro aspeto que acho importante é que o
avô sofre de Alzheimer e algumas
pessoas reveem-se nesta história, pois têm familiares ou outros amigos com esta
triste doença, onde o esquecimento pode colocar pessoas em situações
perigosas.
Uma das coisas que cria uma forte ligação
entre o avô e neto é que ambos adoram aviões, principalmente o grande spitfire, um avião britânico muito
conhecido, e o avô andava sempre a contar histórias antigas, pois ele tinha
sido da FAB. E, já agora, sabem o que é a FAB? A Força Aérea Britânica!
Eram muito felizes e brincalhões, mas a Alzheimer do avô agravou-se tanto que
este pensava estar a viver a 2.ª Guerra Mundial, pois tinha-se esquecido
praticamente de tudo. Em relação a isso, há uma parte do texto que, para
alguns, até é engraçada, mas, para outros, perturbadora, porque o avô
simplesmente desapareceu e foi encontrado todo divertido no pináculo da igreja
da cidade a pensar que estava a pilotar um avião. Os pais do Jack acharam
demais e então enviaram-no para um lar, chamado Torres Crepúsculo, considerado a Disneylândia para idosos, mas,
mesmo tendo essa incrível designação, o avô não queria, de maneira alguma, ir
para lá. E com razão, pois parecia uma autêntica prisão militar!
O que será que vai acontecer? O seu
querido neto ajudá-lo-á a sair? Correrá tudo bem? Isso deixo convosco, leiam e
descubram, com a certeza de que vos ides divertir imenso.
O
livro tem uma linguagem simples, mas empolgante. A história é divertida e as
ilustrações contribuem para a imaginação das peripécias.
Uma situação hilariante que passo
partilhar convosco é o modo como o avô enganava as funcionárias do lar para não
tomar a medicação que o obrigava a dormir. Elas achavam que ele tomava os
comprimidos, mas, na verdade, ele escondia-os no seu grande bigode militar.
Algo que acho também
interessante é que os livros de David Walliams têm um mascador do próprio livro
que já se relaciona com a história, por exemplo, o deste livro é um avião, e
por sua vez a história desenvolve-se à volta disso.
Espero que se sintam motivados para a
leitura deste livro!
Je viens
partager avec vous mon opinion sur un livre que j'ai trouvé merveilleux: L'incroyable fugue de mon grand-père,
écrit par David Williams et illustré par Tony Ross.
Initialement j'ai commencé à le lire par
plaisir, pour passer le temps pendant les vacances, mais lire ce livre m'a fait
capter une énorme attention par ce dernier, donc j'ai décidé de le présenter à
travers le «Li e Gostei».
Les personnages principaux sont un garçon
nommé Jack et son grand-père, le lieutenant Bandeira. L'histoire
développe deux thèmes principaux : le premier, que je trouve très important,
est le fait qu'il montre le lien entre deux générations, en l'occurrence,
petit-fils et grand-père, montrant l'importance que cette interaction a dans la
vie de chacun, ce qui est un exemple merveilleux d'une vrai amitié; l'autre
thème est la Deuxième Guerre Mondial, un événement qui a eu un énorme impact
dans la vie de beaucoup de gens. Ce livre a aussi comme objectif de rendre
hommage aux grands héros qui ont combattu pour qu'aujourd'hui il y ait des
personnes heureuses et libres dans le monde et pour qu'on puisse vivre dans une
démocratie.
Un autre aspect que je trouve très important est le fait que le
grand-père souffre d’ Alzheimer et certaines personnes pourront
s'identifier dans cette histoire , puisqu'ils ont des familiers ou des amis
avec cette triste maladie, ou l'oubli peut mettre des personnes dans des
situations dangereuses.
Une des choses qui crée un grand lien entre le grand-père et le
petit-fils est l'admiration que les deux personnages ont pour les avions,
surtout pour le spitfire, un avion britannique très connu. Et le
grand-père racontait toujours des histoires anciennes, car il a appartenu à la
FAB. Est-ce que
vous savez ce que c'est la FAB? Il s'agit de la Force Aérienne Britannique!
Le grand-père et le petit-fils étaient
très heureux, mais l'Alzheimer du grand-père s'est tellement aggravé qu'il a
cru qu'il vivait encore à la Deuxième Guerre Mondial, car il avait pratiquement
tout oublié. Il y a une partie du texte qui pour certains est drôle et pour
d'autres, elle est perturbante puisque le grand-père a tout simplement disparu
et il a été retrouvé au sommet d'une église en train de s'amuser comme un fou
car il croyait qu'il pilotait un avion. Suite à ça, les parents de Jack ont
décidé de mettre le grand-père dans une maison de repos, qui s'appelle Torres
crepúsculo, qui était considéré comme la Disneyland des personnes âgées,
mais, de toutes façon, le grand-père ne voulait pas y rester. Et il avait bien raison, cet endroit ressemblait à une authentique
prison militaire!
Que
va-t-il se passer? Le petit-fils va t'il aider son grand-père
à s'enfuir? Est-ce
que tout va bien finir?
À vous de le découvrir, lisez et
découvrez, c'est sûr que vous vous amuserez. Le
livre a un langage très simple, mais passionnant. L'histoire est amusante et
les illustrations contribuent pour l'imagination de l'aventure.
Une
situation hilarante que je peux partager avec vous c’est la façon comme le grand-père trompait les employés de la
maison de repos, pour ne pas prendre les médicaments qui l'obligeaient à
dormir. Les employés pensaient que le grand-père prenait ses médicaments mais
en, réalité, il les cachait dans sa grande moustache militaire.
Une autre chose que je trouve aussi très
intéressante c’est que les livres de David Williams ont toujours un
déroulement qui se passe toujours autour
d'un élément, par exemple, dans ce livre l'élément est l'avion et l'histoire se
déroule autour de lui.
J'espère que vous vous sentirez motivé
pour la lecture de ce livre.
Tradução : Tiago Medeiros Teixeira, nº 13, TM1
“Diário de uma Totó 9: Histórias de uma Rainha do Drama Pouco ou Nada Totó”
Rachel Renée Russell
A adolescência é aquela fase da vida por que todos passamos, uns com mais problemas que outros, mas acreditem qua a Nikki Maxwell tem a vida mais caótica que conhecemos. Trago-vos o “Diário de uma Totó 9: Histórias de uma Rainha do Drama Pouco ou Nada Totó”.
O mês de abril não tinha começado muito bem, quando a Nikki foi atingida na aula de Educação Física com uma bola do mata e ainda ficou pior porque a sua inimiga Mackenzie Hollister inventou um boato, que circulou pela escola inteira, a dizer que o Brandon só teria beijado a Nikki para receber uma pizza de borla. Também alegou que a Nikki tinha posto um inseto no seu cabelo de propósito. Tudo isto já era mau, mas o acontecimento seguinte gerou aflição em Nikki: perdera o seu diário. No meio de toda a confusão, o diário foi parar às mãos da Mackenzie, que começou a escrever nele e a ser maldosa.
Nikki era conselheira dos alunos, por isso escrevia
anonimamente a coluna da Miss Sabichona (respondia às cartas que os alunos lhe
mandavam, dando conselhos) e o seu nome de utilizador e a senha estavam
escritos no diário, por isso a Mackenzie usou-os e começou a escrever cartas
horríveis e desagradáveis aos alunos, para que a Nikki fosse expulsa da escola
por bullying cibernético, quando as cartas fossem publicadas. Mackenzie
sentia-se muito bem ao escrever aquelas cartas horrorosas, mas do que ela não
estava à espera era que alguém a tivesse filmado com o inseto na cabeça, a
gritar para o tirarem e que agora toda a escola estivesse a rir-se dela. Claro
que a Mackenzie desconfiava de que tinha sido a Nikki a partilhar o vídeo, por
isso decidiu vingar-se dela com uma má surpresa, no dia 28 de abril
(segunda-feira).
Com a vergonha do vídeo, Mackenzie mudou de escola,
por não suportar a humilhação, mas, quando foi retirar as coisas do seu cacifo,
deixou cair o seu diário e, não dando conta, partiu na mesma. Nikki passou no
cacifo que era ao lado do da Mackenzie e encontrou o diário dela no chão. Sabia
que era o dela, pois já a tinha visto a escrever nele, mas, quando começou a
observá-lo bem de perto, reparou que a capa tinha sido colada. Tirou-a e lá
estava o seu diário de volta.
Nikki ficou muito feliz por o ter encontrado e leu
tudo o que a Mackenzie escrevera nele, por isso foi ao site da Miss Sabichona e
apagou as detestáveis cartas que a Mackenzie escrevera, para que não fossem
publicadas.
Chegou o dia 28 e, quando Nikki falava com as suas
melhores amigas, a Chloe e a Zoey, sobre o drama todo que a Mackenzie tinha
provocado, lembrou-se que não tinha verificado uma das pastas do site com as
cartas maldosas, que iam ser publicadas precisamente dentro de cinco minutos,
às 12h00. As três amigas correram para a biblioteca, ligaram o portátil e,
mesmo à hora certa, apagaram as cartas a tempo de evitarem que elas fossem
publicadas.
Se quiserem descobrir mais pormenores, recomendo a
leitura deste livro e dos outros da mesma coleção.
“Diario de Nikki 9: Una reina del drama con muchos humos”
Rachel Renée Russell
La adolescencia es esa etapa de la vida por la que pasamos todos, algunos con más problemas
que otros, pero creedme que Nikki Maxwell tiene la vida más caótica que conocemos. Les
traigo el “Diario de Nikki 9: Una reina del drama con muchos humos”.
El mes de abril no había comenzado muy bien, cuando Nikki fue golpeada en la clase de
Educación Física con una pelota de balontiro y se puso peor porque su enemiga Mackenzie
Hollister inventó un rumor, que circuló por toda la escuela, diciendo que Brandon solo
habría besado a Nikki para recibir una pizza gratis. También afirmó que Nikki le había
puesto un insecto en el cabello de propósito. Todo esto ya era bastante malo, pero el
siguiente evento causó angustia a Nikki: había perdido su diario. En medio de toda la
confusión, el diario terminó en las manos de Mackenzie, quien comenzó a escribir en él
y a ser cruel.
Nikki era consejera de estudiantes, por lo que escribía de forma anónima la columna de la
señorita Sabidilla (respondía a las cartas que los estudiantes le enviaban, dándoles consejos)
y su nombre de usuario y contraseña estaban escritos en el diario, por lo que Mackenzie los usó
y comenzó a escribir cartas horribles y desagradables a los estudiantes, para que Nikki fuera
expulsada de la escuela por acoso cibernético, cuando se publicaran las cartas. Mackenzie se
sentía muy bien escribiendo esas horribles cartas, pero lo que no esperaba era que alguien la
hubiera filmado con el insecto en la cabeza, gritando para sacarlo y que ahora toda la escuela
se reía de ella. Por supuesto, Mackenzie sospechaba que había sido Nikki quien había
compartido el video, por lo que decidió vengarse de ella con una mala sorpresa, el 28 de abril
(lunes).
Con la vergüenza del video, Mackenzie cambió de escuela, porque no soportaba la humillación,
pero cuando sacó cosas de su casillero, dejó caer su diario, sin darse cuenta, y se
marchó. Nikki pasó por su casillero que estaba al lado del de Mackenzie y encontró el
diario en el suelo. Sabía que era el diario de Mackenzie, porque ya la había visto
escribir en él, pero cuando empezó a mirarlo de cerca, notó que la portada estaba
pegada. La quitó y allí estaba su diario.
Nikki estaba muy feliz de haberlo encontrado y leyó todo lo que Mackenzie había escrito en él,
así que fue al sitio web de la señorita Sabidilla y borró las desagradables cartas que
Mackenzie había escrito, para que nose publicaran.
Llegó el día 28, y cuando Nikki habló com sus mejores amigas, Chloe y Zoey, sobre todo el
drama que había causado Mackenzie, recordó que no había revisado una de las carpetas
del sitio con las cartas maliciosas, que se publicarían justo dentro de cinco minutos,
a las 12h en punto. Las tres amigas corrieron a la biblioteca, encendieron el portátil
y, justo en el último momento, borraron las cartas a tiempo de evitar que se
publicaran. Si quieres conocer más detalles, te recomiendo leer este libro y otros
de la misma colección.
Traducido por Francisco Couto, Curso Profissional TTAR2
“Dork Diaries: Tales from a Not-So-Dorky Drama Queen” (Book 9)
Rachel Renée Russell
Adolescence
is that stage of life we all go through, some with more problems than others,
but believe me when I say that Nikki Maxwell has the most chaotic life we know.
Meet her in “Dork Diaries:
Tales from a Not-So-Dorky Drama Queen”.
April didn’t
start very well for Nikki. She was hit by a dodgeball during gym class, and she
got a lot worse when her worst enemy, Mackenzie Hollister, spread the rumour that
Brandon had kissed her merely to receive a free large pizza. She also claimed
that Nikki had put a dead bug in her hair on purpose. Things were already bad,
but the next event caused Nikki even more distress: her diary went missing. In
the middle of all that confusion, Mackenzie got her hands on Nikki’s diary and started
writing in it and being wicked.
Nikki was
the students’ advisor and she wrote Miss Clever’s online column anonymously,
answering the students’ letters and giving some advice. Her username and
password were written in her diary, so Mackenzie used them and started writing
hurtful letters to the students so that Nikki would be expelled for cyberbullying
once they were published. Mackenzie felt really good writing those horrible
letters, but she didn’t expect that someone had recorded her freaking out over
the bug that was in her hair, and now the whole school was laughing at
her. Of course, Mackenzie suspected that
Nikki had shared the video, so she decided to take revenge on her with a little
surprise on Monday, April 28.
Ashamed of
the video, Mackenzie decided to transfer to a new school, as she couldn’t bear
the humiliation; however, when she went to take her things out of her locker,
she accidentally dropped Nikki’s diary. Nikki walked past Mackenzie’s locker and
found her diary on the floor. She knew it was hers because she had already seen
Mackenzie writing in it, and when she looked really close, she noticed that the
cover had been glued. She took it off and there it was her diary back.
Nikki felt
so happy because she found her diary and could finally read everything
Mackenzie had written in it. She logged onto Miss Clever’s website and deleted
all the detestable letters that Mackenzie had written so that they wouldn’t be
published.
Monday, April
28th came, and when Nikki was talking to her best friends, Chloe and Zoey,
about all the drama that Mackenzie had caused, she remembered that she hadn’t
checked one of the files on the site with the malicious letters. They were scheduled to be published within
five minutes, so the three friends rushed to the library, turned the computer on
and removed Mackenzie’s letters just in the nick of time preventing them from
being published.
If you want
to find out more details about this story, I definitely encourage you to get
started reading this book and all the others of the Dork Diaries series.
Tradução de Catarina Teixeira 10.ºA e FranciscaMedeiros10.ºA
"Le Journal d'un Geek 9: Histoires d'une Reine du Théâtre peu ou rien de Geek."
Rachel Renée Russell
L'adolescence est
cette phase de la vie que nous traversons tous, certaines avec plus de
problèmes que d'autres, mais croyez-moi, Nikki Maxwell a la vie la plus
chaotique que nous connaissons. Je t'amène "Le Journal d'un Geek 9:
Histoires d'une Reine du Théâtre peu ou rien de Geek."
Le mois d'avril
n'avait pas très bien commencé, lorsque Nikki a été frappée en classe
d'éducation physique avec une balle meurtrière et cela s'est encore aggravé,
lorsque son ennemi MacKenzie Hollister a inventé une rumeur qui a circulé dans
toute l'école, disant que Brandon il aurait seulement embrassé Nikki pour
recevoir une pizza gratuite. Elle a également affirmé que Nikki avait
volontairement mis un insecte dans ses cheveux. Tout cela était déjà assez
grave, mais l'événement suivant a créé de la détresse pour Nikki: elle avait
perdu son journal. Au milieu de toute la confusion, le journal s'est retrouvé
entre les mains de MacKenzie, qui a commencé à écrire dessus et à être méchant.
Nikki était un
conseiller étudiant, elle a donc écrit la colonne de Mlle Sabichona de manière
anonyme (elle a répondu aux lettres que les étudiants lui ont envoyées pour
obtenir des conseils) et son nom d'utilisateur et son mot de passe ont été
écrits dans le journal, donc MacKenzie les a utilisés et elle a commencé à
écrire des lettres horribles et désagréables aux étudiants, afin que Nikki soit
expulsé de l'école pour cyberintimidation, lorsque les lettres ont été
publiées. MacKenzie était très heureuse d'écrire ces horribles lettres, mais ce
à quoi elle ne s'attendait pas, c'est que quelqu'un l'avait filmée avec
l'insecte sur la tête, criant pour le sortir et que toute l'école se moquait d'elle
maintenant. Bien sûr, MacKenzie soupçonnait que c'était Nikki qui avait partagé
la vidéo, alors il a décidé de se venger d'elle avec une mauvaise surprise, le
28 avril (lundi).
Avec la honte de
la vidéo, MacKenzie a changé d'école, pour ne pas avoir enduré l'humiliation,
mais quand elle est allé retirer des choses de son casier, elle a laissé tomber
son journal et, ne s'en rendant pas compte, est parti quand même. Nikki a
dépassé le casier qui était à côté de MacKenzie et a trouvé son journal sur le sol.
Elle savait qu'il s'agissait de MacKenzie parce qu'elle l'avait déjà vue écrire
dessus, mais quand elle a commencé à le regarder de près, elle a remarqué que
la couverture avait été collée. Elle l'a sorti et elle a retrouvé son journal.
Nikki était très
heureuse de l'avoir trouvée et de lire tout ce que MacKenzie avait écrit
dessus, alors elle est allée sur le site Web de Mlle Sabichona et a supprimé
les lettres odieuses que MacKenzie avait écrites, afin qu'elles ne soient pas
publiées.
Le jour 28 est arrivé,
et quand Nikki a parlé à ses meilleurs amis, Chloé et Zoey, de tout le drame
que MacKenzie avait provoqué, elle s'est souvenue qu'elle n'avait pas vérifié
l'un des dossiers sur le site avec les lettres malveillantes, qui étaient être
publié précisément dans les cinq minutes, à 12h00.
Les trois amis se
sont précipités à la bibliothèque, ont allumé l'ordinateur portable et, même au
bon moment, ont effacé les lettres à temps pour empêcher leur publication.
Si vous souhaitez
découvrir plus de détails, je vous recommande de lire ce livre et d'autres de
la même collection.
Derek Landy
O livro “O detetive Esqueleto – Os Sem Rosto” transporta-nos para um mundo de fantasia, magia e sobrenatural.
A história começa com um crime, em que o assassino matou um dos últimos Teleporters, de nome Cameron Light, sem deixar vestígios. Um Teleporter era alguém que conseguia teletransportar-se. O detetive Skul e a sua assistente Valkyrie estavam na cena do crime e não ficaram impressionados, pois, no último mês, todos os Teleporters tinham sido assassinados da mesma maneira, com a exceção de dois.
Com a descoberta de novas pistas fornecidas por um
morto-vivo, Skul e Valkyrie descobriram que Batu (o suspeito do assassínio dos
Teleporters) pretendia abrir o Portal que traria o regresso dos Sem Rosto. Os
Sem Rosto eram deuses demoníacos e perversos que se apoderavam dos corpos das
pessoas e que só podiam ser destruídos com o Cetro (material poderoso
constituído por um cristal e que dispara raios negros).
Skul e Valkyrie foram falar com a sua amiga China
Sorrows, pois precisavam de encontrar um dos últimos Teleporters, de nome
Fletcher Renn, e foram bem sucedidos. Agora, com Fletcher em segurança, Skul e Valkyrie
aperceberam-se de algo deveras estranho. Se só um Teleporter poderia abrir o
Portal, porque é que estavam todos a ser mortos?
Skul e a sua assistente conseguiram, com a ajuda de
amigos, descobrir a localização do Portal, mas nem tudo era um mar de rosas. A
Devassidão (grupo de pessoas lideradas por Batu com o objetivo de trazer de
volta os Sem Rosto) também já sabia a localização do Portal e tinha assassinado
um dos últimos dois Teleporters. Agora as peças do puzzle começavam a
encaixar-se, pois, como só restava Fletcher para abrir o Portal, a Devassidão
podia controlá-lo facilmente, visto que ele era um Teleporter jovem e recente
na magia.
Com a captura de Fletcher, travou-se uma batalha
entre Skul, Valkyrie e os seus amigos Tanith e Ghastly contra a Devassidão, mas
não foram bem sucedidos, pois a Devassidão consegueabrir o Portal e de lá saem
três Sem Rosto.
Agora com três Sem Rosto à solta, o que irá
acontecer? Conseguirão usar o Cetro para os matar? Afinal, quem é mesmo Batu?
Se quiserem descobrir o final imprevisível desta história, recomendo a leitura deste livro repleto de aventuras.
"Le détective squelette – Les Sans Visage”
Derek Landy
Le livre "Le détective squelette – Les Sans Visage"
nous emmène dans un monde de fantaisie, de magie et de surnaturel.
L'histoire commence
par un crime où le tueur a tué l'un des derniers Téléporteurs, nommé Cameron Light,
sans laisser de trace. Un Téléporteur était quelqu'un qui pouvait se
téléporter. Le détective squelette Skul et son assistant Valkyrie
étaient sur les lieux du crime et n'ont pas été impressionnés, car le mois
dernier, tous lesTéléporteurs avaient été assassinés de la même façon, à
l'exception de deux.
Avec la découverte de nouveaux índices, fournis par un
mort-vivant, Skul et Valkyrie ont découvert que Batu (le suspect du meurtre des
Téléporteurs) avait l'intention d'ouvrir le Portail qui apporterait le retour des
Sans Visage. Les Sans Visage étaient des dieux démoniaques et méchants qui
envahissaient le corps des gens et ne pouvaient être détruits qu'avec le
Sceptre (matérial puissant composé d'un cristal et qui projette des rayons
noirs).
Skul et Valkyrie sont allés parler à leur ami China
Sorrows, parce qu’ils devaient trouver l'un des derniers Téléporteurs, nommé
Fletcher Renn, et ils ont réussi. Maintenant, avec Fletcher en
sécurité, Skul et Valkyrie ont remarqué quelque chose de très étrange. Si
seulement un Téléporteur pouvait ouvrir le Portail, pourquoi étaient-ils tous
en train d’être assassinés?
Skul et son assistant, à l’aide de quelques amis, ont
réussi à découvrir l'emplacement du portail, mais ce n’était pas facile. “La Devassitude” (un groupe de personnes
dirigé par Batu au but de ramener les "Sans-Visage") connaissait déjà
l'emplacement du portail et avait assassiné l'un des deux derniers Téléporteurs. Maintenant, les pièces du puzzle commençaient à
s'emboîter, car, comme Fletcher était le seul survivant pour ouvrir le portail,
“La Devassitude” pouvait facilement le contrôler, parce qu’il il était un jeune
Téléporteur et peu expérimenté dans la magie.
Avec la
capture de Fletcher, une bataille a été livrée entre Skul, Valkyrie et leurs
amis Tanith et Ghastly contre “La Devassitude”, mais ils n'ont pas réussi, car “La
Devassitude” parvient à ouvrir le Portail et en sortent trois Sans Visage.
Maintenant, avec trois Sans Visage en liberté, que
va-t-il arriver?
Pourront-ils utiliser le Sceptre pour les tuer? Après
tout, qui est vraiment Batu?
Si vous voulez découvrir la fin imprévisible de cette
histoire, je vous recommande de lire ce livre plein d'aventures.
Tradução de Matilde Gonçalves, 9ºB, N.º14
“Detective Esqueleto - Los Sin Rostro”
Derek Landy
El libro
"Detective Esqueleto - Los Sin Rostro" nos transporta a un mundo de
fantasía, magia y sobrenatural.
La historia
comienza con un crimen, en el que el asesino mató a uno de los últimos Teleporters, llamado Cameron Light, sin
dejar rastro. Un Teleporter era
alguien que podía teletransportarse. El detective Skul y su asistente Valkyrie
estaban en la escena del crimen y no estaban impresionados, ya que en el último
mes todos los Teleporters habían sido
asesinados de la misma manera, con la excepción de dos.
Con el
descubrimiento de nuevas pistas proporcionadas por un no muerto, Skul y
Valkyrie descubrieron que Batu (el sospechoso del asesinato de los Teleporters) tenía la intención de abrir
el Portal que traería el regreso de los Sin Rostro. Los Sin Rostro eran dioses
demoníacos y malvados que se apoderaron de los cuerpos de las personas y que
solo podían ser destruidos con el Cetro (un poderoso material compuesto por un
cristal que dispara rayos negros).
Skul y
Valkyrie hablaron con su amiga China Dolrows, ya que necesitaban encontrar uno
de los últimos Teleporters, llamado
Fletcher Renn, y tuvieron éxito. Ahora, con Fletcher a salvo, Skul y Valkyrie
se dieron cuenta de algo muy extraño. Si solo un Teleporter podría abrir el Portal, ¿por qué estaban siendo
asesinados?
Skul y su
asistente lograron, con la ayuda de amigos, descubrir la ubicación del Portal,
pero no todo era un lecho de rosas. Los Diablerie (un grupo de personas
lideradas por Batu con el objetivo de traer de vuelta a los Sin Rostro) también
ya conocían la ubicación del Portal y habían asesinado a uno de los dos últimos
Teleporters. Ahora las piezas del
rompecabezas comenzaban a encajar. Como solo quedaba Fletcher para abrir el Portal,
los Diablerie podían controlarlo fácilmente, ya que era un Teleporter joven y principiante en magia.
Con la captura
de Fletcher, se libró una batalla entre Skul, Valkyrie y sus amigos Tanith y
Ghastly contra los Diablerie, pero no tuvieron éxito, porque éstos lograron
abrir el Portal, de donde salieron tres Sin Rostro.
Ahora con tres
Sin Rostro sueltos, ¿qué pasará? ¿Podrán usar el Cetro para matarlos? Después
de todo, ¿quién es realmente Batu?
Si quieres descubrir el final impredecible de esta historia, te recomiendo leer este libro lleno de aventuras.
Traducido por Ana Pereira, Curso Profissional TAS2
“Detective Skeleton- The Faceless”
Derek Landy
The book “Detective Skeleton- The Faceless” take us to
a world of fantasy, magic and supernatural.
The story begins with a crime, where the killer killed
one of the last Teleporters, named Cameron Light, without a trace. A Teleporter
was someone who was able to teleport. The detective Skul and his assistant
Valkyrie were in the crime scene and they were not impressed, because in the
last month, all Teleporters had been murdered in the same way, with the
exception of two.
With the discovery of new clues provided by an undead,
Skul and Valkyrie discovered that Batu (the suspect in the Teleporters' murder)
intended to open the Portal that would bring the return of the Faceless. The
Faceless were demoniac and wicked gods that took over people's bodies and they
could only be destroyed with the Scepter (powerful material made up of a
crystal and that shoots black rays).
Skul and Valkyrie went to talk to their friend China
Sorrows, because they needed to find one of the last Teleporters, named
Fletcher Renn, and they were successful.
Now, with Fletcher safe, Skul and Valkyrie realized
something very strange. If only a Teleporter could open the Portal, why were
they all being killed?
Skul and his assistant managed, with the help of
friends, to discover the location of the Portal, but not everything was a bed
of roses. Devassitude (a group of people led by Batu with the aim of bringing
back the Faceless) also already knew the location of the Portal and had
murdered one of the last two Teleporters. Now the pieces of the puzzle were
starting to fit together, since, as only Fletcher was left to open the Portal,
Devassitude could easily control him, since he was a young and recent
Teleporter in magic.
With the capture of Fletcher, a battle was fought
between Skul, Valkyrie and their friends Tanith and Ghastly against
Devassitude, but they were not successful, because Devassitude manages to open
the Portal and from there three Faceless leave.
Now with three Faceless on the loose, what will
happen? Will they be able to use the Scepter to kill them? After all, who is
Batu really?
If you want to find out the unpredictable ending of this story, I recommend reading this book full of adventures.
“Fatherland- Pátria”
Robert Harris
Robert Harris, autor de muitos romances históricos, atingiu um enorme sucesso à escala internacional com a sua primeira obra, cujo título é “Fatherland” ou, em português, “Pátria”. Trata-se de um livro que chama a atenção do ponto de vista visual, devido à presença do símbolo do Reichstag na capa.
Logo nas primeiras páginas, as evidências da enorme imaginação do autor surgem sob a forma de mapas alternativos da Europa e da cidade de Berlim, caso a Alemanha nazi tivesse vencido a II Guerra Mundial, assunto que serve de base ao desenrolar da história.
Escrito em 1992, “Pátria” é um livro excecional e de grande qualidade literária, que nos dá a conhecer a história do SS Sturmbahnführer Xavier Marsh, um detetive do Departamento de Homicídios da Polícia Federal de Berlim, que, logo no começo da narrativa, fica encarregado de descobrir a série de acontecimentos que levou à morte de um homem idoso, encontrado sem vida, a flutuar no rio.
Desde o mês de abril de 1964 até ao fim da história, o detetive vai conhecendo novas personagens, entre as quais se destaca uma jornalista norte-americana, enviada por um canal de televisão à Alemanha com o objetivo de acompanhar a visita do presidente dos EUA, John F. Kennedy, a propósito do aniversário do chanceler Adolf Hitler, que, como é óbvio, não tinha cometido suicídio nesse futuro alternativo.
É de salientar o final enigmático, que fica ao critério do leitor, e ainda a descrição espantosamente pormenorizada das cidades e locais frequentados por Marsh.
Seguramente um dos melhores livros de ficção histórica de sempre, ficando vários patamares acima de outras obras de Harris como “Archangel”, este livro consegue abordar um dos temas que causaria um enorme transtorno ao ser humano: a vitória da opressão sobre a liberdade na II Guerra Mundial.
Texto de Miguel Pereira Sardão, 11.º A
“Patria”
Robert Harris
Robert Harris, autor de numerosas novelas históricas, alcanzó un enorme éxito a escala internacional con su primera obra, cuyo título es "Patria". Es un libro que llama la atención desde el punto de vista visual, debido a la presencia del símbolo del Reichstag en la portada.
Justo en las primeras páginas, la evidencia de la enorme imaginación del autor emerge en forma de mapas alternativos de Europa y de la ciudad de Berlín, si la Alemania nazi hubiera ganado la Segunda Guerra Mundial, un tema que sirve de base para el desarrollo de la historia.
Escrito en 1992, “Patria” es un libro excepcional, de gran calidad literaria, que nos cuenta la historia del SS Sturmbahnführer Xavier Marsh, un detective del Departamento de Homicidios de la Policía Federal de Berlín, quien, justo al comienzo de la narrativa, es el encargado de descubrir la serie de hechos que provocaron la muerte de un anciano, encontrado sin vida, flotando en el río.
Desde el mes de abril de 1964 hasta el final del relato, el detective va conociendo a nuevos personajes, entre los que destaca un periodista estadounidense, enviado por un canal de televisión a Alemania, con el objetivo de acompañar la visita del presidente estadounidense John F. Kennedy en el aniversario del canciller Adolf Hitler, quien, por supuesto, no se había suicidado en este futuro alternativo.
Cabe destacar el enigmático final, que depende del lector, así como la asombrosamente detallada descripción de las ciudades y lugares frecuentados por Marsh.
Seguramente uno de los mejores libros de ficción histórica de todos los tiempos, estando varios niveles por encima de otras obras de Harris como "Arcángel", este libro logra abordar uno de los temas que causaría una gran conmoción al ser humano: la victoria de la opresión sobre la libertad en la II Guerra Mundial.
Traducido por Ana Pereira, Curso Profissional TAS2
“Fatherland”
by Robert Harris
Robert Harris, author of many historical novels, achieved huge success on an international scale with his first fiction work, “Fatherland”. It is a book that calls our attention from the visual point of view, due to the presence of the Reichstag symbol on its cover.
The author's enormous imagination arises in the first few pages of the novel which feature two alternative maps, one of Europe and another of the city centre of Berlin, suggesting Germany had won World War II, an issue that serves as the basis for the unfolding of the plot.
Written in 1992, "Fatherland" is an exceptional book of great literary quality, which tells the story of SS Sturmbannführer Xavier Marsh, a detective working for the Berlin Federal Police Homicide Department, who, right at the beginning of the narrative, is in charge of investigating the series of events that led to the suspicious death of an old man, found lifeless, floating in the river.
The action of the novel takes place in April 1964 and, until the end of the story, the police detective gets to know new characters, among which is a beautiful young American journalist, Charlotte Maguire, assigned to Berlin by a television channel to cover the visit of President Kennedy, regarding Hitler’s seventy-fifth birthday celebrations, who, obviously, had not committed suicide in this alternative world.
The enigmatic ending of the novel, which is at the discretion of the reader, as well as the amazingly detailed description of the cities and places wandered by Marsh are noteworthy.
Surely one of the best historical fiction books ever written, and one of the most gripping historical fiction by Harris, this best-seller manages to address one of the topics that would have caused a huge inconvenience to Humanity: the victory of oppression over freedom in World War II.
Tradução de Francisco Oliveira Santos, 10.º A e de Joana Macedo Cardoso, 10.º A
“O que ela deixou”
T. R. Richmond
O livro “O que ela deixou”, de T. R. Richmond e publicado pela Editorial Presença, é uma obra fora do vulgar, destacando-se pela maneira como a história é contada: o seu desenrolar é feito através de excertos de cartas, e-mails, mensagens, etc.
A história decorre em Southampton, uma pequena cidade da América, onde todos vivem uma vida normal, até que, certa manhã de inverno, Alice Salmon, uma jovem de 25 anos, aparece morta, à deriva no rio gelado desse local.
Este acontecimento tornou-se imediatamente público e
foi o centro das atenções em qualquer rede social durante mais de um ano. Cada
familiar, amigo ou conhecido teve diferentes maneiras de lidar com esta perda,
como a sua melhor amiga, Megan Parker, que narrava o seu desgosto num blogue, o
seu namorado, Luke Addison, que escrevia textos no computador, e a sua família,
que, por sua vez, se encontrava devastada e ainda sem certezas de querer
descobrir o sucedido.
Jeremy Cooke, um professor da universidade que Alice
tinha frequentado, tivera, em tempos quase esquecidos, uma relação com
Elizabeth Salmon, a mãe de Alice, e foi pelo facto de conhecer Alice e de a
achar idêntica à mãe que teve a ideia de investigar ele mesmo a morte dela,
visto que a investigação da polícia apenas trazia resultados nulos.
A tecnologia e a internet permitiram-lhe reunir
inúmeras informações e descobrir segredos inimagináveis.
No fim, Jeremy desvenda o caso, publicando tudo no
seu livro intitulado “O que ela deixou”, onde contava toda a verdade,
desmentindo as suspeitas de que Alice se havia suicidado e de que Luke ou até
mesmo o próprio Jeremy eram culpados. Ainda mais importante foi o facto de a
obra revelar o assassino e expor todas as razões que o levaram a empurrar
Alice. Com este livro, Jeremy assegurou que Alice fosse lembrada com ternura
nos corações de todos.
Apesar de ter considerado a história um pouco
pesada, adorei o carácter atual do livro e aconselho a sua leitura a amantes de
thrillers, a quem gosta de se afastar
do quotidiano e a quem tenha curiosidade de saber, depois de tudo isto, quem é
o assassino.
E então? Já descobriste?
Texto de Catarina Ferreira Guedes, 12.º ano
Ilustração de Helena Pereira, 12.º ano
“What She Left”
T. R. Richmond
The book “What She Left”, written by
T. R. Richmond and published by “Editorial Presença” is a remarkable work,
standing out for the way the story is told: its development is done through
parts of letters, e-mails, messages, etc.
The story happens in Southampton, a
small city in America, where everyone lives a normal life until one winter
morning, when Alice Salmon, a 25-year-old young woman, shows up dead, floating in that place´s river.
This became instantly public and it
was the main subject in any social media for more than a year. Each family
member, friend and just known one had different ways of dealing with this lost,
such as her best friend, Megan Parker, who stated her displeasure in a blogue,
her boyfriend, Luke Addison, who wrote texts on his computer, and finally her
family who was heartbroken and still not sure if they wanted to know what
happened.
Jeremy Cooke, an university
professor where Alice attended, had, in times almost forgotten, a relationship
with Elizabeth Salmon, Alice´s mother, and, due to the fact of meeting Alice
and finding her really identical to her mother, he had the idea of search into
her death for himself because the police investigation didn´t have any results.
Technology and internet allowed him
to gather information and find out unimaginable secrets.
At the end, Jeremy unveils the case,
publishing everything in his book named “What She Left”, where he told the
truth, disproving the suspects that Alice had killed herself and that Luke or
even Jeremy himself were guilty. Even more important was the fact that his
piece of work revealed the killer and exposed every reason that lead him to
push Alice. With this book, Jeremy assured Alice was remembered with affection
in everyone´s heart.
Even though I found this story a bit
“heavy”, I loved the modern characteristic of the book and I recommend its
reading to people who love thrillers, to step away from their comfort zone and
to those who are curious to know, after all of this, who the killer is.
So? Have you discovered him/her
already?
Texto de Catarina Ferreira Guedes,12.º ano
“Ce qu'elle a laissé”
T. R. Richmond
Le livre “Ce qu'elle a laissé”, de T. R. Richmond, publié par Editorial Presença, est une œuvre hors du commun, se démarquant par la façon dont l'histoire est racontée : son déroulement se fait par des extraits de lettres, de courriers electroniques, de messages, etc.
L'histoire se déroule à Southampton, une petite ville en Amérique, où tout le monde mène une vie normale, jusqu'à ce qu’ un matin d'hiver, Alice Salmon, une jeune de 25 ans, est retrouvée morte, à la dérive dans la rivière glacée de cet endroit.
Cet événement est immédiatement devenu public et a été le centre de l'attention sur n'importe quel réseau social pendant plus d'un an. Chaque membre de la famille, ami ou connaissance, a eu de différentes façons de faire face à cette perte, comme sa meilleure amie, Megan Parker, qui a raconté son chagrin sur un blog, son petit ami, Luke Addison, qui a écrit des textes sur l'ordinateur, et sa famille, qui, à son tour, était dévastée et toujours pas sûr de vouloir savoir ce qui s'est passé.
Jeremy Cooke, un professeur de l’université qu'Alice avait fréquenté, a eu, dans des temps presque oubliés, une relation avec Elizabeth Salmon, la mère d'Alice, et c'est parce qu'il a rencontré Alice et l'a trouvée identique à sa mère qu’il a eu l'idée d'enquêter sur la mort, lui-même, puisque l'enquête policière n'a abouti qu'à des résultats nuls.
La technologie et l'Internet lui ont permis de recueillir d'innombrables informations et de découvrir des secrets inimaginables.
À la fin fin, Jeremy dévoile l'affaire en publiant tout dans son livre intitulé "Ce qu’elle a laissé", où il a dit toute la vérité, démentant les soupçons qu'Alice s'était suicidée et que Luke ou même Jeremy étaient coupables. Plus important encore était le fait que le travail a révélé le tueur et expose toutes les raisons qui l'ont amené à pousser Alice. Avec ce livre, Jeremy s'est assuré qu'Alice était tendrement rappelée dans le cœur de tous.
Bien que j'aie considéré l'histoire un peu lourde, j'ai aimé le caractère actuel du livre et je conseille sa lecture aux amateurs de “thrillers”, à ceux qui aiment s'éloigner de la vie quotidienne et à ceux qui sont curieux de savoir, après tout cela, qui est le tueur.
Alors? Tu l’as déjà découvert?
Tradução de Ana Filipa, n.º2, 8.ºA e Ana Rita, n.º3, 8.º A
"Lo que ella dejó"
T. R. Richmond
El libro de T.R. Richmond “Lo que dejó”, publicado por Editorial Presença, es una obra inusual, que se distingue por la forma en que se cuenta la historia: se desarrolla a través de extractos de cartas, correos electrónicos, mensajes, etc.
La historia transcurre en Southampton, un pequeño pueblo de Estados Unidos, donde todo el mundo lleva una vida normal, hasta que, una mañana de invierno, Alice Salmon, una chica de 25 años, aparece muerta, a la deriva en el río helado de aquel lugar.
Este evento se hizo público de inmediato y fue el centro de atención en cualquier red social durante más de un año. Cada miembro de la familia, amigo o conocido tenía diferentes formas de lidiar con esta pérdida, como su mejor amiga, Megan Parker, quien relató su dolor en un blog, su novio, Luke Addison, quien escribió mensajes de texto en el ordenador, y su familia, que, a su vez, quedó desolada e insegura de querer descubrir qué sucedió.
Jeremy Cooke, un profesor de la universidad a la que había asistido Alice, tuvo, en tiempos casi olvidados, una relación con Elizabeth Salmon, la madre de Alice, y fue porque conocía a Alice y la encontró idéntica a su madre que tuvo la idea de investigar su muerte él mismo, ya que la investigación policial tenía cero resultados.
La tecnología e Internet le han permitido recopilar una gran cantidad de información y descubrir secretos inimaginables.
Al final, Jeremy desvela el caso, publicando todo en su libro titulado “Lo que ella dejó”, donde contó toda la verdad, descartando las sospechas de que Alice se había suicidado y que Luke o incluso el próprio Jeremy eran culpables. Aún más importante fue el hecho de que el trabajo reveló al asesino y expuso todas las razones que lo llevaron a empujar a Alice. Con este libro, Jeremy se aseguró de que Alice fuera recordada con ternura en el corazón de todos.
A pesar de haber considerado la historia un poco pesada, me encantó el carácter actual del libro y recomiendo leerlo a los amantes de los thrillers, a cualquiera que le guste alejarse de la vida cotidiana y a cualquiera que tenga curiosidad por saber, después de todo esto, quién es el asesino.
¿Y entonces? ¿Lo has descubierto?
Traducido por Francisco Couto, Curso Profissional TTAR2
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De camino a Génova, se puso enfermo.
¿Mejorará el caballero? ¿Cumplirá la promesa de volver a casa? ¿Quiénes serán los otros personajes?
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Robinson Crusoé
Daniel Defoe
This book tells us the story of a young man named Robinson, who wanted to become a sailor. One day, he asked his father if he could join in a ship travel that parted from his city. His father did not approve of Robinson as a sailor because he wanted him to be a lawyer and his brother had died in a shipwreck a short time ago. Robinson considered these reasons and forgot this idea for some time. But one day, he went to say goodbye to a friend who was leaving for London, and he was invited to make part of the ship’s crew. Yielding to the strength of his childhood dream, he defid his parents’ wishes and took to the seas seeking adventure. In the beginning of the journey, there was a heavy storm, and he swore he would never get in a ship again. All of his sailor fellows, already used to that kind of reaction, laughed at him.
However, Robinson didn’t give up and decided to go on a second voyage. Unfortunately, the ship he was on was attacked by pirates and Robinson was captured and made a slave, living in this condition for some years. One day he and an African slave named Xury went fihing by themselves, and they took advantage of the chance and escaped from the main ship. They sailed for some days until they found a Portuguese ship that took them home.
A few years later, he went to the sea again but it was a disastrous voyage. A firce storm blew in and threw the ship to a sandbar. The ship fell completely apart, and sank slowly to the depths of the ocean. Robinson was the only survivor of the wreck and woke up on a lonely, uninhabited island. He was tired, hurt, hungry and thirsty, but he hadn’t got anything to eat or drink. So, he climbed up a tree, and he totally fell asleep.
After living for a couple of years in this lonely way, with a shelter built and his basic needs met, Robinson decided to explore the other side of the island for any sign of human life. He picked up his binoculars, and he surprisingly saw a wild tribe having a feast, and some
human bones on the ground...
Was the tribe cannibal? Did Robinson invade the feast? If you want to feel this crazy adventure, read this book that constantly surprises us with unexpected events, makes us think about diffrent ways of living and gives us survival lessons.
2018-2019
Alice no país
das sapatilhas,
tirem-me deste filme
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George
de Maria Judite de Carvalho
A floresta
de Sophia de Mello Breyner Andresen
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Vem aí o Zé das Moscas e outras histórias
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A avozinha gângster
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Crónica do Rei Pasmado
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“Se isto é
um homem”
Primo Levi
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“As gémeas no colégio de Santa Clara”
de Enid Blyton
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Missão impossível
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
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“As mil e uma noites”
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Metamorfose
Franz Kafka
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O Vendedor de Passados
José Eduardo Agualusa
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“20.000 Léguas Submarinas”
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O Primo Basílio
O rapaz de bronze
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Luuanda
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“Histórias de um gato e de um rato que se tornaram amigos”
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Chamo-me Mozart
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Tobias e o Anjo
Histórias e Lendas da Europa
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O Menino-Estrela
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Sempre do teu lado
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A farsa
de Inês Pereira
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NELSON MANDELA
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O rapaz que contava histórias
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Sermão de Santo António
Padre António Vieira
O Beijo da Palavrinha
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Frei Luís de Sousa
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ZARA E PIRATA DOS AÇORES
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A Ilha do Tesouro